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História Descendentes: Os guardiões da Profecia - Quem tem medo do Bicho Papão pt. I


Escrita por: LuaaChan

Capítulo 5 - Quem tem medo do Bicho Papão pt. I


|Henry|

Dias depois...

Já estava na hora, sentia isso dentro de mim. Era a hora de falar sobre a profecia aos moradores de Storybrooke.

Meu avô, Rumpelstiltiskin, me falou que eu deveria reunir os Guardiões da Profecia, os futuros salvadores que defenderiam todos nós de uma força muito poderosa e devastadora. Rumple disse que quando chegasse o momento certo de revelar a profecia e do que esta verdadeiramente se tratava, eu iria perceber e foi o que aconteceu. Acordei mais cedo porque notei algo diferente em mim. Meu coração palpitava e sentia pontadas finas, como se fossem agulhas. Meus dedos formigavam de uma maneira inexplicável.

-Está pronto, sr. Mills? -Gold murmurou, assenti nervosamente. Estávamos na biblioteca de Storybrooke; o local da reunião foi decidido pelo prefeito da cidade, meu tio Niel, filho dos Encantados -e mais jovem do que eu, por sinal. Ninguém sabia do que se tratava, mas disse que era necessário.

-Atenção, senhoras e senhores. -O garoto (Niel) começou -Feiticeiros e feiticeiras. Reis e rainhas. Damas e cavalhei-

-Niel... -Mary Margaret, sua mãe, chamou sua atenção. Se prosseguisse com a lista, eu não teria tempo de anunciar -Vamos poupar o tempo, tudo bem, querido? -A Encantada deu um sorriso amigável.

-S-sim, desculpe, mãe. -Niel forçou uma tosse desajeitada e continuou -Amigos e amigas de Storybrooke. Estamos hoje reunidos a pedido de Henry Mills para receber uma mensagem extremamente importante.

Todos os olhares voltaram para mim. Apesar do desconforto, estava acostumado com a situação. Isso me fez lembrar do dia em que, para salvar a vida de Killian e dos outros, precisei convencer às pessoas do lado de fora da cidade que a magia existe. Foi embaraçoso. Talvez, na época, pensaram que eu era um jovem drogado.

-Olá. -Falei, quebrando o silêncio do lugar -Para quem não sabe, meu nome é Henry Mills e sou o-

-... o filho da Salvadora. Sim, sim, já sabemos! -O anão Zangado reclamou -Agora ande logo! Preciso voltar para as minas.

-Se quer mesmo ficar vivo, sr. Grumpy, sugiro que escute bem o que Henry tem a dizer. -Gold, com sua voz incrivelmente tranquila, ameaçou o pequeno homem que recuoou vagarosamente.

-Hã... obrigado, eu acho. -Guardei a última sentença para mim -Bem, estou aqui a pedido de uma certa pessoa. -Olhei discretamente para Rumple, esperando que os outros não percebessem. Se Rumplestiltiskin, o antigo e impiedoso Senhor das Trevas era mencionado, ninguém daria um voto de confiança -Resumidamente, essa reunião foi convocada para falarmos sobre uma nova Maldição.

Murmúrios e mais murmúrios foram gerados. Quase não fui capaz de ouvir meus próprios pensamentos com as vozes do público. Felizmente, meu avô David Nolan acalmou a confusão.

-Ei, ei, ei! Decoro! -Falou, como se fosse um juiz. Todos se calaram, até mesmo fiquei assustado com sua voz -Henry, por favor, nos esclareça. Isso é verdade?

Olhei para meus pés, procurando coragem.

-Infelizmente, sim. -Dessa vez, em vez de gritos, suspiros de terror ocuparam o lugar -Fui anunciado da maldição há um bom tempo, mas não tinha conhecimento dela ainda. Não posso falar o mesmo de agora.

Vi o "Crocodilo" sair silenciosamente do lugar, como se estivesse prevendo que seria desmascarado. Apesar da raiva, não fiz isso.

Antes de qualquer pergunta, peguei um livro que tinha pego na loja de penhores de Gold e comecei a folheá-lo na frente de todos. Era meu dever explicá-los sobre o criador da futura maldição -e sua história estaria dentro do exemplar. Quando encontrei a página certa, respirei fundo e comecei a ler em voz alta.

- "Ninguém conhecia tão bem a verdadeira essência da paz como o nobre Albert Black, centenas de anos atrás no reino de Garadat. Albert era um rei amável que viveu em meados do século XV;  possuia um império magnificente e dois filhos amados: Drak e Litus Black." -Pulei alguns parágrafos e fui direto ao meu alvo: Litus.

-"Litus Black era um bom homem, assim como Albert e foi condecorado capitão do exército de seu pai.

Em uma de suas missões, Litus guiou os soldados para uma floresta escura e perigosa -muitos homens já chegaram a atravessá-la, mas nunca voltaram vivos para contar seus feitos."

-Onde quer chegar, Henry? -Robin, o marido da minha mãe, Regina, pediu educadamente.

-Peço que tenham paciência. -Continuei -"Na Floresta das Almas, Litus se perdera completamente. Seus homens temiam o lugar, repleto de sussurros apavorantes das almas de pessoas que já morreram por lá.

Litus, quando jovem, costumava imaginar que havia um rei habitando no pedaço circular e brilhante do céu e o chamava de o Homem da Lua. Numa noite, ao caminhar pelo local, distraiu-se admirando a pálida figura da Lua que no dia aparecera de maneira diferente, até que escutou um murmúrio vindo de uma certa caverna. Mal sabia que aquela voz mudaria sua vida para todo o sempre..."

*

|Jake|

-Professora, eu... -Comecei a falar, parando apenas para inspirar. Estava suando frio.

-Sim, sr. Skull? -A substituta da professora Mary Margaret olhou gentilmente para mim. Pelo que entendemos, a sra. Margaret estava numa reunião importante, assim como a maioria dos adultos de Storybrooke.

-Não me sinto bem... -Gemi -S-será que eu poderia... ir ao banheiro?

-Claro.

Antes de sair, balancei a cabeça para Alex, ela tinha se preocupado comigo. Há alguns dias, depois de seu aniversário, me senti diferente, como se estivesse adquirido alguma doença. Cada dia que se passava as coisas pioravam. Três dias atrás, tive calafrios. Ontem mesmo desmaiei no meu próprio quarto.

Estranhamente, no dia de hoje veio como um baque. Fiquei enjoado, com dores de cabeça, nos músculos e também nos ossos. Tinha uma guerra dentro de mim e estava perdendo feio. Que ótimo presente de aniversário...

Finalmente, virei o corredor e me encontrei no toalete masculino. Chequei se havia mais alguém e felizmente, estava vazio. Não queria desmaiar de novo e causar mais preocupações. Sentei em um dos vazos e tomei vagarosas respirações. Aquilo me deixou mais calmo e melhor.

-Ah, d-d-droga! -Quando menos esperei, tudo voltou a tona com mais intensidade. Sentia como se meus ossos estivessem partindo ao meio e perfurando meus pulmões. Lutei por mais ar, mas parecia cada vez mais difícil obtê-lo -S-socorro!



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