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História Depois daquela noite - Parte 36


Escrita por: AmigaDaPaz

Notas do Autor


Oi babys!
Espero que gostem do capítulo e que participem da minha primeira enquete online [link nas notas finais], que tem tudo a ver com fanfictions e Got7. Existe combinação melhor?
Apreciem bem.

Capítulo 36 - Parte 36


Fanfic / Fanfiction Depois daquela noite - Parte 36

 

DEPOIS DAQUELA NOITE

PARTE 36

 

JAEBUM bem queria e precisava dormir, seu corpo estava pedindo por descanso já fazia algumas horas, sua mente, entretanto, trabalhava freneticamente, fazendo-o remoer a verdade sobre como não somente havia sido estúpido com Sooyun, mas também lhe trazendo lembranças e muitos questionamentos sobre Choi Bonah.

Como ele poderia ter sido tão fraco de ter permitido que uma maldita música o fizesse agir como se as recordações do pecado com sua amante fossem mais importantes do que a mulher que estava no banco do carona de seu carro naquele momento? A mulher que fazia anos ele tinha decidido que seria sua companheira, a mãe dos seus filhos, a pessoa com quem pretendia construir uma vida...

Frustrado por não obter respostas sensatas, repuxou os próprios cabelos e abafou um grito, que fez a garganta arder. Tossiu. Torceu para não ter perturbado os pais, que ocupavam um quarto ali próximo, especialmente a mãe, que tinha um sono muito leve, podendo acordar por qualquer mínimo ruivo. Parou e ficou apenas escutando por alguns segundos, depois respirou fundo e revirou-se para o outro lado da cama. Precisava tentar dormir pelo menos alguns minutos ou não iria conseguir passar bem pelo restante do dia.

Em algum momento havia chutado as cobertas, que naquele instante jaziam na ponta do colchão, quase caindo, decidiu pegá-las de volta. Após se cobrir até a altura dos queixos, tentou novamente fechar os olhos e conciliar o sono, mas não obteve êxito. A mente ainda fervilhava.

Questionou-se se talvez Bonah também estivesse tendo dificuldades para dormir, mas logo se deu conta de que muito provavelmente ela já estava acordada, afinal havia uma grande diferença de fuso horário entre a Ásia e as Américas. Enquanto ele estava tentando terminar mais um dia, ela estava apenas começando. Pela diferença de horários, o Im constatou que estava em vantagem no sentindo de ter vivido o dia antes da Choi, entretanto, pensando seriamente sobre como as coisas iam caminhando consigo, foi sincero em admitir que quem estava à vários dias de vantagem era ela, que aparentemente continuava seguindo bem adiante depois tudo o que ocorrera entre eles. Incrível. Mesmo sem muito esforço, Bonah parecia estar muito a frente de Jaebum. Decidiu que não gostava daquilo. De jeito nenhum.

Chutando novamente as cobertas, saiu da cama, caminhou em direção ao banheiro, onde lavou o rosto e o pescoço. Tinha acabado de tomar um generoso gole de água fria quando o celular soou o típico alerta de chamada. Mas não qualquer alerta. Aquela era a música instrumental que escolhera para personalizar as chamadas de Sooyun.

Talvez ela também esteja tendo dificuldades para dormir e queira brigar um pouco comigo para se sentir melhor, ele pensou irônico e quase rindo atendeu a ligação.

— Sua oferta de carona ainda está de pé?

— Cl-claro. — gaguejou meio espantado por aquele estranho inicio de conversa, mas conseguiu disfarçar. — A que horas devo passar ai?

— Agora mesmo.

— O quê? Aconteceu alguma coisa?

— O Jinyoung. Ele foi gravemente ferido durante uma operação policial em Seoul. O meu pai já saiu com a minha mãe. Por favor, não demora, Jaebum. — a última frase foi dita num tom áspero, mas quase inaudível, deixando claro o estado nervoso da morena. — Eu realmente preciso de você agora.

— Tudo bem. Já estou indo.

O Im apenas acatou ao pedido, não pensou sobre, aliás, o que havia para pensar? Por mais que parecesse que a Park queria apenas usufruir de si como motorista, sabia que não era apenas aquilo. Ele já tinha estado com Sooyun em momentos críticos. Ele a conhecia suficientemente bem, para saber que a morena não era do tipo que pedia ajuda com todas as letras. Então ele aprendeu a entender o que ela dizia por entre as palavras. E naquele momento, o que ela havia dito sobre Jinyoung...

