1. Spirit Fanfics >
  2. Desejos Proibidos >
  3. Eu nunca...

História Desejos Proibidos - Eu nunca...


Escrita por: CeciliaBento

Notas do Autor


Oi, Balinhas de Hortelã?
Capitulo antes do Carnaval, pra vocês e bom feriado.

Link do grupo nas notas finais.









Dedicado à:

~oliveira0502 ---> Supeeer grosseiro! Sabecoméné? Caipira e mau humorado. Obrigada por comentar <3

~vampira90 ----> Não tira mesmo, ele tá doido nesse traseiro. Obrigada, eu que fico feliz por você está comentando!

~Yamakaino ----> Muito Obrigada! Gata, eu que fico feliz em receber comentários e perceber que estou agradando.

~Cockie -----> A fic é bem familia mesmo, a amizade das meninas é bem grande. Gaara pegando pesado demais como sempre. Sabe que eu te amo né? Nem preciso dizer a alegria de te ter como leitora outra vez em fic GaaIno.

~Betila1994 ----> Demorei mais Voltei! <3

~Lili_No_Sabaku ---> Voltei, flor. Eu estou feliz que esteja gostando.

~DARKJAY ----> Obrigada, significa muito pra mim saber que vocês gostam.

Capítulo 5 - Eu nunca...


- Que diabos foi isso na cozinha? – Kankuro perguntou com seu típico olhar de esguelha, e sorrisinho maldoso, na mesma hora que o irmão bateu a porta.

 

Gaara deu ombros, colocando as garrafas em cima da mesa. Ele não ia falar nada, nem que o açoitassem até a morte. Primeiro porque ele não sabia o que acontecera a pouco, e segundo, porque não devia ligar para o que a loira fazia com o seu traseiro.

 

- Quem tá rebolando a bunda no GOM? – Yahiko perguntou confuso, pegando sua cerveja e abrindo na borda da mesa.

 

- Ino, ela está cantando no GOM. – Karin disse, tomando a cerveja aberta das mãos do irmão rapidamente. – O que foi? – perguntou, quando recebeu um olhar raivoso.

 

- Desde quando? – Nagato parecia surpreso, talvez até curioso.

 

- Faz umas semanas... – Sasori falou ao pegar a sua garrafa, lançou um olhar de entendimento para Gaara, quando o amigo sentou-se do seu lado.

 

- A Sunshine tá rebolando a bundinha no GOM? – Kakuro falou com seu tom de deboche sempre presente na voz. O sorriso alargando-se no rosto, a malícia brilhando nos olhos opacos. – Como você não me contou isso?

 

 - Não é rebolando a bundinha seu babaca! É cantando. – Karin partiu em defesa da amiga. – E pode tirar o cavalinho da chuva se pensa em contar para o senhor Yamanaka.

 

- Porque eu perderia essa oportunidade? – Kankuro apoiou os cotovelos sobre a mesa, inclinando-se para encarar a ruiva.

 

Os dois fuzilaram-se por alguns segundos.

 

- Porque meu pai já sabe. – Ino cortou o clima de tensão, trazendo uma onda de incredulidade e perguntas curiosas. – Ele apoia a minha decisão.

Foi à resposta que ela deu para sanar todas as perguntas deles.

 

- Conta esse negócio direito. O velho amoleceu? – Kankuro perguntou.

 

Ele estava entre a pura diversão e a grande curiosidade, todos estavam com um brilho curioso nos olhos e Ino mexeu-se no assento desconfortável. Não queria falar sobre sua vida com nenhum deles, nem mesmo estava pronta para falar aquilo com Karin, que lançava um olhar suplicante por detalhes. Ela apenas moveu a boca dizendo um “depois” e a amiga entendeu tudo.

 

- Se querem saber sobre a minha vida, terão de me embebedar antes. – Ino disse.

 

- Opa! Pode pegar a minha aqui. – Yahiko ofereceu sua garrafa, prestativo. E recebeu olhares descrentes dos irmãos. – Qual é a Karin bebe desde os quinze!

