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História Desejos Secretos - O Baile de Máscaras Parte 1 - A Dama de Vermelho


Escrita por: ValentinaEli

Notas do Autor


Meus amores, me perdoem pela demora, mas depois que perdi arquivos que já estavam em andamento desta fic e de outra, eu desanimei um pouco. Tive que começar do zero este capítulo. Ficou enorme, então precisei dividí-lo em duas partes. Espero que apreciem mais uma parte desta história.

Capítulo 13 - O Baile de Máscaras Parte 1 - A Dama de Vermelho


Fanfic / Fanfiction Desejos Secretos - O Baile de Máscaras Parte 1 - A Dama de Vermelho

Narrado por Igor

- Papai. - me assustei ao ouvir a voz de minha filha a chamar por mim. Rapidamente me apartei dos braços de Elinór, com certeza a Patrícia presenciou o beijo. Fiquei um pouco aéreo com a situação ao vê-la parada atrás de nós, deve ter acordado assustada nesta casa que ela não conhece.

- Filha, o que houve? - me aproximei dela, que ainda está sonolenta e em uma das mãos está sua boneca ruiva preferida. Minha filha esfrega os olhos com os dedos das mãozinhas pequenas para enxergar melhor, me ajoelhei para ficar à sua altura e segurei em seus braços, mas a mesma não tira os olhos da Madame, a olha compenetradamente esboçando um tímido sorriso sem mostrar os dentes, o que realmente me deixou sem entender nada.

- Paty. - chamei-a novamente.

- Por que estamos aqui, papai? perguntou-me com sua doce voz.

- Meu amor, você se lembra. - não consegui terminar a frase, pois ela interveio. 

- É a moça que esteve no jantar na nossa casa. - Elinór e eu nos olhamos e minha filha se esquivou de meus braços se aproximando dela, em seguida a chamou, a doutora então, vagarosamente se abaixou e minha filha sussurrou alguma coisa em seu ouvido que eu não pude ouvir, mas notei um lindo sorriso no lábios da bela mulher.

- Você é muito linda sabia? - a doutora fez o elogio de uma forma meiga. - Senta aqui. - disse acomodando-se no sofá, minha filha sentou, logo em seguida, eu me coloquei ao lado dela, deixando-a no meio de nós. Suas pernas pequenas não alcançam o chão e ela balança os pés com as pantufas de ursinhos.

- Está com fome? - indagou a Madame.

- Não. - respondeu triste. As duas se olharam, e os cabelos de minha menina foram acariciados pelas mãos de Susana.

- Não é hora de uma criança linda como você estar acordada. - afirmou serena.

- Ela tem razão filha, você tem aula hoje. - completei a fala da médica, já passava da meia noite.

- Perdi o sono, sonhei com a mamãe indo embora. Ela foi embora não é, papai? - senti uma pontada aguda no peito, como vou explicar a ela que me separei de Eduarda, apesar dela saber que isso acontece, percebia o clima em nossa casa e por diversas vezes perguntou se eu iria me separar da mãe dela, Patrícia é muito madura para uma criança de sete anos.

- Meu amor, eu prometo que vou conversar com você, mas agora obedeça ao papai - ela assentiu positivamente com a cabeça.

- Eu queria a Rita agora, ela me conta histórias pra dormir, vamos pra casa. - suspirei, resolvi dar a noite de folga para a babá, é tão difícil ser pai. Como médico, meu tempo é curto e já perdi muitos momentos bons com minha filha, trabalho muito para lhe dar conforto, mas talvez eu falhe com o principal e por mais que eu me esforce, a presença de uma mãe faz muita falta.

- Eu sei contar histórias. - brincou a Madame com um sorriso descontraído.

- Posso dormir com você. - os olhinhos de Patrícia brilharam ao ouvir e resolveu fazer logo o pedido.

- Minha filha, não viemos incomodar, assim você atrapalha o sono dela. - a repreendi, Susana me olha pensativa, bastante enigmática.

