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História Depois daquela noite - Parte 60


Escrita por: AmigaDaPaz

Notas do Autor


Já é aniversário do Jaebum-oppa lá na Ásia! \o/ E já é uma nova fase aqui em DDN, portanto, aproveitem com cuidado. Boa leitura!

Capítulo 60 - Parte 60


Fanfic / Fanfiction Depois daquela noite - Parte 60

 

DEPOIS DAQUELA NOITE

PARTE 60

 

EU sei, já é tarde para o almoço, mas ainda há tempo para um jantar. Podemos nos encontrar em nossa futura casa?

Jaebum leu e releu a mensagem incontáveis vezes antes de enfim formular uma resposta dentro de sua cabeça e digitá-la no celular.

Podemos. Em breve eu estarei lá.

Sorriu e apertou o comando enviar. Esperou por uma resposta que não veio. Mas nem precisava. Sooyun tinha sido a primeira em estabelecer contato. E tinha sido no tempo certo, pois ele próprio estava planejando chamá-la para beberem ou comerem alguma coisa no final daquele dia. Ou em outra ocasião que ela achasse melhor. Contanto que aceitasse passar um tempo com ele...

— Alguma programação especial? — Yugyeom quis saber quando o Im parou no setor de análises para dizer que já estava saindo.

O mais velho estufou o peito ao responder:

— Vou jantar com a minha noiva.

O Kim sorriu em resposta ao sorriso largo do seu hyung favorito. Daebak. Fazia tempo desde que Jaebum se mostrara contente daquele jeito. Yugyeom sentia-se feliz pelo amigo.

— Que o hyung possa aumentar ainda mais esse sorriso.

— Desculpe-me minha intromissão — pediu Yoon Dohyun, que também estava no recinto. —, mas se o hyung sorrir mais do que isso vai parecer um maníaco.

Jaebum riu, ralhando:

— Yah! Vá cuidar dos preparativos pra sua viagem.

— Sim, senhor. — o filho mais novo de um dos sócios da empresa bateu continência, rindo.

Yugyeom ainda ria, dando tchau para o Im, que manteve o sorriso. E daí que pudesse parecer um doido? Estava alegre demais, poxa vida. Tão de bom humor que nem o trafego caótico nas principais vias de acesso e saída do centro da capital, o fez soltar impropérios e resmungar enquanto buzinava e apertava o volante do carro, como habitualmente ocorria.

 

NÃO foi uma nem duas vezes apenas que Park Sooyun deixou algum utensílio de cozinha cair de suas mãos escorregadias. Apesar de confiar em sua boa conduta culinária, não conseguia aplacar os próprios nervos ante a realidade do que estava fazendo: um jantar para seduzir o futuro marido. Uma comida boa seguida de uma transa, que dali alguns meses iria fazê-lo acreditar que era o pai da criança que gerava.

Em dado momento, precisou de alguns minutos para beber goles de chá, que prometia evitar que os enjoos lhe acometessem durante ou mesmo logo depois da refeição. Não confiava no estômago cada dia mais sensível e nos hormônios instáveis. Prometeu se policiar para não comer demais, ainda que se sentisse tentada pelo cheiro maravilhoso de frutos do mar com especiarias cozidas.

Assim que terminou os pequenos invólucros de Gimbap, passou a dedicar-se ao Kkotgetang. Checou as horas, num grande relógio de ponteiros, fixado na parede em frente, num pequeno espaço entre o armário e o refrigerador. Enquanto enxugava as mãos, assentiu com um aceno de cabeça, ao constatar que daria tempo. Quando Jaebum chegasse, tudo ainda estaria numa temperatura comestível.

— Você está indo bem. — animou a si mesma e prosseguiu otimista.

 

LINDA.

Foi o primeiro adjetivo a surgir na mente de Jaebum ao ser recebido por Sooyun, na entrada da casa. O vestido branco com renda na altura no busto destacava bem a magreza e a classe que a Park possuía tão naturalmente desde sempre. Ela também estava bonita com aquele penteado; os fios afastados do rosto, presos no alto da cabeça, deixando ver o pescoço alvo. O Im ainda se lembrava de algumas das vezes em que havia beijado e até mordiscado aquela pele branca e macia. Sorriu nostálgico. Ser um adolescente com hormônios a mil tinha sido incrível, porque aquela mulher – na época ainda uma garota – gostava de amassos tanto quanto ele. Na verdade, na grande maioria das vezes era ela quem começava e Jaebum nunca tinha sido capaz de negar as vontades dela. Pelo menos não aquelas, que também eram suas.

