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História Descendentes: Os guardiões da Profecia - Quem tem medo do Bicho Papão pt. II


Escrita por: LuaaChan

Capítulo 6 - Quem tem medo do Bicho Papão pt. II


|Henry|

As pessoas começaram a se estressar. Achavam que eu contava a história de Litus apenas para mudar de assunto. A cada segundo que se passava, notei a tensão aumentar. Mesmo assim, continuei, com a ajuda de Niel que propôs um revezamento.

- "Litus fora atraído pelo ressoar da voz misteriosa." -Niel lia atentamente, como se ele mesmo fosse o personagem -"Ao entrar na caverna escura, o jovem guerreiro se deparou com uma figura de semblante assustador. A 'Coisa', como passou a chamar, parecia uma sombra viva que migrava de uma parede à outra num piscar de olhos.

'O que faz em meu lar, mortal?', foi o que Coisa perguntou primeiramente, sua voz rouca e dominante. Litus a admirava, impressionado com o que via; já sabia que estava em perigo e era tarde demais para chamar seus homens. Com gestos graciosos e ágeis, desembanhou sua espada e começou a cortar o ar, provocando barulhos agudos.

'Com quem estou a falar?'" -Chegando nessa parte, pedi para meu tio virar a página. O diálogo entre Coisa e Litus seria longo, o que causaria mais impaciência na biblioteca. Tive medo de ser empalado por Zangado, um dos anões de Branca. Ele me fitava com raiva, enquanto apertava seu machado com ambas mãos.

-"Após uma árdua conversa com a coisa, Litus descobriu o verdadeiro nome da figura." -Li -"O vulto negro se chamava Sombra e estava atraindo a atenção do jovem viajante com suas falácias e tentações. Sombra dizia que era poderoso e conseguiria dar tudo o que Litus mais desejava em seu coração, em troca de um simples favor.

Como um nobre e humilde homem, o herdeiro do trono de Garadat, não quis aceitar, mas Sombra leu sua mente. Ela sabia que Litus aspirava por algo: queria ser mais forte e capaz de destruir os inimigos de seu povo com determinação.

Litus Black então foi convencido, mas como combinado, tinha que pagá-lo com o favor, mesmo não sabendo ainda dos interesses de Sombra. O filho do rei de Garadat voltou de sua viagem vitorioso e mais confiante. Seu pai mostrou-se tão orgulhoso que decidiu nomear Litus como o futuro herdeiro do trono -lugar anteriormente ocupado por Drak."

-Henry...

-Por favor, mãe. -Niel pediu para uma já impaciente Mary Margaret. A história é cansativa, claro. Mas necessária de ser ouvida -Deixe-nos prosseguir. Não falta muito. -Mary olhou rapidamente para David, ambos suspirando.

-Tudo bem. -Dessa vez, Niel leria.

-"Drak foi engolido pela cólera e inveja. Formou, então, um plano engenhoso para matar seu irmão e pegar de volta o trono. Numa noite, o filho mais velho roubou a adaga preferida de seu pai e seguiu silenciosamente para o quarto de Litus. Era onde ocorreria o assassinato. Com leves passos, aproximou-se do leito de seu irmão e retirou a grossa e refinada camada de lençois persas, que receberam como um presente anos atrás.

Drak agarrou o pescoço de Litus e pressionou seus dedos contra ele. Para sua surpresa, os olhos de Litus brilhavam ferozmente com um tom negro que se extendia para além de sua pupila. O mais jovem sorriu maliciosamente, tomou a arma de suas mãos e a enterrou no estômago de Drak."

-"Ao erguer da aurora, os vários soldados encontraram o corpo de Drak Black jazido sobre uma colcha ensanguentada, enquanto isso, Litus sumira sem deixar pistas de onde iria. Tinha se tornado um monstro e só depois se arrependera de ter feito o acordo com a figura negra da caverna. Agora era tarde demais. Sombra havia possuído o corpo do futuro herdeiro de Garadat. Naquele dia, o Pesadelo nasceu dentro de Litus e se espalhou pelo mundo. A era de PitchBlack estava prestes a começar.