 

- A Karin é um caso a parte... – Nagato começou, mas, Ino já estava com a garrafa nas mãos. – Você nunca bebeu Ino, não vai querer fazer isso agora.

 

- Nunca é tarde para começar. – Kankuro intrometeu-se, rude. – Esse é o meu lema.

 

Gaara olhava a situação se desenrolar com um caldeirão de raiva fervendo em seu estomago, as orelhas vermelhas e a testa suada. Viu quando a menina levou a garrafa aos lábios em câmera lenta. E sem conseguir controlar-se, deu uma tapa na mão dela que pega desprevenida derrubou a garrafa sobre a mesa. Todos os seis pares de olhos naquela mesa viraram-se para ele no mesmo instante, exclamações e xingamentos misturaram-se com o canto dos grilos.

 

- Se vai beber, não vai ser a merda de uma cerveja. – Foi a única resposta que ele deu.

 

- Certo, então vamos tomar um porre. Amigos e... – ela parou olhando para Kankuro, não queria falar a palavra “inimigos” na cara deles. – Não amigos.

 

Não sabia o porquê de tomar aquela decisão, não queria falar da sua vida e muito menos tomar seu primeiro porre na presença de Kankuro Sabaku, mas, estava cansada de ser tratada como a santíssima filha de Inoshi Yamanaka, e se estava cansada disso teria de começar a agir como tal.  Claro que ela pensou em beber uma cerveja ou duas, quando falou que queria embebedar-se, mas, não admitiria na frente deles que estava blefando.

 

Seu ego era maior que isso, ela beberia. Nem que vomitasse as tripas no dia seguinte.

 

Estava tão perdida em seus pensamentos que nem percebeu quando Yahiko saiu da mesa e voltou com duas garrafas em mãos, Karin vinha atrás deles com copos de vidro em uma bandeja.

 

- Tequila? – Sasori perguntou arqueando as sobrancelhas, enquanto Karin distribuía os copos. – Não é um pouco forte para a primeira vez?

 

- Blah... – Kankuro sacudiu com as mãos na direção do rapaz. – Álcool é álcool. Vamos lá, Yamanaka mostre como é que se faz.

 

Gaara já tirava o rotulo de uma das garrafas com os dentes quando Nagato falou pela primeira vez.

 

- Ino não vai beber.

 

- Você não manda em mim! – cortou-o rispidamente. Os olhos faiscavam em desafio.

 

- É Nagato, deixa ela... – Karin disse, voltando ao seu lugar. – Eu mesma teria dado um porre nela antes disso, se ela não fosse tão cabeça dura.

 

O homem parecia embasbacado, ele sabia que era relapso com a caçula da família, mas, não era pra tanto. Pensar que sua irmãzinha andava planejando dar um porre na melhor amiga era tão ridículo quanto imagina-las roubando o banco da cidade, a mão armada.

 

- Não vamos tomar parte disso Kankuro... Nós somos os mais velhos aqui.

 

- Deixa de ser frouxo Nagato! – respondeu o outro. O clima entre os dois ficou tenso, mas, logo Nagato desistiu e levantou-se da mesa com um olhar de rendição.

 

- Quantos porres você já tomou? – Sasori perguntou olhando para a irmã, enquanto Gaara servia os copos igualmente.

 

- Mais do que eu deveria... – ela respondeu tomando posse do seu copo. – Vamos fazer um jogo. É mais fácil de beber assim...

 

Gaara soltou um som estranho pelo nariz, ele estava divertindo-se com toda aquela situação. Ino viu por um milésimo de segundo um sorrisinho de canto no rosto dele, foi rápido demais para parecer real, mas, ela apostaria o seus saltos de marca que havia visto.

 

- Aqui. – Gaara colocou o copo na frente de Ino. – Beba.

 

Ela soube na hora que ele não esperava que ela bebesse realmente, aquilo a deixava com mais vontade ainda de beber e não só um copo. Mas, quando estava prestes a levar o copo para a boca foi interrompida pela segunda vez, dessa vez por Karin.

 

- Espere! – falou segurando o pulso da amiga. – Eu não expliquei o jogo ainda.

