POV NARRADOR
Lunna: Hoje mesmo sai o resultado das provas. – Comenta enquanto andavam até o colégio juntos.
Raven: Assim... Em química só pela glória de cristo que eu tiro uma nota boa. – Era péssima na matéria.
Luke: Nem me fala... – Seu celular vibra no bolso. O desbloqueia, vendo que uma nova mensagem chegou.
“Sabia que você está a cada dia mais lindo e atraente?”
Sorriria se soubesse que a mensagem fora enviada por Andrew, mas não, não era.
Há três dias que vem recebendo mensagens dizendo o quanto era lindo, sempre o elogiando, no começo achou que era Andrew, até chegou ao perguntar, mas o mesmo respondeu que não.
Lunna: De novo aquelas mensagens? – Pergunta.
Luke: Sim. – Bloqueia a tela do celular – Quem será que é? – Para olhando ao redor.
Estranha ao notar um carro preto parado perto dali. As janelas eram tão escuras quanto.
Mas decide por fim deixar isso de lado – Deve ser carro novo de algum dos vizinhos...
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Já dentro do carro de vidros escuros, Spoke ou como seu nome verdadeiramente é, Sean, observava Luke de fora.
Seus olhos antes frios e sem brilho algum, começaram então a cobiçar o garoto. Um brilho novo e diferente surge ali.
Sean: Ah, meu Luke... – Põe a sua mão na janela do carro, como se atrás desse gesto pudesse tocar o rosto de Luke – É hoje...
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Luke: Ainda não tô acreditando nisso! – Exclama mais uma vez surpreso. Suas notas escolares lhe surpreenderam, mas dessa vez positivamente.
Raven: Eu também não amigo, fiquei com 50 em química, me lasquei! – Estava decepcionada, mas não surpresa.
A escola, como a maioria das outras da cidade, baseiam-se num sistema de pontuação de 0 a 100. Sendo que o mínimo para aprovação é de 65 pontos.
Os pais não precisavam ir até a instituição para pegar os boletins dos seus filhos, sendo que as notas (ou pontos) dos alunos eram todas postas num mural. A presença de um responsável só é necessária, em caso de reunião, sendo uma obrigação dos pais irem.
Mesmo do jeito que estava Luka sentiu-se mal por sua amiga – Eu vi o quanto você se esforçou para ter uma boa pontuação na prova. – Ambos estavam andando pelos corredores largos do colégio.
Lunna: Ehh, amiga, nem reclame... – Põe-se ao lado dos dois – Eu tirei 45 em física. – Faz-se uma cara de pensativa – Pelo menos minha maior nota foi 88. Arrasei!
Raven: A minha foi 91, toma sua otária! – A melancólica energia de antes, evaporou dando espaço para risos e brincadeiras.
Sempre era assim quando estavam juntos.
Uma amizade que foi se fortalecendo cada vez mais com o passar dos anos.
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O sinal toca.
Lunna: Raven me empresta uma caneta. – Pede enquanto andavam até a sala.
Raven: Desculpinha, mas eu só tenho essa preta aqui. – Mostra – Não sei que é isso, mas minhas canetas sempre somem.
“Ainda bem que ela não descobriu que fui eu que estourei a caneta azul dela sem querer”. - Verdade amiga, eu também percebi isso. – Acena com a cabeça – Aliás, os seus cachos estão cada vez mais lindos! – Elogia.
Raven: Ah, obrigada. – Dá uma jogada para o lado – Mas você não me engana não, perua, eu te emprestei uma caneta vermelha e você mordeu ela inteira e depois jogou fora dizendo que tinha perdido. – Para no caminho – Acha que eu não ia descobrir, é sua bandida?
Lunna: Opa! – Levanta as mãos – Não fui eu, foi minha boca, é diferente...
Raven: Ah, claro. – Revira os olhos.
Entram em mais um extenso corredor.
- Mas você viu o novo casal da escola? – Uma garota pergunta a outra.
- Vi – A loira responde – O que o Andrew viu naquele tampinha do Luke? Eu hein, ô garoto mais sem sal. Andrew merece coisa melhor.
Lunna escuta.
Raven: Lunna, pelo amor, deixa isso para lá. – Também ouvirá – Isso é só inveja dessa criatura.
