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História Desolation the vampire - 14


Escrita por: MisaMisaFanfiction

Notas do Autor


Boa leitura o/

Capítulo 14 - 14


Fanfic / Fanfiction Desolation the vampire - 14

Meus olhos se abriram assustados, o barulho da chuva parecia mais intenso e os trovões estremeciam as apertadas paredes da cela fria. Onde ele estava?Me levantei rapidamente me recompondo,as únicas pistas de que um dia estivera ali era a sua camisa,levando em conta que a minha ele fez questão de rasgar eu a vesti.

 

—Naruto?                                                     

Peguei as minhas coisas apressada. Ao tentar sair tive uma grande surpresa, quem sabe a pior e mais odiosa surpresa da minha vida, eu estava trancada. Chacoalhei as grades forçado a porta:

—Naruto!— Gritei tentando sair—Seu filho da...

Chutei as grades sem sucesso, ele não podia ter me deixado pra trás, não podia. Senti vontade de chorar e espernear. Era isso aí, eu tinha feito da minha vida uma grande merda, confiando em um vampiro que me deixou pra trás, também o que eu queria passando mais tempo transando do que fugindo?! Não demoraria pra que alguém desse a minha falta, ou mesmo a dele, não sei que desculpa esfarrapada eu daria. O que eu diria? Diria que ele me seduziu e depois caiu fora? Era ridículo!

 

Me encostei na parede de onde havia uma grande infiltração.Me levantei no mesmo instante quando ouvi passos descendo as escadas,não sabia se ficava feliz com a possibilidade de ser ele ou tensa de poder ser qualquer um.Qual foi o meu desespero de ver os olhos amendoados de Tenten,meu sangue congelou.

—Como você pode? — Estava furiosa, seus olhos lacrimejantes denunciavam que alguma coisa tinha acontecido.

—Tenten, eu...

Fui interrompida quando ela arrancou o cadeado e adentrou a cela me segurando pelo braço, começou a me arrastar para fora me obrigando a subir as escadas.

—Você acabou com todos nós!Está feliz agora?! — Ela me odiava como sabia que o resto das pessoas daquele lugar também me odiaria, embora pudesse parecer egoísta eu não me arrependia, a única coisa da qual eu voltaria atrás era ter baixado a guarda.

—Tenten eu sei que eu não devia ter feito isso, mas você precisa me escutar, por favor...

Tenten estava ofegante e chorosa, secou algumas lágrimas antes que pudessem denunciá-la. Subimos as escadas enquanto eu continuava sendo arrastada corredores a fora,seus passos eram pesados e apressados,a nossa frente três sombras,e uma delas estava de costas para nós,a outra pude perceber de pronto ser Neji,sério e melancólico,mas o que me assustou foi a que estava estirada ao chão.O que era aquilo? Era um corpo, era... Shikamaru?

 

O corpo estava banhado em sangue, e quando um trovão estourou do lado de fora da janela iluminando o corredor por alguns instantes, pude ver o buraco enorme que atravessava seu peito, e veias azuis que contornavam seu pescoço até a direção dos olhos, abertos e vazios. O ar me faltou nos pulmões, eu não queria que nada aquilo acontecesse, eu... As lágrimas vieram abundantes.

—Shikamaru... —Tenten me lançou de joelhos sobre o corpo, fazendo que eu tocasse sua pele fria e sem vida, pude sentir o sangue sobre meus dedos. —Não! Shikamaru...

—Acha que adianta chorar agora? — Temari se virou para mim, seus olhos inchados e vermelhos. Tremia de ódio enquanto fitava a responsável por toda aquela desgraça, eu. —Eu devia arrancar a sua cabeça! — Esbravejou me olhando nos olhos — Depois de tudo que fizemos por você, é assim que nos agradece?! Você é um demônio e não é tão diferente de quem fez isso! Você já ta morta, espero que sua última transa tenha valido a pena!

 

Temari avançou sobre mim de forma mortífera, não tive tempo de reagir ou mesmo de pensar, talvez eu merecesse aquilo, Shikamaru estava morto e tudo por minha culpa, eu o matei! Como ele pode fazer aquilo?O Naruto que eu conheci já não existia mais. Pude sentir as unhas de Temari rasgando a minha garganta, pouco tempo depois por uma ultima vez vi seus olhos vingativos. Neji e Tenten assistiam sem nenhuma consideração, não esperei mesmo que interferissem, mas senti vontade de me despedir do Sasori e até mesmo do Sasuke, agradecer e pedir desculpas.Eu sentia muito.

