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História Depois daquela noite - Parte 42


Escrita por: AmigaDaPaz

Notas do Autor


Alguém on?
Passando rapidinho, pra desejar um ótimo Natal a todos vocês, e também para prometer que, irei correndo me dedicar ao capítulo 43 pra trazê-lo antes do réveillon. É isto. Promessa feita. Capítulo postado. Boa leitura!

Capítulo 42 - Parte 42


Fanfic / Fanfiction Depois daquela noite - Parte 42

 

DEPOIS DAQUELA NOITE

PARTE 42

 

PASSAVA um pouco das nove da noite quando Jaebum pegou a rodovia em direção à Goyang, no banco do carona, Sooyun teclava no celular. Ela certamente estava conversando com a amiga, Chae Jihye, mas o Im chegou a cogitar que ela poderia estar trocando mensagens com o tal melhor amigo de Jinyoung.

Chateado com a possibilidade, apertou as mãos em volta do volante. Quando tudo se acalmar, eu irei investigar isso. Irei descobrir quem ele é, prometeu a si mesmo, enérgico, tentando prestar atenção ao caminho que os levaria para a casa dos Park, onde Sooyun iria pegar alguns pertences dos pais, que permaneceram no hospital, e, depois uma ida até a residência dos Im, onde ele pretendia atualizar os próprios pais sobre o que estava acontecendo em Seul.

Aish. Que fome. — ela lamentou, guardando o celular dentro da bolsa.

Ele a encarou de modo reprovador.

— Você não jantou?

— Bem pouco.

— Podemos parar, se você quiser.

— Não. Tudo bem. Eu não estou com tanta fome assim. — dito isto, tirou de dentro da bolsa uma pequena garrafa plástica, destampou e bebeu dois rápidos goles.

— Tem certeza? Ficaremos na estrada por mais uma hora e meia, pelo menos.

— Podemos ligar o rádio? — mudou de assunto. — Ouvir música vai fazer o tempo passar mais rápido. — no mesmo instante que terminou de falar, lembrou-se que, da última vez na qual estiveram juntos naquela mesma situação, tinham brigado por causa de uma música, que ela não quisera ouvir e que o Im insistira em deixar tocando. — Ou não. — concluiu frustrada.

Jaebum deu de ombros, mas também se incomodou com a lembrança da ocasião.

“...a coisa sobre os momentos, elas são uma dor bonita”, foi a frase que ecoou dentro do carro quando uma das principais rádios de música pop foi sintonizada. “...evitando uma dor, você encontrará outra. Você não encontrou a felicidade ao seu lado?”

Não!

Jaebum quis gritar, mas se conteve, e apenas trocou de estação, parando numa em que a voz masculina grave cantava sobre como estava bem ou iria ficar. Não era perfeita, mas era uma música melhor e mais apropriada, digamos assim, do que a anterior.

“Eu disse a mim mesmo que ficarei bem”

Sooyun também pareceu aprovar a escolha, pois fechou os olhos e apenas apreciou. Olhando-a de soslaio, o Im podia ver claramente quão cansada ela estava. Sentiu pena. Também sentiu vontade de abraçá-la e dizer que iria ficar tudo bem, mas não teve coragem, então apenas se concentrou na estrada, se perguntando se algum dia eles iriam conseguir conversar outra vez sem brigar.

“Você não conhece esse sentimento”

...você não deixou nada para trás, no entanto eu continuo sonhando”.

 

— É APENAS como me sinto.

Stacy Daniels tentou dar de ombros como se não fosse importante, mas era. E não poderia ser diferente, afinal de contas, ela acabara de falar para o amigo, que a secretária do chefe da empresa na qual trabalhavam, parecia não gostar muito de si.

Kunpimook a encarou incrédulo, não conseguia entender aquilo. Ela estava mesmo falando sério? Até poucos minutos antes a loira de incríveis olhos claros, estivera contando a história trágica da morte da irmã mais velha e agora parecia querer brigar por causa de uma impressão errada, que tivera de uma colega de trabalho. Como ela podia mudar de humor tão rapidamente? Não podia ser normal.

