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História Desejo (Hiatus) - A Morte é a Certa


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


Gente, me desculpem mesmo pela demora de atualizar, eu meio que fiquei travado para fazer esse capítulo, mas aqui ele está u.u...
Queria avisar que, nesses dias que passei sem atualizar, editei os primeiros capítulos, só melhorei a pontuação, retirei algumas palavras, acrescentei mais, mas nada que mudasse muito...
Também quero agradecer aos que favoritaram a fic nesses últimos dias.

Espero que gostem do capítulo (acho que não ficou tão legal quanto os outros, mas enfim...), boa leitura

Capítulo 20 - A Morte é a Certa


POV NARRADOR

Mas quero ele fora do meu caminho.

Alex: Q-que... – Sente como se o seu coração falhasse por um momento.

O homem vira-se.

Sean: O que faz aqui garoto? – Pergunta desconfiado erguendo uma sobrancelha.

Alex: Na-nad-nada, e-eu, só vim é... Pegar algo que esqueci.

Sean: O que você ouviu? – Vai direto ao ponto.

Alex treme dos pés a cabeça, se antes se sentia intimidado pela voz do homem, agora se sentia por seu tamanho.

Alex: Não ouvi nada, estava totalmente distraído. – Consegue dizer sem gaguejar. Esperava que o outro acreditasse.

Sean: Hm... Desconfio que seja a verdade. – Alex então observa o homem enfiar a mão dentro do seu bolso enquanto olhava fixamente para si.

“Onde eu fui me meter?”

- -

Alex: B-bem, eu... Tenho que ir agora. – Iria dar meia volta, mas uma outra pessoa acaba por se esbarrar em si.

Lunna: Oh meu deus, Alex! – Suspira aliviado ao ouvir a voz de Lunna.

Levanta-se do chão, limpando sua calça com as mãos.

Alex: Pensava que você ia me esperar lá fora...

Lunna: Vim te chamar. – Retira um celular do seu bolso – No intervalo você acabou esquecendo o seu celular comigo... Só que eu só me lembrei agora que estava com ele. Toma! – O entrega.

Alex: Ah sim... É. – Olha de lado vendo que ainda continuava sendo observado pelo outro – É... Ahh..

Lunna de imediato notara algo estranho ali – Está tudo bem aqui? – Direciona o seu olhar para os dois ali.

Sean: Claro. – Tira os seus olhos de Alex – Como eu sou um novo funcionário, só estava tirando uma dúvida aqui com ele. Não é mesmo, Alex? – Volta a olhar para si com um falso, mas convincente sorriso no rosto, pelo o seu olhar Alex notara que só deveria confirmar o que foi dito.

“Como ele sabe o meu nome?” – S-sim, é... Isso, isso mesmo.

Lunna ainda sim, não engoliu totalmente o que foi dito – Certo... Até mais então. – Acena para o homem – Sei que você é o novo enfermeiro, mas eu não sei o seu nome...

Sean: Chamo-me Sean. – Sorri simpático. Uma falsa simpatia, que nunca existirá em si.

Lunna: Ok, até. – Mais uma vez acena, saindo dali acompanhada por Alex. Quando já estavam numa certa distancia, solta: - Você viu? Que gato! Agora todo dia irei me fingir de doente para ir à enfermaria...

Alex mesmo preso em seus pensamentos ouve o que a amiga diz e sorri sem graça.

Lunna: O que? – Pergunta – Acha que eu estou brincando? Que homem é aquele... Meu deus! – Suspira se abanando com as próprias mãos – Olha, se ele não estivesse com tanta roupa cobrindo o corpo, acho que eu desmaiaria no chão.

Alex: Cuidado amiga. – A alerta – Cuidado para não acabar tendo sonhos eróticos com ele. – Diz sorrindo em seguida.

Lunna: Como não ter? Menino, aquele homem parece exalar sedução. É hoje que eu vou toco bastante o Dj em mim!