- Claro que pode. - ela concordou, para minha supresa.

- Obrigada. - a euforia da minha menininha é evidente, Eduarda jamais permitiria isso, nossa filha dormir conosco.

- Não quero atrapalhar. - intervi, sei que negar algo a uma criança na frente do pai pode ser constrangedor.

- Tudo bem, Igor, não tem problema. - nos olhamos ternamente antes que elas pudessem subir, eu fiquei no quarto de hóspedes no andar de baixo, apenas pensando no beijo que dei em Elinór antes de minha filha aparecer.

Narrado por Elinór

Acomodei a garotinha em minha cama e fiquei ao seu lado, estamos deitadas uma de frente para a outra. Nunca tive paciência com crianças, nunca desejei filhos e não sei lidar com seres tão pequenos e travessos, as vezes até rebeldes e irritantes, mas a meiguice desta menina me encanta e mexe muito comigo, esse olhar que ela lança sobre mim é bondoso e puro, são os mesmos olhos lindos do pai dela.

- Você gosta do meu pai? - sei que meu rosto corou instantâneamente com a pergunta, o que digo a esta menina?

- O seu pai é um homem muito legal. - tento me esquivar da verdade, pois nem mesmo eu sei em que rumo está minha vida e não costumo me apegar a alguém, não entendo desse tipo de amor, a única vez que busquei entender, eu me feri. - Ele é um grande amigo. - ela me olha séria.

- Eu já entendo essas coisas, eu vi vocês se beijando, não sou mais criança. - ri baixinho com vergonha de mim mesma, é complicado explicar coisas de adulto para uma jovenzinha como ela. Respirei profundamente até encontrar a saída de onde ela me encurralou.

- Patrícia. - mencionei seu nome suave.

- Há coisas que são difíceis de te explicar agora, mas quero que entenda que gosto do seu pai, mas não somos mais do que amigos. - estou confusa com o beijo, com a visita de meu pai, tudo isso está desviando meu foco do verdadeiro sentido de minha vinda para o Rio de Janeiro. Nada pode atrapalhar meus planos, por mais que o preço seja acorrentar meus sentimentos mais uma vez e engavetá-los, sou mulher de desfrutar dos homens que quero a hora que bem entendo, sem compromisso.

- Que tipo de histórias sua mãe conta para você? - mudei de assunto assim que senti que sua face estava entristecendo.

- Ela nunca me contou histórias. - falou com a inocência de criança. - E nunca me deixou deitar assim com ela. - a boneca de cabelos ruivos é apertada contra seu corpo, mas sei que é ela quem necessita ser protegida e abraçada.

- Sua mãe contava histórias pra você? - questionou-me passando sua mãozinha em meu rosto. - Não, eu não convivi com a minha mãe. - falei com pesar e meus olhos marejaram.

- Mas eu sei uma história. - sorri ao dizer. - Quer ouvir? - esperei pela reposta.

- Quero. - um sorriso esplêndido brotou em seus lábios e meu coração estranhamente pulsou junto com ela. Deitei na cama ajeitando meu corpo. - Deita aqui. - ela se aconchegou em meus braços e abraçou minha cintura. Passei a mão por seus belos cabelos loiros e por um minuto, tentei recordar a única história que ouvi quando criança e não foi de meu pai ou minha avó e sim, dos lábios de uma das empregadas da casa que sempre me via pelos cantos de forma muito solitária.