Lunna: Haha... Mas não mesmo, essa piranha merece ouvir umas verdades. – Se solta andando em passos pesados até as outras duas.
- Olha quem está vindo... – A mais baixa sussurra no ouvido da outra.
- Que honra ter você mais uma vez perto de nós! – A loira diz forçando um sorriso.
Lunna: Guarde esse seu sorriso de cobra que não engana ninguém, Hilary... Aliás, até uma cobra tem um sorriso mais bonito que você.
Hilary: Você está perdendo o seu tempo se veio aqui para iss...
Lunna: E você está perdendo o seu TEMPO – Dá ênfase a palavra – Ao prestar atenção demais no namoro alheio.
Hilary: Mas por acaso eu estou mentindo? – Pergunta de maneira debochada – Andrew merece coisa melhor sim.
Lunna: Tipo você? – Pergunta irônica.
Hilary: Tem alguém melhor? Aquele garoto nem bonito é.
Lunna rir sem se conter – Hilary você até pode ter seios fartos ou um rosto bonito, mas quer saber o porquê muitos garotos correm tanto atrás de você? Por que você é uma galinha que fica com qualquer um que seja bonito ou que tenha uma condição elevada, e é assim que você é conhecida. Quer saber o porquê dos garotos se enjoarem tão rápido de você? Por que você é fácil demais, assim eles te usam, se enjoam e depois vão embora. – Fala o que estava preso em sua garganta – Quer saber o porquê dos garotos irem atrás de Luke? – Pausa, esperando uma resposta da outra, mas a mesma estava estática demais para responder – Por ele ser simplesmente o Luke... E não, ele não é qualquer um. Está cheio de Hilarys pelo o mundo, e você só é mais uma entre tantas.
Hilary: S-sua...
Lunna: Mas olha. – Põe a sua mão no ombro da loira – Eu não te julgo por isso, você é livre, pode dar quantas vezes quiser, continue dando bastante que faz bem para a saúde, certo? Assim pelo menos você tem com o que se ocupar, não é gata? – Sorri virando de costas – Beijinhos! – Olha para trás piscando um olho. Volta a andar pelo corredor como se estivesse numa passarela... Sendo acompanha por Raven que estava boquiaberta com o que acabara de acontecer.
- A-amiga, eu-eu, quer dizer nós...
Hilary: Cala a boca! – Fecha com força o seu armário, andando a passos pesados pelo corredor. – O QUE VOCES ESTÃO OLHANDO?! – Grita para algumas pessoas que estavam no corredor. Volta a andar, dessa vez mais depressa.
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Já na sala de aula, Luke tentava resolver uma questão de matemática que a professora passara no quadro.
Andrew: Eu te ajudo meu bebê – Puxa a sua cadeira para se sentar perto do Luke.
Luke: Eu sou muito burro, muito burro mesmo... – Se martiriza.
Andrew: Ei pare com isso. – Toma a caneta das mãos de Luke que batia em sua própria cabeça – Você não é burro, tanto é que tirou setenta na prova. – Tenta o animar.
Luke: Mesmo assim... – Forma um fofo biquinho.
Andrew circula a sua cintura com o braço, Luke aproveita da à proximidade e põe a cabeça em seu ombro.
Emma: Ei casalzinho. – Os chama - Se a professora ver vocês dois juntos assim, é suspenso na certa. – Os alerta.
Luke: Credo Emma, nem é pra tanto assim. – Volta à posição de antes – Preciso ir ao banheiro.
Andrew: Você não quer que eu te acompanhe não, bebê? – Já se acostumara com Andrew o chamando de bebê. Emma deu uma estranha ideia de também o chamar de papai... É claro que ele achou aquilo no mínimo estranho.
Luke: Se formos juntos, não vamos sair tão cedo de lá. – Segundos depois se da conta do que disse, sentindo o seu rosto corar em seguida – E-é quer dizer...
Andrew: É pra já, vamos! – Se levanta, mas Luke o puxa de volta.
Luke: Fique, ou eu me borro aqui mesmo, é isso que você quer? – Faz drama.