Alex a olha incrédulo, corando pelo o que a amiga disse – Nossa não precisa entrar nesses detalhes peculiares, né. – Sua amiga sempre falava da boca para fora.

Lunna: Ai amigo, besteira. Eu tô brincando! – Enlaça o seu braço no de Alex – Vai me dizer que você não gostaria de ser pego por aquele homem ma-ra-vi-lho-so?

O outro revira os olhos – Eu já tenho o meu!

Lunna: O QUE? – Tampa a boca o olhando descrente.

Alex: Que-que d-dizer... – Gagueja assim que se deu conta do que disse – E-eu não... Eu...

Lunna: Relaxa. – Dá um empurrãozinho em seu ombro – Agora só falta o Caleb te pedir em namoro. – Sabia o quanto Alex era tímido e sem jeito, um pedido de namoro jamais partiria de si.

Alex sorri se imaginando sendo pedido em namoro, mas rapidamente seu sorriso se desmancha.

Lunna: Eu percebi que você anda distraído demais. Me diz o que está acontecendo. – Se preocupava com Alex, como se fosse um irmão mais novo – Prometemos que sempre contaríamos um com o outro, esqueceu?

Alex: Claro que não... – Responde – Depois nós conversamos melhor. – Talvez contasse para ela o que tanto lhe atormentava ultimamente.

Por fim, resolve deixar de lado o que acabara de acontecer. “Ele é só o enfermeiro novato, eu que me assusto demais”... “Ou vai que ele faz parte de uma gangue na cidade, deus me livre me envolver nessas coisas”.

Alex: Lunna... Será que existem gangues nessa cidade? – Pergunta curioso.

Lunna: Gangues? Gangues criminosas ou terroristas? – Alex acena positivamente – Eu nunca ouvi falar de alguma que existisse aqui, por que a pergunta?

Alex: Nada demais, só curiosidade. – Diz tentando soar de forma desinteressada.

Lunna: Uhum... Você tá doido para ser sequestrado por um gangster, não é seu danadinho?

Alex: Que deu em você hoje para falar tanta besteira?

- -

Luke: Aff! – Bufa mais uma vez - Andrew Francis eu tenho dois braços e posso muito bem carregar a minha mochila! – O outro sempre insistia em carregar sua mochila, hoje como de costume não foi diferente.

Andrew: Eu estou sendo um cavalheiro! – Responde. Fazia aquilo só para poder ver o seu namorado todo vermelho de raiva. Era uma cena fofa e engraçada, às vezes o mesmo soltava um palavrão de vez em quando e acabava não se aguentando com isso.

Luke: Até demais! – Para no caminho – Se não me der minha mochila agora... – Andrew prende um riso, o outro gesticula de forma engraçada com os braços - Eu vou te jogar num bueiro! – Tenta manter um tom de ameaça, mas falhando miseravelmente – Tô falando sério, Andrew. Não ria!

Andrew: Não dá... – Ria não conseguindo se conter, seus olhos chegavam a marejar de tanto rir pela cena – Um gnomo de jardim querendo me ameaçar... – Aquela foi à gota d’água para si.

 Luke: Então fique aí. – Pega rapidamente sua mochila – Acabou! Não quero mais nada com você! – Vira-se pisando duro pela calçada.

Andrew: Luke. – Vai atrás – Bebê! Vai com calma.

Luke: Não me chame de bebê! – O outro rapidamente consegue o alcançar.

Andrew: Calma, É que é divertido te ver irritadinho. – Enlaça os seus braços por trás do outro, aproximando os corpos – Não faça essa carinha. – Põe o queixo no ombro alheio.

Luke não esboçara nenhuma reação. Decidiu que iria ignorar o outro. Se estava sendo infantil ou não, não se importava.

Andrew: Você que pediu...