- Era uma vez. - iniciei a narrativa, ela estava atenta, silenciosa, sua mão acariciava meu braço que estava entrelaçado ao dela. - Uma princesa linda chamada Lis, que ganhou uma estrela de presente no dia de seu aniversário, então, todas as noites, quando ela estava longe do seu amado, o príncipe Atos, ela olhava para sua estrela no céu e sabia que não estava sozinha, pois mesmo longe ele estava com ela, em pensamento. Um dia, Atos desapareceu. A princesa sofreu muito e vendo tamanha dor, um mago deu a ela uma chance de procurar por ele, a enviou até às constelações para que através de sua estrela brilhante, ela pudesse ver onde ele estava. - a menina permanecia concentrada, então prossegui. - Ela passou pela casa do Sol, brincou com raios luminosos e com o filho do sol, o dia, mas eles não sabiam onde o príncipe estava, logo, o Sol decidiu enviar a Lis para a casa de sua velha amiga, Lua. Porém, ela e sua filha, a noite, disserem ter visto o príncipe visitando outros planetas... - fiquei durante um bom tempo contando a história, até perceber que a menina havia entrado em um sono muito profundo. Meu único pensamento é em como deixei as coisas chegarem a esse ponto. Tem uma criança dormindo em meus braços e um homem dormindo no quarto de hóspedes pelo qual tenho nutrido algo que eu não sei explicar e talvez nem queira agora. Depois das coisas que me disse um turbilhão de pensamentos me invadiu, preciso conversar seriamente com ele, mas a priori, tenho que colocar meu trabalho em primeiro lugar.

Assim que acordei, avistei Igor sentado na poltrona perto da minha cama, estava com um sorriso bobo nos lábios e acabei sorrindo também, nos encaramos de uma maneira diferente, ele parece ter mais de mil coisas passando em sua cabeça agora. A criança ainda estava abraçada comigo. A acordei com muito cuidado e quando abriu os olhos, tratou logo de perguntar.

- E a princesa Lis, ela encontrou o Atos? - ri descontraída, ela lembrou da história.

- Eu prometo que termino de contar, mas não agora, seu pai vai te levar para a escola. - Igor e a filha tomaram café comigo, uma experiência gostosa para ser franca, me senti até como se estivesse em uma família, nunca tive a presença de meus pais juntos à mesa e passava maior parte do tempo sendo criada por babas alemãs extremamente rígidas. Tudo para mim sempre foi muito inflexível, então, ouvir suas risadas logo cedo, trazem-me uma sensação bastante diferente de tudo o que já experimentei na vida. Após o café, nos despedimos e Igor levou a filha para o colégio, combinamos de conversar sobre uns detalhes importantes do caso que não podiam passar despercebidos antes da grande noite do baile de máscaras. Segui direto para o hopistal assim que eles saíram, me preparo para uma cirurgia que me tomará o dia inteiro. Uma paciente espera por mim, preciso ressecar um tumor que já está pressionando seu nervo óptico. Entrei na sala de cirurgia e deixei os problemas externos do lado de fora, só o que importa agora é esta vida que se confiou a mim. As horas se passam que nem percebemos, quando nos damos conta, já se foi o dia inteiro.

Estou literalmente exausta por causa da cirurgia, os poucos minutos que consegui cochilar na sala de sobreaviso não pagam as dez horas que fiquei com as mãos no crânio da minha paciente, a medicina é um sacerdócio e ainda lidar com a investigação tem sido mortificante para mim, porém, quando se ama as duas coisas é difícil ter que escolher por apenas uma. Olhei meu relógio de pulso e vi que já são quase dezoito horas da tarde, levantei e fui direto para o banho, preciso resolver muita coisa ainda. Terminei de me arrumar e fui direto para a minha sala.

Já faz mais de quarenta minutos que estou a analisar uma conversa do doutor Edgar através do ponto de escuta que coloquei embaixo de sua mesa. Porém, é tudo muito emblemático, codificado e só vou ter certeza amanhã, quando eu fizer uma surpresinha para ele. Porém, alguns trechos da conversa me chamam atenção.

- Eu já disse que vamos entregar o dinheiro na semana que vem. - ele fala com alguém pelo telefone, que com certeza não é Eduarda. - Avisa seu chefe que eu vou conseguir as próteses sim, mas transportá-las não vai ser fácil e Eduarda não pode saber disso. - aposto que ele está envolvido com a máfia das próteses. Contudo já análisei todos o orçamento de matérias deste hospital e nada encontrei, tem algo muito estranho acontecendo aqui. Logo em seguida, ele desligou o telefone e fiquei a pensar no que eu poderia estar errando, que detalhe passou despercebido por mim? Antes de ir para casa, passei na sala de Igor e pedi a ele que reunisse toda a documentação de suas posses e de seu seguro de vida. Preciso de todos os dados de seus contadores e de seus advogados.