Andrew: Ok, mas vá rápido. – Luke se levanta. Andrew aproveita e passa levemente sua grande mão na parte traseira do namorado.
Luke: Pervertido! – Dá uma tapa em sua mão.
Antes de sair avisa a professora, que imediatamente o deixa ir.
Caminha calmamente pelos corredores vazios do colégio.
Vira-se em um corredor, mas acaba não avistando que uma outra pessoa também andava por ali.
Sente se colidir contra algo duro e cai de imediato ao chão.
Luke: Ahh... – Caíra em cima de sua mão que rapidamente sente os seus dedos doer.
- A culpa foi minha, me desculpe. – Pela voz forte e grossa, identificou como sendo de um homem. Lentamente levanta a sua cabeça.
“Nossa”, pensa. Agora se sentia uma formiguinha frágil ao olha para o homem a sua frente.
O mesmo usava um jaleco branco, mas que em nada escondia o quanto os seus braços eram fortes. Aos poucos vai levantando o seu olhar... Ombros largos, barba por fazer... É então que sente o seu corpo paralisar ao olhar naqueles olhos que estavam vidrados em si.
“Esses olhos... Eu já não o conheço de algum lugar?”
Recebeu uma rápida ligação do seu pai, pedindo para ir a farmácia comprar um remédio para a dor de garganta.
Ao chegar à farmácia vai direto as fileiras procurá-lo.
- Achei – Sorri.
Vai direto ao caixa pagar pela compra. Já com a sacola em mãos, caminha em direção à saída, abre a porta do estabelecimento e sem ver acaba por esbarrar em alguém. Derrubando a sacola no chão.
Quando ia se abaixar para pegar, o outro é mais rápido e pega a sacola antes de si.
- Acho que isso é seu. – O homem com um boné cobrindo boa parte do rosto e cheio de tatuagens o entrega a compra. Luke sorri agradecido, mas acaba por sentir uma energia ruim e maligna do homem a sua frente. Tentar olhar em seus olhos quase escondidos pelo boné e vê uma escuridão que o arrepia por completo. Engole em seco.
- Muito obrigado – E sai do estabelecimento com suas mãos tremendo.
- Oi, precisa de ajuda? – Sai do seu transe, ao escutar o homem lhe chamar.
Direciona o seu olhar para o chão, envergonhado.
Luke: N-não, precisa, a culpa foi minha. – Tenta se levantar, mas ao por sua mão machucada no chão geme de forma desconfortável.
- Não vamos nos importar com isso agora. – O homem agacha-se no chão – Você precisa sim de ajuda. – Estica a sua mão.
Luke engole em seco, olhando para a grande estendida em sua direção. “Capaz de fazer um estrago em qualquer um, é melhor eu aceitar”. – Certo! – Aceita estendendo a sua mão, o homem rapidamente a pega de uma forma um tanto delicada que até Luke estranhou – Obrigado pela ajuda! – Agradece. Já de pé olha para baixo vendo que a sua mão ainda era coberta pela outra – Nossa, é bem áspera. – Diz sem se dar conta.
- O que disse? – O outro pergunta.
Luke: Ah-ahh, q-quer dizer – Gagueja de forma nervosa – Sua m-mão é,é... – Suspira – Não, não é nada.
- Tome mais cuidado por onde anda, você é muito distraído – Luke sente ele se aproximar, imediatamente recua dois passos. O outro tinha uma energia que não sabia como explicar. Sentia que o outro não parava de olhar para si. Sentia-se também intimidado por isso e também por o seu grande porte.
Luke: Tomarei sim. – Diz – Eu nunca vi você por aqui. – Comenta. Realmente nunca vira o outro ali, e ainda usava um jaleco.
- Sou o substituto do enfermeiro Clark. – Lembra-se então que uns dias atrás o enfermeiro do colégio sofreu um acidente de carro. Lamentou, se dava muito bem com ele.
Luke: Ah, certo. – Arrisca, olhando mais uma vez em seus olhos – Você não tem cara de enfermeiro – Fala automaticamente. Também daria no máximo 26 anos ao outro.
- Não tenho?
Luke: Não, você parece um lutador de boxe, policial, algo assim. – Diz massageando sua mão machucada.
Ele rir.