Luke: AHHH! Andrew! – Vira-se batendo no peitoral do outro – Por que me mordeu no ombro? Virou canibal agora? – Acariciava com a mão o local que lhe doía fortemente.

Andrew: Desculpa! – O puxa para os seus braços, dando em seguida vários beijinhos em seu ombro dolorido pela mordida.

Os beijos então passaram para o seu pescoço, onde Andrew insistia dar fracas sugadas na área.

Luke: Andrew, não... – Contem um gemido que quase lhe escapara – Estamos no meio da rua. – Tenta o afastar, mas um braço lhe prendia fortemente na cintura.

Andrew: Se eu disser que eu não ligo? – Os beijos passam do pescoço para o seu rosto, onde era beijado de forma bastante carinhosa. Bochecha, queixo, testa, orelhas, em cada canto do seu rosto beijos eram depositados. Enfim parara nos lábios, onde roça de leve. Prende com os dentes o lábio inferior de Luke, que acaba por soltar um gemido nada discreto.

Luke: Mas eu sim! – Vira o rosto. Andrew era tentador demais, sempre cederia a ele, mas estavam em publico, saber disso lhe deixava desconfortável. Não porque era um casal do mesmo de sexo, isso jamais seria um incomodo para si, mas sim porque aprendeu que isso deveria se feito entre quatro paredes. Além de que as pessoas passavam e nem reparavam nos dois.

Andrew: Uhum... – Volta a atacar os seus lábios, Luke por fim decide ceder. O outro era experiente, tentava o acompanhar, mas sempre era Andrew que o dominava.

E na verdade gostava disso. Amava.

O aperto em sua cintura fez sua consciência voltar.

Luke: Chega! – Põe os dedos em seus lábios – Ou mais tarde vai ficar sem nenhum beijo.

Andrew: Sem problema, eu te sequestro e te prendo na minha cama. – Aproveitara que os dedos de Luke estavam sobre os seus lábios, e os beijara, em seguida prende um, o chupando fortemente.

Luke: Ahh Andrew! – Puxa o seu dedo, o vendo surgir uma coloração vermelha – Você é algum tipo de maníaco?

Andrew: Sim, maníaco por você. – Morde o lábio, o olhando de forma intensa e ao mesmo tempo sexy.

Luke vira o rosto para o outro não ver suas bochechas corarem – Vamos logo para casa que eu quero dormir o dia inteiro. – Volta a andar.

Andrew: Bebê. –Enlaçam os dedos – Esqueceu que hoje é o nosso primeiro encontro? Você mesmo que quis para hoje.

Luke então se recorda que ontem estavam falando sobre isso – Acabei esquecendo. – Baixa a cabeça.

Andrew: Não fique assim, não tem problema algum esquecer. – Puxa o seu queixo para cima – Que tal irmos naquela sorveteria que acabou de inaugurar? – Pergunta animado. Luke sendo um viciado em sorvete, claro que aceitaria.

Luke: Tomar sorvete é quase tão bom quanto dormir. – Sorri, sua expressão acabara saindo de forma fofa e infantil – Aceito!

Andrew: Certo, então nos vemos ás quatro da tarde? Eu te pego.

Luke: Sim, sim. – Sorri animado – Mas nós já passamos da sua casa. – Olha para trás vendo a casa de Andrew a metros de distancia.

Andrew: Vou te acompanhar até a sua. – Responde.

Luke: Não precisava. – Dessa não consegue esconder o seu embaraço.

Andrew: Vou sim porque preciso proteger o meu bebê dos malvados desse lugar. – Luke prende um riso.

Luke: Oh sim. Então é melhor me levar em seus braços. – Os estica. Andrew rapidamente o pega, fazendo o mesmo circula as pernas em seu quadril como uma criança, e era realmente o que no momento parecia ser – Andrew eu estava brincando. Me põe no chão! – Faz biquinho.

Andrew: Não posso. – O responde – Até o chão pode ter algum perigo para você.