 

- Besteira... – rosnou Gaara, os olhos faiscando em direção a ela. – Quem quer beber não precisa de desculpa para tomar um porre.

 

- Deixa a menina falar logo droga! – reclamou Kankuro.

 

- Vamos jogar... – ela parou fazendo suspense, os olhos de lince brilhando em euforia. – Eu nunca.

 

Yahiko gargalhou alto e em bom som. Sasori balançou a cabeça prevendo a confusão que sairia daquela brincadeira estupida, que sempre acabava em um briga desnecessária de bêbados. Gaara bufou revirando os olhos, irritado e cansado de toda a enrolação daquelas garotas para beber um copo de tequila.

 

Amaldiçoou-se por dentro quando deixou que Kankuro o persuadisse a ficar para o jantar, odiava-se ainda mais agora, por deixar que seu orgulho o levasse a situações ridículas como aquela, escutar regrinhas de um jogo idiota que adolescentes usavam como desculpa para enxerem o rabo de bebida. Um homem adulto devia saber controlar todos os seus impulsos, ele não estava conseguindo fazer isso quando Ino estava metida no meio da história.

 

- Que porcaria é essa? – Kankuro perguntou, acendendo um cigarro.

 

- Eu vou falar uma coisa que nunca fiz, se vocês tiverem feito bebem. – Karin explicou o jogo que na verdade era bem simples. – Eu vou começar... Eu nunca nadei completamente sem roupa.

 

Kankuro, Sasori, Yahiko e para a surpresa de todos Ino, beberam de seus copos.

 

A bebida desceu amarga na garganta de Ino, aquecendo seu estômago no caminho, sentiu-se como se tivesse bebendo fogo, mas, a sensação era boa. Infelizmente não teve tempo de aprecia-la, as perguntas começaram a ser feitas.

 

- Olha a sujeira aparecendo, hein? – Kankuro debochou, arqueando a sobrancelha. – A Yamanaka tem segredos nada típicos de mocinhas do cacife dela. – Completou rindo de sua própria piada.

 

- Quando foi isso? – Karin olhou-a com os olhos grandes e cheios de excitação. – Você fica me escondendo o jogo agora?

 

- Foi só uma vez... – falou olhando de esguelha para Gaara, que travou o maxilar e tragou a saliva. Sasori servia os copos vazios outra vez e Yahiko parecia ultra interessado no que ela falava. – E não é nada do que estão pensando. Foi uma aposta ridícula com a minha irmã.

 

- Minha vez... – Kankuro falou esfregando as mãos, empolgado. – Eu nunca fui a um show de rock.

 

Yahiko, Karin e Ino entornaram seus copos.

 

- Quando vocês foram a um show de rock? – Sasori lançou um olhar acusatório aos irmãos.

 

- Foi há quatro anos. Elas me obrigaram, mas, valeu a pena ver aquela gostosa da Taylor Momsen. – Yahiko explicou rapidamente, elas tinham realmente obrigado o rapaz a leva-las escondido até Richmond, Virginia. – Aquela maldita viagem de mais de nove horas até o The Club.

 

- Eu não acredito nisso! – Sasori exclamou revoltado. – Vocês foram até Richmond em 2012, e nem para me chamarem!

 

- Calem a boca vocês dois! – Gaara cortou a pequena discussão que se iniciava. Kankuro levantou-se da cadeira com seu cigarro pela metade, anunciando que não tinha paciência para aquilo, e entrou na cozinha. – Minha vez. Eu nunca... fumei maconha.

 

Não dava para decidir qual era a coisa mais chocante naquele momento, se era o fato de Gaara o garoto problema da cidade declarando que nunca havia fumado maconha, ou o fato de que Karin era a única com o copo vazio.

 

- Karin! – Ino, Sasori e Yahiko falaram ao mesmo tempo.

 

- Qual foi? – Ela deu de ombros. – Era medicinal.

 

E assim a brincadeira continuou, os cinco falavam alguma coisa que nunca haviam feito e varias histórias constrangedoras eram lançadas a mesa, seguidas de pequenas discussões ou grandes gargalhadas, conforme o teor alcóolico no sangue ia subindo a brincadeira ia se tornando mais perigosa.

