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História Desculpa se te chamo de amor. - Caramella


Escrita por: willtraynor

Notas do Autor


Boa noite, espero que gostem <3

Capítulo 9 - Caramella


Fanfic / Fanfiction Desculpa se te chamo de amor. - Caramella

Ela achava que a parte mais difícil já tinha passado, mas depois que teve que subir com Zayn Malik enroscado em seus ombros, – como se ela conseguisse carrega-lo – pelo elevador e arrastá-lo até seu apartamento, tudo piorou.
Parecia que a cada minuto que passava o homem piorava. Candy o colocou sentado no sofá e enquanto corria para a cozinha procurar por algo doce, ouviu um barulho. Ele tinha se estatelado no chão e batido a cabeça.
Primeiro ela ficou boquiaberta o encarando por alguns segundos, depois bufou irritada. Como um homem de trinta e poucos  anos podia fazer aquilo? Depois de tanto tempo.
Ele não era mais um garoto – como Douglas – que bebia porque achava divertido e gostava de chamar a atenção. Zayn Malik na verdade era totalmente o oposto do seu ex namorado.
O cara que Candy mais odiava na face da Terra. Eles haviam se conhecido quando ela estava no segundo ano do colegial. Douglas Booth era o capitão do time de futebol e ela era líder de torcida, o casal mais popular da escola. Chegava até ser banal ver os dois juntos, como se fosse um casal rotulado pelos filmes adolescentes.
Quando o novato chegou e foi tomando todos os corações para si, inclusive o dela, Candy jamais conseguiu imaginar o que aconteceria na sua vida. Ela jamais pudera imaginar...
– Minha cabeça. – disse Malik depois de um tempo.
Ela o levantou com delicadeza e o colocou de novo no sofá, dessa vez deitado. E para não correr riscos, deixou três almofadas no chão. E voltou para a cozinha para procurar algo doce. Na geladeira achou uma coca-cola, por sorte, e em um dos armários todo tipo de porcaria que ela queria ter em casa.
Homem solteiro: comida de adolescente.
Silverstone pegou uma barra de chocolate o refrigerante e foi até ele. Fazia muito tempo que ela não precisava cuidar de alguém nesse nível de bebedeira. Mas ainda sim lembrava o que tinha que fazer.
– Zayn.– disse ela, se abaixando próxima dele. – Você precisa comer isso para melhorar.
– Eu estou bem. – disse ele, com a voz arrastada.
Candy revirou os olhos. Como poderia imaginar em todos os contos de fadas que havia criado em sua mente – foram tantos que ela já tinha perdido a conta – que cuidaria de um Malik bêbado. Ele era simplesmente tudo que ela sonhava e agora estava ali, na sua frente.
Praticamente desacordado.
– Que vexame Zayn Malik! – disse ela, balançando a cabeça. – Vem, você vai ter que tomar um banho gelado.
– Não! – ele fez careta um pouco manhoso. – Deite aqui comigo.
Tudo bem que ele estava parecendo Booth, mas Meu Deus, fazer birra para ela era até que aceitável, mas tudo mudava completamente junto com aquela frase.
Deitar com ele?  Ela soltou o ar lentamente, o qual nem sabia que estava segurando. Pegou a mão dele, se dando conta de que mesmo ele não estando tão presente ali quanto ela, Malik a segurou de volta, com força, apertando seus dedos.
Ela sorriu, até porque, não tinha outra coisa que quisesse fazer, além de sorrir para sempre.
E então o puxou com agilidade, tentando arrastá-lo para o banheiro.
Ah, ele teria que melhorar logo, porque Candy mataria Zayn Malik se ficasse bêbado o tempo todo na única vez que ela estava sozinha com ele. Em seu apartamento.
Ah, ela ia matá-lo.