Luke mais uma vez revira os olhos. Por fim encosta a cabeça em seu peitoral, fechando os olhos, sentindo o cheiro de Andrew atingir suas narinas.

Sorri de lado. Aquilo lhe agradou muito.

Em alguns minutos já estavam perto de sua casa. A porta da mesma se abre revelando um homem.

Andrew: Ah olá, Senhor Robert! – O cumprimenta assim que o mesmo se virou depois de fechar a porta.

Luke: Pa...Pai. – Num piscar de olhos, salta rapidamente dos braços de Andrew segurando-se na caixa de correio que havia ali antes que caísse ao chão – Aí... Bati meu dedo!

Robert: Cuidado Luke, parece até que viu um gnomo. – Comenta rindo da cara de dor que seu filho fazia – Ele morre de medo de gnomo, sabia?

Luke: Tá bom, ninguém precisa saber disso, né...

Andrew segura um riso – Engraçado um gnomo ter medo de outro gnomo.

Mais uma vez Andrew estava testando sua paciência, e para piorar seu pai resolvera entrar no meio.

Luke: Ok, certo. – Diz pacientemente, nenhum dos dois iriam adivinhar mesmo que estavam sendo xingados mentalmente– Continuem me dando esses fofos apelidos, irei me retirar, licença. – Anda calmamente até a porta a abrindo e entrando sem olhar para trás.

POV LUKE

Chegando ao meu quarto, jogo-me de barriga na cama.

Suspiro. Andrew anda me estressando demais, não vou querer mais nenhum encontro com ele. Gnomo de jardim, como pode? Como ele pode me comparar a um gnomo, eu morro de medo deles, já rolou vários boatos pela cidade que um homem fantasiado de gnomo sequestrava criancinhas e as levava consigo, como não ter medo? Já viram como eles são? Pequenos e assustadores, eu posso ser pequeno, mas não sou assustador... Agora se ele continuar assim comigo, aí sim ele verá o meu lado assustador.

A porta do meu quarto se abre. Nem olho, já sabia que ele era.

- Luke! – Ué, era o meu pai.

Viro-me na cama, ficando de costas na mesma.

- Aposto que vocês ficaram lá, falando coisas de mim, não é Sr. Robert? – Digo.

- Na verdade não... Andrew teve de sair urgentemente daqui, parece que algo aconteceu, mas eu marquei com ele para conversamos qualquer dia desses. – Algo aconteceu? Agora fiquei preocupado, depois irei ligar para ele, espero que não tenha acontecido nada ruim.

- Mas ele disse alguma coisa antes de ir?

- Não. – Responde, se sentando na beira da cama.

Acho que já faz dias, senão uma semana, que não tenho uma conversa com o meu pai. Anda tão ocupado nesses últimos dias com o novo trabalho que mal o vejo... Aliás, falando nisso...

- Pai! – O chamo. Sento-me ao seu lado, colocando um travesseiro sobre as minhas pernas dobradas.

- Já sei que tem algo em mente para perguntar. – Ele me conhecia tão bem – Diga.

- É que... – Não sabia com que palavras começar – Aquele dia que eu fui até a empresa que o senhor trabalhava...

- Está falando daquele desastre que aconteceu?

- Sim.

- Ok, então continue.

- Por que me chamou até lá? – Pergunto curioso. No dia, como estava acompanhado por Caleb, nós dois fomos juntos... Mas tudo aquilo acabou acontecendo, acho que por pouco quase não íamos sendo soterrados, como algumas pessoas foram. Só de me lembrar desse dia, sinto uma sensação ruim passar por todo o meu corpo.

- É... Bem, é... – Ele começava a mexer os dedos uns nos outros. Seria nervosismo?

- Pai...

- Eu os chamei lá justamente porque também tinha algo em mente, e precisava de vocês para isso.

- E seria...? – O incentivo a continuar.

