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História Desire - Capítulo único


Escrita por: dinodae

Notas do Autor


Isso aqui na verdade é minha primeira história yaoi (escrita à um ano), que por acaso encontrei (num outro site & conta) e reli, e descobri estar uma porcaria hsiahsa
Então eu decidi reescrever e adaptar para sekai, meu otp supremo do universo -qqq
Ah, lembrando que originalmente a história "aconteceu" no continente europeu, por isso a maior liberdade sexual e tals...
Meu english tá podrinho mas a gente releva rsrsrs
Obs.: As músicas citadas estão nas notas finais.
Enfim, espero que gostem
XoXo 😙

Capítulo 1 - Capítulo único


 

Ao ouvir a porta da frente ser aberta, o moreno levanta-se e caminha com desânimo evidente até a porta de seu quarto, destrancando-o e voltando à cama em seguida. Jongin suspira, amaldiçoando o dia em que deu uma cópia da chave de seu apartamento para o melhor amigo.

Encara a tela do celular, que exibe onze ligações perdidas e trinta e duas mensagens no kakaotalk. Todas deixadas na última hora e pela mesma pessoa, esta que no exato momento caminhava pelo corredor que levaria até seu quarto.

Um, dois, três...

— Do que adianta ter telefone se não atende as ligações? Nem se presta a checar as mensagens do kakao! Qual o seu problema Jongin?! —Chanyeol desata a falar assim que abre a porta num rompante.

— Porra, Chanyeol! Será que dá falar mais baixo? — reclama, uma carranca formada no rosto — Eu estava tentando descansar minha cabeça, que por sinal está doendo, obrigado. — resmunga em resposta, agora apenas com os olhos descobertos.

Ele fecha os olhos e espera a repreensão do maior – que o acusaria de ter tido mais tempo do que o suficiente para ter descansado a parte que fosse –, mas esta não vem. Chanyeol solta um suspiro audível e o moreno sente o colchão afundar ao seu lado.

— Nini, nós precisamos conversar. — sua voz soa calma e baixa, num tom que denota preocupação.

Jongin o encara por alguns instantes, e percebendo que o cacheado fala sério, ergue-se e senta na cama, escorando as costas na parede fria – com o salário de estagiário ainda não pôde comprar uma cabeceira para a cama.

— 'Tá… —concorda ainda que incerto.

O maior suspira outra vez, e Kim se sente tencionar.

— Olha... Eu compreendo que ser traído é humilhante e doloroso, e entendo que você não queira mostrar a cara por aí por vergonha e tal, mas você não sai desse apartamento à doze dias, Kai! — mesmo falando baixo, seu tom era firme, e encarava o moreno ao falar — Não dá pra se isolar para sempre, sabe disso. — suspirou antes de prosseguir — O que eu não entendo  é: porque parece que esse término te abalou de jeito sendo que isso já era esperado?

Jongin abriu a boca e tentou retrucar, mas o outro ergueu a mão no ar, o impedindo.

— Me deixa concluir depois diga o que quiser e ouvirei.

Um bico contrariado forma-se nos lábios grossos do moreno, mas segundos depois, revira os olhos e acena positivamente, o que faz um sorriso leve mas orgulhoso se abrir no rosto do cacheado.

— Você, mais do que qualquer pessoa, sabe que eu sempre tive desconfianças em relação ao Baekhyun, e estas se provaram corretas ao que descobrimos que ele dormia com meia universidade ao mesmo tempo que namorava você. Mas acontece que você sabia dos riscos quando aceitou embarcar num relacionamento com um cara de fraternidade, não é mesmo? — disse, e teve sua confirmação ao ver o moreno desviar os olhos — E eu tenho a impressão de que você fez isso porque não queria realmente se entregar à  um relacionamento, e estando com um cara daqueles a relação seria aquela coisa superficial e tal, movida pelo interesse físico, sem um comprometimento e planos futur—

— Você não sabe disso... — diz contrariado, interrompendo a fala do outro.

— Ah, é? — Chanyeol cruza os braços e o encara com uma das sobrancelhas arqueadas — Da mesma forma que eu não sabia que você não gostava de garotas quando você alegou estar apaixonado por uma?"

Jongin desvia o olhar novamente e engole à seco, logo dando-se por vencido – porque ninguém o conhecia melhor do que o maior,  que o apoiava antes mesmo de se descobrir homossexual e lhe aturava desde a pré adolescência – e esperando-o prosseguir com o "discurso".

— Enfim. Eu realmente entendo que não é uma boa sensação essa que você está tendo desde o fatídico dia em que descobriu todas as sujeiras do canalha lá, e é por isso estou aqui, na sua linda casinha... — levanta-se e aponta o dedo para Jongin, que se encolhe, achando que Park o xingaria — ...Lhe ordenando que tire a bendita bunda da cama e vá para o chuveiro, pois hoje beberemos até não lembrarmos de nossos próprios nomes! — conclui alegremente, quase aos gritos e com os braços abertos e um sorriso quase perturbador de tão grande.

 — Misericórdia, Chanyeol. Desmancha essa cara que eu 'tô com medo. — diz, fazendo o sinal da cruz para dar ênfase a sua fala, o que leva o cacheado a lhe estapear a cabeça e resmungar.

Jongin resmunga pelo tapa e abre a boca pra negar o convite barra ordem, mas o maior não permite que ele diga uma palavra, abrindo a porta do quarto e dizendo:

— Nem pense em negar. Kyungsoo chega em... — confere o relógio em seu pulso - Quarenta e cinco minutos para nos pegar.

E no segundo seguinte a porta está fechada, num claro sinal de que o mais velho não aceitaria uma recusa e que deveria banhar-se.

Jongin se atira nas cobertas e permanece imóvel enquanto se conforma com o fato de não ter ter outra alternativa. Chanyeol podia ser muito insistente e até irredutível quando queria. Ele podia negar e até convencer o maior de que não iria acompanhá-lo, mas isso era sinônimo de dias ouvindo aquele bebê gigante enchendo seus ouvidos com reclamações, zoações ou até mesmo uma greve de conversa – como ele fizera ao descobrir que Jongin tinha ido a uma festa e não havia o convidado, à sete meses atrás. Bufando exasperado, decide levantar-se,  e se com uma lentidão angustiante para o cacheado – que o observava do balcão da cozinha - se dirige ao único banheiro do apartamento.

(...)              

— CHANYEOL! — grita do quarto e aguarda até o maior pôr a cabeça entre a fresta da porta.

— O que foi? — fala com dificuldade graças à boca cheia de comida. Jongin arqueia uma sobrancelha.

— Já 'tá atacando a minha geladeira?! Você 'tá aqui a menos de meia hora! — cruza os braços, lhe lançando um olhar irritado —Você não tem comida em casa, não?  o cacheado entra no quarto enquanto calmamente termina de mastigar.

— Eu, hein. Alguém 'tá precisando de algo além de uma simples ressaca.

Jongin o olha boquiaberto, falsamente surpreso com a audácia do amigo, afinal era típico de Chanyeol dizer coisas assim.

 — E pra sua informação, eu já estou aqui a quarenta e um minutos. — ele cruza os braços — O que significa que você tem exatamente vinte e sete minutos pra me dizer o que quer e terminar de se arrumar.