– Você precisa tirar o blazer e a camiseta pelo menos! – disse ela, tentando ajuda-lo.
Seu coração estava batendo rápido. Zayn tinha que tirar a roupa, seria melhor, até porque depois provavelmente não conseguiria tirar elas molhadas.
– Não quero tomar banho! – reclamou ela, sentando no vaso.
Candy bufou.
O banheiro do apartamento de Malik era pequeno e difícil dos dois se locomoverem dentro dele. Ela estava tendo que lidar com o coração desesperado, um bêbado teimoso e sua mente pregando pensamentos inadequados para a ocasião.
– Zayn por favor, tire sua roupa. – pediu ela, da maneira mais meiga que conseguiu.
– O que eu ganho em troca?
Ele mal conseguia falar, mas parecia que sua cabeça estava viajando muito além, fazendo com que a garota surtasse com seu eu interior. Já que na frente dele – mesmo bêbado – ela tinha que manter a compostura.
– Bem, se você não se comportar, um banho que jamais vai esquecer, caso contrário, podemos fazer dele um banho memorável.
Ela se encostou na parede esperando ansiosa pela resposta dele. Malik que desde que tinha entrado no banheiro, olhava para baixo, dessa vez se esforçou um pouco mais e ergueu a cabeça para encarar Candy. Ela mordeu o lábio inferior nervosa.
Meu Deus, se tivesse um pouquinho de coragem, o beijaria agora.
Ele sorriu, fazendo o coração dela parar. E depois balançou a cabeça, tirando o blazer com dificuldade e a camiseta.
Silverstone piscou por alguns segundos. Ele tinha tatuagens desde a mão que subiam pelos braços e chegava no peito. Lindo, lindo, extremamente lindo.
Candy piscou, surpresa, mal tinha visto Zayn com a camiseta entalada na cabeça, tentando tirá-la. Ela riu baixinho e se aproximou dele o ajudando.
Tirou a camiseta e depois os sapatos.
Droga, antes mesmo de qualquer coisa, ela já estava com as bochechas vermelhas. Não teria como dar banho nele com aquela calça jeans.
– Nã... – ele soluçou – se... preocupe, e-u tiro. – disse ele, se levantando rapidamente, numa tentativa frustrada de tirar a calça, enroscando o pé, quase caindo em cima dela.
Candy fez com que ele se encostasse na parede e se abaixou, ralhando baixinho.
– Eu não creio que estou fazendo isso! Não creio.
Ela tirou a calça dele e quase soltou um palavrão bem indecente.
Zayn Malik de baixo para cima e de cueca branca. Ele queria a sua morte.
Mas tudo – tudo mesmo – piorou quando a água caiu em seu corpo.
Água gelada, cueca branca e um coração fraco quase levaram a morte da garota.

                                                        DSTCDA – Z.

O dia estava perfeito. O céu azul, aquele azul que as mães pensavam em levar seus filhos para brincar nos parques da cidade. Sentavam em um banco onde pegava sombra, perto de pessoas da sua classe, com um saquinho de pipoca e os olhos a todo tempo em cima das crias.
Mal sabiam elas que depois de anos, provavelmente seus filhos estariam completamente bêbados, durante aquele céu azul maravilhoso.
Meu Santo, ele tinha que parar de beber. Ele tinha que tomar um remédio e parar de beber.
Sua cabeça parecia que havia servido de martelo de alguma coisa.
Doia pra diabo.
O que é que ele estava pensando quando bebeu e foi para a empresa? Se Liam tivesse o visto com certeza ele seria um cara morto.
Zayn mexeu um pouco na cama, sentindo um desconforto. A cueca estava molhada. Mas porque diabos a cueca... Droga.
Ele fechou os olhos de novo.
Ainda não estava bem o suficiente para falar com ela.


                                               DSTDA – C.