Céus! Jaebum seria um monstro se não estivesse com ela. Por isso, apressou-se em vestir roupas quentes e calçar os sapatos. Ele também foi rápido em avisar aos pais sobre o que estava acontecendo. Por ser de madrugada e não haver trânsito algum nas ruas do bairro acelerou como havia feito quando aquele desconhecido avisara sobre Sooyun ter ido até a casa de Bonah em busca de vingança.

Sentiu o peito se apertar quando as cenas de sua amante desmaiada e com o rosto ferido vieram-lhe à mente. Sentiu-se perturbado ao dar-se conta de que o mundo realmente dá voltas. Naquela ocasião, pouco mais de dois meses antes, ele estivera indo para impedir que Sooyun cometesse um crime, um pecado maior do que o que ele havia cometido.

E agora, lá estava ele, correndo em direção á casa da família Park, para ajudar a caçula. Porém, não correu como um homem que vai salvar a amante, mas como um homem que vai acudir a mulher amada. Entretanto, Jaebum estava apenas indo de encontro a mais um grande problema, como ele iria descobrir algumas horas depois.

 

— É NORMAL ele ficar tão agitado assim? — Bonah questionou sem tirar os olhos do aquário, onde Bobby nadava frenético. — Será que ele não pode acabar se machucando?

— Ei carinha, calma. — Mark deu leves batinhas no vidro, atraindo a atenção do pequeno peixinho negro, que imediatamente aquietou-se. — Bom menino. — sorriu, despejando ração dentro d’água.

— Oh, ele estava apenas com fome!

— Há um sistema acoplado ao aquário que despeja ração a cada quinze minutos, mas há dias em que parece não ser suficiente, como hoje. — o Tuan jogou a maleta e o casaco em cima do sofá de dois lugares. — Isso me faz sentir como se eu não fosse um bom dono para ele. Quer dizer, eu passo a maior parte do tempo fora. Ele fica tão sozinho...

— Não é uma característica comum dos peixinhos solitários de aquários? Eles não vivem melhor sozinhos?

— Sim, mas...

— Sem “mas”. — Bonah o interrompeu. — Você cuida muito bem do seu peixinho, que eu sei. Olha que aquário lindo ele tem. E a ração não aparenta ser de qualidade baixa. Além disso, você o batizou com um nome realmente bonito e forte como ele é.

— Na verdade, eu o nomeei em homenagem à rede de lanchonete Bob’s.

Ambos riram ao acomodarem-se no sofá de três lugares, sentando perto demais um do outro, tanto que puderam sentir os odores nada agradáveis que já começavam a exalar. Não que fosse algo realmente insuportável, mas um bom banho e roupas limpas cairiam bem.

— Precisamos de um banho, sabia? — Bonah comentou tentando segurar a risada nervosa.

— O quê? Estou fedendo?

— Um pouquinho. — ela torceu o nariz. — E eu também. — acrescentou rindo. — Que tal você ir tomar banho primeiro enquanto eu preparo alguma coisa pra gente comer?

— Banho e comida. É um bom plano. — Mark sorriu mostrando um pouquinho de suas características “presas vampirescas”. — Mas não necessariamente nessa ordem. Podemos partir diretamente pra parte da comida. Que tal? — levantou as sobrancelhas de modo bastante sugestivo.

A resposta negativa da morena foi dada entre risos, o que fez o amigo ostentar uma espécie de bico nos lábios, que pareceu mesmo ao tempo cômico e muito bonitinho. Mark era mesmo encantador, não havia como negar.

Em determinado momento, eles tiveram que interromper as gracinhas com aegyos porque a barriga do Tuan roncou alto.

— Isso foi terrível. — ele disse rindo, constrangido.

Bonah não perdeu a chance de provocar:

— Acontece com as melhores pessoas.

— Engraçadinha. — apertou o nariz da amiga, mas bem levemente, fazendo-a rir.

— Quais são os planos para depois do banho e do jantar? — quis saber, realmente curiosa para a programação da noite.

— Vejamos... — ele ostentou aquela típica expressão de quem está pensando. — Apesar de termos que acordar amanhã cedo para trabalhar acho que podemos gastar algumas horas assistindo a algum filme ou episódio de série. Ou podemos jogar algum jogo. Ou quem sabe apenas conversar.

— É um bom plano. — sorriu, tendo a certeza de que fosse lá o que fizessem seria uma opção acertada, pois era sempre muito bom estarem juntos.

— Eu também acho. — o sorriso dele foi tão terno que Bonah sentiu uma vontade de roubar um pouco para si, talvez beijando-o. — Eu não sei você, mas eu sinto falta de nossas programações noturnas. Lembra que pelo menos duas vezes por semana, nas noites de quinta ou sexta nós saímos quando estávamos na faculdade? Boliche, sinuca, karaokê...

