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História Desejo (Hiatus) - Surto Psicótico Parte.2


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


OIEEEEEEEEEEEE!
Queridos leitores, me perdoem por demorar tanto meses para atualizar essa fic. Mês passado completou um ano e eu ainda nem consigo crer nisso, passou tão rápido.
Eu estava perdido e sem saber como prosseguir com ela, toda a minha imaginação e ideias para a fic simplesmente dissiparam, e me encontrei encurralado para seguir adiante.
Mas cá estou eu, e como prometi, não irei abandonar essa fic... Por nada!
Ah quero agradecer a todos que favoritaram a fic durante o hiatus, um abraço para todos.
Boa leitura :)

(Leiam as notas finais)

Capítulo 35 - Surto Psicótico Parte.2


Fanfic / Fanfiction Desejo (Hiatus) - Surto Psicótico Parte.2

POV NARRADOR

- Então eu estou absorvida de todas as acusações? – Exclama ansiosa com o ar a sair dos pulmões.

- Sim, minha senhorita. – O policial fardado a responde – As provas entregues por seu irmão foram de extrema importância para localizamos o real culpado pelo incêndio. – Suspira antes de continuar – O que vimos nos deixou realmente preocupados e em alerta, pelo visto temos uma psicopata a solta, acusada de vários homicídios e crimes.

Emma junta às mãos agradecendo silenciosamente por estar livre das acusações em que foi posta injustamente.

- O que farão agora? – Pergunta incerta – Irão atrás dela... Certo? Quer dizer...

- Sim, já encontramos a localização da sua residência, já temos o mandato de busca em mãos. – Explica-lhe pacientemente – Fiquem atentas a qualquer informação, ela pode vim atrás de vocês, por isso iremos por viaturas policiais que rondarão a sua casa até a encontrarmos. No momento todo cuidado é necessário. Infelizmente vocês são as principais iscas nessa história toda. – Emma acena positivamente vendo por fim os policiais irem ao seu próximo destino.

- Você acha filha... Que ela pode vim atrás de nós? – Elisa deixa-se levar pelo medo iminente.

Os corredores do hospital estavam parcialmente vazios.

Um ou outro enfermeiro dava as caras.

Sufocante.

Era a palavra que definia a atual situação em que estavam.

- Não sei... – Seus pés estavam postos no chão, mas é como se sentisse flutuar novamente no fogo. Jamais pensou que passaria por uma loucura dessas, até então sua vida estava caminhando nos trilhos, até que se mudou novamente para a cidade e em um piscar de olhos deparou-se com a pior pessoa que já conhecera em toda sua vida.

Uma recente culpa começou a pesar em sua mente.

- Eu não devia ter voltado para a cidade... –Esfrega as mãos contra o rosto cansado e de olheiras profundas – Eu me sinto culpada, mãe.

- Pare com isso. – Retira delicadamente as mãos do rosto de Emma – Você não tem culpa de nada, ela é a causadora de tudo isso.

- Você não entende... Lauren só está atrás de vingança por tudo o que ela passou na infância, por todo o bulliyng e agressões que ela teve que suportar. Todos que a machucaram... – Pausa para recuperar o fôlego – Ela...

- Você nunca a machucou filha, eu sei disso. – Puxa-lhe de encontro aos seus braços – Isso não é desculpa para ela ter feito tudo o que fez... Ela escolheu o pior caminho... Claramente essa garota está afetada psicologicamente, é um grande risco tê-la solta.

- Mãe...

- “Mate-os com bondade”. – Sussurra a frase no pé do seu ouvido - Ela fez exatamente ao contrario, e irá pagar caro por todos os absurdos feitos.

A ruiva enlaça os braços na cintura da mais velha, afundando o rosto em seguida.

Passaram-se alguns segundos e por fim Elisa decide desfazer o abraço – Vem, vamos ver como a Hani está.

 

- - - - - - - - - -

 

Luke andava agitado de um lado para o outro.

Os barulhos dos seus passos ecoavam pelo silencioso ambiente.

- Luke, vai acabar criando um buraco no chão. – Andrew zomba de si.

Aproxima-se em passos apressados até a cama arremessando então uma almofada contra o rosto ruivo.