Depois do banho rápido que tinha dado nele – o mais rápido da história, já que não estava em condições mentais – o levou para a cama. Quando Candy o colocou com o máximo de carinho, ele rolou para o lado passando mal.
Ela foi para a cozinha procurando uma bacia para se no caso ele vomitasse, o que era bem provável de acontecer e deixou do lado da cama.
– Posso pegar uma camiseta sua? – indagou ela, perdendo a vergonha.
Já tinha visto o homem praticamente pelado, ele tinha mais é que beijar os pés dela, por não tê-lo agarrado ali mesmo.
Malik resmungou alguma coisa e ela entendeu por sim. Então procurou no quarto dele – ela sequer teve tempo de morrer do coração por estar no quarto dele, já que o imprestável estava desmaiado –, mas ainda sim, comemorou sozinha, quando abriu o closet e com medo que fosse pega no flagra cheirou suas roupas.
Ele tinha um perfume doce.
Candy vestiu uma camiseta que jamais imaginou que veria Malik usando. Era toda estampada com desenhos do Mickey Mouse. A cara dela.
Ela trocou de roupa e vestiu apenas a camiseta dele. Se olhou no espelho e rodopiou.
Quando voltou para o quarto ele já dormia tranquilo. Ela cruzou os braços, se encostando no batente da porta para observá-lo.
Ali, vendo o cara da cafeteria, o cara que quando bateu os olhos, sentiu que era o certo, ela sabia que alguém lá de cima, não podia fazer com que ela se enganasse tanto.
Tudo estava acontecendo da maneira certa. Confusa, mas certa. Ela deu alguns passos até chegar ao lado da cama, ficando perto dele o máximo que a lei permitia e sorriu de novo.
Ele era tão lindo e dormindo daquele jeito, parecia tão sereno.  Candy só queria saber o que se passava na cabeça dele. O que de fato tinha o levado a fazer aquilo.
Ela sentia pena de Malik, ao pensar que alguma coisa estava o perturbando tanto que ele precisava buscar refugio em outros caminhos. Os piores e mais difíceis na opinião dela. 
E nossa, havia muitos sentimentos confusos na sua vida, mas ela temia esse mais do que os outros. Ficar sozinho era uma droga e ela não queria que ele se sentisse assim.  
Ele se remexeu na cama e abriu um pouco os olhos dourados.
Ela sorriu e ele esticou o braço para tocá-la.
Ela pegou a mão dele e segurou com leveza.
Ele apertou um pouquinho e depois fechou os olhos.
– Estou aqui se precisar de mim. – sussurrou ela baixinho.

Fazia mais de três benditas horas que ela tinha conseguido colocar o homem na cama.
Estava sozinha em seu apartamento, já conhecia cada canto.  E o que mais tinha a encantado eram suas fotografias espalhadas pela casa. Principalmente as que ficavam em cima de um piano em um quarto totalmente vazio – exceto pelo instrumento.
Tinham fotos dele com a família, uma com Liam, que provavelmente havia sido tirada quando eles moravam juntos em Dubai, e Zayn era a coisa mais linda que ela já tinha visto em sua vida e uma dele vestido de terno e gravata inteiro de preto, cabelo um pouco mais comprido do que ele estava, com barba por fazer, tocando piano.
Por mais que Candy quisesse resistir, ela foi pé ante pé até a sala, pegar o celular e tirar uma foto do retrato para ter só pra si. Ele era muito bonito pra ser verdade.