Com um suspiro derrotado, o mais novo aponta para o guarda-roupas.

— Eu não sei o que vestir. — e joga-se na cama, encarando o teto.

— E quando é que você sabe? — zomba Chanyeol — Enfim, acho que seria mais prático usar uma regata e não sei, calça jeans? — fala pensativo, uma mão apoiada no queixo enquanto observava atentamente a bagunça de roupas no roupeiro alheio — Se bem que com esse calor todo vai suar e os jeans vão grudar nas suas pernas. — responde à si mesmo, e Jongin ri.

Com uma súbita curiosidade, o moreno apoia os cotovelos na cama para ter uma visibilidade melhor do amigo.

— Em que clube nós vamos? — pergunta.

— Huh, eu não tenho certeza. Conseguimos entrar graças ao Kris. A empresa dele estará responsável pela segurança da festa e tal. Mas eu sei que é algo grande, com a possibilidade da presença de famosos e tudo. — diz normalmente, como se fosse algo cotidiano, e Jongin senta tão rápido que ouve o estalo do joelho.

— Como é? — questiona exasperado — E você não achou que devia me dizer isso assim que me convocou a sair?! — levanta e nervosamente começa a caminhar de um lado ao outro — Droga!

— Eu não sei pra quê toda essa preocupação. Não é como se você conhecesse algum famoso e fosse o reencontrar lá. — diz Chanyeol, o lançando um olhar zombeteiro antes de voltar a analisar as roupas.

— Idiota. Eu sei, é só que... Argh... Sei lá. —  relaxou os ombros — Só me ache uma roupa decente enquanto eu escovo os dentes, sim? — pede, já se encaminhando para fora do cômodo.

— 'Pera aí. — chama Chanyeol, e Jongin o encara — Você quer mesmo ir comportado num lugar onde as chances de encontrar um velho rico são razoáveis? — brinca, um sorriso sugestivo ganhando forma em seus lábios.

— Te fode, Chanyeol. Você sabe o que eu quis dizer. — revira os olhos — E se alguém aqui se envolveria com um velho só pelo dinheiro é você, não eu. — deu a língua, vendo Chanyeol o encarar de boca aberta antes de jogar os cabelos imaginários para trás.

— Hum. Que culpa eu tenho se esse corpinho aqui vale muito? — retrucou, remexendo na bagunça alheia e Jongin só negou com a cabeça, mas sorria — Aliás, você 'tá aberto à cores hoje?

— Não mesmo. — Chanyeol suspirou desapontado.

— 'Tá, mas branco vale, certo?

— Acho que sim. — dá de ombros.

— Certo. Então termine o que tem de fazer no banheiro logo e volte pra cá. — dita, e o menor deixa o quarto enquanto Chanyeol joga algumas peças de roupa sobre a cama e procura pelos tênis perdidos pelo cômodo.

(...)

— Chaves, identidade? — questiona Kyungsoo.

— Sim.

— Carteira?

— Sim.

— Camisinhas? — pergunta maliciosamente, e Jongin levanta os braços ao alto em exasperação.

— Por Deus, Kyung! Você 'tá agindo como minha mãe. — bufou, vendo os dois soltando risadinhas — Não se preocupe, eu peguei tudo que eu preciso, e camisinha não é um desses itens. — disse emburrado, andando até a porta do apartamento e abrindo-a.

Kyungsoo e Chanyeol trocam olhares e o maior dá de ombros, e então eles deixam o apartamento e se encaminham ao elevador, que por sorte estava parado no andar.

Os meninos se acomodam nos bancos da frente e Jongin se atira no banco de trás como de costume. De acordo com Do, a viajem até a boate não levaria mais de vinte minutos – vinte e cinco no máximo –, e ele esperava que de fato seja assim, mesmo que a possibilidade do tráfego caótico comum às sextas-feiras atrapalhar os planos fosse considerável.

(...)

— Isso aqui é imenso! — exclama o cacheado, encarando abobado a grande e aparentemente luxuosa boate, ao passo que Kyungsoo dá seus nomes ao enorme segurança que restringe o acesso ao lado de dentro, e Jongin concorda com um aceno. — Acha que consegue espairecer aqui Jonginnie? — ele move as sobrancelhas sugestivamente.

— Como se você não pretendesse tomar todas e soltar a franga, não é mesmo?

Defendeu-se, mas não sabia se realmente se envolveria com alguém. Tinha acabado de sair de um relacionamento, e ainda que não planejasse um futuro ao lado de Baekhyun, sentia-se afetado com o término. "Se não tivesse afetado não teria se trancado em casa por tantos dias, besta", relembrou à si mesmo.

— Ah, meu caro. Eu não pretendo, eu vou! —  e o sorriso perturbador reaparece enquanto Jongin é puxado boate à dentro.

Eles caminham por um corredor escuro por onde conseguem ouvir as batidas de uma música qualquer e em poucos passos adentram a pista, que no momento está praticamente vazia, e os olhos de ambos percorrem o local, observando as mesas dispostas próximas às paredes, tanto no térreo quanto no imenso mezanino. Lâmpadas estão dispostas acima de cada mesa, mas fora isso apenas as luzes coloridas em constante movimento iluminam o lugar. No fundo do local estendesse um luxuoso bar, com as prateleiras escuras que atingem o teto lotadas dos mais diversos tipos de bebidas e afins para a composição de um drink. Jongin conta cinco atendentes apenas ao longo do extenso balcão, os outros percorrem o local atendendo aos clientes que ocupam a mesas.

— Pelo visto estão confortáveis de pé, não é mesmo? — a voz de Yifan trás os pensamentos de ambos de volta a realidade.

O moreno se aproxima sorrindo e já puxando Jongin para um abraço.

— Nini, que saudades suas pequeno. — Jongin até pensou em rebater o apelido, dizendo que era mais alto que o próprio namorado dele, mas o braços de Yifan o apertavam demais para que conseguisse para que conseguisse realizar tal ato.

— Kris, ar...— murmurou com dificuldade.

Yifan o soltou no mesmo instante e o encarou com olhos arrependidos.

— Desculpe, Nini. Mas eu realmente senti falta da sua personalidade atrevida nesses dias em que decidiu se isolar em casa. — falou com um sorriso de desculpas estampado no rosto, recebendo um sorriso do outro que tentava se esquivar da mão de Yifan bagunçando seus cabelos — Onde 'tá o Kyungsoo? — perguntou confuso.

Chanyeol lhe encarou em dúvida ao mesmo tempo que dava um rápido abraço no maior.

— Ah... Eu meio que viajei encarando o lugar então... — o cacheado tentou explicar-se, mas então mãos apareceram em torno da cintura de Yifan, o assustando por um breve instante antes do mesmo abrir um sorriso gigantesco.

— Soo! — exclamou enquanto se virava para encarar o moreno, que já colocava seus braços em torno do pescoço do maior, e enlaçou sua cintura.

— Oi, amor. — respondeu abobadamente, e tanto Jongin quanto Chanyeol se perguntavam onde estava toda aquela doçura quando Kyungsoo falava com eles. Yifan inclinou-se e deixou um breve selinho nos lábios cheios do menor, que fez um bico ao perceber que o namorado não lhe beijaria decentemente.

