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História Despertar Sin Tí - Trendy - Adiós, Chicago


Escrita por: dmsabss

Notas do Autor


Olá! Venho trazer para vocês hoje o segundo capítulo da fic. Espero que gostem.

Não deixem de conferir minha outra fanfic trendy, a Intento Perderte: https://spiritfanfics.com/historia/intento-perderte--trendy-6220842

Capítulo 3 - Adiós, Chicago


Fanfic / Fanfiction Despertar Sin Tí - Trendy - Adiós, Chicago

Aquele era só mais um dia cheio no escritório da Leo Burnett. Campanhas eram construídas e finalizadas por todos os lados. Alguns trabalhavam silenciosamente em seus computadores, totalmente concentrados em suas produções, enquanto outros trocavam ideias de forma calorosa, em um ambiente moderno e banhado pela criatividade típica de uma agência de publicidade.

Em uma pequena sala não muito longe dali, Poncho Herrera seguia alheio, sentado em sua mesa, focado na tela à sua frente. Uma placa de metal posicionada ao lado do monitor tinha grafada em si as palavras “Diretor de Arte”, indicando o cargo que foi conquistado em um esforço de quase 6 anos.

Poncho havia se mudado para Chicago em 2010. Na época, fazia pouco mais de dois anos que havia se formado em Publicidade e Propaganda em uma das universidades de maior prestígio da capital mexicana, trabalhando em uma agência de porte médio ali mesmo, desde o último ano da faculdade. A oportunidade surgiu quando chegou às mãos de um dos diretores da Leo Burnett no México uma peça publicitária de sua autoria, considerada bastante revolucionária para a época, sendo seu primeiro trabalho de grande destaque. Era ele a pessoa perfeita que procuravam para ajudar a cuidar de uma nova carteira de clientes, no escritório de Chicago.

Foi, talvez, a decisão mais difícil que Poncho teve que tomar em toda sua vida. Recusar a proposta significava perder o que poderia ser a maior oportunidade de sua carreira e a chance de trabalhar em uma agência de renome internacional. Mas aceitar seria também por um fim no relacionamento de dois anos que mantinha com a garota que ele considerava ser a mulher da sua vida, sua melhor amiga, com quem estava prestes a juntar as escovas de dentes.

O fim dessa trama vocês já podem prever. Poncho se mudou para Chicago, abandonando tudo o que havia construído na capital, para seguir em frente com a sua carreira. Finalizou o que ele considerava, hoje, como uma bonita história de amor, e em terras estadunidenses, escreveu novas histórias. Mas falaremos disso depois.

- Herrera, a apresentação começará em 30 minutos. Já está tudo certo? – uma morena de olhos verdes, que aparentava ter pouco mais de 30 anos, apareceu na porta da sala.

- Sim, Lauren, só estou dando os últimos retoques. – Poncho respondeu para a chefe, sem tirar sua atenção do que fazia.

- David já está lhe esperando na sala de reuniões. Te vejo lá em 20 minutos, ok?

Poncho apenas assentiu e continuou com seu trabalho. Estava prestes a apresentar a nova campanha publicitária do mais novo sanduíche da famosa rede de fastfood MC Donald’s, um dos maiores clientes da empresa. Herrera era conhecido por suas ideias inovadoras e pela grande capacidade de enxergar o futuro dos meios publicitários, conseguindo antecipar tendências que atraíam públicos e ser pioneiro nas mais diversas criações, desde anúncios até comerciais de TV.

Muitos, no começo, achavam suas ideias loucas, o que trazia alguma dificuldade para realmente mostrar seu talento. Mas depois da primeira oportunidade que lhe foi dada, onde se atreveu a dar uma ideia diretamente ao cliente - uma famosa marca de creme dental -, Herrera conseguiu lançar sua primeira campanha ali, deixando seus chefes incrédulos com os resultados. Um formato que acabou sendo copiado, posteriormente, por diversas outras agências, se tornando uma tendência.

Todos sabiam da capacidade de Herrera, e por isso Lauren não hesitou em entregar uma das maiores contas da empresa nas mãos dele. Ela sabia que a época de promoções estava chegando e que era uma forma dele reafirmar sua capacidade para os chefões.

10 minutos antes do início da reunião, Poncho já estava na sala, apenas organizando a apresentação visual para que não tivessem que perder tempo depois. Logo que os clientes chegaram, Lauren tomou a frente, enquanto Poncho esperava ao lado de David - o redator e sua dupla de criação – para que pudessem cumprir seus papéis.

A apresentação foi espetacular e os clientes adoraram tudo o que viram, desde a concepção dos anúncios para mídias digitais até o comercial de TV, dando o sinal verde para que a equipe seguisse em frente e concretizasse o projeto.

Poncho, entretanto, se mostrou um pouco distraído, o que passou despercebido pelos executivos, mas não para sua chefe. O que ela não havia reparado era que o celular dele tocou insistentemente durante toda a reunião, que durou pouco mais de uma hora.

