1. Spirit Fanfics >
  2. Desire >
  3. Prólogo

História Desire - Prólogo


Escrita por: Gnominho-

Notas do Autor


~Teles-chan: É algo que ambas queríamos fazer, sentíamos falta de uma fic assim e espero que agrade a todos.

Boa leitura, apreciem

Capítulo 1 - Prólogo


Prólogo

Desire

   Escrito por: Tales-chan e Sweet

 

 Era a terceira vez que se revirava na cama. Tentou mudar de posição, o travesseiro e até mesmo optou pelo chão. A cama em sua opinião era macia demais, desconfortável demais para ela. Ou seria apenas o sentimento inquietante que surgia no fundo de seu estômago? O que lhe dava enjoo, medo e desespero. Virou mais uma vez. Já era noite e o brilho da lua transpassa o vidro da janela e iluminava o ambiente. Era o quarto em que havia sido colocada quando chegou no clã Hyuuga. Em sua opinião, eles eram pouco ligados a natureza, individualistas e totalmente frios e egoístas. Aquele lugar lhe causava imenso desconforto.

 Jogou os pés para fora da cama, havia perdido completamente o sono. Silenciosamente, saiu da casa principal do clã. Atrás dela, a imensa floresta cobria tudo o que via. Estava frio, logo a neve chegaria no norte e ela podia sentir isso em seu íntimo. Odiava a neve, o frio, era opressor e sem vida na sua opinião. Talvez menos opressor que o seu casamento marcado para o dia de amanhã. O peito doeu, não sentia o ar entrando nos pulmões, a simples visão de ela e Neji se casando era completamente nauseante. Provocava-lhe ânsia de vômito, deixava-a desnorteada, sem rumo.

 Seu coração clamava por outra coisa, por outro lugar, ela sentia isso, quase que por sua pele. Entretanto, ela tinha um dever, um dever com o povo dela e não poderia se esquecer disso. Então ela sentiu medo, angústia e desespero. Mas o que uma pessoa com medo e desespero faz em um momento como esse? Ela foge.

 Definitivamente não iria conseguir fazer isso, sua mãe a mataria pelo que estava prestes a fazer, ela se jogou na mata mudando para sua forma lupina e correu, correu como se sua vida dependesse disso; e dependia. Cresceu sendo ensinada os gostos do noivo, de como deveria obedecê-lo e agradá-lo, o quanto isso seria importante para os dois clãs terem os herdeiros unidos pelo matrimônio. Sabia que o casamento não seria somente a união de duas pessoas, mas sim de duas nações. Conforme o tempo ia passando, mais certeza ela tinha que jamais conseguiria amar uma pessoa como Neji. Um ser soberbo, machista, que via-a somente como a futura mãe de seus filhotes e a chave para ser líder do clã Hyuuga e Haruno, mas se conformou. Faria isso pela sua família, daria orgulho para seu pai e honraria o nome Haruno. Entretanto, hoje viu que não importasse o quanto ela quisesse, ela não conseguiria se casar com Neji.

 Ela não imaginava como seria libertador pensar que não colocaria aquele vestido horroroso que a mãe do noivo escolheu, de como se sentiria feliz por não subir naquele altar e recitar os votos que prenderiam a uma vida infeliz e por fim, ela correu, correu e só não ria porque a forma em que estava não a permitia, mas ela uivou, em alto e claro som. Ciente que a distância que estava já não podia ser ouvida no clã e, pensando nisso, não pode se segurar.

 Não sabia para onde estava correndo, só sentia que deveria correr para essa direção. Sua loba pedia por isso, melhor dizendo, implorava a cada segundo que passava. Sentir-se sendo tomada por um nervosismo diferente do que havia experimentado quando acordou, era algo agradável, misturava ansiedade e excitação. Ela decidiu correr mais rápido, estava confusa, nunca tinha sentido suas emoções naquela intensidade e duração. Uivou mais uma vez por começar a se sentir assustada com a forma que seu corpo estava agindo. Sakura não comandava-o mais, ele estava por conta própria, estava correndo de encontro a algo que ela necessitava mais do que comida, mais que o próprio ar. Bem em sua frente, ela viu que estava chegando a um campo aberto. Farejou o ar sentindo o cheiro de concreto e outros lobos, não sabia que por essas redondezas havia um clã, seu pai nunca havia dito nada sobre isso. Assim que pisou na clareira, suas patas travaram e ela parou a corrida.

 Do outro lado, estava sua total perdição, os olhos negros que, futuramente, a levariam para um profundo e prazeroso desejo.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...