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História Desolation the vampire - 34


Escrita por: MisaMisaFanfiction

Notas do Autor


Boa leitura o/

Capítulo 34 - 34


Fanfic / Fanfiction Desolation the vampire - 34

Pode ser ridículo o que vou dizer mas, você já sacrificou tanto por alguém até que tudo o de mais importante em você acaba, e não tem mais nada a oferecer?

Sentei-me na cama refletindo sobre tudo o que eu havia passado desde que conheci essa vida absurda de coisas sobrenaturais. Eu estava cansada e precisava...Sei lá, ter um tempo pra mim, tempo pra saber se amar alguém vale mesmo a pena, e quem sabe dar um tempo também a pessoa amada pra saber se quer continuar com todo esse sofrimento.

Me levantei decidida a resolver tudo aquilo de uma vez por todas, me olhei mais uma vez no espelho e instintivamente toquei meu rosto pálido e frio, escondido por uma máscara tão negra quanto o que eu estava sentindo no momento. Qual a minha surpresa ao ver refletido atrás de mim a imagem do Uchiha, parado com as mãos nos bolsos de um smoking bem cortado, os cabelos desalinhados molduraram o rosto aristocrático, me virei no mesmo instante, apoiando minhas mãos sobre a cadeira estofada frente a penteadeira:

—Achei que podia precisar disso — Me levantou uma bolsa de sangue para depois me sorrir de canto, sedutor. Pensando bem, estava tão misterioso quanto o dia em que nos conhecemos, e menos ameaçador também — Está tudo bem?

— Está — Me apressei em responder já que sua pergunta me soara preocupada — Já está na hora de irmos? — Estendi a mão para receber o sangue.

— Sasori já foi a um tempo, queria se certificar de que era seguro pra você.

Balancei a cabeça positivamente. Rasguei o pacote em minhas mãos e comecei a beber lentamente, era rejuvenescedor sentir o liquido descendo por minha garganta. Queria saber onde o nosso querido original também estava, mas não me atrevia a perguntar, me mantive encarando o Sasuke durante alguns segundos:

— Ele foi buscar Jaqueline — Se adiantou, parecia ler meus pensamentos e isso sim me intimidava.

—Ela precisa mesmo ir? — Terminei o sangue.

—Vamos aproximá-la de Gaara pra não levantar suspeitas.

Concordei mais uma vez, não estava nervosa por ter um assassino sanguinário querendo me matar, mas estava nervosa em ver a mulher que queria tomar o meu corpo. As batidas na porta e Shizune se anunciando logo me despertaram:

— Senhorita o carro já está pronto.

Me virei sorrindo para o Uchiha, pelo que parecia ele seriam meu acompanhante:

— Vamos? — Sugeri, ele se aproximou e segurou minhas mãos entre as suas — Espera, onde está sua máscara?

Sasuke retirou de um de seus bolsos de modo gracioso sua máscara veneziana, branca e sem nenhum tipo de adornos cobria-lhe apenas ao redor dos olhos, acrescentando-lhe mais mistério do que era necessário, ao senti-lo tocar minha cintura levemente sobre o tecido do vestido, eu estremeci. Mas em todo caso me mantive calada durante todo o trajeto até o Teatro principal de Kettering.

Realmente era uma estrutura magnifica ao anoitecer, as gigantescas colunas romanas sustentavam a enorme fachada do teatro. A orquestra podia ser ouvida a quase dois quarteirões e isso denunciava a grandeza do evento. As portas estavam abertas no final da escadaria, denunciando os casais que se dispersavam aqui e ali, mascaras e vestidos de gala circulavam livremente entre o salão e o imenso jardim lateral. Me senti dentro de um filme de época. Pude sentir Sasuke apertar levemente meu cotovelo para me despertar da hipnose. Pigarreei desconcertada antes de aceitar a oferta de seguir com ele para dentro do salão.

Olhos curiosos miraram em nossa direção, não que eu já não esperasse por isso, mas tinha a inocência de pensar que entraria sem ser notada:

— Vou procurar pelo Sasori. Se importa de ficar sozinha por um minuto?

Sim.

—Não. E não vou ficar sozinha — Infelizmente apontei para a cabeleira ruiva de Karin vindo em nossa direção, dentro de um vestido tão vermelho quando seus cabelos, era impossível não percebe-la dentro daquilo, talvez para ela fosse mesmo essa a intenção.

—Volto já. — Sasuke se despediu antes que a anfitriã pudesse cumprimenta-lo, que esperteza a dele, se eu fosse tão inteligente quanto teria fingido não tê-la visto:

— Não está magnifico?! — Karin se pôs ao meu lado, se abanando com um leque para logo me olhar de cima em baixo. “Seja gentil Sakura, de nada adiantaria arrancar a cabeça dela em público”. Na verdade adiantaria, mas não queria sujar o chão.