Ele achou demasiado estranho um número desconhecido ligando para ele diversas vezes, mas sabia que poderia resolver aquilo depois. Sua preocupação e, consequentemente, distração, só se iniciou após receber três ligações de Madalena. Madalena não lhe ligava, então ele sabia que algo errado estava acontecendo. Seu pensamento logo viajou até seu filho e sentiu um aperto sufocando seu peito. Queria sair daquela sala imediatamente e verificar se o garoto estava bem, mas sabia que não podia, e como bom profissional, se esforçou ao máximo para terminar tranquilamente tudo o que haviam planejado por ali.

- Poncho? – Lauren se apressou em segui-lo após a reunião, curiosa para saber o motivo de sua distração. – Está tudo bem? – ela perguntou ao vê-lo entrar na sala como um foguete.

- Sim, Laur. Por quê? - ele parou no meio da pequena sala, se encostando na mesa, enquanto discava para sua governanta.

- Percebi que estava um pouco distante hoje. Aconteceu algo? – ela cruzou os braços, olhando-o preocupada.

- Desculpa. Meu telefone não parou de tocar um minuto e estou um pouco preocupado que possa ter acontecido algo com o Dan. Não vai voltar a acontecer. – ele colocou o celular próximo ao ouvido, ouvindo os toques que o deixavam ainda mais impaciente.

- Não se preocupe. Eles ainda te acharam incrível. – Lauren lhe lançou um olhar terno, tentando tranquiliza-lo.

- Madalena? – Lauren continuava na porta da sala, observando-o, também preocupada com a situação. – Como? – a voz dele se elevou um pouco. – No hospital? O que houve? – um silêncio tomou conta da sala por alguns segundos, enquanto ela já roía as unhas de ansiedade. – Eu já estou indo. – ele desligou, passando a mão pelo rosto preocupado.

- E então? – Lauren se aproximou, recebendo o olhar angustiado de Poncho.

- Dan começou a ficar com muita febre na escola. Tentaram me ligar, mas não conseguiram, até que localizaram a Madalena e o levaram para o hospital. – ele deu a volta na mesa, apressado, em busca de suas chaves que estavam jogadas em algum canto daquela bagunça que se formava por ali.

- Como? Falaram o que ele tem?

- Não sabem. Ele só está com muita febre. Eu preciso ir para lá agora. – ele finalmente encontrou o molho de chaves e ia em direção à porta quando foi parado por Lauren.

- Eu vou com você. – ela segurou seu braço e ele a olhou um pouco confuso.

- Não precisa, Laur.

- Eu insisto.

Poncho apenas assentiu e foi seguido por Lauren em direção à saída.

Se não estivesse tão aflito com a situação de seu menino, Poncho teria se indagado sobre a repentina solicitude de Lauren. É fato que sempre foram bons colegas de trabalho, desde quando Poncho havia iniciado sua jornada na Leo Burnett e que, recentemente, haviam se tornado um pouco mais do que isso, mas ele havia deixado claro desde o começo que não tinha nenhuma intenção de relacionamento devido ao caos que se encontrava sua vida. Lauren era apenas uma distração, uma forma de fugir daquela realidade dolorosa que ele encontrava em casa todos os dias, e ela estava de acordo com isso. Apesar de tudo, Lauren não conseguia ser o tipo de mulher fria e casual; ela se preocupava e tinha um carinho enorme por ele, mas já havia se conformado que aquilo era o máximo que poderia fazer.

Eles não podiam negar a tensão que existia entre os dois desde que se conheceram, mas a ignoraram por muitos anos. Bom, Poncho ignorou.

Aquela tensão só havia tomado forma há pouco mais de 4 meses, quando os dois ficaram trabalhando até tarde no escritório. Desde então, os encontros aconteciam casualmente, em segredo e eles nunca tocavam em uma palavra sobre o assunto. Corretos estavam eles, que se fossem pegos, poderiam gerar duas demissões por justa causa, tudo por um simples affair.

Os 20 minutos que separavam o escritório da Leo Burnett do Hospital Central de Chicago pareceram uma eternidade. Logo que entrou no hospital, não se tardou em achar a ala pediátrica, avistando Madalena na sala de espera.

- Madalena! – ele apertou o passo, observando a senhora se levantar ao vê-lo. – Madalena... como ele está? O que falaram?

- Senhor Alfonso! – ela segurou as mãos de Poncho com as suas, que estavam enroladas em um terço. – Não me falaram nada ainda, não sei como está o menino, estou muito preocupada.

- Os senhores são os pais de Daniel Herrera? – um médico de jaleco branco se aproximou deles, dirigindo a palavra à Poncho e Lauren, que ruborizou.

- Eu sou o pai dele. – Poncho respondeu, desconcertado, e só então Madalena prestou atenção na figura feminina que o acompanhava.

- Daniel está bem, a febre já está abaixando, mas vou mantê-lo por algumas horas em observação. – os três suspiraram aliviados e Lauren afagou o ombro de Poncho, que lhe retribuiu com um sorriso fraco. – Eu gostaria de falar com o senhor em particular, senhor... – o médico continuou falando, abaixando o olhar para sua prancheta. – Herrera.

Poncho seguiu o médico até a sua sala, a sensação de alívio desaparecendo aos poucos.