— 'Tô em serviço, baby. Mas após a festa tenho o final de semana livre. — revelou baixinho e sorriu ao encarar a expressão alegre que tomou a face do namorado.

— É sério? — questiona o menor, os olhos brilhando em expectativa.

— Sim. Acho que mereço uma folga de dois dias depois de tanto temp—

Jongin limpa a garganta propositadamente e Yifan revira os olhos e vira-se para encará-lo, um dos braços envolto na cintura do namorado.

— Será que o casal pode deixar a melação pra mais tarde? Estou ficando cansado de ficar aqui de pé... — o moreno resmungou, ignorando a risadinha de Park ao seu lado.

— Tudo bem, garotos. Onde gostariam de se sentar? — o maior diz olhando ao redor — Tanto aqui quanto o mezanino estão disponíveis, depende se querem ficar mais próximos da pista ou se preferem observar o movimento frenético que haverá aqui em pouco tempo. — explica.

— Afinal, qual é a ocasião? — questiona Chanyeol, e todos encaram o maior dos quatro.

— É uma festa promovida pela comunidade LGBT, não sei quem é diretamente responsável. — dá de ombros, e os três à sua volta sorriem — Enfim, aonde querem acomodar seus benditos traseiros? Eu preciso voltar ao trabalho logo então... — disse apressado.

— Eu acho que ali é bom, é perto da pista e do bar, onde eu provavelmente vou me sentar por algum tempo e... — foi Jongin quem respondeu, apontando para um ponto à frente — Onde é o banheiro? — disse olhando ao redor.

— À direita do bar. Não aparece daqui porque a porta também é preta mas quando se aproximar você vai perceber. Enfim, eu preciso ir agora. Se eu conseguir eu passo no bar mais tarde. — inclinou-se ao namorado, depositando um selinho em seus lábios. — Você vai comigo pra casa hoje. — sussurrou em seu ouvido, vendo-o morder o lábio ao se afastar.

Yifan depositou um beijo na face de cada um – sentia-se o pai daqueles meninos – e retirou-se, sumindo nas sombras do corredor que levava à entrada. Kyungsoo suspirou e encarou os amigos.

— Vamos no bar? — nem esperou por uma resposta e já se caminhava ao fundo do local. Jongin e Chanyeol o seguiram imediatamente por entre as pessoas presentes na pista.

— Isso aqui 'tá enchendo rápido, né? —  comentou o cacheado, sem querer esbarrando em alguém e desculpando-se rapidamente — Tem mais gente do que a cinco minutos atrás!

— Sim. Não dúvido que em poucos minutos esteja tão lotado que impediram a entrada de outros. — respondeu Kyungsoo distraidamente, se direcionando ao banco alto ao lado de Jongin.

— Ainda bem que chegamos cedo. E que não precisamos encarar a fila.

—  Valeu, Fan! — Jongin ergueu o braço como se comemorasse.

— Imagina ficar todo esse tempo na fila e por fim ter que voltar pra casa por que já está lotado? — comentou Chanyeol, uma careta desgostosa aparecendo em seu rosto.

— Esse é um dos benefícios de ter um namorado que gerencia uma empresa de segurança privada. — disse Kyungsoo com um sorriso quase convencido no rosto.

Jongin riu, mas concordava com o amigo, e Chanyeol fez um movimento de negação com a cabeça, mas pressionou os lábios para impedir o sorriso que queria despontar no rosto. Estava feliz com o relacionamento do baixinho; finalmente Do havia encontrado alguém que o tratava como merecia.

Eles se acomodaram nas banquetas, próximo ao fim do balcão, estrategicamente perto do banheiro. Em poucos minutos um garçom alto, com cabelos fixados para trás pelo gel e lentes esverdeadas parou em frente ao trio, passando o olhar pelos três rapidamente e por fim focalizando Chanyeol.

— Boa noite. O que vão querer?

"Você numa fantasia de bombeiro, por favor", Chanyeol desejou mentalmente, mas decidiu não externar o pedido impróprio.

— Um blue lagoon. — respondeu sorridente, discretamente admirando o corpo do atendente.

— Sex on the beach.

— Bloody Mary. — disse o menor ali, ganhando atenção dos amigos. — Que foi? Eu gosto de tomate e fumo então... — deu de ombros, meio constrangido.

O barman já estava de costas e fazia os drinks com extrema rapidez. Enquanto Chanyeol agora o secava descaradamente.

— Nah, tudo bem, Soo. Só nunca tinha visto você pedir isso antes — comentou Jongin, abanando a mão de forma a mostrar que não se opunha a escolha dele.

— Mas e vocês? Vão mesmo ficar nessa de drinks de mulherzinha? — zoou Kyungsoo, brincando.

— A noite está só começando, cara. —  respondeu o cacheado, abrindo um sorriso de pura malícia ao passo que Jongin apenas revirava os olhos e checava as horas seu celular, que mostrava serem apenas nove e dezessete.

Realmente, a noite estava só começando.

(...)

Cerca de quarenta minutos – alguns drinks e a atualização dos acontecimentos na vida de cada um nessas duas semanas sem se verem – mais tarde, Jongin já se sentia mais leve;  tanto pelo álcool em seu organismo como pela companhia de seus melhores amigos, que o envolviam em suas histórias como ninguém. Não estava embriagado, mas já sentia-se mais confiante com a ideia de se arriscar na pista de dança. Fez um sinal ao barman, que em segundos estava a sua frente.

— Um black russian. — pediu rapidamente e voltou sua atenção aos amigos. Chanyeol o encarou questionador — Esse provavelmente é meu último drink da noite, depois vou pra pista. Alguém me acompanha? — olhou de um para o outro.

— Eu não danço, você sabe. — informou o cacheado, levando sua bebida aos lábios e finalizando-a num último gole.

— Eu ainda não me sinto encorajado o suficiente pra encarar a pista, mas você pode ir, Nini. — começou o menor, olhando-o de relance — Sabe que eu e o Chan amamos ver você dançar, assim como provavelmente toda boate amará daqui alguns minutos. — disse, lançando um sorriso carinhoso ao amigo que inesperadamente ganhou um tom rubro nas bochechas.

— O Kris 'tá te fazendo bem mesmo, hein. — murmurou o moreno, levando Chanyeol a concordar enfaticamente com a cabeça e Kyung rolar os olhos com um sorrisão no rosto.

— Ele é uma ótima pessoa, é óbvio que me faria bem. Agora vá lá ensinar essa gente como se dança.

O drink do Kim chegou ao fim da frase de Kyung e ele não perdeu tempo ao dar um gole generoso no mesmo, tentando esconder suas estúpidas bochechas coradas.

Porra, ele tinha malditos vinte e quatro anos, como justificar corar nessa idade?!

Ele continuou a beber – não sairia com um copo na mão, arriscando ter toda a bebida derramada em si caso alguém trombasse consigo, o que era provável devido ao grande número de corpos em movimento na pista –, lançando olhares à pista e por todo local, mas até agora não tinha reconhecido sequer um rosto famoso. De repente, uma música a qual havia se afeiçoado recentemente começou a tocar e o moreno deu um pulo da cadeira, assustando levemente os meninos.

(música nº1)

— 'Tô indo nessa, não sumam. — declarou, finalizando a bebida em um único gole depois de receber acenos em resposta, então esquivou-se entre os corpos até chegar ao centro da pista.