Luke olha confuso para ele. Falou algo engraçado?
“Osh, o que?”
- Já me falarem isso muitas vezes. – Comenta – Também acho que não tenho cara de ser enfermeiro.
Luke: Ah, claro – O olhar do outro parecia atravessar a sua alma. Percebia que ele prestava atenção em cada movimento seu. Sentia-se acuado em sua forte presença, mas não sabia explicar como.
- A sua mão, deixe-me ver. – Sem sua permissão, o mais alto pega em sua delicada mão, analisando se havia algum grave ferimento.
Luke: N-não tem nada d-demais, só sinto uma dorzinha. – Diz, mas temendo puxar sua mão de volta, não queria parecer grosseiro.
- Certo, mas se sentir qualquer coisa, pode ir à enfermaria, ok? – Solta a sua mão.
Luke: Irei sim. – Sorri nervoso baixando a cabeça. O outro não parava de olhar para si, era um olhar intenso que sentia como se estivesse queimando a sua pele – Então, qual o nome do novo enfermeiro? – Pergunta curioso.
- Sean, me chamo Sean. – Responde. “Tão lindo como eu imaginei que seria”, olhava para as bochechas coradas do mais novo, a boquinha pequena e rosa, o seu jeito fofo natural de ser, os olhos castanhos, as bochechas um pouco cheias, e que acabavam lhe rendendo um feição fofa e ao mesmo tempo infantil. Vê-lo pessoalmente só o instigou mais a querer desvendar aquele corpo, tocar em cada parte e faze-lo completamente seu. “Tudo será feito no tempo certo”, pensa enquanto olhava para as duas pequenas mãos juntas do outro. Era impaciente e impulsivo, mas por Luke, esperaria o tempo que fosse – E qual o seu nome? – Só perguntou para ouvir mais de sua voz suave. Já sabia tudo sobre o outro, dos pequenos aos maiores detalhes. Passava a maior parte do tempo o observando e coletando informações.
Era um verdadeiro stalker.
Estava encantado, fascinado, obcecado por aquela pequena criatura. Não entendia o porquê disso, ele poderia ser apenas mais um em que pôs os seus olhos, mas não, não era.
Luke: Luke o meu nome. – Responde ainda de cabeça baixa, balançando levemente o seu pé no chão.
Sean: Um nome bonito para um garoto bonito. – Solta uma cantada. Realmente o achava o garoto mais lindo, assim que pôs os seus olhos nele.
Luke: Haha! – Rir nervoso – Nem é pra tanto assim. – Sente suas mãos suarem.
Sean: O que fazia sozinho nesse corredor? – Pergunta, não queria parecer invasivo assim de primeira, mas queria saber de todos os seus passos do seu Luke.
Luke: Banheiro. – Aponta para o fim do corredor – Eu ia ao banheiro.
Sean: Claro, pode ir. – Dá espaço – Não quero atrapalha-lo.
Luke: Imagina. – Anda ao seu lado – Até mais. – Sorri tímido.
Sean: Até. – Acena, o vendo se afastar cada vez mais – Mas nem tanto assim – Sussurra para si mesmo.
- -
Como ele chegou até ali? Simples, apesar de ser foragido e bastante conhecido, as pessoas só sabiam mesmo o seu nome (que nem verdadeiro era) e os seus ataques feitos. Apesar de sua fama ninguém, nem mesmo a polícia, sabia muito sobre si.
Ninguém fora do seu circulo, já vira o seu rosto antes. Conseguia se disfarçar como nenhum outro. Então poderia andar livre sem nunca ser reconhecido, mas nunca o fizera. Todo cuidado ainda era pouco para si.
Quando soube que o colégio em que Luke estudava, estavam dando vagas de emprego, não perdeu oportunidade e se candidatou. O dono da instituição achou ótimo o seu currículo, fora facilmente aceito, conseguindo então uma vaga como enfermeiro, nunca antes chegou a ser um, mas como já tinha curso superior completo, ainda mais na área, isso só lhe ajudou mais ainda. Não se exigia muito no cargo, além de que usou do seu charme. Sempre conseguia o que queria... E com Luke não seria diferente.
