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História Desejo Duplo - Verdade


Escrita por: MegumiChanS2

Capítulo 20 - Verdade


Fanfic / Fanfiction Desejo Duplo - Verdade

Senti dor, pior do que todas que já havia sentido.

                Desenhos de mim por todo o quarto. Meu coração apertou tanto que não consegui chorar. De repente comecei a ouvir um chiado e meu corpo ficou mole.

               

                Acordei numa floresta em chamas. Olhei em volta, era outra lembrança. Vi duas crianças correndo por entre o mato de mãos dadas. Uma era eu e a outra o garoto encapuzado. Logo ouvi uma explosão e o meu eu criança caiu no chão chorando.

- Lin! Temos que ir!

- Não consigo! Minha mãe ela... – Fui interrompida por ele que me abraçou com força.

- Eu sei... Mas prometi pra ela... Você vai ficar bem. – Eu retribuí o abraço e parei de chorar. – Respire um pouco, depois temos que ir. É perigoso ficarmos aqui.

- C-certo...

                Uma sombra surgiu a nossa volta me fazendo gritar. O garoto se levantou e se colocou na minha frente. A sombra era Cazeaje.

- HAHAHA! Acharam que podiam fugir de mim? Crianças imbecis!

                O garoto tirou algo que parecia uma faca de sua roupa e atacou-a, tentou, pois ela desviou com facilidade e o jogou numa árvore. Eu gritei. Ele, por sua vez, não desistiu e enquanto Cazeaje se aproximava de mim, ele a cortou nas costas. A mulher gritou e o segurou pelo pescoço, fazendo-o soltar as facas.

- NÃO! PARA POR FAVOR! – Eu gritava e chorava em vão. – SOLTA ELE! – Algo apareceu na minha mão, como uma magia de luz, e joguei em Cazeaje, mas não teve nenhum efeito.

-HAHAHA! QUE INÚTIL! COMO UMA GAROTINHA COMO VOCÊ PODE TER SIDO ESCOLHIDA? VOCÊ MORRERÁ AGORA! – Sombras começaram a se formar em volta de mim e a sugar minha energia. O garoto pegou novamente uma de suas facas e esfaqueou Cazeaje no ombro. Ela caiu no chão segurando o corte e o soltou. Ele veio correndo até mim e me abraçou. –DESGRAÇADO! – O corte começou a sumir.

- Lin, me escute. – Ele tentava parecer calmo, mas estava morrendo de medo. – Vai ficar tudo bem, eu prometo! – Ele olhou para trás e Cazeaje já estava se levantando novamente. – Vai ter que confiar em mim! Ok?

- E-Eu confio! – Respondi tremendo e ele segurou minhas mãos.

- Essa é minha garota!- Ele sorriu, mas durou pouco, pois Cazeaje já estava vindo em nossa direção.

- VOCÊ VAI PAGAR, GAROTO IMUNDO! – Ela começou a fazer algum feitiço apavorante.

- Sinto muito Lin... – Lagrimas caíram de seus olhos. Ele pegou algo estranho e o ligou.

- I-Isso é...! O QUE ESTÁ FAZENDO? – Cazeaje se desesperou e começou a avançar. – PARE!

                O garoto enfiou a maquina em minha cabeça. Cazeaje veio para cima de nós, mas havia um campo de força que nos protegia.

- O-o que é... – Eu comecei a perguntar, mas o menino me cortou.

- Isso vai fazer você perder suas memórias. Sem elas esse monstro não poderá te fazer mal. Pelo menos não por um bom tempo. – Eu abri a boca para falar, mas ele não deixou. Ele entregou algo que parecia um botão pra mim. – Você vai ser tele-transportada para um lugar seguro quando apertar isso, suas memórias irão embora em seguida.

- M-mas e você? – Ele abaixou a cabeça com a pergunta.

-Vou ficar bem. Eu prometo. - A barreira começou a se quebrar e meus gritos ecoaram. O garoto me envolveu num abraço. – Aperte o botão quando eu disser. – A barreira rachava cada vez mais. O garoto me apertava com mais força, olhando para a proteção. Não demorou muito até que desmoronasse. O garoto me jogou para o lado e por fim gritou. – AGORA!

                O meu corpo estava se desmanchando. Pude ver Cazeaje gritando de raiva. Ela não podia me tocar, eu já não era mais matéria. Mas ela foi para cima do garoto, que foi envolto pelas sombras.

- SE EU NÃO POSSO TÊ-LA, ENTÃO VOU TER VOCÊ! – Ela segurou o pescoço do garoto e o levantou com força fazendo o capuz que cobria seu rosto cair.

                O garoto era...

- LUPUS!! – Eu gritei chorando, desesperada.

- Não importa o que acontecer, eu vou te achar! – Ele disse sorrindo.

                Então eu sumi.