A morena sorriu quando a mente foi invadida por pequenos flashes deles se divertindo em suas noites livres em Seoul. Aquelas programações auxiliaram bastante para que ela não sucumbisse à pressão que era ser uma estudante universitária. E, apesar de não ter feito muitos amigos ao longo dos quatro anos de faculdade, teve algumas pessoas legais em seu convívio naquela época, sendo Mark a melhor pessoa de todas, sem dúvidas.

— Oh, agora sim você me fez lembrar e sentir saudades de quando estávamos lá.

— Não era revigorante?

— Claro! — concordou com veemência. — Ainda mais depois de um dia inteiro, com seis, sete aulas. Era quase um inferno acadêmico.

— Pare de choramingar. — a repreendeu. — Eu sei muito bem que você conseguia superar todas as aulas bem rapidamente porque você sempre foi uma garota muito inteligente.

— Você é tão suspeito pra falar isso!

— Por quê?

— Porque você é meu amigo, é claro que você vai ser passional em tudo que diz respeito a mim. Ou pelo menos quase tudo, talvez.

— Pode ser. — deu de ombros. — Mas eu não estou mentindo. Eu acho mesmo que você é inteligente. Além disso, você é uma secretária bastante competente também.

Bonah gostava quando Mark a elogiava de tal forma, mesmo que não soubesse bem como reagir era bom ouvi-lo falar daquele modo. Ela era agradecida e interiormente dedicada em fazê-lo manter aquele tipo de pensamento sobre si e foi constatando isso que pediu:

— Por favor, continue pensando assim.

Mark não se deu ao trabalho de responder ao pedido com palavras, ele apenas brindou Bonah com aquele sorriso adorável de sempre, que a fez sorrir de volta, mas rapidamente desviar a mirada enquanto esticava as pernas, tomada por um misto de preguiça e leveza.

— Preguiça? — o moreno indagou divertido.

— E fome. — a resposta foi dada de imediato. — Que tal um de nós ir tomar banho enquanto o outro prepara o jantar? — ela fez menção de se levantar, mas foi impedida pela mão masculina que a segurou pelo pulso. — O que foi?

O olhar confuso da Choi naquele instante fez com que o Tuan tivesse vontade rir, mas ele conseguiu se conter.

— Por que não fazemos tudo ao mesmo tempo? Quero dizer, posso pedir algo no delivery e, enquanto esperamos a entrega podemos tomar banho.

— É. — concordou de imediato e num tom divertido, acrescentou: — Assim também é uma boa ideia, chefe.

— Vem.

Sorrindo ele a puxou pela mão rumo ao corredor de acesso aos dormitórios do amplo apartamento, que em pouco tempo Bonah estaria habituada a estar como se fosse o seu!

 

HORAS haviam se passado e lá estava Victoria Lee aninhada ao corpo de Kim Yugyeom. De alguma forma estranha, mas não desconfortável, eles mantinham os braços e pernas entrelaçados. Com a cabeça descasando no peito largo masculino a mulher sentia-se mais satisfeita sexualmente do que jamais se sentira em toda sua vida. O Kim era insaciável. Não perdia tempo, ia direto ao ponto. Realmente impressionante. A Lee chegou a cogitar a possiblidade de fazer uma pesquisa na internet sobre o termo ‘vigor’, tinha quase certeza de que a foto de Yugyeom apareceria como melhor definição.

Ainda sorrindo pelos próprios pensamentos um tanto exagerados, vagueou os olhos pelo recinto, constatando que a cama estava um verdadeiro caos. Ela não podia ver tudo com clareza, mas podia imaginar a bagunça que ali estava instalada, como iria dar-se conta algum tempo depois. Um dos travesseiros e o edredom tinham caído no chão, o lençol de cima, que parcialmente os cobria estava todo embolado, e o de baixo havia escapado de uma das laterais do colchão.

As roupas de ambos também estavam espalhadas pelo quarto, perto da cama, assim como a gaveta do criado mudo e os conteúdos que dela tinham escapado. Parecia que alguma espécie de espirito bagunceiro havia passado por ali, tamanha era a desordem do recinto. Para alguém tão acostumado com ordem como Victoria aquilo seria motivo suficiente para algum pequeno ataque de nervos, mas não naquele momento, pois o que importava mesmo era estar nos braços de Yugyeom. Ela poderia se livrar da bagunça depois, mas daquele desejo pelo mais novo... Isso tinha quase certeza de que seria uma tarefa bem difícil e demorada.