O ruivo bebeu água antes de contrapor:

— Não quero dizer o que você deve ou não sentir, mas acredito que você teve uma impressão errada. — ele disse com cautela. — Choi Bonah é uma pessoa tão gentil e amigável.

A loira remexeu no prato, sem apetite algum.

— Não consigo acreditar nisso.

— Por quê? Você não confia em mim? — ele se incomodou. — Além do mais, se minha palavra não basta você pode ouvir outros funcionários. Certamente nenhum deles terá algo de ruim para dizer sobre ela.

— Então eu sou uma exceção.

— O que aconteceu?

— Foi ela quem me orientou no primeiro dia de estágio. — contou, logo tentando explicar o motivo de tanta antipatia para com a sul-coreana. — E, além de ter soado impaciente com alguém, como eu, que está apenas aprendendo, ela também pareceu se esforçar para que eu não entrasse em contato direto com o chefe. — neste momento Stacy realmente soou chateada. — Ela até me orientou a procurar o diretor do RH caso eu tivesse algum problema e não o presidente da empresa. Isso não é suspeito?

— Na verdade, não, pois quem de fato cuida dos problemas dos funcionários é o diretor do RH e não o presidente da empresa.

— Certo. — concordou a contra gosto. — Você decidiu mesmo defender ela.

— Não, Stacy. — com o máximo de paciência, o tailandês rebateu: — É você quem parece que decidiu ter a pior opinião sobre uma pessoa que não conhece. Isso não é legal.

— Não importa se é legal ou não, BamBam. — retrucou num tom duro, que raramente usava, ainda mais em conversas com ele. — Eu só queria desabafar com você. Só queria que você concordasse comigo, e, me defendesse.

— Por que eu precisaria fazer isso? — o rapaz realmente não estava entendo nada. — Você está sendo ameaçada ou coisa do tipo?

— Você nem imagina como. — a maneira como ela disse juntamente com o olhar compenetrado, fez com que tudo parecesse ainda mais grave.

— Não me assuste desse jeito.

Percebendo que a conversa não iria render como esperava, Stacy resolveu sair.

— Eu não estou me sentindo muito bem. — remexeu na bolsa, até tirar algumas notas de dólares. — Pague a minha parte. — estendeu a quantia. — Eu já vou.

— O que houve? — agora sim, BamBam se preocupou. — Você precisa de atendimento médico?

— Eu só preciso ir pra casa.

— Mas, e o cinema? Nós não íamos ao cinema?

— Você pode ir sozinho. — o encarou com uma neutralidade absurda, e, manteve a expressa quase vazia, mesmo quando seu tom de voz se tornou bastante afiado. — Ou pode convidar a senhorita Choi Bonah ou quem sabe a Lisa Hill.

O tailandês suspirou.

— Stacy.

— Não me siga. — dito isto, saiu, deixando BamBam perdido em sentimentos de confusão, mágoa e vergonha.

Que conversa estranha fora aquela?

 

COM calma e delicadeza, Yugyeom prosseguiu massageando as costas de Victoria por longos minutos, só parou quando percebeu que ela dormia. Sorriu, apreciando-a. Ela parecia tão bem daquela forma, tão confortável e um tanto indefesa. Se o Kim fosse um cara ruim, poderia fazer o que bem entendesse com ela, naquele instante porque quando ela tentasse reagir, poderia ser tarde demais. Porém, o jovem não cultivava maldade dentro de si, e, tudo o que pretendia fazer com aquela noona era bom.

Saiu da cama com o máximo de cuidado para não fazer movimentos bruscos ou barulhos que pudessem perturbar o sono da Lee. Ajeitou o roupão, cobrindo novamente o torço. Dentro do banheiro, fez o que precisava, e, tomou alguns segundos para analisar o próprio rosto no espelho, constatando que parecia mais pálido que o habitual. Pegar um pouco de sol talvez não fosse tão ruim. Chegou à conclusão de que era uma coisa positiva ter apagado as luzes do quarto, senão teria parecido um fantasma e certamente isso iria assustar Victoria.

Quando voltou ao quarto, percebeu que a morena estava remexendo-se na cama. Cogitando que ela pudesse estar com frio, ele foi rápido em cobri-la com o lençol, sussurrando que estava tudo bem, e que, ela deveria voltar a dormir.