 

                Acordei chorando. Nem tive forças para me levantar. Era ele todo esse tempo. Lupus esteve me protegendo todo esse tempo. Eu não conseguia pensar. Meu coração doía. As únicas coisas que vinham em minha cabeça eram as cenas dele me protegendo e de mim o mandando embora. Seu rosto triste. Suas brincadeiras idiotas. O jeito como ele me tratava. Eu o amava. Eu o amo.

                Eu o abandonei.

                De repente algo me fez acordar para a realidade. Uma explosão. Olhei para fora da janela direto para o portal. Meu sangue esfriou. Uma onda gigante de sombras saía dele em nossa direção. Corri para fora do quarto tentando achar todos. Estavam paralisados. Com medo. Foi quando me viram.

- LIN! ONDE VOCÊ ESTAVA? – Edel veio correndo até mim. – VOCÊ ESTÁ BEM?

- S-sim... – menti. – O- o que está havendo?

- Cazeaje nos achou. - Holy disse – o que faremos?

- Vamos lutar! – Elesis ergueu sua espada. – Não é por isso que viemos? – Ela sorriu pra mim confiante. E retribui para todos.

- Vamos acabar com ela.

                Todos nós corremos até aquele monstro que nos atacava. Ele era imenso e assustador. Elesis tomou a frente do grupo.

- POSIÇÃO! – Ela gritou e todos fizeram uma posição combinada. Esperamos a nuvem se aproximar e, quando estava bem perto, Elesis gritou. – AGORA!

                Uma rajada de golpes e poderes começaram. Cada um focou em algum ponto daquele nada e começamos a atacar. Mas não ouve efeito.

- MAS QUE MERDA..? – Dio gritou com raiva, pois nada que ele fazia adiantava.

- É SÓ UMA NÉVOA! NADA VAI ADIANTAR! – Lire gritou assustada.

- Espera. Se é só uma névoa então... – Edel parou de lutar e sua expressão mudou. – É UMA ARMADILHA!

                A névoa começou a se contrair, como uma estrela antes da explosão. E logo explodiu como uma flecha, numa direção. Alguns vieram até mim com a intenção de me proteger, mas a nevoa não vinha até mim. Ela estava mirando na Holy.

                Holy não teve tempo pra se proteger. A névoa penetrou em seu peito com força e a fez cair para trás.

- HOLY!! – Eu gritei apavorada e comecei a correi até ela.

                Ela estava inconsciente. Todos a rodeavam incrédulos. Eu me abaixei e peguei sua mão, estava suando, suando muito.

- Temos que tirá-la daqui rápido. – Lire disse se ajoelhando ao seu lado e tocando sua cabeça. – Vou tentar fazer um feitiço de cura, mas temos que ser rápidos.

                Acenamos positivamente e logo estávamos de volta na cabana. Deitamos Holy numa cama e Lire pediu que Mari conjurasse alguns feitiços pra que ela pudesse fazer os medicamentos. Como ninguém podia fazer nada, o pessoal foi se retirando da sala, até que só sobraram eu, Lire e... Azin.

- Lire, precisa de alguma coisa? – perguntei.

- Não ainda, obrigada Lin. Qualquer coisa eu te peço. – Ela sorriu docemente.

- E eu posso fazer alguma coisa? – Azin perguntou, mas eu nem acreditei. Sério? Eu tinha acabado de me oferecer.

- Não, Azin. Obrigada. – Lire forçou um sorriso, pois como eu ficou irritada com a pergunta. – Mas eu só preciso que um de vocês fique aqui pro caso de eu precisar,

- Eu poss... – Azin me cortou.

- Eu fico.

                Eu fiquei em choque. “Really?” pensei. Lire notou o clima estranho.

- Err... Vocês precisam se decidir.

- Não precisamos. Pode ficar Azin. – Me virei e sai me agüentando pra não socar aquele garoto.

                Não podia acreditar. Ele estava sendo um total babaca. Mas por quê? Eu achava que tínhamos algo. Mesmo que não, é o pior momento pra ele me tratar desse jeito. Idiota.

 

Azin PVO’s on

                Fiquei sentado ali por um bom tempo olhando a Holy, que suava cada vez mais. Comecei a ficar irritado.

- Não era pra essa merda ter ajudado?

- Estou tentando. – Ela parecia angustiada, mas só me deixou mais nervoso.

- Mas não aconteceu nada ainda. – ela levantou da cadeira com raiva. Nunca a tinha visto daquele jeito.