- Isso não tem graça! Eu quase tive um ataque no peito quando a Emma me avisou que você tinha sofrido um acidente. – Grita angustiado – Eu pensei nas piores coisas possíveis. – Diminui o tom olhando nos olhos azuis de Andrew. – Eu sabia que isso não daria certo, eu avisei. – Diz exasperado.

Andrew rola os olhos aproveitando da curta distração de Luke para puxá-lo rapidamente pela mão.

- Ei, me solta! – Profere em voz alta.

- Estressadinho. Eu estou bem não estou? – Com um pouco de dificuldade pela resistência do menor, consegue por fim fazer com que o corpo senta-se a sua frente para que assim pudesse encurrala-lo entre os seus braços – Só foi um corte no meu braço.

- Mas a Hani não... A bala poderia ter acertado em outro local e a ter matado Andrew. – Suspira pesadamente, não tentando mais fugir do aperto em que se encontrava – E se tivesse atingido você...

- A Hani está bem, meu querido. – Beija carinhosamente a maça de sua bochecha – Ela já foi operada e está longe de qualquer risco agora.

- Não diria isso com a louca da Lauren solta... – Afirma negando com a cabeça – Aliás, não duvido nada que ela já tenha fugido depois de tudo isso... Ela não é boba.

- Escuta. – De forma a distrair o seu namorado, Andrew começa a balançar de um lado para o outro – Eu já entreguei todas as provas que eu tinha em mãos, ela já está sendo procurada. Irão pegar ela, mais cedo ou mais tarde... A minha parte eu já fiz, eu só quero agora poder descansar. – Diz mostrando incomodo com o assunto – Vamos esquecer esse assunto por um momento, ok? – Ergue a sobrancelha, mas em momento algum sendo indelicado – É o que eu apenas preciso no momento.

Luke morde a pele de sua boca, constrangido pela fala do outro.

- Eu só me preocupo com todos vocês. – Diz acanhado.

Andrew não responde, dando uma deixa de que não queria continuar com a conversa. Luke se cala, e tudo o que podia ouvir no momento era a respiração calma de Andrew batendo em seu pescoço. Relaxa por fim o seu corpo tombando a cabeça no ombro do ruivo, que começa uma lenta massagem em seu couro cabeludo. Luke sorrir e aceita de bom grado o carinho de Andrew em sua cabeça.

- Assim vou acabar dormindo. – Diz pausadamente.

- Aqui não. – Andrew cessa os afagos arrancando um gemido de protesto de Luke – Vamos para casa.

- Preciso avisar a minha mãe.

- Não se preocupe, a minha já ligou para a sua. – Andrew se põe de pé ainda com Luke entre os seus braços – Uma viatura estará rodando pelo bairro, seus pais estarão seguros também. Fique tranquilo.

- É isso que eu quero. – Sorrir fraco, sendo amparado novamente pelos braços de Andrew – Antes de ir, podemos ver a Hani? – Faz a sua melhor cara de pidão.

Andrew jamais resistiria a aquela faceta de Luke.

- Ok, vamos!

 

- - - - - - - - - - -

 

Um sorriso se forma em seu rosto, que em questões de segundos se desmancha.

Lauren aperta a buzina do carro conseguindo atrair a atenção do pedestre que atravessava a calçada.

Abre a porta do carro, saindo, mas deixando-o ligado.

- Que maravilha vê-lo novamente, Charles. – Diz sínica, pondo as mãos atrás das costas.

- Não posso dizer o mesmo. – Cerra os olhos, sorrindo de forma amarga para a outra.

- Oh. – Leva a mão a boca – Ainda você me deixa cabisbaixa.

Fora pego de surpresa, não imaginava que a encontraria logo ali, não estava devidamente preparado para esse encontro. Lembrou-se de ter dito para Hani ficar alerta em qualquer passo adiante de Lauren, para que pudesse então ficar informado. Mas desde o começo da tarde, mandara inúmeras mensagens para Hani e nenhuma chegou a ser respondida ou visualizada. Apesar de não fazer parte de sua personalidade, estava sentindo certa aflição.

Agora estava ali, diante dela, depois de tantos meses.

Lauren mantinha a mesma postura, sem mudar em nada.

O olhar enojado e a expressão cínica estavam fortemente presentes em sua face.

- O que veio fazer aqui? Lembro-me bem de quando você fugiu, sem nem mesmo ter se despedido dos seus amigos. Senti saudade sabia?