— Você vai dormir também? — ela quis saber, quase inaudível. — Você não está com sono?

— Um pouco. — ele sentou-se no colchão.

Ela o segurou pelo braço.

— Então deita.

Assim que o Kim fez o que lhe foi ordenado, Victoria o encarou com expressão sonolenta, tentando acomodar melhor a cabeça no travesseiro.

Noona. — Yugyeom acariciou o rosto feminino com as pontas dos dedos da mão direita, tirando uma mexa de cabelo de cima do olho. — Você não vai me mandar embora, vai?

De repente, a Lee abandonou a expressão sonolenta, olhando para o mais novo com uma expressão que denotava arrependimento e convicção ao declarar:

— Eu nunca mais vou te mandar embora.

Yugyeom sorriu.

— É bom ouvir isso.

Victoria queria poder falar que era muito bom dizer aquilo, mas preferiu apenas sorrir, suspirar, voltar a fechar os olhos e aproveitar os carinhos que o Kim fazia em seu rosto. Definitivamente, pegar no sono nunca tinha sido tão fácil como naquela ocasião.

Descansou de forma ininterrupta por várias horas. Sonhou, mas não foi capaz de lembrar, entretanto, havia em si uma sensação gostosa de que os sonhos tinham sido doces.

 

ONZE anos haviam se passado, mas para Mark Tuan era como tivesse sido no dia anterior. Ele ainda era capaz de lembrar com incrível e perturbadora riqueza de detalhes a confusão que fora não saber sobre o paradeiro de Shannora Raymond, a injustiça de ter sido considerado um os responsáveis pelo desaparecimento, e, logo em seguida a dor de saber o que tinha acontecido com aquela bela garota de quinze anos. Sua amada namorada. Ela era linda. Não tinha os cabelos loiros como os da irmã caçula, mas os límpidos olhos azuis eram os mesmos. Mark já não sabia contar quantas vezes tinha sonhado com aqueles olhos, que algumas vezes transformavam-se em infinitos mares.

Quando eles namoravam, os sonhos eram sempre bonitos. Eram como uma espécie de extensão do que viviam no dia a dia. Eles quase sempre estavam juntos, rindo e sorrindo. Porém, depois que ela foi assassinada daquele jeito tão brutal, tudo se transformou em pesadelos, nos quais as águas não eram mais limpas, mas sim turvas e pareciam querer devorar o jovem, tal e qual como as lembranças queriam fazer agora.

Após deixar o terno e a maleta em cima do sofá, ele foi até a cozinha. Serviu-se de um generoso copo de água. Pensou no que iria preparar para comer, mas nada lhe pareceu bom o suficiente. Talvez fosse melhor pedir algo pronto. Bem, na verdade, não estava com tanta fome assim. Decidiu que o melhor seria tomar banho. De volta à sala, pegou o terno e a maleta e deu um rápido alô ao peixinho antes de caminhar para o quarto.

Foi, quando estava indo para o banheiro que percebeu algo em seu bolso direito, pôs a mão dentro, tirando de lá uma espécie de gosma. Sentiu nojo. Era a barra de chocolates que havia trazido do almoço com os amigos, no inicio daquela tarde. A intenção era dá-la para Bonah, talvez até mesmo dividir com ela. Mas não foi possível. As noticias ruins não permitiram que eles tivessem um pequeno momento doce. Frustrado, Mark jogou aquilo no cesto de lixo. E, se encarando no espelho, lamentou não ter tido a sorte de ao menos tentar repetir algumas coisas da noite anterior. Tinha sido tão bom estar com Bonah...

Será que eles ainda poderiam ter aquilo?

Mark queria.

Nem que fosse apenas um pouquinho mais.


Notas Finais


As músicas mencionadas no capítulo são:
Beautiful Pain, BTOB e Okay, Jackson Wang

FELIZ NATAL: http://fics.me/15199404

Apareçam por aqui: http://fics.me/15021117

P.S: É isso mesmo, enquanto todo mundo está preocupado e/ou sofrendo por algo ou alguém,
Yugyeom e Victoria estão só no love. Sim, eu estou protegendo-os. Alguem problema?


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