- Andava muito ocupado com o trabalho, quase não tinha tempo sobrando parar poder ficarmos todos juntos, principalmente com a sua mãe... E eu... Eu tinha pensando em uma viagem.

- Uma viagem? – Pergunto curioso.

 - Sim, acho que seria bom nos distancia um pouco da cidade, de todo o estresse... Já tinha planejado o lugar para irmos.

- Hum... – Não era uma má ideia, realmente mal nos víamos durante o dia, na madrugada já estavam quase todos dormindo – E o senhor cancelou, não terá mais viagem?

- Não exatamente, mas acho que a sua mãe não iria aceitar por causa da clinica veterinária. – Minha mãe amava o trabalho dela, e se distanciar realmente seria complicado.

- Tive ideia! – Exclamo animado dando um pulo na cama – Por que você e a mamãe não viajam a sós? – Digo com um enorme sorriso no rosto.

- Ah filho... Era uma viagem em família, e...

- Nada disso! – O interrompo antes que continuasse – Mamãe anda dando bastante duro na clinica, mesmo feliz, eu a vejo chegando bastante cansada aqui em casa, acho... Acho não, tenho certeza que uma viagem... Ficar um pouco longe daqui e do trabalho fará um bem enorme para ela e ainda poderá renovar suas energias.

Ele para, pensando pensar por alguns segundos, então decide se pronunciar – Até que não é uma má ideia, mas como vamos fazê-la aceitar?

- Essa parte deixa comigo! – Apoio a minha mão em seu ombro para me levantar da cama.

- Havaí, depois do Havaí, iriamos para o Alasca. – Paro para ouvi-lo falar – É um grande sonho de sua mãe ver as montanhas do Alasca... Mas ela ainda não pode concretiza-lo, acredito até que uma viagem para o Alasca não está mais entre uma de suas prioridades.

- Perfeito! – Junto às duas mãos – Ela já me falou o quanto amaria visitar o Alasca, essa viagem seria perfeita para isso. – Pego na mão do papai e peço para ele me acompanhar – Agora resolva tudo que tem para resolver, que eu irei convencê-la o mais rápido possível. – Agora tenho uma pequena missão para cumprir.

- Obrigado, filho. – Me abraça de lado, retribuo o afeto – Se não fosse por você, eu já teria deixado isso de lado.

- Que bom que eu existo, né? – Dou um largo sorriso.

- Com certeza, haha! – Deposita um beijo no topo da minha cabeça.

Eu já disse o quanto amo receber carinho e dar carinho? Tirando Andrew, ele não merece mais o meu carinho... Ah não, espera... Eu ainda tenho que ligar para ele para saber o que aconteceu.

- Momento em família? – Dá para acreditar que eu já tinha me esquecido da existência de Caleb?

- Atrasado... Tenho que ir! – Repete o mesmo afeto com Caleb, se retirando do corredor em seguida.

- Caleb? – O chamo. De repente pareceu ficar aéreo.

Ele olha para mim parecendo acordar do seu transe.

- O Alex anda meio estranho e distante nesses últimos dias. – Solta – Sabe se algo aconteceu?

Ixi... Alex me contou da aparição do seu ex-namorado, mas o mesmo me pediu para não contar a ninguém, nem mesmo a Caleb.

- Sabe que eu não faço ideia. – Encolho os ombros – É melhor ir conversar com ele, não acha? – Sugiro

- Você está certo. Irei fazer isso agora mesmo. – Vira-se descendo as escadas.

O que seria desses dois sem mim?

- -

POV NARRADOR

Andrew: Qual dessas camisas devo usar? Essa... – Balança uma camisa de mangas compridas sem estampa que estava em sua mão – Ou essa? – Aponta para uma rosa de cor escura.

William observava a cena a frente rindo internamente do desespero do seu amigo para encontrar alguma roupa para o seu primeiro encontro com o Alex. O mesmo fora chamado aos berros por Andrew para ir o mais rápido possível para a sua casa. Achou que seria algo sério, até chegar a seu quarto e vê-lo de cabeça para baixo.