Ela estava deitada no sofá. Não queria dizer que se sentia entediada, porque sua cabeça trabalhava enquanto o corpo parecia morto. Não tinha como não ficar criando histórias enquanto o homem da sua vida estava há alguns passos dela, dormindo feito um anjo.
Não tinha como manter a sanidade enquanto ela vestia a camiseta dele.
Simplesmente não tinha.
– Cadê aquele bêbado? – indagou Luna, abrindo a porta de supetão.
Candy se sentou assustada e depois abriu um sorriso imenso.
– Agora está dormindo! Mas você não vai acreditar, – ela subiu no sofá, queria muito compartilhar com alguém o que tinha acontecido naquele apartamento horas antes – eu dei banho nele! Banho no Malik. B-A-N-H-O.
– Você o que? – Luna abriu a boca chocada – Candy, eu não acredito que fez isso!
– Ah, você acha que eu ia perder a oportunidade? Mas não se preocupe, não o molestei ou algo do tipo. Bem que eu queria, mas ainda tenho amor à vida. Sabia que ele tem tatuagens no peito também? Agora que eu gamo de vez! E você precisa ver o tamanho do..
– Você tirou toda a roupa dele? – Aniballe praticamente gritou, assustada.
– Exceto a cueca.– respondeu ela, como se fosse óbvio – Mas não mudou muita coisa, Zayn estava de cueca branca.
A última parte ela praticamente sussurrou, fazendo Luna colocar as mãos na cabeça.
– Deus me ajude! – ela se sentou no sofá, tentando processar todas as informações – Porque está com a camiseta dele?
Candy sorriu apaixonada, sentindo o perfume impregnado no tecido.
– Porque molhei minhas roupas. Acho que ele não vai brigar comigo, né? Ele é tão cheiroso.
– Depois do que fizemos por ele, no mínimo você deveria ganhar um beijo e eu um aumento.
– Acho que eu deveria ganhar muito mais que um beijo! – ela rebateu indignada – Dei banho nele sem agarrá-lo. Sabe como foi difícil fazer isso?
Luna se sentou de lado encostando a cabeça na mão. Ela parecia cansada, mas sorriu de lado para Silverstone.
– Ah eu sei. Você deve ter sofrido muito mesmo! – disse ela, irônica.
– Minha boca chega a secar com aquela delícia! Eu não sei como aguentei Luna, não sei.
Luna mordeu o lábio segurando o riso, Candy sorriu junto, mas tudo a sua volta parou quando ela ouviu o som da risada de uma terceira pessoa.
Ela petrificou por alguns segundos e depois virou para se certificar se estava ouvindo bem. A garota começou a criar outro tom de pele. Um pouco avermelhada, rosa, roxa. Seus olhos estavam quase saltando pra fora, quando ela resolveu que a melhor saída era se esconder dentro da camiseta dele.
Zayn Malik só de cueca no meio da sua sala, rindo da cara dela.
Por Deus, ela já podia morrer. Já tinha vivido seus melhores quase dezoito anos, ela não se importava.
– Você está bem? – perguntou Luna para Zayn, se levantando, tentando parar de rir.
– Minha cabeça parece que vai explodir, – disse ele com a voz rouca – e meu corpo dói em vários lugares inimagináveis.
– Isso acho que um pouco é culpa minha. Mas a bebedeira tem que parar.
– Desculpa fazer vocês passarem por isso.
Candy se levantou criando coragem para conversar com ambos. Zayn olhava para os próprios pés, colocando a mão em frente ao corpo
– Vou enterrar o passado de vez depois disso.
– É a melhor decisão a se tomar. – disse Luna.
Candy que já voltava a sua tonalidade de pele normal, foi ao lado dela.
– Desculpa, me molhei inteira quando te dei banho! – ela se explicou ficando envergonhada e todos riram com aquela frase.
– Não se preocupe, a culpa é minha! – disse ele, trocando o peso dos pés, a olhando de cima a baixo – O que acham de eu cozinhar algo pra vocês? É o mínimo.
Disse ele para quebrar o clima constrangedor.
– Preciso ir pra casa. Obrigada Zayn. – disse Aniballe.
Candy estava quase desmaiando.
– Você vai ficar Caramella! – ordenou ele, fazendo com que as pernas dela, virassem gelatina – Não tem nenhum Liam Payne te impedindo de comer um delicioso kebab, tem?
Ela olhou primeiro para Luna, pra ter certeza que sua amiga tinha escutado tão bem quanto ela e então respondeu sorrindo.
– Não, não tenho!
– Ótimo! – disse Zayn animado – Preciso agradecer a garota que me deixou de cueca molhada, mas não esqueceu de me vestir com meias quentinhas!
Candy queria enfiar a cabeça em um buraco, isso era evidente. E Luna não conseguiu conter uma gargalhada, o que deixou ela num estado de ebulição.
– Eu vou. – disse sua chefe, a abraçando – Seja quem você é. – sussurrou.
Candy sorriu para ela, agradecendo o conselho com o coração disparado.
– Obrigado Luna – agradeceu ele baixinho – e se puder manter isso em segredo.
– Não se preocupe.  Cuide da minha garota.
– Pode deixar.
A maneira carinhosa como Zayn a respondeu, fez com que Candy sentisse um arrepio na espinha. Um arrepio bom.
Antes que Aniballe fechasse a porta, Malik virou para ela, com um sorriso de tirar o fôlego.
 – Caramella coloca uma calça minha de moletom, acho que te serve. Ou ao contraio, não vai sair kebab algum hoje!
 

DSTSDA – Z.

