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História Desejo Proibido - Troca de favores


Escrita por: LomaSant

Capítulo 9 - Troca de favores


Fanfic / Fanfiction Desejo Proibido - Troca de favores

 


— É, eu também — ele diz, com um sorriso triste no rosto. — Se é assim que você quer  — ele diz e após uma pausa, retoma:  —  mas se mudar de ideia, estarei aqui.

Eu não poderia ter ficado mais surpresa com essa fala do Chris, e pela primeira vez, minha ficha cai de que há possibilidade de que ele esteja apaixonado por mim.  Enquanto tentava formular uma resposta na minha mente, vejo Fernanda acenar pra mim, me chamando.

— Chris, eu vou lá... Depois falo contigo — digo e o vejo assentir, não dando muita importância para minha saída. Graças a Deus Fernanda me chamou, pois eu não saberia o que responder.

— Acho que já está na hora de você me contar o babado, não acha? — ela disse e logo em seguida pegou um pedaço da carne bovina que estava cortada em cima de uma tábua de madeira.

— Vamos pro seu quarto — digo. 

Até chegar em seu quarto havíamos passados por vários funcionários que estavam apressados, carregando bandejas com vários tipos de bebida em cima. 

— Vem, senta aqui e conta tudo! — ela se sentou na cama e deu leves tapas no colchão, mandando eu me sentar ali.

Me sentei ao seu lado, em cima do edredom, que estava gelado. Na última vez que eu vim aqui, na presença do Lucas, a última coisa que eu havia notado era o edredom. 

— Vou ser bem direta, ok? — digo, e Foquinha assente, com uma cara de assustada, com medo do que viria pela frente — Depois de que você e Lucas foram embora, Christian me beijou — digo tudo rápido demais, querendo acabar logo com a conversa. Fernanda me olha com os olhos arregalados, completamente surpresa.

— Ele o quê? — ela gritou. — Como assim? Por quê? Vocês brigaram?  — ela disparou tudo de uma só vez.

— Não, nós não brigamos, mas agora o clima tá meio tenso — admito. — Tenho medo de que a nossa amizade não seja mais como antes — digo e apoio minha cabeça em seu ombro.

— Eu jamais adivinharia que ele sente algo por você — ela falou enquanto alisava meu cabelo.

— Nem eu! Eu não gosto disso, não quero nada além de amizade — desabafo. 

— Fala a verdade pra ele, Ariana. Christian é meio chato, mas não merece sofrer por causa de um amor não correspondido. Diga que ele não deve ter esperanças. — Fernanda falou e eu tive a certeza de que isso era o certo a se fazer. Christian era meu melhor amigo e eu não iria ficar o enganando só para não magoá-lo. Ele vai superar tudo isso.

— Não vou enganá-lo; hoje mesmo vou dizer que não há chances — falo, determinada a contar a verdade pra ele.

Lucas P.O.V 

— Vai logo antes que ela volte — digo depois de dar um último beijo em Camila, prima da Fernanda.

— Vamos nos ver de novo? — ela perguntou, limpando o batom borrado da sua boca, assim como eu tinha feito com a minha.

— Se eu enjoar e quiser algo rápido, te chamo — respondo sem dar muita importância. — Vai você primeiro, depois eu saio — digo para ela, que saiu do banheiro assim que eu lhe dei as ordens.

Abro a torneira e faço uma concha com as mãos, jogando água no meu pescoço para tentar eliminar o seu perfume que havia ficado impregnado em mim. Sentindo a água a gelada percorrer meu pescoço e descer até minha barriga, lembro da brincadeira com Ariana há minutos atrás, e a memória me causa leves risos. Enquanto eu lavava o rosto, fui surpreendido pela porta sendo aberta, e atrás dela surgiu a Ariana, que aparentemente estava chorando. 

— Lucas — ela disse, surpresa ao me ver, — não sabia que você estava aqui, desculpe — ela disse, voltando a fechar a porta.

— Não, espera — digo segurando a maçaneta da porta e evitando que ela se feche — o que aconteceu? — pergunto, fazendo ela se virar para mim. Eu realmente estava curioso pra saber o que era.

— Não é nada com que você deva se preocupar — ela disse, secando as lágrimas.

— Fala pra mim, talvez eu possa te ajuda — digo, me aproximando dela. Coloco minha mão em seu rosto, e delicadamente, seco suas lágrimas. Pela sua expressão, ela parece surpresa com a minha atitude. 

— Eu tô falando sério, pode voltar ao que você estava fazendo — ela tira minha mão do seu rosto, de forma um tanto rude, e vai na direção de outro banheiro. 

 É, eu tentei ser legal. Bem, eu é que não vou me preocupar com o problema dos outros. Já tenho os meus e são suficientes. Volto para dentro do banheiro e retomo minha atividade.

Ariana P.O.V 

Entro no segundo banheiro do mesmo corredor que eu havia encontrado Lucas, e lá me tranco, não querendo ser atrapalhada por ninguém.
Abro a torneira e vou enchendo minha mão de água aos montes, molhando meu rosto para espantar a cara de choro.