Não que pensasse que eles fossem completamente errados um para o outro, claro que não, ainda mais a julgar pela inegável compatibilidade sexual, porém, um relacionamento não poderia se basear apenas em sexo de inquestionável boa qualidade. Pelo menos não um relacionamento duradouro. Não que a Lee estivesse de fato procurando por isso. Além do mais, o Kim não parecia querer se acomodar com uma mulher, não depois de ter sido dispensado por aquela que tanto queria. Victoria sabia que tinha se prestado a um papel ridículo ao colocar-se no caminho de Yugyeom como uma espécie de consolação depois de ele ter sido rejeitado pela Wang, mas tinha esperanças de que ele pudesse começar a vê-la de outra forma. Talvez ainda fosse cedo. Quem sabe se eles tivessem chances de estar juntos mais vezes...

Suspirou pesado, constatando que não precisaria estar com ele mais vezes para dizer a si mesma que já estava sexualmente viciada nele, apenas aquela noite havia sido o bastado para sacramentar a ideia de que nenhum outro a satisfaria daquela forma.

— Está cansada? — Yugyeom perguntou, deslizando uma das mãos pelas costas femininas, enquanto a outra começava a brincar suavemente com um dos seios.

Victoria o encarou como se ele tivesse enlouquecido ao murmurar:

— Você só pode estar brincando.

Ele apenas sorriu.

Aquele bendito sorriso travesso.

— Eu não estou sendo exagerada, ouviu? Você tem uma energia e tanto. — ela disse. — Deveria ter dormido horas atrás.

— Era isso que eles faziam?

— Eles?

— Eu estou supondo que você já esteve com outros homens antes...

— Sim, eu estive com outros. — confirmou não sentindo vergonha, afinal, não havia motivos para se sentir embaraçada, pois o Kim não a estava julgando, ele apenas parecia curioso. — E sim, o desempenho deles não era nada memorável, por assim dizer.

— Que babacas.

— Exatamente. — ela riu. — Um deles até chegou a dizer que o problema era comigo, que eu é que não conseguia chegar ao clímax como uma mulher normal.

— Quem é ele? Por favor, dê-me algumas informações para que eu possa caçá-lo e dar-lhe uma lição.

— Vai por mim, não vale a pena. Além do mais, ele já está pagando por sua estupidez. Está cumprindo pena por ter roubado a herança de uma de suas namoradas.

— Estupidez não, crime. — ele corrigiu.

— É. Ainda bem que não foi comigo. Eu o mandei sumir da minha vida assim que comecei a perceber que os interesses dele para comigo não eram o mais nobres.

— Quanto tempo vocês ficaram juntos?

— Dois meses. Mas no total foram seis meses de relacionamento, fomos colegas de trabalho antes de começarmos a namorar.

— Foi rápido. — Yugyeom opinou. — Porém, foi o suficiente pra te magoar, não é? Eu sinto muito que você tenha tido o desprazer de ter alguém tão ruim assim na sua vida.

Tocada por aquelas sinceras e doces palavras, Victoria apenas acenou de leve com a cabeça, estranhando como havia sido fácil contar aquilo para o Kim. Talvez ele a deixasse bastante à vontade. Ela não sabia como, mas tinha certeza quase que absoluta de que ele não iria julgá-la. Conversar com ele parecia natural. E era docemente estranho como eles haviam progredido naquele novo nível de relacionamento num espaço de poucas horas. Não que tivessem um relacionamento, propriamente dito. Mas... Bem, o que tinham era sexo. Correção, o que tiveram. Haviam feito um sexo maravilhoso. E agora estava terminado. Tinha que terminar.

— Preciso trabalhar amanhã. — Victoria saiu dos braços fortes e sentou-se, cobrindo-se rapidamente com o lençol.

— Sério? Mas amanhã é domingo.

— Sim. — assentiu e tentou dar de ombros. — Sinto muito. — ela estava pedindo desculpas, porém, mais para si própria do que para ele.

— A noona está me mandando embora?

— Você não tem que encarar dessa forma.

— Eu sei, mas é assim que é, verdade?

Victoria suspirou.

Era verdade. Porém, ela não estava apenas e tão somente dispensando-o. Na verdade ela o estava poupando de inventar qualquer desculpa para poder deixá-la fosse naquela madrugada ou em qualquer outra ocasião.

— Seu silêncio diz tudo. — o Kim apenas saiu da cama, pegou as roupas e a encarou com neutralidade. — Posso usar o seu banheiro?