William: Sério, você tá parecendo até uma adolescente que terá o seu primeiro encont... – Para de falar ao receber um olhar mortal do outro – Só acho que, você não devia se preocupar tanto com isso, escolha algo que você acha que vai agrada-lo, Luke não parece ser daqueles que se preocupam tanto com vestimentas...

Andrew: Eu sei, é só que...

William: Além de que vocês vão numa sorveteria. – Seu melhor amigo se encontrava tão bem arrumado agora que parecia mais que estava indo a uma formatura – Ou não me diga que depois vão passar num motel?

Andrew lhe mostra o dedo do meio – Porra! Você só fala besteira, cala a boca!

William: Ué, como se me chamasse aqui justamente para eu dar a minha sincera opinião sobre o q... – Antes que continuasse um ser frustrado por não achar uma roupa que agradasse lhe acerta brutalmente um travesseiro no rosto.

Andrew: Te chamei para que viesse até aqui, mas falta um pouco só para te ver sem a metade do corpo. – Entra mais uma vez em seu banheiro para trocar de roupa.

William: Já é ruivo, agora só falta sair fogo pela cabeça...

- -

- O que pensam que estão fazendo? – Grita pela dor do impacto ao ser arremessado para fora do carro.

Daniel: Opa! Desculpe-me. Não era a minha intenção. – O levanta do chão, lhe apertando no braço para assim acompanha-lo, já que o mesmo estava com os membros amarrados – Só estamos cumprindo ordens do chefinho.

- Aquele desgraçado do Sean? – Range os dentes, seus olhos fulminavam de ódio – Acham mesmo que isso irá ficar assim? Que irão sair impunes? Eu sou um dos homens mais ricos de todo o país!

Daniel: E daí? – Continuavam a andar. Já se encontravam a quilômetros de distancia da cidade.

- E daí quando descobrirem tudo, vocês irão se arrepender amargamente por isso! Irão apodrecer na cadeia.

James: Cala a merda da boca seu velho nojento! – O soca sem medir força alguma na barriga – Sua riqueza veio por meios ilegais, quem deveria apodrecer na cadeia aqui é você! – Estavam cada vez mais pertos de um grande e alto penhasco. Capaz de fazer estremecer quem tivesse medo de altura.

Daniel: Olha Bill. – Lhe segura no queixo, já que o mesmo não havia se recuperado do soco no estomago – Estaremos fazendo um grande favor para você... Ao invés de te entregamos a policia por todos os pobres que coletamos de você e passar o resto de sua vida na cadeia, estaremos lhe jogando desse maravilhoso penhasco, não acha que estamos sendo generosos demais?

Olha apavorado para baixo, sentindo um arrepio passar por sua coluna espinhal.

- V-vocês não podem fazer isso – Seu olhar denunciava todo o medo que sentia no momento – Eu pago! Em dólar, em euro... Quanto dinheiro vocês quiserem, mas em troca quero que saiam do meu caminho.

James: Tarde demais Bill. – Desamarra os seus braços – Você achou que era esperto demais ao tentar nos passar a perna... Mas adivinha... – Aproxima-se lentamente e ameaçadoramente do seu rosto – Não somos bobos, você que se pôs no nosso caminho... Qualquer um que chegue a tentar isso, a morte é a certa... Com você não seria diferente. – Empurra-o levemente pelo ombro.

- Não... Por favor não... Eu tenho uma esposa. – Olha mais uma vez para baixo. Grandes pedras que seriam capazes de matar qualquer um que caísse sobre elas. A água por sorte encontrava-se calma. Mas aquilo só alimentou mais ainda o seu pânico.

Daniel: Tenho certeza que ela não sentirá a menor falta de você... Afinal de atraente só sua conta bancaria. Adeus Bill!

- Não, espera eu...