Charles nega com a cabeça olhando-a com extremo nojo e repulsa.

- Não fugi, não tinha o porquê de me despedir, não há nada que me prenda a essa cidade. – Diz sério, com a sua costumeira pose fria.

- E Luke? – Pergunta. Aquele era um dos pontos fracos de Charles, e tinha plena noção disso.

- O que tem ele? – Sua face inexpressiva podia não demonstrar, mas a ouvir esse nome, sentira o seu peito se apertar em saudade.

Luke fora o primeiro garoto pelo qual nutrira um real sentimento, mesmo após meses longe da cidade, nada parecia ter mudado em relação ao que sentia.

- Ele está muito feliz ao lado de Andrew... Aliás, nunca o vi tão sorridente como agora, formam um belo casal.

Charles fecha o punho em raiva.

Lauren estava o provocando, tentando atingir o que ainda sentia por Luke, mas cair em suas armadilhas não estava nos seus planos.

Estava ali com apenas um proposito para cumprir.

- Não sou tolo Lauren, sei bem o que você está tentando fazer...  Não sou um caco de vidro como pensa que sou, eu tenho sentimentos pelos outros, amo os meus pais, ao contrário de você que é capaz de matá-los sem remorso algum.

- Do que você... Está falando? – Trava em suas últimas palavras.

- Você sabe bem. – Aproxima-se a passos cautelosos, parando de frente com apenas alguns centímetros os separando – Mas adivinha? Você não irá fazer mais nenhuma vítima!

- Chega dessa conversa! – Retira de sua cintura o revolver carregado e um par de algemas – Você é entediante! Coloque as mãos atrás das costas.

Charles fica em choque e sua pulsação acelera-se rapidamente.

- O-o que...

- Rápido! – Grita – Eu tenho um lugar para ir.

- Abaixa essa arma ou...

- Ou o que? – As suas íris tornam-se congelantes – Faz o que eu estou mandando, ou uma dessas balas irá fazer festa no seu estômago!

A contragosto o rapaz vira-se de costas pondo as suas mãos com os punhos fortemente fechados para trás.

- Se tentar qualquer gracinha eu enfio uma das minhas seringas no seu pescoço. – Ameaça, fechando de forma brusca as algemas ao redor dos pulsos de Charles – E sabe o que tem dentro delas? – Enojado, Charles vira o rosto para o lado oposto – Veneno de escorpião... Então é melhor ficar quietinho e me obedecer.

Bruta, arrasta-o até o seu carro, abrindo a porta e jogando-o no banco do carona.

Entra enfiando a chave na ignição do automóvel e dando a primeira partida.

- Eu estou deixando as portas destrancadas, se quiser se jogar... – Insinua – Não irei impedi-lo, mas saiba que qualquer tipo de fuga será pior para você. – Liga o aquecedor deixando que o ar aquecesse todo o carro – Ah, esqueci que você está com as mãos presas. – Rir escandalosa batendo as mãos no volante.

- Desgraçada! – Rosna.

- Pelo jeito também terei que amordaça-lo. – Sorrir divertida, parando o carro para retirar um lenço aparentemente sujo do chão.

Com uma extrema e bizarra delicadeza e um sorriso a brotar, enrola calmamente o pano ao redor da cabeça de Charles, ao termina certifica-se se estava bem colocado – Perfeito! – Em seguida leva suas mãos aos bolsos da calça de Charles arrancando-lhe o celular – Será muito chato se alguém nos localizar.

O moreno arregala os olhos ao ver o objeto voar pela janela do carro.

Lauren rir da expressão de Charles, voltando a dirigir pelas ruas pouco movimentadas do bairro.

O silêncio já estava sendo sufocante para Charles, que via pelas janelas do carro que já estavam longe o bastante dos prédios da cidade.

O rapaz já conseguia enxerga ao longe o horizonte e as altas montanhas.

“Mas que merda... Para onde estamos indo?”

- A viagem irá demorar mais um pouquinho, mas não se preocupe, eu o acordarei quando chegarmos lá. – Charles escuta sem entender, e é com uma agitação que vê Lauren despejar liquido em um pano branco – Bom sono. – Ao sentir o cheiro o moreno sente sua visão borrar, suas pálpebras pesarem, e em segundos sente sua consciência ir embora.