Para alguns, ele era conhecido como Breu, mas com o passar de séculos seu nome fora alterado, até chegar ao que atualmente é considerado o temor das crianças: o Bicho-Papão."

Meus pulmões pediam por ar. Já fazia minutos desde que comecei a ler alguns dos trechos. Minha avó carregou um copo de água e me entregou.

-Então é isso? -Zangado perguntou, segurando um riso forçado -Desculpe, sr. Niel, mas não achei que fôssemos chamados para contar lendas amadoras. Se soubesse, traria uma da minha caixa de histórias! -Falou, zombando da minha cara.

-Será que pode parar de ser idiota por um segundo?! -Explodi. Já não aguentava mais olhar para cara daquele anão. Branca e os outros me encararam espantados.

-Henry, calma, tudo bem? -Mary Margaret esfregou meus cabelos -Não nos estressemos, tá?

-Espera, deixe-me ver se entendi. -Killian falou pela primeira vez. Tinha conectado seu gancho ao braço novamente, depois de certo tempo -não podia revelá-lo para Alex. Seria perigoso -Temos mais uma maldição e o próprio Bicho-Papão irá lançá-la?

-Sim.

-Mas isso é um absurdo! -A vovó exclamou -Não existem tais coisas, filho.

-Assim como vocês, personagens de contos de fadas, não deveriam existir. -Niel rebateu -Nenhum de nós deveria estar aqui! Henry fala a verdade. Que tal darmos um voto de confiança?

-É... por que não? -Minha mãe (Emma) mostrou-me um sorriso de orelha a orelha. Repeti.

-Mas quem irá detê-lo, querido? -Ariel pediu, suavemente. Sua voz era uma melodia -Nós?

-Era nessa parte que queria chegar. -Achei que seria preciso falar mais alto naquela multidão, ou pelo menos, ficar mais visível, então subi num batente -Existe uma equipe de pessoas responsáveis por isso. Em sua maioria, adolescentes.

-Ótimo! -Zangado resmungou -Nada melhor do que um bando de loucos para salvar nossos traseiros!

-Já chega, Zangado! -Minha outra mãe, Regina, ordenou que parasse. Das suas mãos, um brilho roxo era emitido. Se Zangado fosse um dos nossos inimigos, tenho certeza que ela não hesitaria em atirar nele.

-Bem... -Tossi -Como ia falando, o grupo é composto por... -Iria terminar a sentença, mas todos ouvimos um celular tocar. O som vinha da pequena bolsa de couro de Gepetto, o pai do tão querido Pinóquio.

-Oh, me desculpem. -Disse -Acho que terei que me ausentar por um instante. Podem continuar sem mim, senhores. -Retirou o chapel e fez uma breve reverência. Ainda estava se acostumando aos hábitos da atualidade. Fiz o que disse e o dei uma licença.

*

-Quem fala? -O velho Gepetto diminuiu a voz, mesmo tendo saído da concentração de pessoas. Atender a um telefone naquela multidão não seria algo fácil.

-Senhor Gepetto? -Uma voz mais fina e delicada respondeu do outro lado da linha.

-Alex? -O carpinteiro logo a reconheceu. Tinha uma enorme admiração pela filha de Emma. Quase a considerava uma neta -O que foi, querida? Algum problema?

-G-Gepetto... -O velho homem ficou preocupado. Ouvia os ruídos trêmulos que correspondiam à voz chorosa da menina, mas não poderia entender o porquê -Eu acho que não me sinto bem.

-A dor de cabeça? -Sim, a dor de cabeça que Jake sempre falava para ele -Posso chamar um médico até sua casa, meu doce.

-N-não, vovô! -Gepetto calou-se. Sabia que Alex só o chamava de "vovô" nas piores situações. Seu coração acelerou, mas estava longe de desmaiar -É o Jake...

-O q-que tem meu filho, Alex? Diga, por favor! -O homem se controlava para não gritar.

-Eu o encontrei no chão do banheiro da escola há poucos minutos e... -Dessa vez, a garota demorou mais um pouco para responder. Estava tentando criar coragem para suas próximas palavras. Gepetto podia ouvir sua pesada respiração -Gepetto... ele está morto!


Notas Finais


A história do reino de Garadat pertence a mim


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