 

Me debati por falta de ar.Temari abriu a janela e o vento frio se chocou contra o meu corpo,como mil agulhas entrando em minha pele.Me ergueu,e mordendo o meu pescoço de maneira animalesca me lançou para fora.

 

Essa coisa de que um filme passa por sua cabeça quando está prestes a morrer... Eu não sei, é tudo fantasia. Mas pude sentir meu corpo em queda, ele parecia anestesiado e a dor já não importava mais. No fim de tudo Jaqueline e eu não iríamos mesmo conseguir aquilo que tanto queríamos, pelo menos vou poder rir na cara dela quando tudo acabar.

 

Um reflexo surgiu abaixo de mim, rápido e forte me amparou com segurança, sua pele era quente e aconchegante, protetor de todas as formas possíveis. Eu sorri ao ver os seus olhos orientais e azulados novamente, embora nunca tivesse visto aquela expressão antes em seu rosto. Seus cabelos âmbar levemente umedecidos cintilavam sobre o contorno fino e delicado de seu rosto. Sua pele estava ainda mais reluzente do que eu me lembrava. Me envolveu em seus braços,segurando minha cabeça apoiou meu queixo sobre seu ombro,me abracei a ele de modo instintivo fechando meus olhos sobre a curva de seu pescoço,sua respiração estava acelerada.Ele levantou seus olhos para cima,encarando a figura feminina que nos olhava desafiadora:

 

—Vou arrancar o seu coração... Como arranquei o do seu namoradinho...

Sua voz soou estranha aos meus ouvidos, grave e misteriosa, porem ainda ameaçadora. Tremi ao ouvir suas palavras. Me senti sendo carregada para longe do prédio em direção ao portão.Estava protegida,onde ninguém poderia me fazer mal algum.A paisagem fora dos muros era diferente do que eu imaginava,estávamos cercados de pastos,numa densa fazenda que parecia se estender por quilômetros,logo a frente um Gran Torino vermelho a nossa espera.

Ele abri o lado do passageiro me colocando cuidadosamente sobre o banco do carro, me escondendo da chuva. Rapidamente mordeu seu próprio pulso e o ofereceu para mim, situações como aquela já estavam se tornando rotineiras, eu aceitei. Seu rosto continuava indiferente, como se o que houvesse acontecido entre nós não tivesse significado nada.

—Não queremos que Jaqueline tenha cicatrizes que a lembrem de uma vida que não era dela queremos? — Passou a mão em meus cabelos, pude perceber um leve mais perceptível sotaque britânico.

—O que? — foi à única coisa que eu consegui balbuciar, ele girou os olhos entre as orbitas fechando a porta do carro. Zei... Então era isso?Fui salva para morrer num ritual?Me encolhi o máximo que podia no banco do carro.Quando ele voltou eu estremeci.Foi tão fácil assim matar o Shikamaru?Eu me pergunto quantas pessoas ele já matou com essa personalidade doentia, preferia morrer nas mãos de Temari a deixar que Jaqueline tomasse o meu corpo. — Me deixa sair!

Empurrei a porta do carro, e suas mãos me seguraram firmes se fechando sobre meu pulso, se dobrou sobre mim fechando a porta novamente. Suas feições já não eram as mesmas, as linhas suaves de seu rosto deram lugar a um aspecto frio e assassino.

—Se fizer isso de novo, eu vou quebrar a sua espinha.

—E perder a chance de ver Jaqueline de novo?— O desafiei, talvez fosse o único trunfo que eu teria para que não me machucasse. Ele sorriu segurando o meu queixo.

—Ah Cher... — Pareceu lamentar de forma dissimulada — Não se preocupe com Jaqueline, tenho sangue de vampiro o suficiente pra podermos fazer isso à noite toda.

—Pra onde está me levando?

—Se não quiser ir no porta malas é melhor ficar quieta.— Me deu o ultimo aviso antes de começarmos a nos distanciar da instituição.Não acredito que apostei todas as minhas fixas numa cura que não viria,Zei e Naruto eram a mesma pessoa,tentando bloquear a influencia humana e vampira que os atormentava.Coisas que o lembravam a Jaqueline trouxeram Zei,eu o trouxe! Mas que lembranças humanas poderiam trazer Naruto de volta? Encostei minha cabeça no vidro do carro, vendo a paisagem escurecida do lado de fora, os raios pareciam ainda mais próximos, sendo camufladas por nuvens densas e arroxeadas que cobriam o céu. Eu quis chorar, virei ainda mais meu rosto para que Zei não tivesse o gostinho de me ver daquele jeito. Limpei as lagrimas que corriam em meu rosto. Os cenários mudavam constantemente durante horas de viagem, não me lembro de ter adormecido. Passamos por pequenas cidades que mais pareciam ser fantasmas, sem nenhuma alma se quer. A chuva havia cessado quando chegamos numa pacata cidade de rostos desconfiados. Na sua entrada dizia “Bem vindo a Kettering”.

