No dia seguinte, ao voltar do salão de treinamento, depois de uma sessão, Vampira lembra-se da mensagem do Gambit. Na sala de treinamento a sessão com o professor foi relativamente tranquila, ela pôde se concentrar. Porém, ela estava um pouco inquieta, nervosa, porque mais sedo ou mais tarde teria que achar uma maneira de se encontrar com o Gambit, e no fundo, ela estava preocupada porque possivelmente terá de sair escondida para vê-lo.
Talvez até desista de ir ao encontro dele. Afinal naquele sábado a Ororo andava muito ocupada e Kitty estava triste, sentia muito em não poder acompanhar Vampira ao encontro. Bobby torceu um ligamento durante a sessão de treinamento na sala do perigo e estava mancando. Honestamente, ele era tão propenso a acidentes como Vampira era. Ele deveria se recuperar sem problemas, mas o Fera disse que ele precisava de repouso, e Kitty estava ajudando-o o tempo todo.
Vampira estava na sala vendo TV quando Kitty apareceu.
Kitty:- Vampira, querida, sinto muitíssimo em não poder sair hoje com você. – Lamenta ela.
Vampira:- Kitty, está tudo bem. Ele não ligou pra marcar nada.
Kitty:- Certo. – kitty sai da sala e é nesse exato momento que o celular de Vampira começa a tocar. Ela pega-o e descobre que é o Gambit, ela corre para o quarto e atende.
Vampira:- Oi, amor! – Ela diz tristonha.
Gambit:- Bom jour, mon amour, como vous está?
Vampira:- Bem, obrigada.
Gambit:- Chere, parece triste... vous está bem mesmo, amour?
Vampira:- Sim, gato. – Oh, se você soubesse, - pensa ela.
Gambit não era bobo e pôde sentir algo estranho na voz dela.
Gambit:- Se vous non me contar o que ouve, eu vou até ai.
Vampira suspira e decide contar.
Vampira:- O Bobby sofreu um acidente em meio ao treino e torceu um ligamento. Ele vai ficar bem, porém o instituto está uma zona e eu não poderei sair para ver você. – Sua voz saiu suspirada no final.
Gambit:- Bien, mon amour, essa notícia me deixou triste… non só porque non vou poder vê-la, mas também pelo garoto Bobby. – Ele disse decepcionado. – Saiba que eu pensarei em vous o dia inteiro. Amo vous... vous sabe disso, chere.
Vampira fecha os olhos. As carinhosas palavras dele a reconfortam.
Vampira:- Eu também te amo, Gambit.
Gambit:- Dê o meu olá para Bobby. Espero que se recupere logo.
Vampira:- Certo, meu amor. Adeus.
Gambit:- Adeus, meu doce.
Vampira, kitty e Jubileu dedicaram-se naquele sábado a ajudar o pobre Bobby e compartilharam brincadeiras, como tantas vezes. Quando por fim, já era noite e todos foram para seus quartos.
Vampira foi para a cama, estava mais calma. A atividade em ajudar o Bobby foi uma boa distração, e ela estava cansada. Queria descansar. Ela aconchega-se na cama e em seguida dorme.
Vampira tinha sobrevivido três dias sem ver o seu Francês, e era o seu primeiro dia de treino psíquico. Aquilo tinha sido bom para ela. O tempo voou, trabalho a fazer e o professor sorriu para ela, com seus olhos azuis cintilantes, enquanto ele a olha atentamente.
Xavier:- Excelente trabalho, Vampira. Eu acho que você está se saindo bem nas sessões.
Vampira ergueu a cabeça para curvar seus lábios em um semblante de um sorriso.
Vampira:- Eu tenho que ir para o colégio, podemos continuar mais tarde? – Ela murmura.
Xavier:- É claro! Já são 6:50 da manhã e eu nem me dei conta. – Ele sorri. – Vejo você mais tarde. Boa aula.
Vampira:- Obrigada.
Vampira pega a bolsa, encolhe os ombros em seu casaco e sai. Vampira sai de casa a pé respirando o ar da manhã. Ela sentia um vazio em seu peito, um vazio que estava presente desde sábado de manhã; sentia falta dele. Ela anda em direção ao ponto de ônibus com a cabeça baixa olhando para seus pés, meio triste. Quando de repente, um carro preto para de frente a Vampira. A porta se abre e Vampira recua alguns passos tomando um susto.
Bella:- Anna Marry? – Na frente de Vampira está a mulher loira daquele dia, de porte luxuoso, com os olhos azuis e frios.