 

Ino estava com o rosto vermelho e sentia-se zonza, mas, sentia-se incrivelmente bem e extremamente feliz. Nem Kankuro e nem Nagato voltaram à varanda, e as perguntas seguiram, até Gaara em algum momento da noite aprendera a sorrir. Um sorriso quase imperceptível no canto da boca.

 

Mesmo embriagada Ino pode perceber que ele quase sempre pulava a história por trás dos fatos, Yahiko só gargalhava como a hiena maluca do Rei Leão, enquanto Sasori sorria como um pateta apaixonado. O problema era Karin, ela começou a falar sem parar e a soltar coisas que não devia em algum momento no meio de sua bebedeira.

 

- Eu nunca... – Gaara começou enquanto enchia os copos da segunda garrafa de tequila recém-aberta. – participei de uma aposta.

 

Karin e Ino beberam de seus copos, a essa altura Ino nem sentia mais o sabor da bebida.

 

- Eu não acredito nisso Karin! – Sasori pronunciou-se magoado. – Você sabia que a vovó era contra apostas...

 

- Não fomos nós que apostamos tá legal? – ela se desculpou com os olhos. – Nós fomos vitimas.

 

Karin Uzumaki era uma daquelas pessoas que guardava todos os sentimentos ruins, ela nunca chorava e sempre tentava ver o lado positivo das coisas até quando não existia um lado positivo. O problema dessas pessoas está exatamente na quantidade de bebida em que ingerem quanto mais elas bebem, mais os sentimentos escondidos iam aflorando.

 

E Karin estava chegando ao limite entre uma bêbada feliz, e uma bêbada deprimida.

 

- Karin, por favor... – Ino implorou com os olhos, a voz poderia ser confundida facilmente com um miado. – Não faça isso.

 

- Qual é Ino eles podem ajudar... – Karin falou pegando seu copo recém-cheio e bebendo um pequeno gole dele. Sasori lançou um olhar interrogativo para as duas, Gaara e Yahiko se entreolharam de modo sugestivo. – Não está cansada de ser perseguida? Eu estou. Tenho medo de virar a esquina e encontrar alguém sussurrando sobre aquilo...

 

O tom de voz dela foi profundo e obscuro quando ela pronunciou aquilo. De repente a noite tinha ficado em um silencio sepulcral, todos na mesa olhavam para a ruiva encolhida que fitava o copo nas mãos.

 

Ino não falara nada, ela fitava a amiga com os olhos apreensivos a bebida não deixava com que raciocinasse corretamente. Sentia uma mistura de pena com raiva que não devia direcionar a Karin, e não direcionaria se estivesse totalmente ciente do que estava sentindo ou pensando.

 

- Puta merda! – Gaara exclamou. Ino arriscou um olhar na direção dele, o rapaz tinha os olhos azuis brilhando em clareza, com certeza lembrara-se da cena que Sai havia feito mais cedo. – Isso tem algo haver com o bosta do Mitaro, não é?

 

- Mitaro? – Yahiko arregalou os olhos para Karin. – Sai Mitaro?

 

Karin balançou a cabeça em concordância, bebeu outro gole do copo que tinha nas mãos e suspirou ainda de cabeça baixa.

 

- Alguém pode explicar o que está acontecendo aqui? – Sasori soou mais preocupado do que curioso. Seus olhos iam e vinham de todos na mesa como em um desenho animado.

 

Ino também abaixou a cabeça, encostando o queixo no peito. Os cabelos caindo como um véu loiro sobre o rosto.

 

- O safado do Mitaro vive cercando essas duas. – Gaara rosnou tragando a saliva.

 

- Não é verda... – Ino começou baixinho. Como aquilo chegara aquele ponto? Ela não sabia.

- É verdade, sim! – Yahiko interrompeu, Gaara concordou com a cabeça. – Eu também já vi.