— Magnifico — Repeti sem muito entusiasmo;

—Ah querida, eu reparei e é uma pena que não tenha acompanhante — Se fez de compadecida — Eu sei que o seu marido e muito ocupado mas podia ter feito essa gentileza, de qualquer forma sei que vai achar alguma de suas amigas por aqui.

Pensando bem, o vestido dela era vermelho ninguém ia reparar se a artéria carótida dela começasse a jorrar sangue. Fechei os olhos contando números, funcionava com o Sora, podia funcionar comigo. Pensando bem... Acho que não.

Estava prestes a arrancar a espinha de Karin quando sinto um toque gélido atravessar o tecido da luva, segurando minha mão impedindo meu movimento, as mãos pálidas pareciam ferros presos ao redor de meu pulso:

—Querida, por onde andou? Eu estava te procurando — A voz do Uzumaki soou carinhosa e falsa ao mesmo tempo. Demonstrando um sorriso escondido sobre a máscara pantalone, era satírico e assustador. Porem pude reconhece-lo pela estrutura de seu corpo esguio, o Smoking a rigor parecia ter sido feito em seu corpo, de corte fino moldava perfeitamente sua silhueta.

Os olhos Azulados era uma das poucas coisas que seu rosto exibia, juntamente com seus lábios finos que se mantinham discretos sobre a sombra da máscara.

Engoli nervosamente a seco me libertando de suas mãos, essas ele tratou logo de esconder dentro dos bolsos, projetando seus ombros levemente para frente, enquanto sua cabeça se curvou para o lado.

— Ora, ora. Não é que você veio? — Karin se mostrou animada tratando de enlaçar os braços do homem a sua frente — Achei que não veria você por aqui.

Ele simplesmente lhe sorriu de canto, porem seus olhos continuavam sobre mim, eu devia estar aliviada por ele ter aparecido e me impedido de cometer uma besteira bem a tempo, mas agora o que eu queria era cometer a mesma besteira contra ele. Que direito ele tinha de sair daquele jeito batendo a porta para depois me voltar com aquele sorriso?! Nenhum! Nenhum direito!

Minha cabeça estava um mar de confusões, se embaralhando mais ainda quando ele se aproximou enlaçando minha cintura, levantou sutilmente sua máscara pressionando seus lábios contra minha bochecha, senti sua estrutura se curvar sobre mim:

— Foi um prazer ver você Karin — Se despediu me levando com ele pelo pulso, apressei meus passos para não parecer estar sendo arrastada para fora do salão. Rodeamos toda a estrutura do teatro chegando a uma passarela arborizada no jardim, Senti meu corpo ser posto contra uma das colunas de pedra. Ele pareceu frustrado e ao mesmo tempo tentava se controlar, levou as mãos massageando as têmporas como se doesse:

— O que ia fazer? — Perguntou autoritário colocando uma de suas mãos ao lado de minha cabeça — Iria arrancar a cabeça dela na frente da cidade inteira?!

— Eu não sei o que houve comigo! Ela ficou me provocando e eu... — Tentei buscar palavras para explicar que tinha perdido o controle — Eu não consegui me controlar!

— Gaara via cada movimento seu em um camarote encima de nossas cabeças! Devia não chamar a atenção.

—Não estava tentando chamar a atenção.

— Você ia matar a anfitriã da festa!

—Arrancar uma costela, e ela merecia!

Ele me estreitou os olhos azulados de modo ameaçador:

— Fique por perto... — Disse entredentes.

Caminhou na frente de modo grosseiro me deixando para trás, estava irritado aponto de parecer estúpido e arrogante. Tentei acompanhá-lo quando o vi ser interceptado por Sasori próximo a entrada, mesmo estando tão próxima não pude ouvir o que conversavam, sussurravam cautelosamente, e assim que me acheguei aos dois a conversa acabou. Mal pude reconhecer o Akasuna elegantemente vestido, com suas cabeleiras ruivas penteadas para trás, se escondendo atrás de uma máscara de bobo da corte:

— Aconteceu alguma coisa? — Quis saber preocupada. Sasori me encarou não disfarçando seu olhar sobre mim, não que tentasse esconder alguma coisa, mas fazia isso de um modo tão descarado que qualquer um que passasse por ali perceberia. Naruto encarou o chão com as mãos na cintura, mordendo os lábios inferiores. Seu desconforto foi quase tão visível quanto a atitude do Akasuna.

—Jaqueline está lá dentro, tente não... — Me olhou por um segundo — Tente não estragar tudo.