- -
Andrew: Então o seu aniversario está perto, o que pensa em fazer? – Pergunta ao seu namorado. Luke estaria completando os seus 18 anos.
Luke: Eu não sei... – Fica por um tempo pensativo. Uma ideia lhe vem à mente – Nós ainda não tivemos nosso primeiro encontro.
Andrew: Verdade, ainda não tivemos. – Como pode ser tão lerdo e não percebe isso? Agora se sentia o pior namorado do mundo – Desculpe. – Pede.
Luke: Desculpa pelo o que, bobinho? – Agarra em seu braço, o puxando para debaixo de uma árvore – Não precisa se desculpar por isso. – Por chegar apenas na altura do seu ombro, Luke não estava conseguindo circular os seus braços no pescoço do outro, e para isso teria que fazer muito esforço – Bem que você podia abaixar um pouquinho, né. – Pede fazendo um biquinho.
Andrew: Desculpe Anjo... Vamos nós sentar aqui mesmo – Senta-se sobre várias folhas verdes caídas da árvore puxando Luke para sentar em seu colo –O que você quer fazer no nosso primeiro encontro? – Pergunta, enquanto tirava os fios lisos que insistiam em cair no rosto do seu amado.
Luke põe um dedo na boca pensativo, olhando para cima – Sorveteria!
Andrew: Que?
Luke: Sorveteria, ué. Você sabe como eu sou apaixonado por sorvete, aí podemos encher a pança de bastante sorvete, enquanto nós balançamos em algum balanço do parque. – Seus olhos brilham.
Andrew: É capaz de você vomitar, Luke. – Achara a ideia do outro muito sem cabimento, apesar de ser muito a sua cara – Que tal aquele novo restaurante que abriu? – Um chique e caro restaurante que acabara de abrir na cidade.
Luke: Andrew! – Põe as duas mãos em cada lado do seu rosto – Para primeiro, segundo, terceiro ou seja qual for o número de encontro, eu não me importo que seja em casa mesmo com você preparando algo para comermos, porque eu sou péssimo na cozinha, né... Ou mesmo em um parque, só estando com você para mim está ótimo... Eu vivo fugindo desses lugares chiques demais, não é para mim. – Desabafa por fim, acariciando carinhosamente o seu rosto – Seus olhos são tão lindos! – Quando parava olhar nos olhos de Andrew, se sentia hipnotizado. Olhos azuis tão lindos quanto o céu e para completar ainda tinham aquelas fofas sardas em suas bochechas.
Suspira mais apaixonado que nunca.
Andrew mais uma vez sente o seu rosto queimar.
Sempre era assim, quando o seu namorado o elogiava. Sentia-se a pessoa mais completo e apaixonado do mundo, antes de conhecer Luke, nunca tinha experimentando essa sensação.
Andrew: Tenho o namorado mais lindo, perfeito e fofo mundo, não? – O aperta pela cintura em seus braços – Obrigado meu anjo... Obrigado por me proporcionar esse sentimento tão bom, tão puro e verdadeiro – Aproxima o seu rosto de Luke, esfregando ambos os narizes, solta mais um dos seus sorrisos apaixonados. Andrew o beija com todo o carinho, por fim termina dando vários selinhos no rosto de Luke.
Luke: P-para Andrew! – Sentia o outro praticamente lambuzando o seu rosto – Ah é, então foi você que pediu. – E assim começa a também dar vários selinhos molhados em seu rosto.
Os dois acabam rindo juntos, quase que se embolavam pelo chão.
William: Ei casal apaixonado, esqueceram que ainda estão no colégio? – William aparece assim tampando o sol que batia em ambos os rostos.
Andrew: Vamos pular o muro!
Luke: Haha! Mas nem morto! – Levanta-se pegando a sua mochila – Já vai tocar, vamos! – Olha para Andrew que estava deitado de costas no chão.
Andrew: Não quero!
Luke: Depois eu que sou o preguiçoso, vamos. – Pega na mochila de Andrew, mas se surpreende com o peso da mesma – Uau, mas o que tem aqui dentro? Pesado demais!
Andrew: É que você tem os ossos muito fraquinhos, meu bebê. – Levanta-se pegando sua mochila como se pegasse uma simples folha.