 

—Estamos em Ohio? — Eu estremeci com a possibilidade de que ele soubesse da ancestral de Janeth, a bruxa. Ele se virou para mim com um sorriso sínico. Ignorou minha pergunta enquanto seguia cidade adentro. Passamos por casas coloniais e bem-feitas, de épocas distantes. Será que ele sentia falta do que viveu há anos atrás, quando era apenas um humano normal?Se ele não sentisse falta disso talvez não sentisse falta de mais nada na sua vida, olhei para ele sereno e calmo como uma perfeita escultura. Pensamentos invadem a minha cabeça. Porque ele não tinha cicatrizes? Seria impossível alguém em toda sua vida nunca ter se machucado ou mesmo ter uma marca de nascença no mínimo?

 

Ele manobrou o carro para uma estrada estreita e longa, pinheiros cercavam toda a propriedade. O corredor se abriu num perfeito circulo de plantas e salgueiros,um portão em formato de lanças para cima enferrujado estava aberto, e um lago azul surgiu em minha visão, era esplêndido. Um casarão se concentrava perto das águas cristalinas, sua entrada principal era sustentada por duas colunas de arquitetura romana, e uma escadaria levava a algum tipo de salão festivo, a grama verde era abafada por algumas pedras diagonais no chão, formando uma pequena passarela que levava a alguns bancos bem distribuídos aqui e ali, debaixo dos salgueiros maiores. Uma estatua de um anjo negro se concentrava bem ao meio, com uma harpa estava coberto de musgos e ramagens. Rosas vermelhas cercavam o casarão como se a protegessem com os seus espinhos. Pelo menos eu morreria num lugar bonito.

 

—Vamos — Abriu a porta do carro me pegando pelo braço com violência.

—Que lugar é esse? — Eu tentei acompanhar os seus passos enquanto me levava na direção da grande escadaria, subimos os degraus apressados parando frente à porta principal, de um tom branco envelhecido possuía pequenas elevações no formato de rosáceas.

 

A porta se abriu, e uma mulher de aparência cansada e de olheiras profundas apareceu,estava uniformizada e tinha mãos nodosas, sorriu ao nos ver, os cabelos estavam presos num coque bem arrumado, o que me fez sugerir ser uma simples empregada:

—Senhora Haruno, como foi de viagem? — Meus olhos ficaram espantados. A mulher parecia mesmo me conhecer, deu passagem para que entrássemos. O salão gigantesco me impressionou de inicio, livre de muitos móveis dispunha apenas de cortinas brancas e algum conjunto de sofás e poltronas, próximo a parede esculturas, quadros e um lustre de cristal pendurado acima de nossas cabeças, uma escada única levava para um piso superior que se repartia em duas direções contrarias. O tapete de cor vinho cobria quase todo o chão com alguns desenhos dourados no centro, escondendo o piso lustroso e muito bem limpo. —Espero que não tenha sido muito cansativa. Quer que eu prepare o seu banho?

 

—Onde eu estou?! — Me desfiz dos braços que me prendiam puxando-os de volta para o meu corpo. A mulher parecia confusa, enquanto isso Naruto caminhou e sentou-se relaxadamente em um dos sofás, apoiando os pés sobre uma mesinha no centro.

—É a sua casa Senhorita — Justificou a empregada como se achasse estranha a minha pergunta.

—Não, essa não é a minha casa, quem é você?! — O que significava aquilo tudo? Naruto estava agora deitado,com um dos braços sobre os olhos como se a claridade o incomodasse,parecia estar à vontade.

—Senhorita...

—Shizune querida — A voz soou doce e sensual — porque não prepara algo pra senhorita Haruno?Acho que ela está um pouco cansada da viagem...

A mulher sorriu satisfeita, parecia encantada em ouvi-lo falar, desaparecendo numa das portas ao lado da escada.

—O que eu estou fazendo aqui?

—Tem sorte de eu ser muito hospedeiro ou colocaria você com os corpos no porão. — um sorriso provocativo surgiu em seus lábios, senti vontade de avançar contra a sua garganta. Me dei conta das suas palavras,havia corpos no porão?Provavelmente os dos donos da casa, isso justificaria sua ausência na cela logo quando acordei, o maldito estava fazendo vitimas e procurando um lugar para se esconder. Senti um aperto em meu peito, há quanto tempo Zei havia voltado? Será que estava mentindo quando se declarou?