 

- O que foi que você falou para ele mesmo Yamanaka? – Gaara resmungou coçando a barba, pensativo. – Ah! – ele exclamou olhando para o rosto dela escondido pelos cabelos. – O seu ego deve estar muito machucado por que levou um fora. – Ele fez uma imitação ridícula da voz de Ino.

 

- Eu não falo assim! – Ela revidou grosseira com o rosto vermelho e os olhos em chamas para Gaara. – Seu caipira estupido e metido!

 

O ar ficou ainda mais abafado do que antes, se era realmente possível. A tensão era palpável como uma corrente de eletricidade entre eles, os olhos faiscavam em desafio e raiva, mas, Gaara parecia estar divertindo-se com aquilo.

 

- Parem com isso. – Sasori pediu com a voz firme. – Os dois.

 

Karin caiu em lagrimas e soluços naquele momento, seus ombros balançavam para cima e para baixo, enquanto ela fungava ruidosamente. Ino estava com tanta raiva naquele momento que nem teve reação de conforta-la, ela só pensava em como todo o muro que construíra em volta daquela história estava rachando e ruindo diante de seus olhos.

 

- Calma Kah. – Yahiko abraçou os ombros da irmã, olhou para Ino com um pedido mudo de socorro nos olhos. – O que aconteceu? O que ele fez para vocês ficarem assim?

 

- Eu não posso... – Ino não podia falar, ela estava com raiva da amiga por trazer aquele fato morto e enterrado para elas à tona, mas, sabia que se falasse sobre tudo hoje iam arrepender-se amargamente de manhã. As duas iam.

 

- Eu... eu... – a ruiva tentava entre soluços. – Eu o matei... matei ele...

 

- Puta que pariu você matou alguém! – Gaara grunhiu sem tato algum, virou sua bebida em um único gole e Ino fez o mesmo com a sua. Agora não tinha mais volta, a merda estava espalhada.

- Como assim garota? – Sasori estava controlando-se ao máximo, mas, parecia prestes a explodir também. – Dá pra você falar alguma coisa Ino?

 

Karin lançou um olhar deprimente para ela, balançando a cabeça em um pedido que ela contasse seu segredo aos irmãos. Ela estava suplicando para que Ino contasse logo tudo e acabasse com aquilo, porém, a loira era egoísta demais para isso. Ela apenas inclinou-se para frente pegando a garrafa do meio da mesa e encheu seu copo, para então esvazia-lo outra vez.

 

- Respira Karin. Respira e fala alguma coisa. – Yahiko pedia alisando as costas da irmã, acalentando-a como se ela fosse um bebê.

 

Gaara cruzou os braços em frente ao corpo, os bíceps tensos chamaram a atenção da menina e os olhos dela semicerram-se quando um sorrisinho irônico tomou conta do rosto dele.

 

- Nos tínhamos quinze anos, os caras mais velhos fizeram um tipo de aposta... – Karin sussurrou, limpando o nariz na manga da camisa. Ino lhe lançou um olhar de nojo pelo canto do olho, mas, só Gaara percebeu. – Eles queriam levar uma de nós para cama. Aconteceu e eu matei o meu... – ela começou a soluçar outra vez, escondendo-se no peito do irmão.

 

- Você tá me falando que perdeu a virgindade com quinze anos? – Sasori replicou com o rosto vermelho. – As duas?

 

Gaara riu ruidosamente e Sasori virou-se para ele com um olhar assassino, porém, ele não demonstrou medo.

 

- Claro o que realmente importa é a castidade aqui não é? – ele desdenhou do amigo. – Ela acabou de confessar a porra de um assassinato!

 

Ino revirou os olhos e encheu seu copo outra vez. Aquilo estava cansando-a, sentia que em ia quebrar o sorriso de Gaara a qualquer momento ou então, calaria a boca grande de Karin. Suspirou pesadamente tentando controlar-se quando ouvia os pedidos de Yahiko para a irmã, ele queria que ela se acalmasse outra vez.

 

- Meu bebê... – ela soluçou por fim. – Eu matei o meu bebê.

 

Era isso então, eles sabiam de tudo agora. Ou quase tudo.

 

- Foi o Mitaro? – Sasori perguntou. – Ele que fez aquilo com você?