 

- - - - - - - - - - - - -

 

- Chega! Eu não aguento mais! – Ravi ofega fortemente amparando-se em seus próprios joelhos.

Michael observa-lhe escorar em um poste velho enquanto passava a manga da camisa na testa suada.

- Que fraco, Ravi! – Zomba do menor.

- Eu não devia ter aceitado correr com você... Isso é um pesadelo. – As palavras saem descompassadas e ligeiras – Aí Jesus! Eu não consigo mais respirar! – Leva a mão ao peito.

Sentia-se cansado, exausto e os seus pés doíam e latejavam a todo o momento. Estava prestes a ter um piripaque.

- Não quero o meu namorado sedentário. – Michael aproxima-se pondo uma mão nas costas de Ravi e outra em seu peitoral.

- O que vai faz... Ahhh!

Seus ossos se estralam causando um incômodo exaustivo.

- Mal-mal... Dito... – Perde o ar em seus pulmões tombando o seu corpo de volta ao poste.

- Vamos, estamos algumas quadras da sua casa. – Incentiva arrancando um pesado suspiro do menor – Ou prefere ficar por aqui mesmo? Já são... – Checa as horas em seu relógio de pulso – Exatos sete e quarenta e cinco da noite...  As oito essas ruas ficam medonhas. – Apela, pondo medo em Ravi.

O típico som de sapo coaxando chega aos seus ouvidos, deixando-lhe em alerta.

Contra a sua vontade, Ravi ajeita os fios caídos sobre a sua testa olhando raivoso para o outro.

- Nunca mais correrei com você! – Aponta o indicador no rosto alheio – Prefiro continuar sedentário a passar por essas sessões de tortura! Entendeu, seu jumento?

Ravi não seria mais o Ravi de sempre se não o xingasse.

Michael sorrir de lado, aproveitando a mão apontada e puxando o ser raivoso para si – Que criaturinha mais revoltada, será que terei que ensiná-lo a como tratar bem os mais velhos... Hum? – Passa o nariz pelo pescoço do menor sentindo-o se arrepiar – Está todo molhadinho.

- Claro, corri que nem um foragido. Me larga! – Desprende-se do aperto andando a passos largos para frente.

Michael sem dificuldade alguma o alcança rapidamente – Esse shortinho curto não está cooperando nada com a minha sanidade. – Descarado, passa a palma da mão no traseiro de Ravi – Ahh... Seu eu fosse um desconhecido e passasse ao seu lado te abusaria aqui mesmo.

Ravi cessa olhando incrédulo para o outro – Isso seria atentado ao pudor, eu poderia te denunciar sabia? – Cruza os braços na defensiva – E esse era o único short que tinha para exercitar. – Explica. O comprara há quase dois anos e nunca chegou a usar.

- Vem cá. – Michael da de ombro puxando-lhe para os seus braços. Ravi resiste, mas não teve força o suficiente para impedir o encontro dos lábios de Michael nos seus.

O beijo segue afoito e desajeitado, e com certa urgência o cacheado aperta em suas mãos a farta carne das nádegas de Ravi.

Este que com grande esforço consegue afastar seu corpo do maior.

- Vamos! Eu quero tomar um banho. – Dita fugindo dos toques pervertidos de Michael.

Afastados, os dedos de suas mãos se entrelaçam automaticamente.

Michael não resiste e o ataca novamente, dessa vez espalhando cócegas por todo o corpo.

- Não tem graça, para! – Ravi rir agoniado, tentando se afastar dos toques do outro.

- Ownn... Está todo vermelhinho. – Rir diminuindo os toques. O menor aproveita e dá-lhe uma cotovelada certeira no estômago.

- Oh meu deus! – Se afasta olhando Michael dos pés a cabeça – Me desculpa... Ah, você vive me provocando...  Eu... - Olha-o boquiaberto, sem reação definida.

- Eu só estava brincando. – Michael alega fazendo uma careta de dor enquanto pressionava fortemente a barriga – Você é muito mau, Ravi.

- Me desculpa. – Aproxima-se sendo surpreendido por um puxão em sua cintura – M-mas o que?

- Tinha que ter visto sua cara. – Caçoa de si – Tão bobinho... – Aperta a bochecha de Ravi, deixando-lhe avermelhar – Sempre cai nas minhas encenações.