 

—Há quanto tempo voltou? — Me aproximei cautelosa, vendo o sorriso desaparecer em uma expressão misteriosa, parecia sentir minha presença. Sobre a mesinha de centro um pequeno jarro de flores, talvez pudesse golpeá-lo e fugir pela porta.

—Que pergunta capciosa mon visage. Quer saber se fui eu quem dormiu com você?— pude sentir malicia em suas palavras, mas em todo caso ele estava certo, talvez fosse mesmo isso que eu quisesse saber. Apanhei o Jarro em minhas mãos.

 

—Se pensa que é isso que eu queira saber. — Me preparei para golpeá-lo, olhei de relance para a porta entreaberta, ia ser uma corrida só.

 

—Pode ser que sim, pode ser que não... Vai depender dessa sua mente devassa, e tenho certeza de que não pretende me acertar com isso, ou eu vou ser obrigado a  quebrar o seu braço;

 

Me paralisei com o objeto no ar.Tremi em pensar que nada escapava de sua percepção,mas de qualquer modo eu arrisquei.Joguei o objeto contra a sua cabeça e não esperei para ver o resultado,parti para a saída o mais rápido que pude.Descia as escadas sem nem mesmo olhar para trás,se eu pudesse chegar até o carro quem sabe eu teria uma chance,podia pedir ajuda na cidade e ele não se revelaria no meio de tantas pessoas.

 

Meus pés se petrificaram e meu corpo perdeu o equilíbrio quando ele surgiu a minha frente, tentei voltar para trás quando meu braço foi puxado com força e brutalidade. Eu gritei com a dor enquanto ele resmungava, estava novamente molhado.

—Me larga!

—Eu salvei a sua vida!Mulherzinha mais estúpida. Acha que eu não a machucaria por se parecer com Jaqueline?Eu matei Jaqueline, não duvide que eu mate você também. — Me jogou contra o chão — Shizune! — Gritou.

A mulher apareceu na porta correndo em meu auxilio, toquei o braço doído.

—Senhorita o que houve? —Shizune me ajudou a me levantar, parecia realmente preocupada, me agarrei em seus braços numa tentativa de pedir ajuda.

—Shizune ele vai me matar!Você precisa me ajudar! — A mulher me olhou confusa antes de rir de maneira incrédula e dar leves batidos em meu short retirando a poeira. Naruto seguiu para dentro, com certeza pensava que eu não tentaria mais nada, estava certo eu não tentaria.

—Senhorita... — Shizune pareceu me repreender — Não pode culpar o senhor Uzumaki pela sua falta de equilíbrio, sabemos como é desastrada, desde que chegou a essa casa vive esbarrando nas coisas.

Olhei para Shizune desacreditada, o que tinha acontecido?Nunca a vi em toda minha vida e mesmo assim me tratava como se tivesse me visto nascer.

—Ta hipnotizada? — Olhei para os seus olhos buscando alguma evidencia, não havia nada, mas eu tinha certeza das minhas suspeitas, não sabia que ele podia fazer algo assim.

—Por favor, senhorita — Me empurrava para dentro do casarão — Não invente coisas, vou começar a achar que está louca e que essa viagem não fez bem pra senhorita.

Me virei para ela segurando nos seus ombros:

—De onde me conhece?

Ela suspirou, era tão convincente o modo como agia, a intimidade com que me tratava e a fidelidade que tinha pelo Naruto, Naruto... Nem sei se devia chamá-lo assim.

—Você nasceu aqui mesmo, sua família é muito conhecida, foi miss Kettering por dois anos seguidos e é casada com o senhor Uzumaki há um ano e meio, o que há com a senhorita?Amanhã todas as famílias mais importantes de Kettering vão estar aqui num baile comemorando a sua volta.

—Shizune, olha pra mim— Segurei o seu rosto— Eu não te conheço e você não me conhece, o que foi que ele fez com você?

— Senhorita, está me assustando... — Ela não ia se lembrar, ou melhor, se lembrava de coisas que nunca existiram. O que ele estava tramando?O que iria querer num baile com milhares de desconhecidos? Algo não estava me cheirando bem. Ele caminhava tranquilamente, subiu as escadas como se fizesse aquilo todos os dias. O que Zei pretendia na pequena cidade de Kettering?

 

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Novos personagens ,novas aventuras, drama e muita ação.Quem será os novos personagens dessa trama? (num vou falar,Num vou Falar LOL) brincadeira gente no próximo capitulo eu vou mostrar sim.
o que eu estava ouvindo? Na boa gente preciso de orientação musical T.T sem musica não consigo me inspirar.Aceito sugestões amo vocês :3


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