- Quer tentar? Faça melhor! – movi a cabeça negativamente. Ela estava assustadora daquele jeito.  – Vamos! Qual é o problema? Não consegue? Então me deixe fazer meu trabalho! – Ela voltou a se sentar, eu apenas a encarava encolhido na cadeira. Ela respirou fundo. – Olha... Estou dando meu melhor... Também estou preocupada! Mas o que entrou nela é muito forte e estou fazendo o que posso. – Ela fez uma pausa e soltou os ombros, antes tensionados. - Já faz mais ou menos uma hora que estou aqui e estou ficando cansada também. E depois disso meu humor estourou e não consigo me concentrar. Pode olhar ela pra mim por um tempo?

                Apenas movi a cabeça afirmativamente e ela saiu da sala. Olhei ela ali desmaiada e me veio uma sensação de dejavu. A mesma cena a alguns dias atrás. A diferença é que eu a odiava, mas agora...

- A- Azin...?

                Tomei um susto quando percebi que ela tinha acordado. E estava muito pálida.

- Holy! Finalmente! Tudo bem?

- Eu não sei... – Sua voz estava fraca e falhando.

- Espera ai um pouco que eu já chamo a Lire.

- Não... – ela segurou minha mão

- Como?

- Pode ficar aqui comigo um pouco? Por favor... – Ela parecia que ia desmaiar de volta a qualquer instante, mas ainda estava com sua expressão doce. Afirmei com a cabeça e ela sorriu. Ficamos em silencio por um tempo, só sentia sua mão em cima da minha. Ela então começou a tossir e eu peguei rapidamente um copo de água que havia ao seu lado. Apoiei sua cabeça em meu ombro e a ajudei a tomar. Ela me olhou curiosa. – Por quê?

- Por que o quê?

- Está preocupado. Nunca se preocupou. – Eu me impressionei com a pergunta a principio, mas depois sorri.

- As coisas mudam. – E acariciei sua cabeça. Ela corou.

- Mas nem tudo.

- Tipo? – levantei uma das sobrancelhas e ela sorriu ainda mais.

- Ainda gosto de você. - Ficamos em silêncio. Ela acabou fechando o sorriso e corando mais. – Err... Sinto muito... Eu não devia ter dito isso...

                Eu estava em choque. Tão direta. Ela continua me surpreendendo. Quando percebi, eu estava sorrindo. Ela percebeu.

- Eu acho que... – Fui interrompido pela Lire que estava entrando novamente no quarto. Quando ela olhou Holy sorriu.

- Holy! Como você está? Está vermelha, o que ouve?

- B-bem, eu... – Ela estava quase estourando de vergonha. – N-nada.

- Bom Azin. Obrigada. Parece que sua presença aqui a ajudou.

- Viu? Sou demais. – Falei em tom de brincadeira.

                Quando eu estava prestes a sair do quarto, Holy Começou a sufocar.

Azin PVO’s off

 

                Ouvimos um barulho vindo do quarto e corremos até lá. Quase infartei. Holy estava chorando sangue e gritava. Lire estava tentando ajudá-la mas não adiantava. Azin gritava pelo seu nome e segurava sua mão... Ele... Parecia que iria... Chorar. Entrei em transe por um segundo. Mas voltei à realidade quando os gritos de Holy foram trocados por risos. Risos doentios, vindos dela. Nos afastamos e de repente ela parou. Eu me aproximei.

- H-Holy? – Chamei seu nome com medo.

                Quando eu toquei sua mão seus olhos se abriram. Soltei um grito. Seus olhos estavam vermelhos e ela olhava pra mim de um jeito doentio. Não tive tempo de fazer nada, nem eu nem ninguém. Ela me pegou pelo braço e, depois, pelo meu pescoço. Todos avançaram, mas Holy se jogou, comigo junto, pela janela do quarto e saiu correndo. Olhei para todos gritando. Não podia me defender, não sem meu leque que tinha ficado lá, e Holy era extremamente mais forte que eu. Vi Rey e Dio se aproximando voando, mas Holy foi mais rápida. Ela tirou um chaveiro do bolso, que em um segundo, se tornou seu martelo e ela acertou ambos com tudo. Os outros vinham atrás de nós, eram mais rápidos, mas ela percebeu. Quando um estava quase nos alcançando ela parou e se virou, pegou seu martelo com apenas uma das mãos e gritou “Martelo Demolidor”. Quando seu martelo tocou o chão, uma explosão ocorreu e atingiu grande parte do grupo, que foi pego desprevenido. Eu olhei para ela, estava rindo, não parava. Com o atraso do grupo ela se dirigiu para o portal com facilidade, e gritou “Montanha de Berkas”. Meu coração gelou. O eclipse ocorreria em poucos dias e eu estava indo direto para o local em que eu não deveria. Mas antes que ela pudesse pular alguém gritou seu nome. Nos viramos. Era Azin.

- HOLY! NÃO FAÇA ISSO! EU SEI QUE VOCÊ PODE ME OUVIR!

                Holy apenas riu e o encarou.

- É tudo culpa sua. – Ela disse rindo.

                E então pulou. 



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