Disse antes de parti para dentro da multidão que se concentrava no salão, me deixando sozinha com Sasori do lado de fora:

—Vou dar uma volta — Informou o ruivo de modo nervoso.

 

Adentrei o salão intimidada pelo olhar de Gaara sobre mim, teria sido melhor se eu não soubesse. Seus olhos esverdeados como lodo brilharam num âmbar misterioso quando percebeu que eu o encarava, e um sorriso sínico brotou em seus lábios, e de maneira sórdida me ergueu a taça de champanhe, como se brindássemos.

Olhei em volta à procura do Sasuke, os minutos que ele havia pedido estava demorando mais que o necessário. Senti meu cotovelo ser pressionado levemente:

— Senhorita...?

Me virei para o rapaz que me sorriu vacilante e um pouco sem jeito, não acreditava no que meus olhos estavam vendo, o sorriso em meu rosto foi incontrolável:

— Kiba?! — Eu sei o que vão dizer: - um simples empregado. Mas o que eu via era um humano, alguém livre de toda aquela loucura de vampiros e lobisomens, de alguma forma seu sorriso singelo me contagiava. Kiba trazia nas mãos uma bandeja repleta de aperitivos bem decorados, queria vê-lo em outra ocasião que não fosse arriscando sua vida com eletricidade ou servindo mesas — Eu ia perguntar o que faz aqui mas...

— Não tem problema Sakura — Me sorriu de canto, me olhou por alguns instantes até perceber que estávamos sem assunto — Ah! Desculpe, eu ia me esquecendo. O senhor do camarote lhe mandou isso.

Kiba retirou do seu uniforme uma caixa aveludada, negra e cumprida, o que denunciava ser algum tipo de joia. O que Gaara estava pretendendo?

Levantei meus olhos para encontrar os dele. Receber ou não a caixa era minha dúvida naquele momento, mas de qualquer maneira eu a aceitei, e estava disposta a descobrir o que aquilo significava, uma hora me ameaçava e outra me dava presentes?

— Obrigada Kiba.

Me apressei até as escadarias que levavam ao piso superior, levantei o vestido para não tropeçar nos degraus andando o mais rápido possível, já podia ouvir as vozes vindo dos camarotes, Gaara não estava sozinho, e quando cheguei aquele lugar escuro e frio pude perceber os olhares estranhos que acompanhavam os de Sabaku:

Gaara se levantou sorridente, puramente malicioso, como se estivesse ansioso por minha visita, nada se parecia com alguém sanguinário que queria arrancar meu fígado, estava simplesmente calmo e tranquilo:

— Que bom que chegou. Gostou do presente?

Olhei a minha volta, desconfiada. Estava sendo observada por um homem sério de cabelos cumpridos, sentado sobre uma poltrona confortavelmente, tamborilando sobre o braço do móvel com seus dedos pálidos e cumpridos, exibia anéis em cada um deles:

— Ela é mesmo a cara de Jaqueline — Pronunciou o tal homem se levantando — Me chamo Itachi Uchiha. É um prazer finalmente conhecê-la.

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Jaqueline sentia-se mais do que a vontade naquele ambiente que conhecia bem, na verdade o único que conhecia a 500 anos. Máscaras, orquestras e luzes, o mundo virou mesmo uma porcaria depois daquele tempo:

— Porque não está com a sua adorada hospedeira? — Provocou ao homem mascarado parado ao seu lado, esse levava a taça de vinho vagarosamente a boca, de modo preguiçoso se virou para ela — Entendi, estão passando por uma crise — Riu de modo provocante e sedutor jogando os longos cabelos negros para trás de seus ombros — Não tínhamos isso no nosso tempo querido.

— Não tínhamos nada no nosso tempo — Sorriu apático e desfez o mesmo sorriso rapidamente.

— Já falou a ela sobre o seu desejo de ser humano outra vez? — Olhou para o loiro de modo provocativo, circulando a boca de sua própria taça com a ponta dos dedos — Tenho certeza de que ela adorou a ideia — Debochou.

— Porque não me faz um favor e se apresenta ao Gaara?

— Está querendo me matar?

— Acredite em mim, corre risco de vida ficando aqui, e me enchendo a paciência.

Jaqueline arfou irritada:

— Eu vou me apresentar sim.

Deu as costas determinada, desfilando como uma verdadeira duquesa, olhando a todos de nariz empinado, enchendo o peito de ar para mostrar superioridade. Não iria ser carta fora do baralho, e mesmo que a lua se tornasse sangue, teria tudo o que havia perdido...

 

 

 

                                                                       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Mais um cap pra vc's ^^ espero que tenham gostado,vem aí mt's desafios.
ouvindo: Ed sheeran - All of the stars :)


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