— Acredito que ainda seja muito cedo para jantarmos. — ela disse, enquanto adentravam a sala. — Que tal um drinque antes?

— Aceito. — ele terminou de tirar o casaco e os sapatos e logo a acompanhou.

Passaram pelo corredor de acesso à cozinha e seguiram um pouco mais até a porta para os fundos da casa, mas precisamente até a varanda.

— Vinho de frutas. — Sooyun apontou para a jarra cheia disposta em cima da pequena mesa adornada com toalha branca e velas acesas.

— Com ou sem álcool? — Jaebum meio que provocou.

— Prove por si mesmo.

— Eu vou.

Acomodaram-se. E logo estavam servidos.

— Bem doce, mas não é ruim. — o Im comentou após bebericar.

— Você sempre gostou de coisas doces.

— Sim. — ele concordou. — Paladar infantil, dizem.

— Não é mesmo ruim. — a Park concordou após um pequeno gole, mas em seu intimo preferia uma bebida alcoólica, pois assim teria uma pouco mais de nervos e coragem pra prosseguir com aquela noite.

 

O JANTAR passou como uma névoa ligeira recheada de cheiros, sabores e muitos elogios murmurados de: “está muito bom”, “está gostoso”, “essa receita é mesmo ótima”. A maior parte deles vinda de Jaebum, enquanto Sooyun se resguardou ao direito de apenas concordar com pequenos murmúrios de “aham” e acenos leves com a cabeça, mastigando e engolindo devagar. Quase não sentiu o gosto da comida, tão presa estava nas ideias que giravam na mente. Concentrada ao máximo que podia para formular bons argumentos na conversa que teria que introduzir logo mais.

— Sem apetite? — ele quis saber em determinado momento.

— O quê? — ela sobressaltou-se.

Jaebum riu.

— O quê?

— Nada. Só é engraçado que, enquanto eu estou perdido na comida você está tão longe em seus pensamentos.

Sooyun se remexeu desconfortável.

— Claramente algo te incomoda. O que é?

— Você tem razão. — ela se levantou. — Estou sem apetite. — caminhou para a pia, onde lavou as mãos, tomou fôlego, contendo a ânsia de vômito e se virou. — Por favor, termine de comer. A minha mãe ficaria ofendida se nós dois desperdiçássemos a receita dela. — sorriu de modo fraco. — Estarei lá fora. — dito isto, seguiu para a varanda.

De repente, Jaebum também não tinha mais apetite.

 

— VOCÊ tem um bom timing. — ele disse ao aproximar-se. — Eu estava mesmo pensando em te convidar pra jantar hoje.

De onde estava, de pé, encostada no patamar de sustentação do telhado, Sooyun se sentiu tocada pelas palavras, mas não demorou a se sentir frustrada. Quem dera se, seu time também tive sido bom alguns meses antes.

— Mesmo?

Jaebum concordou com a cabeça, aproveitando a chance de ser franco.

— Sim, mas eu não pensei nessa casa.

— Talvez você ainda não consiga enxergá-la como um lugar pra comer, beber, viver...?

Ele pensou por alguns segundos.

— Sim, porque ela me parece vazia, apesar de alguns dos moveis e utensílios.

— Mas agora que já comemos e bebemos nela, você pode vê-la de outra forma?

— Vamos lá, Sooyun, não tenha medo. — a incentivou, pois, para si era mais do que justo que, se pudesse ser verdadeiro ao pôr em palavras seus sentimentos, opiniões e decisões, a noiva também deveria usufruir do mesmo direito, afinal, estavam construindo um futuro juntos. Precisavam acertar as coisas, pelo bem da relação. — Pergunte o que quer perguntar. “Ainda que isso doa”, quase acrescentou, mas desistiu.

— Certo. — ela tomou fôlego extra. — Você consegue se imaginar vivendo nessa casa comigo, fazendo dela um lar... — após uma pequena pausa, acrescentou: — Para a nossa futura família?

Outra vez, ele pensou por alguns segundos.

— Depois de alguns pequenos ajustes aqui e ali, ao longo dos anos... — acenou com a cabeça, positivamente. — Sim, pode ser um bom lar para nós.

Um suspiro de alivio audível escapou pelos lábios trêmulos da Park.