Luke: Ah vai cagar! – Esbraveja – Todo mundo diz isso, eu vou é embora e larga você! – Sai pisando duro dali.
William: Que namorado estressadinho você arranjou hein? – Rir. Era muito engraçado ver Luke estressado.
Andrew rir, vendo Luke se afastar cada vez mais – Também te amo, meu amor! – Grita para ele ouvir.
- -
O sinal toca pela última vez do dia.
Os alunos suspiram aliviados, finalmente iriam para casa.
- -
Depois de um dia bastante cheio, Sean finalmente poderia ir embora, nunca imaginaria que adolescentes poderiam dar tanto trabalho. Apareceu um garoto com uma ponta de lápis enfiada em sua mão na enfermaria.
O garoto só faltou berrar quando a arrancou de uma vez só.
Mas tudo isso valeu a pena, finalmente pode tocar em seu Luke, pode sentir pela primeira vez a sua pele contra a dele.
Sai do seu transe, quando sente o seu celular tocar no bolso.
Sean: Qual é a dessa vez, Daniel? – Pergunta enquanto saia da enfermaria, a fechando em seguida.
Daniel: Hoje tivemos uma maravilhosa visita. – Responde do outro lado da linha.
Sean: Vá direito ao ponto! – Responde curto e grosso.
Daniel: Nosso querido amigo Bill decidiu aparecer por aqui. – Pausa – Nós ameaçou dizendo que iria contar tudo a policia o que sabe sobre nós, falou que iria entregar o seu paradeiro a... Enfim, ele não gostou de termos explodido o seu prédio.
Sean: O que vocês fizeram com ele? – Pergunta enquanto andava agora pelo corredores vazios do colégio.
Daniel: Injetamos uma droga nele, agora ele está dormindo feito um anjinho... Mas em breve acordará o que faremos?
Sean: Faça o que tiver que fazer, mate ele, queime o seu corpo, jogue de um penhasco, atropele... Mas quero ele fora do meu caminho. – Era um ordem, e uma ordem vinda de si, nunca deveria ser mal executada, as consequências seriam desastrosas.
Daniel: Não se preocupe, daremos nosso jeito.
Sean: Ótimo! – Não espera o outro responder, encerrando a ligação. Vira-se em seguida, se deparando com um garoto de mechas cinza que o olhava boquiaberto.
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Lunna: Tudo bem, Alex? – Pergunta ao ver o amigo procurar algo em sua mochila.
Alex: O meu celular. – Fecha o zíper – Acho que esqueci na sala de aula.
Lunna: Então é melhor ir logo antes que fechem o portão. – O alerta.
Alex: Já volto! – Passa mais uma vez pelo portão entrando no colégio.
- O que faz aqui, garoto? – Um faxineiro que passava pelo pátio o pergunta.
Alex: Eu esqueci o meu celular na sala de aula, então e...
- Vá logo, sorte a sua que eu ainda não tranquei as salas.
Alex: Muito obrigado! – Agradece, entrando no mais longo corredor.
Andava rápido já que estava com pressa, mas vai desacelerando os seus passos ao ver um homem de costas para si falando ao telefone.
“Ahh, deve ser o novo enfermeiro”, por fim, volta a caminhar normalmente.
Ao escutar o que o outro falava ao telefone, ficara estático em seu lugar.
Faça o que tiver que fazer, mate ele, queime o seu corpo, jogue de um penhasco, atropele... Mas quero ele fora do meu caminho.
Alex: Q-que... – Sente como se o seu coração falhasse por um momento.
O homem vira-se.
Sean: O que faz aqui garoto? – Pergunta desconfiado.
Alex: Na-nad-nada, e-eu, só vim é... Pegar algo que esqueci.
Sean: O que você ouviu? – Vai direto ao ponto.
Alex treme dos pés a cabeça, se antes se sentia intimidado pela voz do homem, agora se sentia por seu tamanho.
Alex: Não ouvi nada, estava totalmente distraído. – Consegue dizer sem gaguejar. Esperava que o outro acreditasse.
Sean: Hm... Desconfio que seja a verdade – Alex então o observa enfiar a mão dentro do seu bolso enquanto olhava fixamente para si.
Engole a seco, “Onde eu fui me meter?”
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