Um aceno positivo de cabeça foi a resposta imediata da morena, que se sentiu trêmula quando o mais novo passou por si, indo para o recinto requisitado. Uma parte de si estava aliviada por ele não ter discutido, tentando fazê-la mudar de ideia, entretanto, outra parte sentia-se desapontada. O quê? Será que ela estava mesmo nutrindo uma pequena esperança de que ele ficasse um pouco mais?

— Você sabe que eu não vim aqui somente para dormir com você, não sabe?

Rapidamente, a Lee virou-se dando de cara com Kim Yugyeom terminando de subir o zíper e fechar o botão da calça social. Decidiu defensiva que aquela muito provavelmente seria a única vez que o veria daquela forma, então chegou à conclusão que deveria observá-lo bem atentamente, e foi o que fez.

Céus, ele é lindo!

Victoria teve a certeza de que enquanto vivesse se lembraria dele e daquela madrugada incrível.

— Eu não quero ir embora e deixar você pensando que me aproveitei de você ou coisa do tipo. — ele continuou falando. — Eu apenas queria ter a chance de conhecê-la.

— E você fez isso. — ela ajeitou o lençol na altura do busto. — Acho que já foi o bastante.

— Eu não acho.

— Você é louco? Alguma espécie de maníaco? — o encarou com estranheza. — Nós passamos horas na cama.

— Não fale assim, noona... — pediu em tom manhoso. — Ou eu vou começar a me sentir usado. — o olhar magoado foi exagerado demais e tão óbvio que não era verdadeiro, que fez a Lee se irritar ainda mais.

— Kim Yugyeom, eu realmente não tenho tempo pra isso, está bem? — caminhou até o guarda-roupa de onde tirou um robe de seda escura, que foi rapidamente colocado em volta de seu corpo no lugar do lençol. — Como eu já te disse, amanhã eu tenho que trabalhar.

— Tudo bem, eu vou deixá-la descansar. — ele concedeu com um sorriso doce. — Mas, será que a noona poderia, por favor, me acompanhar até a saída? Eu tenho medo de me perder, sabe?

O sorrisinho travesso dele fez com que Victoria sentisse vontade de esbofeteá-lo e de beijá-lo ao mesmo tempo. Por que ele tinha que ser tão adorável daquele jeito?

Andaram em silêncio até a sala de estar e quando já estavam próximos à porta, Yugyeom virou-se de frente para Victoria.

— Eu senti muito prazer essa noite.

A Lee sentiu-se meio trêmula e sua resposta foi apenas um murmúrio fraco, porém verdadeiro:

— Eu também.

— Será que há chances de acontecer de novo?

— Quem sabe? — ela tentou dar de ombros como se não fosse importante, mas seu olhar esperançoso a entregou.

— Por que é tão difícil confessar que quer estar comigo de outra vez, Victoria? Vamos, admita. Eu sei que sou bastante irresistível. — deu um sorriso largo cheio de dentes e uma bendita piscadela.

— Realmente. — ela suspirou. — Nunca conheci alguém tão modesto quanto você.

Ele continuou sorrindo ao indagar:

— Que tal um beijo de despedida?

— Adeus, Yugyeom. — ela abriu a porta e se inclinou contra o mais alto e o beijou levemente no canto esquerdo da boca. — Dirija com cuidado.

— Descanse bem. — ele retribuiu o carinho, beijando-a na testa.

Apesar de repetir mentalmente que era melhor daquela forma, Victoria teve que se forçar a fechar a porta enquanto Yugyeom caminhou pelo corredor. Quando teve certeza de que ele realmente tinha entrado no elevador, trancou a porta e fez o caminho de volta para o quarto. Assim que adentrou a recinto, a luz acendeu, permitindo-lhe ver a bagunça que ali estava instalada. Apressou-se em juntar os muitos objetos que haviam escapado da gaveta do criado-mudo. Quando tudo estava em seu devido lugar, sentou na beirada na cama.

Aquele tinha sido seu quarto por muitos anos e sempre fora um local que lhe remetia conforto e privacidade, mas agora, em sua desordem, lhe fazia sentir que algo estava bastante errado. Talvez até mesmo incompleto...

Yugyeom já estava fazendo falta.

 


Notas Finais


Quem quer spoiler do próximo capítulo?
Só posso dizer que...
Jinyoung e Lin estão vindo aí. Shh!

POR FAVOR, ajudem a unnie a decidir qual próxima fanfic escrever, aqui:
https://www.spiritfanfiction.com/jornais/qual-fanfic-voce-gostaria-de-ler-14677038


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