Graças a Deus não vim de maquiagem, pensei.

Eu odeio ser chorona assim, por qualquer motivo eu já começo a chorar, e isso é uma droga. Eu havia tido a conversa com o Christian, e magoá-lo me deixa muito mal, mas eu não sinto nada por ele. Vendo minha situação deplorável no espelho, lembro de uma parte da conversa. Pra mim, a mais importante. Vou guardá-la pra sempre na minha memória.

Se você não quer nada, tudo bem, não vou te forçar a isso — ele disse, passando a mão no meu cabelo.

Que bom que você entende, Chris. Você é muito importante pra mim, não conseguiria ficar sem sua amizade — digo, enquanto lágrimas saiam e molhavam meu rosto.

Tudo bem, só para de chorar,  Pequena — ele disse, me fazendo rir um pouco. Seus braços me envolvem em um abraço apertado, e eu retribuo.

Eu te amo — eu disse.

Eu também te amo, Ariana. — ele disse, e logo em seguida senti seu suspiro em meu pescoço.

Volto pra realidade ao ouvir alguém bater na porta. Seco meu rosto rapidamente e a abro. 

— Oi Camila, já estou de saída — digo ao ver a prima de Fernanda na minha frente.

Ela retribui o sorriso e eu saio, dando espaço para que ela entre. Volto para o local do churrasco e encontro todos sorridentes. Indo até aonde eu estava sentada antes, encontro Lucas. 

— Desculpa se fui grossa com você, eu só estava meio emocionada — digo, me sentando ao seu lado em um sofá.

— Sem problemas — ele falou sem dar muita importância e logo depois tomou um gole da cerveja em sua mão.

Querendo finalmente poder relaxar, tiro minha blusa e a deixo largada no chão, deixando meu biquíni amostra. 

— Cuidado pra não se queimar — Lucas diz, me olhando. Dá pra perceber que esse seu cuidado comigo foi irônico.

— Você é tão cuidadoso, obrigada por me lembrar — digo, igualmente irônica. Estico meu braço até uma mesa perto do sofá em que estávamos sentados. Na mesa, além de carne e um molho verde que eu não reconhecia, havia um protetor solar. Pego o produto e entrego pro Lucas, que inicialmente me olha confuso. — Pode passar em mim? — pergunto, com um sorriso convencido.

— O quê? — ele pergunta, fazendo uma careta.

— Acho que entrou água da piscina no seu ouvido. Pode passar o protetor em mim? — pergunto, ácida. 

Ele me olha estranho, mas logo ordena que eu me vire para que ele possa passar o filtro nas minhas costas. Sinto sua mão espalhar o creme pelas minhas costas quentes devido ao sol. Ele foi desde os meus ombros até a grande dorsal, numa mistura de passar o filtro e massagear. Aquilo era ótimo, não posso dizer que não estava gostando.

— Pronto, sem chances de você se queimar agora — ele diz, e eu paro de sentir suas mãos quentes em mim.

— Já pensou em ser massagista? Você leva jeito — digo, colocando o protetor no chão.

— Você não acha que vai ficar aí parada, né? Pode me retribuir o favor — ele diz, pegando o protetor do chão e me dando.

— Isso é sério? — pergunto, resistindo ao seu pedido — E se a Fernanda pensar algo? 

— Nós não estamos fazendo nada de errado. Ou estamos? — ele me pergunta, se virando em minha direção. Ele tira sua blusa e fica de costas para mim.

— Não, não estamos — respondo, e logo coloco um pouco do filtro na minha mão. 

Esfrego suas costas como ele havia feito comigo momentos antes, sentindo sua pele quente e agora esbranquiçada por conta do filtro.

— Aproveita e faz uma massagem aí — ele diz.

— Peça pra sua namorada — digo e lhe dou um leve tapa nas costas, lhe causado um leve riso.

— Acho que ela está muito ocupada — ele diz, olhando para nossa esquerda. Quando me viro para olhar, vejo Fernanda dançando com algumas de suas tias. A cena era fofa e divertida, então vez ou outra eu a observava enquato passava o protetor em Lucas. Continuei assim até que Camila chegou, oferecendo sua ajuda.

— Ariana, suas mãos devem estar doendo de tanto passar protetor no Lucas, deixa que eu faço isso — ela diz, em um tom de voz meio irritado.

— O quê? — paro de passar o protetor nele e pergunto, sem entender o motivo da sua boa vontade. 

— Você pode nos dar licença? Se não percebeu, tá atrapalhando — Lucas disse, sendo rude. Camila fez cara de ofendida e saiu batendo os pés. 

— O que deu nela? — perguntei.

— Sei lá, menina estranha — ele disse, e depois prosseguiu: — continua, eu não mandei parar.
 


Notas Finais


Espero que tenham gostado desse capítulo, e talvez, se eu estiver com criatividade, posto mais um capítulo hoje. Vou viajar amanhã (14/12/16) e vou ficar bastante tempo fora, então pode ser que eu não atualize a fanfic, mas prometo que assim que eu voltar de viagem eu retomo de onde parei. Obrigada pelos favoritos e comentários <3


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