A noite se fez presente, voltei para casa e descansei do dia exaustivo. Quando acordei na manhã de sábado, imediatamente lembrei da tão esperada noite, o baile de máscaras, levantei, tomei um banho e fiz minha higiene pessoal. Em seguida me deliciei com o café da manhã que pedi por telefone, pois não tenho cozinheiras e só pessoas que vêem limpar o apartamento alguns dias da semana, passo mais tempo fora do que dentro de casa, por isso não tenho empregados fixos. Fiz algumas ligações importantes e convidei alguns amigos para irem à festa, precisarei de uma ajudinha extra para um certo interrogatório.

Quando percebi que já havia feito tudo o que precisava e que pelo horário tinha que me arrumar, fui direto tomar uma ducha bem relaxante. Entrei no box, liguei o chuveiro e deixei a água morna percorrer meu corpo, o sabonete líquido que passo em minha pele exala um cheiro delicioso de frutas cítricas no ar. Fechei um pouco os meus olhos lembrando-me de meus momentos com Igor, pois uma onda de calor me invadiu subitamente, encostei na parede buscando apoio e permiti que a lembrança do dia em que me tirou a força dos braços do Gogo Boy viessem em minha mente. A cada detalhe que relembro, minha mão desce acariciando meu próprio corpo, aperto meus seios quando penso que me fez enlouquecer de prazer dentro do carro, devastando minha intimidade com sua língua firme e quente, estava desesperado ao me sugar e gemia sentindo o meu gosto. Mas a cena que me instiga a tocar meu sexo é aquela onde ele me invadiu num só ato em cima do capô do carro. A água morna se mistura à umidade entre minhas pernas à medida que faço movimentos entorno de meu ponto de prazer lentamente, enquanto aperto e puxo o bico rígido do meu seio. Os sons dos meus gemidos ecoam pelo banheiro e a cada segundo que passa o ponto cheio de nervos entre minhas pernas fica mais enrijecido e sensível, sinto meu corpo ficar sem forças ao lembrar de sua voz rouca lascivamnete me instigando. Minha necessidade por Igor já é aparente, quero sentir o prazer que ele é capaz de proporcionar, tirando todas as minhas defesas, meu corpo contradiz completamente as ordens de minha razão, ele deixou marcas em meu corpo difíceis de sair, marcas de nosso sexo luxurioso. Nesse momento, não consigo parar de pensar nele, preciso me aliviar antes que eu faça uma besteira e acabe por procurá-lo. Me penetrei com dois dedos e friccionei as pernas pelo tesão que experimento, sinto os pêlos do corpo se arrepiarem e minhas investidas são rápidas, meus murmúrios se acentuam ensandecidamente e lembrar de sua voz rouca é meu tormento sexual. Ao estimular meu ponto de clímax de forma rápida, não me contive.

- Ohh. - gemi alto e deixei meu líquido quente escorrer pelas coxas. Fiquei durantes uns minutos extasiada com a sensação, ainda mexendo ao redor de meu sexo, experimentando os espasmos deliciosos causados pelo gozo. Minha respiração descompassada denuncia meu alívio em explodir de prazer pensando nele.

Saí do banheiro ainda com as pernas fracas, hidratei e perfumei minha pele por um bom tempo. Depois, vesti a lingerie de renda preta e coloquei o vestido longo tomara que caia, é um lindo tecido vermelho de cetim, cujo modelo do decote em "v" realça maravilhosamente meu busto. A abertura lateral em minha perna esquerda é bastante sexy e por fim, optei por um scarpin vermelho, minha máscara é dourada e remonta os tempos dos bailes nos palácios. Optei por uma maquiagem que iluminasse o meu rosto, cores claras, porém com bastante brilho, na boca decidi usar um batom vermelho bordô matte. Paguei o presente que Soniér deixou para mim quando reformou esta cobertura e ajeitei em meu corpo num lugar estratégico. Numa bolsa de mão, da mesma cor da máscara, coloquei um dos objetos da caixa junto com alguns pertences, tomei a chave do carro em mãos e segui para a festa. Em poucos minutos já estava a caminho do baile de máscaras.