 

- Não. O negocio do Mitaro é com a loirinha aí... – Gaara falou ao mesmo tempo em que Karin negava com a cabeça.

 

Toda a raiva que Ino não sabia que estava guardando dentro de si transbordou, como leite esquecido no fogo, sujando tudo a sua volta. 

 

- Quando foi que você ficou tão falante? – Ino levantou-se de uma vez. – E você Karin porque não cala essa boca estupida? Nós não havíamos prometido segredo? Que droga!

 

- Calma aí... Ino. – Sasori fez sinal para que ela senta-se outra vez. – Não precisa atacar ninguém.

 

Porém, era tarde demais.

 

Existe um ditado que envolve leite sobre chorar, ela não lembrava qual era naquele momento, mas, ele encaixava-se perfeitamente naquela situação. Ino havia se descontrolado e machucaria a todos pelo caminho.

 

- Calma é uma merda! Tá legal? – Ela gritou, porque falar não era o suficiente para seu estado emocional. – Eu levei ela, que cacete, eu levei ela para uma clinica de aborto. A gente jurou que tinha enterrado isso. A merda dá caixa tá lá enterrada! – ela gesticulava e apontava para o meio do mato, Karin chorava compulsivamente sendo amparada por Yahiko e Sasori que parecia ter esquecido como fechar a boca. – Ela tá enterrada para provar que o assunto tinha morrido, mas, não... A boca grande aí tinha que falar tudo, não era?

 

- Ino... – Karin tentou falar.

- Quer saber? Cala a boca sua traíra. – Rosnou apontando o dedo na direção da amiga. Ela parecia um leão, descabelada e pronta para lutar com unhas e dentes. – Quer saber... – Passou as mãos pelos cabelos tentando domá-los. – Eu vou embora!

 

Ela saiu batendo a porta da cozinha, deixando os Uzumaki atônitos para trás. Durante longos minutos, eles tentaram acalmar e retirar mais informações de Karin, Gaara até mesmo foi buscar água com açúcar para a garota. Ele gostava dos Uzumaki, eles tinham o acolhido quase como uma família quando seu irmão havia ido para a guerra. Karin era a menos próxima a ele, talvez por causa da amizade de infância que tinha com Ino ou simplesmente pelo fato de ser uma garota, apesar de agir mais como um garoto e ser criada solta no meio do mato.

 

Gaara admirava a menina, ela atirava bem para alguém de sua idade e sabia se virar, ele achava a amizade delas estranha, Karin era forte e mais parecia um moleque, enquanto Ino era toda delicada, exatamente por esse fato nunca pensaria que ela cairia naquele golpe tão velho. Uma aposta de meninos? Afinal elas não deviam ser tão diferentes assim.

 

Ele bebeu calado mais dois copos de tequila, enquanto escutava Karin descrever todos os fatos com sua voz esganiçada de bêbada. Sentiu uma raiva indescritível quando soube que Sai ameaçava e coagia a garota com aquele segredo, afinal, era um escândalo para a cidade que uma menina fosse para a cama com aquela idade, ainda mais se ela era a filha mais nova do velho Inoshi Yamanaka.

 

A ficha dele não caia de maneira alguma.

 

Ino Yamanaka não era a garotinha que ele imaginava e santificava em sua mente. Ela era mulher, uma mulher que não havia sido dele primeiro. Repreendeu-se por pensar tantas bobagens, mas, não conseguia parar de imaginar outro passando as mãos no corpo alvo da garota.

 

Eles ouviram Ino gritar xingamentos que nem imaginavam que ela sabia, porém, ela não era nada do que eles imaginavam. Parecia que estava com problemas com o carro, furiosa descontava toda sua raiva nele. Sasori mexeu a boca em um pedido mudo para Gaara leva-la dali, e ele atendeu.

 

Sem saber para onde levaria a garota. Não poderia entregar a menina para o pai, bêbada, furiosa e descabelada. Ele não tinha medo do velho Yamanaka, mas, amava sua vida demais para arriscar-se a tomar um tiro.  

 

 

 


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...