Zayn sorriu vendo a garota ficar com as bochechas rosadas. Tinha acordado com a conversa dela e de Luna. Ele não lembrava exatamente como tinha ido parar em sua cama daquele jeito, mas sabia que ela estava envolvida. Tinha alguns flash’s com Candy no banheiro.
O que havia sido extremamente constrangedor. Ele era um babaca.
Tinha uma garota linda no seu apartamento, vestida com uma das camisetas dele que mais gostava, – só com a camiseta o que era um inferno de provocante – falando que estava louca para beijar ele. Um cara idiota, bêbado por causa de Amber. Sua maldita ex noiva.
Meu Deus, ele era um completo imbecil.
– Pronto. – disse ela entrando na cozinha.
Vestia uma calça de moletom dele, o que a deixava despojada e fofa. Muito fofa.
– O que você está fazendo? – indagou ela, querendo quebrar aquela névoa silenciosamente irritante.
– Agora? – perguntou ele.
– Sim.
– Bem, agora nesse exato momento estou olhando pra você. – disse ele, sorrindo de lado, parado no meio da cozinha.
Candy sorriu olhando para as próprias mãos. Ele estava gostando da ideia de vê-la com as bochechas coradas.
Ela se sentou na bancada. Ele teve que se segurar para não chamar sua atenção. Era uma bancada do século passado. Muito, muito frágil. Ela cruzou as pernas.
– Você não devia vestir uma roupa?
Ele ainda estava de cueca e meia.
– Não. – disse dando de ombros apenas para provoca-la. – Você era o problema.
– Porque?
– Porque nós já tivemos uma experiência de que você consegue se controlar ao me ver seminu, – disse ele pegando alguns ingredientes na geladeira, sabendo que atrás de si, ela estava começando a criar outra tonalidade de pele – Já eu, posso lhe garantir que não tenho esse mesmo dom.
Ela pigarreou, fazendo ele rir baixinho. 
– Acho melhor eu te ajudar.  – disse ela, porque algo tinha que ser dito, ou provavelmente ele desconfiava que Candy  teria uma síncope sentada em cima da sua preciosa bancada.
– Me ajudar? Você sabe fazer kebab? – perguntou ele, curvando as sobrancelhas divertido.
Ela negou com a cabeça um pouco contrariada.
– Vem, eu posso te ensinar. Você só precisa ter paciência, porque ainda estou meio zonzo.
– Nem percebi. – disse ela irônica, mas rindo.
Quando Candy estava descendo, ela se apoiou fazendo o coração dele quase parar.
– Só pula logo da bancada antes que você detone com a minha herança! – disse ele.
– Você acha que eu vou quebrar isso? – indagou ela indignada.
– Bem, é sensível.
– Eu não sou tão gorda assim.
– Eu não disse que você era gorda. Disse que minha bancada, uma herança de família, é muito sensível. Por gentileza, afasta-se, para nosso bem.
Ela revirou os olhos, pulando.
– Velho chato!
Ele abriu a boca, sorrindo, nenhum pouco afetado com aquela alfinetada ácida dela.
– Você não me chamou de velho chato, cara.
Ela riu baixinho, o encarando de um jeito que fez algo dentro dele se mexer de um jeito estranho. Droga.
Zayn correu para o banheiro. Aquilo era muito constrangedor. Silverstone foi atrás dele, o que era pior ainda.
– Nossa, você precisa parar de beber. – disse ela, enquanto ele passava mal.
– Você podia sair daqui?
– Não se preocupe, já vi isso várias vezes. Eu já volto.
Aquilo era a treva. Aquilo era um castigo dos infernos, por ter pensando na garota na hora que estava quase fazendo sexo com sua ex noiva. Minha nossa, ele estava fodido.
– Pega aqui. É água com açúcar, você precisa tomar tudo, logo melhora.
Ele sequer olhou para ela. Estava morrendo de vergonha. Era um velho mesmo.
– Obrigado.
– Imagina. – ela sorriu – Se quiser posso abrir um vinho, vi que você tem uma adega cheia deles. Uma ótima opção também.
Ele revirou os olhos.
– Fica pra próxima.
– Foi o que pensei. – ela cruzou os braços, se encostando no batente do banheiro.
Que cena memorável.
– E ai? Vai parar de jogar as tripas vaso adentro e me ensinar logo a fazer um kebab, ou vou ter que tomar conta daquela cozinha sozinha?
Ele lavou o rosto, suspirando fundo.
– Você ainda quer que um bêbado, velho, que acabou de despejar o café da manhã dele inteiro na sua frente, cozinhe pra você?
Ela deu de ombros.
– Se esse velho, bêbado, que acabou de vomitar o café da manhã na minha frente for você, eu quero sim.
Ele a fitou por alguns segundos. Ela falava sorrindo, o que tinha o feito sentir aquele negócio estranho dentro de si de novo. Só que dessa vez mais forte.
– Okay, só deixe eu me vestir então.