Ao chegar, estacionei meu carro em frente ao clube, desci do mesmo, um manobrista rapidamente veio ao meu encontro para levar o veículo para um local apropriado. Caminhei em direção à portaria principal e logo avistei Vivian, está lindíssima em seu belo vestido preto longo, nas mãos carrega uma máscara prateada. Me aproximei dela que sorriu maliciosamente para mim.

- Meu Deus, está vestida para matar. Apresento à sociedade carioca, a dama de vermelho - falou me encarando de cima a baixo.

- Você não está diferente. - a cumprimentei com beijos na bochecha.

- Vivian, eu não esqueci o que você fez, vai me pagar. - lembrei do dia em que deixou Igor me tirar dos braços do dançarino.

- Eu te fiz um favor, deveria me agradecer e eu sei que você gostou, caso contrário já tinha me matado. - sorrimos de seu comentário, na verdade ela tem toda a razão. Seguimos para a recepção e verificamos nossos nomes na lista, Eduarda já tinha reservado dois convites especiais para nós, confirmamos e em seguida, nos direcionamos para o local da festa. Todos os olhares são direcionados para nós, nossos trajes de requinte e sensualidade chamam muita atenção. Por todos os lados há pessoas extremamente elegantes, o lugar está perfumado com as fragrâncias caras usadas pelas mesmas. A festa ocorre em uma área reservada ao redor de uma piscina maravilhosa, dentro dela há algumas bolas vermelhas com lâmpadas de LED  e arranjos com velas. Há também, inúmeras mesas decoradas cuja maioria está ocupada com os mais prováveis tipos de milionários e pessoas influentes na política. Uma mesa no canto está repleta de iguarias exóticas e os garçons passam distribuindo as bebidas, os convidados interagem na pista de dança, onde a música deixa o ambiente espetacular. É inegável o bom gosto de Eduarda e Igor. Peguei uma taça de champagne e comecei a caminhar lentamente pela festa ao lado de minha melhor amiga, é difícil identificar algumas pessoas por causa das máscaras, mas uma em especial me chamou atenção, era tudo o que eu queria.

- Vivian, é ele. - indiquei movimentando a cabeça, Edgar tirou a máscara por um instante e vi quando Vivian mordeu o lábio inferior.

- É um homem muito interessante. - percebi sua malícia. - Você sabe exatamente o que tem que fazer. - assentiu ao entender o recado. - Claro que sei, vou usar todo o meu charme. - rimos discretamente.

- Quando eu estiver pronta vou te chamar pelo ponto de escuta. - olhamos uma para a outra e ela sem pestanejar, andou em direção a ele. Enquanto ela trabalha de um lado, eu tomo a bebida doce e observo a movimentação. Percebo os olhares para mim e isso me deixa em êxtase adoro sentir-me desejada. Girei meu olhar pelo ambiente e senti uma mão apertar minha cintura. Dei um pequeno sobressalto.

- Ainda continua sentindo os mesmos arrepios. - um sorriso largo surgiu em meus lábio ou ouvir a voz familiar.

- Que saudade de você, Walter. - a ajuda de que preciso chegou. - Como sabia que era eu? - sorri o abraçando.

- Não há nenhuma outra mulher com um corpo maravilhoso e que se vista assim. - deu uma pausa. - Assim como? - questionei provocante. - Assim, para me fazer perder a cabeça. - passou a língua delineando o lábio de maneira excitante. Walter trabalha para o meu pai desde que eu comecei, tivemos nossas loucuras juntos.