Daniel: Não se preocupe, lá embaixo estão os peixes carnívoros mais perigosos que se pode imaginar, sua morte será bem rápida. – Não perdera mais tempo e o empurra de uma vez só.

Em segundos seu corpo choca-se contra a água.

Seus ossos não aguentam o forte impacto e quebram-se, perfurando todos os seus órgãos.

Sua vida se acabara bem ali.

Seu corpo aos poucos vai se afundando entre a água escura do mar.

Qualquer vestígio que se pudesse encontrar, já não existia mais.

- -

Toca a campainha esperando alguém o atender.

A porta se abre revelando uma mulher em torno dos seus 30 anos.

- Caleb, que surpresa boa! – A mulher o puxa para um abraço – Está lindo!

Caleb: Ah obrigado, Sr. Hanna. – Sorri amigável para outra.

Mesmo não aparentando a mulher a sua frente já era mãe. Alex teve a quem puxar.

- Assim me sinto velha, me chame só de Hanna. – Dá leves batidinhas em seu ombro, dando espaço para o outro entrar.

Caleb: Certo, Hanna. – Põe suas mãos no bolso da calça – O Alex está?

- Eu ainda não o vi hoje querido, se não estiver lá encima, ele provavelmente deve ter saído com Lunna. – O avisa. Seu filho andava muito calado. – Não sei o que pode ter lhe acontecido, mas ultimamente ele anda meio estranho, nem fala mais direito comigo. – Se soubesse que alguém teria feito algo de ruim contra o seu filho, seria capaz de triturar a pessoa – Sempre que ele fica assim, é porque algo lhe aconteceu.

Caleb: Por isso mesmo vim até aqui. – Diz. Pousa o seu olhar sobre uma fotografia postada na parede. De primeira reconheceu a pessoa da foto. Era Alex, o mesmo aparentava 11 ou 12 anos, não mudara muita coisa. Hanna falava algo ao seu lado, mas sequer prestava atenção, a mesma estava focada na fotografia. Seu Alex era fofo e gracioso desde sempre. “Meu?” Pensa.

- Querido, você está me escutando? – Sua atenção é toda voltada para a morena ao seu lado.

Caleb: Ah sim, claro... Eu entendi tudo... Será que eu posso vê-lo agora? – Adorava Hanna, que com certeza seria sua sogra futuramente, mas estava com pressa e sem a mínima vontade de escuta-la.

- Claro, pode ir. Qualquer coisa pode me chamar, ok? – Acena positivamente, subindo as escadas.

“Qual é a porta do quarto dele?” Eram várias e várias e não se lembrava de qual a porta do quarto de Alex.

Decide arriscar pela segunda do lado esquerdo.

Acerta em cheio, aquele era mesmo o quarto de Alex.

Era uma mescla de bagunça e arrumação, a última e também única vez que estivera ali, estava totalmente impecável.

Caminha para dentro, fechando a porta em seguida. O quarto era iluminado pelo um pequeno freixo de luz que atravessa a janela.

Mesmo usando uma regata branca, ainda sim sentia um enorme calor. Talvez fosse pela ansiedade em ver Alex, o mesmo sempre causava essa sensação em si.

Percebera que o pequeno freixo de luz também pousava sobre uma cabeleira cinza na cama.

Lentamente senta na borda da cama, para não acabar fazendo nenhum movimento que acordasse o outro.

Puxa o grosso lençol que o cobria até o rosto.

Se depara então com a imagem mais linda e fofa que já vira na vida.

- -

POV CALEB

Como ele conseguia ser tão maravilhoso até mesmo dormindo?

Sem conseguir me conter, pouso minha mão sobre sua bochecha exposta, acaricio lentamente.

Sentia-me hipnotizado. Disposto a continuar. Esqueci-me completamente do que vim fazer aqui.

Queria mais contato, queria poder toca-lo mais.