Nunca conhecerá alguém como Candy Silverstone. Ela era espirituosa, divertida, vagamente irritante, mas não podia deixar de negar o quanto ela era incrivelmente linda. E era mais linda ainda quando ria de algo que ele falava.
– Você não fez isso! – disse ela boquiaberta.
– Claro, ele ia todo dia roxo para o colégio! Eu tinha que fazer alguma coisa.
Eles estavam comendo o segundo kebab no sofá, enquanto contavam suas histórias de vida.
– E depois?
– Nós atravessamos Dubai, fomos para casa de um tio meu. Ele não estava em casa, e meu amigo começou a chorar de medo. Era um cagão.
Ela riu alto.
– Você queria salvar a pátria.
Ele deu de ombros.
– Eu tentei.
– Mas e seus pais? Os pais dele?
– Liguei pra minha mãe, ela quase me esfolou vivo e ele ligou para os pais dele. Foi dado denuncia contra os pais, mas eles o tiraram do colégio, não sei o que houve depois.
– Não acredito que fugiu com o menino para os pais dele não baterem mais nele.
– Eu também não acredito.
– Isso foi muito bonito para um garoto de oito anos.
Ele sorriu lembrando do dia que quase matou sua mãe do coração.
– E você? Alguma história heroica pra dividir?
– Fora a de hoje? – indagou ela sorrindo, fazendo ele revirar os olhos. – Minha mãe estava grávida do meu irmão mais novo, eu tinha seis anos e ela caiu da escada da minha casa.
Ele a encarou por um instante, vendo os olhos dela ficarem um tom mais escuro.
– Mamãe estava de oito meses grávida do Colin e eu liguei para a ambulância, estávamos apenas nós duas em casa.
– Que horror.
– Eu tive que ser forte para conversar com os paramédicos até eles chegarem, tenho poucas lembranças do dia, mas lembro do sangue e da minha mãe gritando.
– Os médicos chegaram a tempo? – indagou ele, com receio.
– Chegaram a tempo de salvar minha mãe. Mas Colin não resistiu. Eles falaram que se não fosse por mim, nem minha mãe sobreviveria.
– Então você foi uma heroína.
Ela sorriu torto. Não chegará a pegar seu irmão nos braços, mas o amaria pra sempre.
– Talvez.
– Esse assunto ficou um pouco triste, não acha? Quer comer outro kebab?
– Você quer que eu saia daqui rolando Sr. Malik?
Ele jogou a cabeça para trás bufando um pouco dramático.
– Não me chama de senhor, parece que sou meu pai!
– Mas você é velho. – provocou ela. – Tem trinta e poucos anos.
– Você vai chegar nessa idade um dia e eu vou morrer de rir da sua cara.
– Eu é que vou, você vai estar beirando os cinquenta! – disparou ela a rir, fazendo ele soltar uma exclamação, ao mesmo tempo que jogava uma almofada nela.
Malik sorriu ainda mais quando Candy segurou na barra da sua camiseta para se defender.
A camiseta dele.
Não sabia dizer por que aquilo era terrivelmente sexy e engraçado de se ver. Talvez por ela ser tão boba e ingênua além de tudo. Um dia enquanto percorria pelo treze, ouvira dizer que ela havia prestado ajuda para um senhor em frente ao prédio da empresa, mesmo ela não conseguindo levar as sacolas, e derrubando todas as maçãs no chão, de alguma forma fez com que todos os homens que por ali passavam a ajudassem.
– Você me paga Silverstone.
– Tudo bem, eu te pago! Mas preciso de um outro favor seu antes disso. – disse ela, mexendo no celular.
– Pode falar.
– Preciso que me leve pra casa.
Ele encostou a cabeça no sofá a encarando por alguns longos segundos. Há muito tempo não passava uma tarde tão confusa e boa quanto aquela. A verdade era que tinha rido mais com Candy Silverstone do que rirá em todo seu relacionamento com Amber.
Bem, isso não era uma verdade baseada em cálculos, ou estaria mentindo, mas se passasse mais alguns dias na presença da menina, ele sabia que seria fácil de superar aqueles anos entediantes ao lado da sua ex noiva.
Ele não se sentia tão leve e bem há muito tempo. Não queria ter de leva-la para casa, se pudesse a trancafiaria ali, mas a realidade era algo totalmente diferente.
Ela só tinha dezessete anos então ele não podia fazer nada além de admirá-la.
– Vem, vamos embora, doce Caramella.


Notas Finais


Eu estou em um daqueles dias chatos e depressivos, então resolvi postar meu otp preferido, pra me animar!
Espero que tenham gostado do capitulo, vocês são fodas cara, <33


Ps: Se alguém quiser me adotar, to querendo dar um vazare daqui, hahahah

Wattpad: https://www.wattpad.com/356225104-desculpa-se-te-chamo-de-amor-monmouth-coffee


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