— Eu sei que isso é difícil pra você. — o Im começou cauteloso. — O que eu fiz foi horrível. Trair a sua confiança daquela forma...

Ele estava se referindo ao fato de ter feito sexo com Choi Bonah, a prima que Sooyun aprendeu a odiar assim que descobriu tudo, através das palavras de Jackson Wang, o pai da criança que estava gerando. Que inferno! Por que a vida tinha que ser tão complicada?!

— Eu sei também que nada do que eu faça, ou diga, irá apagar a memória ruim que aquilo te causou, mas eu prometo que serei melhor daqui pra frente. Vamos fazer nosso noivado, nosso casamento e nosso lar da certo.

Emocionada, Sooyun aceitou as palavras de Jaebum, mas não conseguiu prometer nada em troca, pelo menos não em palavras. Preferiu abraçá-lo, pois olhá-lo nos olhos era doloroso porque a faria desejar voltar no tempo e desfazer tudo de ruim que tinha dito e feito. Com ele. Com o melhor amigo do irmão. Com a prima. Consigo mesma.

— Obrigado por não fugir mais de mim. — ele a beijou na testa. — Obrigada por acreditar em nós. — sorriu, acariciando-a no rosto, tão ternamente, que a fez sentir vontade de chorar. — Venha, vamos nos acomodar aqui e apreciar a noite. — a puxou até que ambos estivessem sentados lado a lado ao redor da pequena mesa que cerca de uma hora antes estiveram bebendo vinho de frutas. — Estou curioso. — disse, olhando-a. — O que podemos mudar nessa casa para que ela fique cada vez mais aconchegante para a nossa futura família?

Sooyun não soube como, mas de alguma forma conseguiu se envolver naquela conversa, que dali alguns anos a faria sorrir e chorar com a agridoce lembrança de um jovem casal errante no amor e nada vida, mas esperançoso.

 

SOOYUN não conseguia mais parar de olhar Jaebum. Tudo nele era lindo; desde o brilho de satisfação nos olhos, sendo um deles adornado com aquelas duas pintinhas graciosas, os lábios cerrados com um leve sorriso, o ar adulto do cabelo bem penteado, os antebraços amostra, graças à camisa de manga curta...

Tudo nele fazia o desejo dela crescer mais e mais a cada instante. Ainda assim, suas emoções estavam em tumulto só de pensar que poderia estar cometendo um erro, com graves consequências para ambos.

Mentalmente, se martirizava com as possíveis reações, caso ele viesse a desconfiar e descobrir sobre o real motivo de estarem ali.

Eu não posso pensar nisso. Não posso!

Sabia que, corria um grande risco, mas por enquanto não daria tanta importância para nada de ruim. Seguiria com os planos.

— Frio? — Jaebum segurou-lhe a mão esquerda, apertando de modo leve e cálido.

Sooyun aceitou o conforto e sorriu.

O que eu estou fazendo?

Ela tinha a resposta exata.

Estou vivendo o início de um recomeço com meu futuro marido, hoje nós vamos consumar o primeiro ato de amor do resto das nossas vidas. Sim, nós vamos.

Instintivamente, seu sorriso se alargou. Ao lado, Jaebum puxou-lhe as mãos unidas e beijou o dorso da pele delicada.

— Eu gosto de te ver sorrindo, assim.

— Eu também gosto do seu sorriso. — respondeu, olhando-o. — Eu estou feliz por você estar aqui, Jaebum. Estou feliz e ansiosa... — desviou a mirada por alguns segundos. — Estou ansiosa por você.

Ele foi rápido em ler a mensagem contida não somente nas palavras, mas também nos olhos dela. E ficou feliz ao constatar o desejo. Naquele momento, a noite estava mais do que boa, com potencial para ficar melhor ainda.

Aconteceu de repente. E rápido. Nenhum deles era capaz de afirmar com certeza quem havia iniciado aquilo. Quem tinha puxado quem para perto. Quem tinha beijado quem primeiro.

Mas foi Jaebum quem falou, quando aconteceu a pausa:

— Obviamente... — murmurou, enquanto beijava o pescoço de Sooyun. — Estamos tentando recuperar o tempo perdido.

— Sim, nós estamos.

Ele riu, puxando-a para perto, até fazê-la sentar-se por cima de suas coxas grossas, mas os braços da cadeira de metal machucaram a lateral do quadril feminino, fazendo a mulher protestar com um manhoso “não, aqui não”.