Retiro os meus sapatos, ficando de joelhos sobre a cama.

Puxo o resto de lençol que cobria o seu corpo, expondo-o totalmente aos meus olhos.

Seu short curto, me fazia ter o privilegio de olhar suas belas coxas lisas de tom bronzeado.

Aquilo só aumentou mais ainda a minha excitação, quando me dei conta, já estava passando minha mão por sua coxa sobreposta à outra, sentindo toda sua maciez e suavidade... Já disse o quanto ele é maravilhoso?

Com uma calma que não sei de onde surgiu me aproximo calmamente depositando vários beijos perto de sua boca. Tudo na calma para não acorda-lo.

Deslizo minha mão até o seu joelho, voltando a subir até pousar sobre o seu bumbum.

- Continuo ou não... – No fundo sabia que era errado me aproveitar dele enquanto o mesmo dormia, mas ele é irresistível... Irresistível para mim.

Retira minha mão de sua nádega. Irei tirar esse maldito short que me proibi de vê-lo melhor.

Com muita calma e esforço, vou descendo o pano até o seu joelho, puxando-o de uma vez de suas pernas.

Minhas mãos formigavam sem parar só com essa vontade de poder apalpa-lo.

Tudo era tão perfeito, tão proporcional a ele.

Seu corpo era lindo, como antes imaginava que seria. Suas curvas, seus traços... Perfeito

Sinto ele se remexer. Será que o acordei?

Ouço-o resmungar algo enquanto se virava de costas no colchão.

Ah não, agora o que eu faço?

- O-o que. – Coça os olhos. Eu poderia tentar fugir, correr rapidamente daqui, mas permaneço quieto no mesmo lugar – Caleb? É você? – Pelo escuro do quarto, acho que ele não conseguia me ver.

- Sim, sou eu. –Respondo.

- O que faz aqui? – Ele rapidamente se senta – Ai meu deus... Eu tô seminu?

Tento segurar um riso, como ele pode ser tão fofo assim?

- Não, não está seminu. Só está sem o seu short... Eu que tirei.

Em menos de um segundo ele rapidamente pega o primeiro travesseiro que a sua frente e põe sobre as suas pernas dobradas.

- Não adianta, eu já o vi. – Sorriu do seu fofo embaraço.

- V-v-você não... Por que você fez isso? – Apertava o travesseiro com tanta força, que parecia querer se fundir a ele. “Já imaginava que ele era pervertido, mas nem tanto”.

- Por que não paramos de conversa e vamos logo ao que interessa?

O puxo pelo pé, fazendo-o deitar mais uma vez de costas na cama, aproveito e me coloco sobre o seu corpo, evitando assim que ele tentasse fugir. Não iria fazer nada contra a sua vontade, iria fazê-lo se render a mim.

- Eu vim o visitar para saber como estava, mas te ver assim tão tentador... – Aperto levemente sua cintura – Me fez mudar de ideia... – Me aproximo. Estava pronto para lhe beijar, quando de repente...

- Alex! – Uma estridente voz feminina invade o quarto – ALEX! Filho!

Leves batidas na porta foi o bastante para o faze-lo me chutar praticamente de sua cama.

- Caleb! Me desculpa, eu... – A porta se abre.

- Oi queridos, desculpe interrompe-los. – Sorri olhando para nós dois, enquanto eu ainda tentava me recuperar do baque... E que baque – Mas é que eu preciso usar urgentemente o wifi, mas esqueci da senha...

- Mãe, a senha está na porta da geladeira da cozinha. – Sussurra baixinho em meu ouvido perguntando se eu estava bem, apenas aceno positivamente.

- Ok, me desculpem mais uma vez. – Antes de sair pisca um olho em minha direção, a devolvo com um sorriso discreto.

– Então... Onde nós paramos?

- Nem vem que eu vou voltar a dormir...


Notas Finais


P.S. Sou péssimo para escolher título dos capítulos


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