Ravi revira os olhos dando uma tapa na mão que lhe apertava – Você tem sorte de ser mais forte. – Vira-se voltando a caminhar pela calçada.

- Eu... – Antes que terminasse sua fala é jogado bruscamente contra a porta do carro parado ao lado da calçada – Ravi?

- Shh... – Tampa a boca de Michael pedindo silêncio. O mais velho olha-o sem entender, mas decide acatar o pedido.

Agachado, Ravi olha atentamente para o outro lado da calçada.

- O que foi? – Pergunta novamente estranhando a atitude repentina do menor. Ignorado, decide se colocar ao lado do outro, confuso por não ver nada – Ravi, você está louco?

- Ahh. – Bufa puxando o queixo de Michael para frente – O que diabos ele está fazendo parado ali?

Michael cerra os olhos, olhando atenciosamente o homem encostado a porta do carro – É quem estamos pensando que é...

- Sim, é ele. Que estranho... Esse cara que me dá arrepios. – Ravi dita notando que o mesmo olhava fixamente para a casa a sua frente – Espera... Essa não é a casa do Andrew?  O namorado de Luke?

- Eu acho que sim, por quê? – O outro pergunta desviando sua atenção do homem estático.

Ravi não o responde de imediato.

- Merda, eu acho que ele nos notou! – Puxa indelicado Michael pelos cachos.

- Au! Não precisava disso. – Resmunga olhando feio para o menor.

 

- - - - - - - - - - -

 

 

Sean não era bobo.

Sentia que estava sendo observado.

Seus olhos rapidamente capturaram o esconderijo em que o seu espião se encontrava.

Precisava sair rapidamente dali antes que alguém dentro da casa notasse a sua presença por perto ou que surgisse alguém que o reconhecesse.

Mas antes daria um belo susto em quem tanto lhe observava escondido.

Andou sem pressa alguma até chegar ao carro e rodeá-lo encontrando nenhum pouco surpreso dois adolescentes.

 - Há essa hora essas ruas são um pouco perigosas, não acham? – Os dois jovens saltam assustados do canto que se encontravam e recuam em seguida.

- N-nós es-estávamos procurando... Procurando...

- Procurando o meu gato! – Ravi dita inventando a primeira desculpa que viera em sua mente – Ele muito fujão. – Engole a seco. Sean focou os olhos em si de forma intensa.

Estava acostumado com o escuro então não fora difícil reconhecer Ravi... O seu irmão.

Os dois apenas conseguiam enxergar a silhueta escura do homem, pois a falta de luz dificulta olhar algo a mais que isso.

O clima de repente parece pesar e Michael decide ficar atento a qualquer gesto do outro.

Não que ele fosse fazer mal algum. Afinal era o enfermeiro da escola em que estudava... Talvez estivesse enganado, ninguém de fato conhecia o homem e enfermeiro era a última coisa que ele aparentava ser.

- É melhor voltar para casa garotos, há uma psicopata a solta. – Sorrir de canto.

- Voltaremos agora mesmo! – Ravi puxa Michael pela mão e juntos aceleram os passos saindo rapidamente de perto do homem.

A porta da casa que observava há poucos instantes é aberta e por ela um policial fardado aparece.

- Uma pena não pode ficar mais.

 

- - - - - - - - - -

 

- Preciso que procure por Lauren German. – O tatuado joga um envelope na mesa bagunçada.

- German? – Daniel franze o cenho.

Conhecia o sobrenome de algum lugar.

Sem hesitação, abre o envelope visualizando uma foto da jovem.

- O que tem ela? – Pergunta confuso.

- Quero que procure tudo sobre ela! – Diz autoritário – O James dará conta de matá-la!

- Algum motivo em especial? – O moreno gira os calcanhares indo à cama para buscar o notebook.

- Ela é um perigo para Luke e Ravi, não quero que ele encoste um dedo neles.

- Certo. – Daniel digita o notebook com maestria e em minutos algumas página são abertas – Oh claro.

- O que encontrou?

- Provavelmente você não deve se lembrar, mas alguns anos atrás fomos contratados pelo pai dessa garota para matar um jornalista investigativo que ameaçava expor todos os crimes feitos pela filha... Sua intenção era não sujar a imagem perfeita da sua família

Sean acena pedindo para o outro prosseguir.

- Nos o matamos?