— Não mesmo. — o Im concordou, segurando-a pelos ombros e na parte interna dos joelhos, suspendendo-a nos braços fortes. — Você merece conforto.

Outra vez, a Park quase chorou. As palavras ardendo, presas na garganta. Queria ter coragem para dizer: “Jaebum... Eu quero construir uma vida com você”.

Mas o momento passou então ela permaneceu calada. Envolveu o pescoço masculino e também os ombros e se deixou levar para dentro da sua futura casa. Novo lar.

 

JAEBUM conduziu Sooyun até o quarto, fechou a porta com um chute no mesmo instante em que as luzes do chão se acenderam, juntamente com os abajures em ambos os lados da espaçosa cama. Depois de deitar a noiva no colchão, ficou contemplando-a por algum tempo, depois inclinou o corpo, e puxou as alças do vestido, que rasgou na parte da renda que cobria o busto.

— Jaebum! — Sooyun se assustou.

— Ops. Parece que não é um tecido de boa qualidade. — riu de modo um tanto maldoso. — Prometo que comprarei vestidos melhores.

Ela o encarou, indignada.

— Por que você está sendo cruel? Só pra dizer que ganha dinheiro suficiente, então pode rasgar minhas roupas assim?

— Nada disso. Eu apenas estou quase louco de desejo, mas prometo que serei carinhoso.

Sooyun não soube o que dizer, mas também não teve tempo, visto que, rapidamente, Jaebum libertou-a do vestido para logo em seguida, deitar-se ao lado dela, acariciando a face feminina com as pontas dos dedos e beijou-lhe a boca durante muito tempo, até sentir que sua futura esposa estava relaxada em seus braços.

Foi maravilhoso para ele sentir o descompasso da respiração dela quando começou a acariciá-la nos seios. Quase foi à loucura total quando ela soltou aquele gemido choroso. O brilho enevoado de desejo nos olhos dela o hipnotizou.

Murmurou aprovativo, quando as delicadas mãos femininas alcançaram seu corpo, tocando-o, acariciando-o, enquanto a boca masculina intercalava entre os seios, pescoço e lábios trêmulos de Sooyun, que deixou escapar entre respirações falhas:

— Não sei como consegui ficar tanto tempo sem você.

Como ela pode ser tão sensual?

Encarando-a, Jaebum percebeu que havia lágrimas no rosto da Park. Preocupado, rapidamente a puxou para mais perto, secou o rosto, murmurando com carinho, mas de modo inegavelmente resoluto:

— Vamos deixar o passado no passado. O futuro é o que interessa. Na verdade, o que vale mesmo para nós é o agora. — deslizou a mão esquerda até o triângulo entre as coxas femininas. —Você está pronta? — questionou baixinho, acariciando-a devagar.

Um murmúrio quase inaudível foi a resposta positiva que Sooyun conseguiu emitir.

— Ótimo. — Jaebum sorriu já começando a livrar-se das próprias roupas, o que levou menos de sessenta segundos. Logo ele estava com o corpo por cima do corpo da Park, que arquejou quando sentiu o início da penetração. O Im parou, preocupado. — Estou te machucando?

Finalmente, Sooyun abriu os olhos e respondeu com certa dificuldade, que ele podia continuar. E assim ele o fez. E não demorou muito para sentir os quadris da mulher, acompanharem o ritmo dos próprios quadris. Não havia dúvidas, eles ainda funcionavam bem demais juntos naquele âmbito do relacionamento.

Algum tempo mais tarde, depois de algumas trocas de posições, gemidos, beijos e murmúrios recheados de satisfação, eles alcançaram o clímax. Ao mesmo tempo em que Jaebum deixou escapar um gemido alto, quase um grunhido, Sooyun tremia e balbuciava um tanto rouca, dizendo o nome do noivo repetidas vezes, quase como um mantra, conforme seu corpo relaxa sob o do Im. Juntos, sucumbiram à exaustão. A melhor das exaustões, eles concordavam.

 


Notas Finais


Gimbap
Conhecido como sushi coreano, é um bolinho de arroz envolto em alga, podendo receber inúmeros recheios, tais como: vegetais crus, pepino, cenouras, carnes e omeletes; formando uma refeição, acompanhada de arroz.

Kkotgetang
Sopa de caranguejo com muito molho de pimenta, pasta de soja fermentada, abobrinha e rabanete.


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