Vampira:- Você? – Vampira ficou nervosa.
Bella: - Precisamos conversar, sei que ainda não me conhece, mas é sobre algo muito importante...
Vampira:- Quem é você? – A voz de Vampira sai tremida de medo.
Bella;- Eu sou a Noiva do Remy, ou Gambit seja lá como você o chama.
Aquelas palavras doeram em suas carnes, era como se ela tivesse cravado uma faca invisível em seu coração.
O corpo de Vampira ficou trêmulo. Ela ordenou que Vampira entrasse no carro e lançou um olhar bem esquisito a ela, como se a odiasse.
Vampira tentou ficar calma, mas não conseguia e começou a se exaltar.
Vampira:- O que diabos você quer de mim? – Perguntou muito nervosa.
Bella:- Entre no carro, eu não vou te machucar a menos que você reaja.
Vampira suspirou e entrou no carro ainda tremendo, ela estava indefesa e não poderia reagir. Dentro do carro, além do motorista havia outro homem alto e forte, parecia seu segurança. Durante o caminho Vampira permaneceu calada, até que a moça começou a falar.
Bella:- Eu não sei se você já sabe, mas eu e o Remy íamos nos casar. Essa união seria para unir os clãs e nossas famílias, mas acredito que ele não te contou sobre isso... sobre nós.
Vampira:- Ele contou, mas não entrou em detalhes. – Vampira disse sem encará-la.
Bella:- Sabe Anna. – Ela recomeçou pegando uma mecha de cabelo de Vampira e colocando atrás da orelha da garota. – Eu vou precisar voltar para minha casa, mas deixarei aqui algumas pessoas de confiança que a observaram e me avisarão de qualquer atitude suspeita sua em relação ao meu marido. Sabe é bom você ficar de bico fechado e não falar nada pra ele sobre mim, isso é uma ordem.
Vampira a encarou nervosa e perguntou com voz irritada:
Vampira:- O que você quer de mim?
Bella:- De você não quero quase nada... – Ela disse com um sorriso sarcástico. – Tudo que quero é que se afaste do Remy. Caso você não se afaste dele, terá problemas seriíssimos.
Vampira:- Quem você pensa que é pra me ameaçar desse jeito. – Ela grita com os olhos repletos de um ódio surdo.
Bella:- Sou uma das assassinas mais perigosas de Nova Orleans! – Desta vez, Bella olha para Vampira séria e com um certo ar de fúria. – Entenda, posso acabar com você agora mesmo se eu quiser.
Vampira estremece ao ver ela mostrar a arma dentro de sua jaqueta.
Bella:- Mas não farei. Mas caso você não faça o que estou mandando... seus amiguinhos vão encontrar você com a boca cheia de formiga.
Vampira:- Você é louca?
Bella mandou parar o carro em uma praça, e antes de abrir a porta para que Vampira descesse, ela fala:
Bella:- Apenas quero deixar claro que o meu casamento com o Remy me tornara chefe do clã de ladrões também, e ele, como um bom ladrão aceitará reatar nosso noivado e casará comigo sem questionar, pois tenho algo dele que você não tem. E por isso ele aceitará provando que não gosta de você de verdade. Não tente estragar meus planos ou se dará mau.
Vampira:- O Gambit me ama e nada do que você fizer vai fazê-lo voltar para você. – Vampira cuspiu as palavras na cara dela com uma coragem desmedida.
Bella a olhou e depois disse com um sorriso descarado:
Bella:- Remy Lebeau apaixonado por você? – Ela ri sarcástica. – Acho difícil, querida.
Vampira:- Ele me dá provas disso todos os dias, querida.
Bella:- Não seja ingênua. Ele só está procurando um novo brinquedo, um novo e adequado brinquedo para deitar-se e lhe fazer coisas indescritíveis.
O coração de Vampira se aperta.
Vampira:- É mentira.
Bella:- Essa é a verdade, eu o conheço melhor do que você. Ele quer apenas sexo, isso é tudo. Dê a ele o que ele quer e adeus. Ele utiliza o sexo como uma arma. Ele fará sexo com você para submeter os desejos dele e os seus. – Bella abre a porta e empurra Vampira para fora do carro. Vampira ainda a olha assustada. Antes de fechar a porta para ir embora, Bella ainda diz sarcástica:
Bella:- Pense no que eu disse. Ah, sim... e o Remy não faz amor... ele fode... ele se aproveita o máximo que pode de suas garotas e depois as descarta. Não pense que ele está interessado em amor. – Ela bate a porta e o carro vai embora.
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