- Não, eu fiz questão de despachá-lo para o outro lado do mundo. – Volta os olhos para a tela do notebook – Lauren German, 18 anos, estuda em Saints Dennis, filha de Noah German...

- Noah German? – Sean ergue uma sobrancelha.

- Sim.

Um dos políticos mais influentes da região, absorvido de inúmeros crimes de desvio de dinheiro e propina.

- Cara, você tem noção com a gente que estamos nos metendo...

- Apenas a ache...

- Ela está dada como fugitiva.

- Não importa! – Diz rude – Onde é que ela esteja a ache e mande James matá-la.

- Spoke, esse garoto ainda vai nos trazer um grande prejuízo. Você precisa esquecê-lo! – Refere-se a Luke – É só um garoto comum.

Irritado Sean o puxa pelo colarinho violentamente – Cala a porra da sua boca e cumpra as minhas ordens!

- Ok. – Diz num fio de voz – Pode me soltar? – Recompõe a postura após se solto – Muito obrigado.

Sean sai do recinto a passos pesados.

Iria começar a agir.

 

- - - -- - - -- -

 

Abre os olhos sentindo-os queimar pela iluminação do local.

Há quanto que dormia?

- Olá, anjo. – Ouve uma voz feminina sussurrar perto do seu ouvido – Dormiu bem?

Charles força a visão notando que em um local a céu aberto.

- Que merda é essa? – Tenta mexer os seus braços, mas encontravam-se amarrados a uma cadeira de rodas – O quê...

- Precisei dessa cadeira para transportá-lo até aqui.

- Onde estamos?

- É lindo não é? – Lauren se inclina puxando o seu rosto para o lado.

Charles arregala ao ver uma imensidão azul a sua frente.

O vento estava forte e a areia vindo de encontro ao seu rosto.

Havia algumas nuvens no céu.

Estavam em alguma praia?

- Meu pai comprou uma casa aqui por perto há alguns anos. – Puxa a cadeira de rodas levando-o consigo – Nas férias sempre víamos para cá aproveitar o lugar. – Charles sente um saltar e olha para baixo.

Estavam caminhando para uma passarela de madeira.

- Eu apelidei de “O Melhor Lugar do Mundo”. – Sorrir emocionada – Mas após um triste dia nunca mais viemos para cá. – Seus olhos transbordam e lágrimas descem por seu rosto.

Charles sente sua respiração falhar ao se ver perto demais do fim da passarela.

- Eu me afoguei aqui mesmo. – Trava os passos, recordando-se tristemente do seu passado – Eu estive morta, mas graças a um salva-vidas eu pude respirar novamente.

- Lauren, me solta!

- Você não sabe nadar, Charlie? – Pergunta um obscuro sussurro – Não irá conseguir chegar até a terra firme a tempo?

- Não faça isso! – Suplica, sentindo as batidas de o seu coração acelerar.

O fim da passarela estava cada vez mais próximo.

Em uma falha tentativa, tenta se soltar das fortes amarras que prendiam os seus braços.

- Eu não sou uma pessoa ruim... Eu juro. – Lauren acaricia os seus cabelos, revoltos pela forte ventania – Eu só não gosto de ser provocada, me entende?

Charles balança a cabeça bruscamente para afastar as mãos repugnantes de si.

- Você é uma covarde, um verme... E merece pagar caro por tudo o que fez! – Grita enfurecido.

Lauren nega com a cabeça e leva-o para a beira da passarela.

- Há lindos peixinhos lá embaixo, sabia? – Pergunta, admirando o azul da água – Eles irão adorar ter uma nova companhia para não se sentirem tão sozinhos nessa imensidão toda.

- Ordinária!

- Shh... – Lauren tampa a sua boca – Não faça tanto barulho.

Charles baixa a cabeça, decretando o seu fim.

Não havia mais nada para ser feito.

Não havia rotas de fugas.

Estava à mercê de uma louca.

- Bom garoto!

A cadeira é impulsionada.

Lauren bate palmas, contente ao vê-la se afundar pouco a pouco.

-Menos um na minha lista...


Notas Finais


Enquanto não atualizava a fic, comecei a trabalhar em outra. Príncipe: https://spiritfanfics.com/historia/principe-10479415
Deem uma olhadinha que está ótima... Tenho que divulgar para garantir o pão de cada dia, né rsrs

Até a próxima :)


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