- O que acha de nós darçarmos antes de resolver aquele probleminha. - ele sempre foi muito charmoso e resistir a qualquer um de seus pedidos sempre foi difícil. 

- E adianta dizer não. - passei a mão por seu peitoral. 

- Você sabe que não consegue resistir a mim. - falou sussurrando contra meus lábios.

- Eu mudei muito sabia? - tirei minha máscara por um estante e também retirei a sua. - Estou mais exigente. - falei baixinho em seu ouvido.

- Eu sei que cumpro todas as exigências, ainda lembro perfeitamente do gosto do teu corpo. - assoprou em minha orelha e senti um leve encharcar em minhas partes íntimas. De repente, ouvi uma música interessante.

- Vem, vamos dançar. - colocamos as nossas máscaras e o puxei pelo braço, fomos para o meio da pista de dança, que está repleta no momento. A música é bastante sensual e a batida eletrônica nos deixa alucinados à medida em que o gelo seco começa a se espalhar, juntamente com os flashs de luz branca do strobo, nos impedindo um pouco de ver com nitidez as outras pessoas à nossa volta, tudo está em câmera lenta.

Walter e eu iniciamos uma dança deliciosa, nossas mãos percorrem trajetos insinuantes, mas estou focada no meu trabalho, ansiosa para receber o chamado de Vivian. As vezes, ao girar meu corpo na pista tive a impressão de ver Igor olhando para mim, bobagem da minha cabeça, é impossível ver quem é quem neste ambiente.

- Não foge de mim, deixa eu beijar tua boca. - susurrou em meu ouvido, a música está muito alta e atrapalha um pouco a comunicação.

- Walter. - o repreendi. - Se concentra no que viemos fazer. - sem que eu pudesse reagir, ele me beijou, não consegui terminar a frase. Instintivamente o retribuí por uns segundos, porém, nos apartamos do beijo quando senti um esbarrão forte que me fez cambalear.

- Ei, preste atenção. - esbravejei tentando ver quem era, mas o vulto se camuflou no gelo seco.

- Calma, é difícil mesmo ver com tudo isso. - ia ser beijada mais uma vez quando ouvi a voz de Vivian a me chamar pelo ponto, entendi seu código.

- Chegou a hora. - saímos da pista de dança e ele comunicou os demais agentes que estavam espalhados pela festa. Seguimos em direção a uma área afastada e sorrateiramente, como gatos, nos aproximamos do local indicado por ela, eles estavam se beijando, Vivian é capaz de seduzir qualquer homem com seus belos e cumpridos cabelos loiros e seus exatos um metro e setenta. Edgar estava de costas para nós o que não dificultou a ação, quando suas bocas se afastaram, desferi um golpe sobre sua nuca que o deixou inconsciente de imediato. Seu corpo caiu no chão e meus homens o levaram para um lugar escuro, o vendaram, algemaram e amordaçaram e esperamos alguns minutos até ele acordar. Ele não pode reconhecer a minha voz, por isso Walter fará as honras.

- Acorda bela adormecida. - sem delicadeza nenhuma ele levou vários tapas fortes no rosto para acordar. Ao voltar a si ele começou a se debater desesperadamente.

- É melhor você ficar quietinho, para o seu próprio bem. - o timbre de voz de Walter amedronta qualquer um. Eu permaneço calada ao lado de Vivian e dois de meus homens vigiam nosso cerco. Edgar está prestes a passar por uma tortura psicológica e física caso não queira nos ajudar, nossos métodos não são muito ortodoxos, entretanto, são eficazes. Espero que ele colabore com esta investigação.

- Eu vou retirar a mordaça, mas se gritar eu arranco suas vísceras com você ainda vivo, entendeu? - disse Walter com a voz que mais parece a morte, ao fazer sinal com a cabeça de que compreendeu o recado, a mordaça começou a ser retirada vagarosamente. Estou em frisson, os jogos vão começar.


Notas Finais


Obrigada por lerem até aqui😍
Espero que tenham gostado😘


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