Disposto a extravasar toda frustração das últimas semanas – num combo Baekhyun faculdade família – em movimentos corporais, dos quais sabia exercer grande domínio, parou ao lado de um garoto que apesar de mover-se delicado demais para a batida da música, lhe parecera amigável, e sorrindo para no menor, deixou que seus quadris iniciaram movimentos leves. Levantou os braços acima da cabeça, os olhos se fechando automaticamente, e moveu todo seu corpo enquanto permitia o ritmo ser absorvido por si. No refrão, seus quadris deram leves reboladas, e ele sorria contente com o atmosfera que a música criava ao seu redor; provavelmente a maioria das pessoas ali não sabiam o que estava sendo dito pela cantora, movidos apenas pela voz sedutora e batida envolvente, mas Jongin sabia e sorria, sentindo-se audacioso. Passando as mãos pelo corpo e pescoço, ele moveu os lábios juntamente com a voz feminina, o sorriso não deixando seu rosto desde que reconheceu as notas iniciais da canção.

Entretanto a música não demorou a acabar, dando espaço a outra um pouco mais agitada, mas ainda com uma batida sensual. Jongin dançou sem medo, censura ou preocupação, permitindo o ambiente sensual – e ele diria que até mesmo com uma pitada de luxúria – anuviar seus pensamentos e restrições.

(...)

— Vou ao banheiro. — avisou ao garoto que descobriu chamar-se Namseok, vendo o mesmo concordar com a cabeça, um sorriso embriagado enfeitando seus lábios.

— Te espero aqui.

O menino era bastante atraente, mas ele percebeu não o atrair de um modo sexual, e Jongin preferia assim. Então acenou em concordância e girou nos calcanhares, mergulhando na multidão suada e frenética a sua frente, encontrando certa dificuldade em passar por entre as pessoas na sua maioria bêbadas, mas por fim se aproximou do bar, acenando aos garotos e em seguida se enfiando no banheiro não tão vazio. Teve de aguardar poucos minutos, mas logo lavava suas mãos enquanto encarava sua feição suada e cabelos desgrenhados no espelho, tentando arrumá-los com os dedos. Secou as mãos e deixou o banheiro, seguindo até parar próximo à Chanyeol, apontando para a pista e os encarando questionador. Ele negou e ergueu seu copo, claramente alegre demais, e Jongin apenas apertou os lábios e concordou – minimamente desapontado, afinal eles o arrastaram para a festa e sequer levantaram a bunda da banqueta –, voltando à pista o mais rápido que a multidão o permitiu. Estava a dois passos de Namseok quando reconheceu os sussurros iniciais de wiggle wiggle  e um sorriso repleto de malícia emoldurou sua boca enquanto colocava-se em frente ao garoto, que também parecia feliz com a escolha da música. Dançaram então, em alguns momentos soltando as vozes desafinadas juntamente com as cantoras, noutros fazendo o movimento exato da coreografia; se divertiam e de tão envolvidos na música que estavam, não percebiam os olhares de alguns direcionados à eles.

Nesse momento, a alguns metros dali, alguém apoiado nas barras de proteção do mezanino teve sua atenção direcionada ao moreno, que mexia o quadril como ninguém. Outra canção iniciou e os garotos continuaram a desfrutar na companhia um do outro, sorrindo confidente e dançando como se fossem velhos amigos.

 Ao som da música, Chanyeol se remexia na cadeira, um sorriso amplo demais no rosto – graças a todo álcool que ingeriu – e olhando ao redor, achou uma silhueta conhecida parada acima de onde estavam sentados.

— Meu pai amado! — exclamou desacreditado, encarando fixamente o ponto acima de sua cabeça, levando Kyungsoo a seguir seu olhar.

— Oh Sehun?! — o mais baixo deixou escapar dos lábios, a feição claramente surpresa.

— Agora está explicado o motivo dele ter rompido o relacionamento com aquelazinha lá. — o cacheado comentou ainda em choque — Santa merda, Oh Fucking Sehun é gay! — exclamou, encarando o outro com os olhos esbugalhados.

— Nem todo mundo que está aqui é necessariamente gay Chanye– retiro o que disse. — terminou a fala com as sobrancelhas franzidas, encarando algo a frente e levando Chanyeol a fazer o mesmo.

Eles encararam a pista, voltaram o olhar à Sehun, e desviaram para a pista de novo.

— Filho da puta sortudo! — exclamou o maior, sorrindo malicioso.

Kyungsoo também encarava a pista, um sorriso com direito a todos os dentes tomava conta de sua face, e ele acenou a cabeça, concordando com o Park, afinal Oh encarara ninguém mais que seu amigo.

(música nº2)

A música trocou novamente, e Jongin não a reconheceu, mas o moreno a sua frente aparentemente sim, pois sorriu grande e incentivou Kim com o olhar.

— Eu amo essa música! — disse Namseok por cima da música, que estava nas suas notas iniciais.

Jongin concordou e fechou os olhos, confiando no gosto do mais novo amigo, e levou as mãos acima da cabeça outra vez. Seu corpo rapidamente se acostumou ao ritmo, e apreciou a tonalidade da língua estrangeira, imitando os movimentos de dança do outro. Nas batidas do refrão suas mãos foram pra cima com rapidez, e não resistiu ao impulsionar o corpo e saltar moderadamente, sorrindo tanto que suas bochechas começavam a doer. Dava voltas em torno de si mesmo e quando outra estrofe teve início, trocou de lugar com o menor, olhando ao redor e rapidamente analisando seu novo ponto de vista.

Entre mais alguns passos enérgicos, Jongin abre os olhos e os fixa em um ponto acima, encontrando um par de olhos selvagens o encarando de volta em meio a escuridão e luzes que percorrem o local. Franze o cenho, pensando no quão maluco soa a idéia de alguém lhe encarando a vinte metros de distância. Então fecha os olhos novamente, pulando juntamente com todos na pista ao passo que o refrão começa outra vez.

 

Give me that brush

I want to show what you've been missing

Am I enough

To keep your other lovers hattin'?

(Me dê aquela roçada

Eu quero te mostrar o que está perdendo

Sou o suficiente

Para manter seus outros amores detestando?)

 

Por algum motivo desconhecido, Jongin não consegue desviar o olhar, e num movimento atrevido, desliza as mãos pelo pescoço, os olhos cerrados e a boca entreaberta numa expressão que sabia ser sedutora – ainda que não muito visível por conta da luminosidade irregular. Em um lapso de memória, percebe que já ouviu a música e arrisca mover os lábios em algumas palavras nas frases seguinte.

Open your arms and brain

To the truth that you're denying

Give in to the game

To the sense that you've been hiding

(Abra seus braços e mente

Para a verdade que você está negando

Ceda ao jogo

À sensação que você tem escondido)

 

Os olhos do estranho parecem brilhar em sua direção, mas no segundo seguinte eles não estão mais lá. O moreno pisca desnorteado, confuso com o que quer que seja que acabou de acontecer, e volta sua atenção à Namseok, que salta animado, sua voz ainda acompanhando a letra da música. Ele então chacoalha a cabeça, tentando dispersar a mente do desconhecido, e volta a dançar energicamente.

Quando já está envolvido novamente, sente um par de braços enlaçar sua cintura e um peito largo encostar-se às suas costas. Sente-se tencionar de imediato, pensando no problema que seria dispensá-lo, já que ele era atrevido o suficiente para chegar lhe abraçando. A música troca para uma batida mais lenta e provocante, o que lhe abrir um sorriso sarcástico, incrédulo com sua falta de sorte. Com um olhar nervoso e questionador ele encara Namseok, que surpreendentemente sorri para a pessoa que o agarra e em seguida pisca para Jongin, dando as costas e abandonando-o nos braços do estranho. Com uma uma respiração profunda – que o permite captar um leve odor de whisky além dos mais diversos odores misturados naquela pista –, conta mentalmente até três, virando-se rapidamente, deparando-se com os olhos selvagens o encarando agora de perto. Apoiando as mãos em punhos no peito do estranho – que agora lhe parecia familiar – ele engoliu em seco, e não consegue evitar descer o olhar pelo rosto do mais alto, que descansa as mãos em cada lado da sua cintura de forma suave, nada invasora.

Eles engatam num balançar lento de quadris, seus corpos automaticamente aderindo ao ritmo da canção. Jongin engole à seco ao constatar que seu "assediador" é de fato o par de olhos selvagens, e que seus traços são extremamente atraentes.

— Gosta do que vê? — sua fala inesperada faz com que o moreno arregalasse os olhos e se encolha por um momento, envergonhado por ser pego no flagra.

Mas que porra! O cara me encara feito maníaco, me agarra do nada e eu quem fico envergonhado ao ser pego olhando?! Pensa, irritado consigo mesmo

Tem o cenho franzido quando volta seu olhar para o estranho, mas a boca levemente carnuda e muito avermelhada rouba sua atenção por breve instantes.

O mais alto, percebendo o foco de seu olhar, passa a língua pelos lábios de forma lenta, o que inconscientemente leva Jongin a morder o seu próprio, então Sehun sorriu, exibindo seus dentes alinhados, trazendo a realidade de volta aos pensamentos do moreno menor.

— Quer sair daqui? — pergunta calmamente.

A surpresa pela questão é perceptível no semblante do menor, que por instantes não esboça nenhuma reação além das sobrancelhas erguidas e olhar fixo. As mãos afrouxam ao seu redor e ele dirige o olhar ao bar, tentando identificar seus amigos, mas com tantos corpos movimentando-se energicamente na pista é uma missão impossível, e percebe que tem de se livrar dessa sozinho. Ele encara o mais alto outra vez, e engolindo em seco, analisa a proposta do outro.

"Bom, casos de uma noite são extremamente comuns, certo? Todo mundo já teve um. E não é como se eu tivesse algo a perder. Faz mais de um mês que não transo, e não é como se as últimas fodas tenham sido de outro mundo..."  pensa, observando os traços do rosto alheio, que o encara apreensivo "Qualquer coisa eu vou pra casa, não é como se eu não pudesse socá-lo caso me obrigasse a algo."

— Quero. — diz, esperando não estar tomando uma má decisão.

O outro demonstra a felicidade em um amplo sorriso, e em seguida solta sua cintura, procurando por uma de suas mãos e então dá meia volta, puxando-o em direção da saída, entrelaçando seus dedos para não correr o risco de soltarem-se. Jongin gosta da sensação da palma quente contra a sua, e morde os lábios apreensivo enquanto desvia das pessoas e tente acompanhar o outro. Quando saem da multidão e adentram o corredor o mais alto para abruptamente, fazendo com que o moreno bata seu rosto contra as costas dele.

— Ai! — reclama, massageando seu nariz com a mão livre.

— Me desculpe. Não tinha a intenção de te machucar. — declara o maior, pressionando os lábios, descontente com o ocorrido. — Você precisa avisar alguém? — pergunta sério, e Jongin ergue as sobrancelhas, surpreso com preocupação alheia.

— Ahn, sim. Mas eu posso fazer isso através de uma mensagem. — dá de ombros, mas teme parecer ansioso demais para ir aonde quer que o outro deseja levá-lo.

Sehun acena e volta a puxar o moreno pelo caminho até a saída, onde despede-se do segurança com um tapa em seu ombro e atravessa a rua, e eles caminham uns cem metros até parar ao lado de um grande carro preto, que Kim não soube identificar já que não entendia nada de automóveis, e então ele retira as chaves do bolso traseiro, desativado o alarme e destravando as portas. Lançando um rápido olhar a Jongin, leva-o até a porta do passageiro, abrindo-a e deixando ele se acomodar no assento para enfim fechá-la. Ele dá a volta e adentra o veículo, pondo o cinto de segurança e esperando que faça o mesmo, logo dando a partida no carro.

— Prefere na sua casa ou na minha? — sua voz soa tranquila, como se perguntasse sobre o clima.

— Sua. — responde sem pestanejar.

"Nem a pau que levo um estranho pra uma foda de uma noite pra minha casa!" pensa convicto.

O outro nada diz e um silêncio ligeiramente incômodo se instala no carro.

"Ah, Deus. Será que 'tô fazendo merda? Eu não conheço o cara, não tenho a mínima idéia do que ele é capaz de fazer..." as dúvidas surgem enquanto digita uma mensagem para Chanyeol, o avisando que havia deixado a festa acompanhado e que lhe mandaria uma mensagem quando chegasse em casa. "Já pensou ele ser um sádico? Ou um maníaco? Meu Deus, e se for um assassino?".

— Qual o seu nome? — a voz alheia interrompe seus pensamentos, e ele não sabia se o tremor que percorreu seu corpo era causado pelo medo ou pelo timbre instigante do maior.

— Jongin. O seu?

— Sehun. — diz e espera qualquer reação, mas o menor permanece em silêncio.

Oh acelera, intrigado com o fato do moreno parecer não conhecê-lo, mas pensa que provavelmente é porque ainda não conseguiu ter uma clara visão de si, já que na boate só tinham luzes alternadas e a escuridão da noite não o ajudava muito.

— Idade? — Jongin quem questiona dessa vez, sentido a necessidade continuar falando para não sucumbir às suas paranóias.

— Vinte e quatro. Você? — responde de imediato, fazendo uma curva fechada.

— Vinte e três. — diz, e sente-se nervoso com a conversa, que mais soa como uma entrevista de emprego.

Poucos minutos se passam e Jongin começa a acreditar que tomou a decisão errada. "Cadê a selvageria dos olhares?" questiona-se. Mas quando abre a boca pra dizer algo, o moreno mais alto o interrompe.

— Chegamos. — ele diz ao desafivelar o cinto e espera os portões erguerem-se, buzinando em comprimento ao guarda na guarita.

Adentram a garagem do grandioso prédio e ao deixar o carro numa vaga do estacionamento do subsolo, Oh pula do carro, o travando assim que Jongin faz o mesmo. Ele espera o menor alcançá-lo e juntos seguem até o elevador, que devido horário tardio está parado ali mesmo. As portas se fecham e o moreno abraça o corpo, se sentindo desconfortável e meio arrependido, encarando um ponto qualquer na porta metálica do elevador.

Sehun encara o menor com a visão periférica, usando de todo seu controle para não saltar nele, a fim de não ter dificuldades para sair dali. Após poucos – mas agoniantes – minutos, as portas finalmente se abrem no décimo sétimo andar e ele sai apressado, pescando a chave única do bolso e abrindo a porta antes mesmo de Jongin o alcançar. Ele lança um olhar ansioso ao garoto, que lhe parece tenso enquanto caminha até ele e adentra sua casa. Depois de acender as luzes e fechar a porta atrás de si, com o cenho franzido encara o moreno, que tem os braços cruzados ao olhar ao redor.

— Você está bem, Jongin? — sua voz desperta o menor que o encara de imediato.

Surpresa e descrença ficam evidentes em seu semblante ao ver reconhecer a figura à sua frente.

— Eu, uh– Você… — tenta proferir, mas está perplexo demais para formular uma frase entendível.

— Presumo que me reconheceu. — diz Sehun, e o moreno concorda em um aceno.

— Você não era hétero? — as palavras fogem de sua boca antes que possa analisá-las, e sente-se constrangido ao perceber o semblante sério do outro — Quero dizer, você– uh, não estava namorando Sunyeon até pouco tempo? — questiona calmamente, tentando disfarçar a curiosidade.

Sehun solta um longo suspiro, sentindo resquícios de frustração o tomarem ao se lembrar de tudo o que passara com a mulher.

— Sim, eu estava. — comenta com má vontade. Não quer soar grosseiro ou destratá-lo de alguma forma, apenas desejava evitar aquele assunto que o trouxera dores de cabeça para uma vida, e o fazia até hoje. Retirou seus sapatos, encurvando-se para remover as meias. Encarou o menor. — Mas esta é realmente uma longa e complicada conversa que eu gostaria de não ter agora. — diz suavemente, porém a feição mostrava a seriedade de suas palavras.

Ele desafivela a cinta, jogando-a no sofá em seguida. Jongin acena positivamente, repreendendo-se mentalmente ao perceber que sente-se um pouco chateado pelo fato do outro não querer compartilhar a história consigo porque provavelmente nunca mais se encontrariam após essa noite.

"É apenas uma foda, criatura. 'Tá achando que o cara vai te pedir em casamento?" xingou-se, também retirando seus tênis e os colocando próximos à porta. "Ele pode ter quem quiser, mas já que estamos aqui, vamos fazer valer a pena." decide. Concentrando-se nesse detalhe, decide chutar a consciência para longe e receber de braços abertos tudo que o mais alto estivesse disposto a lhe dar.

— Você tem certeza disso? — Jongin questiona, querendo certificar-se de que ele realmente estava certo de querer relacionar-se com um homem.

De repente, aquele brilho selvagem que presenciara na boate voltava aos olhos felinos do maior.

— Oh, eu tenho sim. — confirmou com sorriso lascivo enquanto dava passos lentos e firmes na direção de Jongin, permitindo que a luxúria que invadiu seus sentidos desde que pusera os olhos sobre ele – enquanto esbanjava sensualidade naquela pista de dança – fosse aos poucos tomando posse de seu corpo outra vez. Parou em frente ao outro e num movimento rápido o ergueu nos braços, em passos grandes deixando a sala e o indo ao corredor ainda escuro, Jongin, por não saber como reagir, apenas deixou-se ser carregado, porém logo foi solto em frente a terceira e última porta daquele longo corredor. Sehun abriu-a e deu espaço para que entrasse, acendendo a luz em seguida e fechando-os ali dentro depois de entrar. — Um segundo, sim? — pediu, seguindo ao banheiro, na intenção de lavar as mãos antes de tocar no moreno de forma mais íntima.

Jongin nem se prestou a responder por que ele já sumia pela porta que supôs ser do banheiro. Ele voltou rapidamente, e sorriu ao ver Jongin calmamente caminhando pelo cômodo, parecendo curioso com cada detalhe que compunha o quarto. Parou a poucos passos dele, deixando-o analisar o quanto quisesse, e esperou até que seu olhar encontrasse pairasse sobre si.

— Posso te despir? — perguntou assim que ele chegou um pouco mais perto, parecendo acanhado.

Jongin arregalou os olhos com a pergunta inesperada, mas concordou após uma breve hesitação – afinal não haviam motivos para se fazer de rogado quando se estava no casa alheia só para transar –, relaxando os ombros e tentando aplacar a ansiedade a cada passo do maior para mais próximo de si. Quando a distância não passava de dois palmos, Sehun levou ambas as mãos ao cós da sua calça, o olhar preso ao seu. Abriu o botão e desceu o zíper, voltando ao cós e espalmando as mãos em sua pele, começou a baixá-la. Jongin sentia a respiração tornando-se irregular tanto pelo toque quente de suas palmas quanto pelo olhar sedento fixo no seu. Ele então abaixou-se para removê-la totalmente, quebrando o contato visual, mas logo pôs-se de pé novamente, se afastando para apreciar a visão do outro de regata branca e boxers vermelhas, o lábio sendo impiedosamente mordido em uma clara demonstração de que o corpo de Kim agradava aos seus olhos. Jongin sentiu as bochechas esquentarem, tanto pelo leve constrangimento quanto pelo desejo que começava preencher seus poros, e quando Sehun voltou a encará-lo, suas mãos ágeis foram de encontro a barra da regata levantando-a lentamente, as pontas dos dedos roçando em sua pele tão suavemente que sentiu leves cócegas, assim como arrepios. Quando os dedos chegaram próximos de sua axilas, levantou os braços e ele removeu a peça rapidamente, jogando-a no chão.

Jongin silenciosamente admirava a calma e o cuidado dele para consigo. Não estava habituado à isso. Quase sempre – na verdade não recordava-se de alguma vez que não tenha sido assim – os homens com quem dividia cama eram apressados e intensos – quase desesperados – para o desnudar e usufruir do seu corpo. Mas ele estava gostando da nova sensação, como se Sehun estivesse o venerando em silêncio. Gostava à ponto de não ter controle sobre a semi-ereção que tinha nas boxers.

— Você é… — sua voz soou admirada, e Jongin percebeu o tom mais grave do que anteriormente enquanto ele desceu os olhos por todo seu corpo uma última vez antes de olhá-lo nos olhos — Esplêndido. — falou, a feição séria mesmo com as bochechas coradas pelas excitação.

O moreno sentiu o peito aquecer de uma forma desconhecida ao mesmo tempo que seu membro enrijeceu-se mais, o corpo fervendo em antecipação. "Me beije. Me beije. Me beije" era o que implorava mentalmente enquanto encarava aqueles olhos que lhe prometiam o maior dos prazeres assim como pareciam devorá-lo. Ele pareceu entender seu anseio, pois levou ambas mãos ao seu rosto e gentilmente pressionou os lábios nos seus, ainda de olhos abertos, e permaneceu assim pelos segundos em que o selinho perdurou. Então ele afastou o rosto e encarou-o uma última vez antes de fechar os olhos e aproximar o rosto novamente, empurrando a língua com urgência entre seus lábios, e menor não hesitou em abri-los e deixar que o mais alto explorasse sua boca com afinco. Suas mão se firmaram na cintura do maior e este lhe sugou o lábio inferior, o puxando até deixá-lo escapar entre os dentes. Numa troca de olhares lascivos Jongin avançou, tomando os lábios do mais velho e enlaçando seu pescoço com os braços, precisando ficar na ponta dos pés para tal. Sehun rapidamente levou ambas mãos abaixo de sua bunda e o impulsionou, e não perdeu tempo ao passar suas pernas pelo quadril alheio. Aprofundaram o ósculo, as mãos do maior em sua nuca e coluna enquanto Jongin empenhava-va em roçar as ereções, arrancando murmúrios de ambos. Ao ouvir um gemido mais alto de Oh, não pôde conter o sorriso orgulhoso que surgiu em seu rosto, inevitavelmente interrompendo o beijo. Sehun semicerrou os olhos e enfiou as mãos por dentro da boxer alheia, quase esmagando a carne de suas nádegas entre os dedos e fazendo assim com que qualquer resquício de sorriso sumisse de seus lábios para dar espaço a uma expressão desejosa. Num ímpeto, inclinou-se e mordeu seu queixo marcado, encarando-o ao se afastar e lamber a mordida, para então descer beijos por sua garganta.

— Uhnnn. — gemeu enquanto sentia-o apertar cada vez mais sua bunda, e então direcionou os beijos abaixo da orelha alheia, soltando sua respiração quente contra o lóbulo e pescoço diversas vezes.

O maior investiu contra sua ereção de uma forma que fez todo ar de seus pulmões fugir, mas ao recuperar-se, separou os lábios e sugou o espacinho entre o ombro e pescoço com vontade, rebolando da forma que a posição o permitia.

— Ahn. — a exclamação solta ao pé de seu ouvido o fez com que todos seus pelos se eriçarem e automaticamente interromper o chupão.

Desenlaçou o pescoço de Sehun e apoiou as mãos em seus ombros, afastando-se até conseguir capturar seu olhar. Com um brilho desafiador no olhar, apoiou-se nos ombros do outro, pressionando a pélvis contra ele o máximo possível, e rebolou com vontade, a ação fazendo com que sua boca se abrisse involuntariamente e Sehun mordesse os lábios numa tentativa falha de impedir um grunhido de sair. Então num piscar de olhos Jongin jazia sobre o edredom claro que cobria a cama, seus olhos arregalados em surpresa pela ação repentina do outro, mas não conseguiu esboçar nenhuma reação além desta pois no segundo seguinte foi colocado de bruços, os braços estendidos ao lado do corpo enquanto suas boxers eram arrancadas e suas pernas afastadas. Ele prendeu a respiração ao sentir o pênis alheio roçar em sua coluna, mas respirou aliviado ao vê-lo apenas esticar o braço para pegar um dos travesseiros, e em seguida seu quadril era erguido e Sehun colocou o objeto sob seu corpo. Ajeitou-se de forma que sua ereção não incomodasse muito e dobrou os cotovelos, espalmando as mãos no nível do rosto. Procurava uma posição que não esmagasse sua bochecha ou nariz quando um gemido surpreso escapou de seus lábios. Sehun tinha agarrado-lhe as nádegas e lambido-o lá. Antes de compreender o que acontecia sentiu outra vez a quentura da língua e seu rosto caiu contra a cama, as mãos agarrando o edredom com força. Outra lambida e Jongin não pode conter-se.

— Ahhhhh. — gemeu lânguido, instintivamente empurrando-se contra a boca alheia.

Sehun sorriu, satisfeito com a reação do parceiro, excitado a ponto de doer, e depositou uma mordida na nádega esquerda, muito próximo à entrada do moreno. Jongin estava disperso nas sensações e nos próprios murmúrios quando sentiu-se ser puxado para a beirada da cama, seu pés de fora da mesma. Ergueu então o pescoço, curioso com o que ele faria a seguir, e percebeu que o maior estava ajoelhado no chão enquanto ajeitava os braços entre as suas pernas, e assim que as mãos quentes tocaram em si, afastando suas bandas, o olhar felino encontrou com o seu e ele inclinou o rosto, dando uma longa e molhada lambida ali, os olhos faiscando em sua direção.

— Porra! — exclamou num sussurro, e  não conseguiu evitar contrair-se lá embaixo.

Kim definitivamente amava beijo grego, mas foram poucas as vezes em que recebera um. Sempre pedia ao ex namorado, mas ele sempre torcia o nariz à ideia de pôr a boca lá. Na única vez que o convenceu a fazê-lo, a experiência havia sido decepcionante e desde então havia desistido da ideia.

Deixou-se cair novamente no edredom, sentindo a língua aveludada de Sehun o acariciar, e nem tentou reprimir os sons que se desprendiam de suas cordas vocais, gemendo manhoso toda vez que ele o sugava. Conforme relaxava, Sehun ia colocando cada vez mais pressão, passando a penetrar a ponta de sua língua com chupadas intercaladas. Os nós de seus dedos provavelmente estavam esbranquiçados devido a força com que apertava o edredom, e ele não podia fazer nada a respeito de rebolar ininterruptamente na cara do maior, que vez ou outra soltava um grunhido, excitado com a cena.

Os lábios desceram para seus testículos e seus olhos reviraram dentro das pálpebras ao que Sehun os chupava ao mesmo tempo que penetrava um dedo em si, encontrando resistência, mas não era doloroso por conta da saliva ali concentrada e do relaxamento de seu corpo. Após alguns minutos assim, com a atenção voltada para suas bolas, o maior pôs outro dedo, e então a dor tornou-se perceptível, mas respirou fundo e acalmou-se, sabendo que o desconforto logo daria lugar ao prazer. E estava certo, porque logo os movimentos de vaivém tornaram-se suportáveis e Sehun não não economizava nas lambidas, mordidas e apertões.

— Ah...Caralho. — sentiu-o curvar os dedos e pressionar de leve sua próstata, o que fez com que arqueasse as costas de imediato.

Aquilo estava sendo melhor do que muitas fodas que teve, constatou ao senti-lo voltar a rodear sua entrada com a língua, o ritmo de seus dedos aumentando consideravelmente.

— Puta merda! — exclamou Sehun, seus olhos nublados de luxúria e o membro pulsando ao vê-lo arremetendo-se contra seus dedos, a pele morena coberta por uma fina camada de suor, a boca carnuda entreaberta, por onde aqueles gemidos enlouquecedores escapavam fizeram com que cedesse ao descontrole.

Então não haviam dedos ou língua em seu corpo e Jongin resmungou descontente, mas ouviu alguma gaveta ser aberta e então o barulho de um embrulho plástico. Contraiu-se ansioso e esperou enquanto o outro vestia a camisinha, mais do que pronto para senti-lo em si, mas isso não aconteceu. Ao invés de penetrá-lo como Jongin queria, viu-o subir na cama enquanto tirava a única peça restante em seu corpo – não soube quando ele se desfez das outras – e escorou-se na cabeceira da mesma. Levantou o rosto, encarando-o confuso e curioso, e Sehun o encarou enquanto desenrolava a camisinha por seu membro.

— Vem cá. — seu comando gentil fez algo derreter-se em Jongin, que não teve outra opção a não ser apoiar-se nos braços e joelhos e engatinhar até estar com o rosto próximo ao do maior.

Ele desceu os olhos pelo corpo tatuado a sua frente, e salivou com a visão do pênis rosado apontando em sua direção. "Uma pena que esteja de camisinha" pensou enquanto encarava o membro mediano – que era masturbado lentamente pela mão do maior, esta coberta de lubrificante – lindo como nenhum outro que tinha já havia visto. Percebendo o caminho de seus pensamentos, Sehun segurou em seu queixo e o fez encará-lo.

— Você terá outras oportunidades pra isso. — disse, os olhos presos aos dedos que acariciavam boca entreaberta do moreno — Agora sente aqui, eu preciso ver seu rosto enquanto afundo em você. — pediu, e Jongin sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo.

"Deus, como é bom se sentir desejado" pensava enquanto erguia-se sobre os joelhos e colocava uma perna de cada lado do quadril do mais velho, em seguida apoiando-se em seus ombros. Sehun o guiou pela cintura até estar alinhado à sua entrada, e Kim não pensou antes de jogar o rosto pra frente e beijar-lhe de forma urgente e molhada, mordendo o lábio cheinho ao se afastar, e tomando uma última respiração, soltou seu peso sobre o maior, penetrando-se completamente. Sua boca abriu-se mas nenhum som saiu, ao passo que Sehun soltou um gemido gutural, esmagando sua cintura com as mãos. Ficou imóvel por alguns instantes, dando tempo ao seu corpo para se acostumar com a invasão repentina. Os dedos do maior subiram lentamente por suas costas, lhe acarinhando enquanto distribuía selares por seus ombros. Sorriu, apoiando-se nos ombros alheios para ergue-se outra vez, e sentando quando já havia tirado-o totalmente de si.

— Oh. — gemeu, totalmente entregue, e sentiu os braços de Sehun abraçarem seu corpo, colando-o a ele e então ele tomou o controle sobre as investidas, passando a estocá-lo com rapidez.

Passou a rebolar e impulsionar-se contra as investidas dele quando firmou seus braços ao redor do pescoço alheio, admirando o tom rosado que sua pele adquire pelos esforços do seu corpo. Os olhos felinos encontraram os seus, e não desviaram-se nem mesmo quando ele acertou sua próstata com força e o fez soltar um gemido esganiçado. Aqueles olhos pareciam o devorar, admirar, despir a alma... Jongin não sabia defini-los naquele momento, mas sentia que o que faziam era muito mais do que compartilhar uma transa. Sentiu seu corpo estremecer, pois Sehun estocava no mesmo lugar, pressionando seu ponto doce incansavelmente, fazendo seus dedos dos pés dobrarem e seus olhos rodarem nas órbitas, e não satisfeito com tudo que causava no menor, inclinou-se e lambeu seu pescoço, pondo uma mão entre os corpos para atiçar seu mamilo esquerdo, torcendo-o em seguida, lhe provocando uma sensação ainda maior de prazer.

— Você é muito gostoso. — sentiu-o sussurrar em sua orelha para então morder seu maxilar, as mãos descendo para sua bunda outra vez.

Jongin agarrou seus cabelos e moveu-se desesperado contra o pênis alheio, sentindo-se próximo do ápice, e Sehun entendeu, pois o suspendeu e meteu num ritmo frenético, grunhindo baixinho enquanto encarava o ponto de encontro de seus corpos. A boca do menor estava aberta, mas nenhum som saía por ela, então, quando seus olhos se fixaram nos de Sehun, o orgasmo o acometeu e um gemido longo e grave soou pelo ambiente, e viu seu gozo atingir o queixo do maior enquanto ele ainda arremetia contra si.

Deixou-se cair sobre o colo dele, e Sehun cessou os movimento, não querendo  o machucar. Jongin descansou a testa em seu ombro enquanto respirava profundamente. Sehun acariciava sua perna suavemente, e estranhou ele permanecer parado mesmo quando ainda sentia-o duro dentro de si. "Como alguém pode ser tão carinhoso com um desconhecido?" questionou-se. Ouviu o gemido estrangulado que ele tentou abafar quando se remexeu para ficar de frente para o maior. Encarou-o nos olhos, deslizando a mão desde seu umbigo até embrenhá-la nos fios úmidos da sua nuca, e então trouxe seu rosto para perto até seus lábios se roçaram, porém não beijou-o, encarou suas orbes negras e quando viu que era encarado de volta, contraiu-se o máximo que pôde ao redor do seu pênis.

Jongin observou de perto seus olhos reviraram e a boca abrir-se para liberar um gemido rouco e alto, sentindo-o diretamente na sua boca, sentindo as mãos grandes apertarem suas coxas. Quando o corpo dele relaxou contra o colchão, logo após o orgasmo, Jongin capturou seus lábios e o beijou, as línguas se enroscaram vagarosamente e era tão bom, tanto que Sehun o abraçou contra si, movendo os lábios nos seus lentamente, aproveitando cada segundo daquele beijo.

Suspendeu-o novamente, rompendo o beijo ao ouvir o resmungo dolorido do outro.

— Te machuquei? — perguntou preocupado, aproveitando o afastamento para livrar-se da camisinha, dando um nó na mesma e esticando o braço para colocá-la na lixeira em cima do criado mudo.

Jongin sorriu fechado, saindo de seu colo e pegando o travesseiro do meio da cama, o colocando ao lado de Sehun e deitando-se.

— Você fez um monte de coisas comigo, mas me machucar não foi uma delas. — sua voz apesar de cansada, expressava sua satisfação.

Sehun então escorregou pelo edredom até estar deitado de frente para o Kim, que o encarava com a expressão serena.

— Foi a melhor decisão da minha vida. — admitiu Sehun após poucos minutos, os olhos fechados, entregue aos toques dos dedos de Jongin em sua face.

— Qual?

— Abrir minha mente para a verdade que eu vinha negando à mim mesmo. — riu ao citar a música, abrindo os olhos e deparando-se com a feição intrigada do menor. — O fato de eu gostar de homens. — explicou, fazendo Kim erguer as sobrancelhas e acenar em compreensão; mas em seguida o menor ficou tenso e ele sentiu preocupação inundar seu corpo — O que houve? — questionou, temendo ele ter se arrependido do que fizeram.

— Você... Uh– Você já...Já havia... — Jongin odiou-se por não conseguir se expressar, e sentiu o calor do constrangimento alcançar suas bochechas, mas graças ao céus Sehun pareceu entender o que queria dizer, e um pequeno alívio fez-se presente em ambos.

— Não. — respondeu tranquilo, fazendo Jongin morder o lábio, apreensivo — E honestamente, eu não quero transar com outro. — revelou.

Jongin encarou-o por alguns instantes, percebendo que mesmo com a postura relaxada, ele não estava brincando, falava sério. E dentre tantos pensamentos e sensações dentro de si – como o fato de ter saído de um relacionamento a poucas semanas e o outro ser uma figura famosa –, ele confiou nas borboletas que voavam por seu estômago desesperadamente, abrindo um sorriso cheio de dentes que fez com que seus olhos se comprimisse e ruguinhas aparecessem, inevitavelmente levando Sehun a sorrir também .

Então aproximou-se até tocar o nariz contra a pele do pescoço alheio, esfregando-o ali e inalando seu cheiro, rindo quando ele encolheu-se, arrepiado. Passou o braço por seu tronco e o abraçou de lado, ajeitando a cabeça sobre o braço estendido de Sehun. Mordeu o peito dele, levando um tapa fraco nas costas, e se aproximando outra vez do ouvido alheio, sussurrou:

— Eu também não.

  


Notas Finais




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