- Bom, senhor Herrera, eu só queria saber algumas informações para conseguir entender melhor o quadro do seu filho. – Poncho ouvia atentamente, apenas assentindo com a cabeça. – O senhor é pai solteiro? Onde está a mãe da criança?

- Sim... – ele respirou fundo, antes de continuar. – A mãe morreu quando ele tinha 10 meses.

- E o senhor cuida dele sozinho? – o médico apenas ia anotando no prontuário, sem olhar para ele.

- Não, Madalena trabalha para nós e me ajuda com ele.

- E o resto da família?

- Como? – ele perguntou, confuso, e só então o médico levantou o olhar.

- Sua família, a família da mãe, são próximos? Te ajudam? Tem algum contato?

- Não. Nossas famílias vivem no México.

- Certo... – o médico abaixou o olhar novamente, deixando Poncho extremamente incomodado. – E o senhor passa muito tempo com a criança?

- Eu tento, mas o trabalho às vezes não deixa muito. O que tudo isso tem a ver com o estado dele?

- Senhor Herrera... – o médico deixou a prancheta de lado, se ajeitando na cadeira e apoiando os cotovelos sobre a mesa. – Seu filho está, com o que é popularmente chamado, de febre emocional. Ele está passando por um grande estresse a ponto de seu organismo achar que há algo fisicamente errado com ele.

- Como assim? – Poncho balançou a cabeça, desnorteado.

- O meu palpite é que toda essa situação em sua família esteja afetando-o mais do que o senhor imagina. Ele sente falta da figura materna e não encontra no pai o apoio que deveria. É demasiado pequeno para entender a confusão que acontece a sua volta e ele se sente abandonado e perdido. Ele precisa da família, precisa do pai.

Poncho fechou os olhos por um momento, não acreditando no que ouvia. Como pôde ser tão negligente com seu próprio filho? Como não percebeu as necessidades emocionais que o menino tinha?

- Eu o aconselho a leva-lo também à um psicólogo. Tanto para entender esse momento que ele passa, quanto para ajuda-lo futuramente a lidar com a perda da mãe. Agora ele pode não entender muito o que se passou, mas com o tempo, se não for acompanhado, ele pode ter reações inesperadas. – Poncho parecia distante, e o médico percebeu. – Alfonso... eu sei que pode ser muito difícil criar uma criança tão pequena assim sozinha, ainda mais depois de um acontecimento como esse, mas não hesite em pedir ajuda para a sua família. Tenho certeza que eles podem te auxiliar em muitas coisas.

Aquelas palavras martelavam com toda força na cabeça de Poncho. Ele saiu do consultório, ainda desorientado, e retornou para a sala de espera a pedido do médico, que o informou que logo o chamaria para ver o pequeno Dan. Ele se sentou, cabisbaixo, ao lado de Lauren, que o olhava preocupada. Ela sabia de todo o caos pelo qual ele passava e tudo o que queria era fazer alguma coisa para ajudá-lo, mas Poncho nunca lhe deu muito espaço. Ela apenas colocou sua mão sobre a dele, tentando transmitir seu apoio, e esperou, um pouco receosa, que ele quebrasse o silêncio.

- Onde está Madalena? – ele perguntou.

- Foi buscar um café. – Lauren respondeu, e o silêncio voltou a reinar.

A mente de Poncho estava longe dali. A culpa que ele sentia parecia inchar em seu peito a cada minuto e estava tendo que se esforçar muito para não cair no choro ali mesmo. O choque de realidade que tomava conta do seu ser era doloroso, mas necessário. Foi preciso que o filho ficasse doente para só então ele perceber o ambiente que estava criando para o menino, e a falta de atenção para com ele. Ele precisava urgentemente tomar as rédeas de sua vida, mesmo que isso significasse deixar tudo o que tinha conquistado e reconstruir tudo do zero. Havia chegado a hora de pegar seus cacos do chão e também se reconstruir. E ele sabia o que isso significava.

- Lauren, eu preciso voltar para o México. – ele ergueu a cabeça de repente, olhando para a morena ao seu lado.

- Quê? – ela perguntou, sem entender.

- Eu não posso continuar assim, eu preciso voltar e ficar perto da minha família. – ele se levantou, ansioso.

- Poncho, do que você está falando? – ela também se levantou, enquanto ele andava de um lado para o outro, ignorando-a. – Poncho. – ela segurou seu braço, fazendo-o encara-la.

- O médico disse que o Dan está com febre emocional e que isso provavelmente está surgindo devido à situação de nossa família e da minha ausência em sua vida. – ele passou a mão no rosto que já começava a ficar vermelho, inevitavelmente derrubando uma lágrima. – Eu preciso recomeçar, deixar tudo isso para trás e dar sentido para a minha vida novamente.

- E você não pode fazer isso aqui? – Lauren enxugou a única lágrima que descia pelo seu rosto, não deixando de lhe fazer um carinho.

- Eu não consigo. São lembranças demais. – ele respirou fundo, tentando se acalmar. - Precisamos estar com nossa família, eu preciso voltar, Laur.

- Você não acha que seja uma decisão precipitada?

- Não. Eu já vinha pensando nisso. Hoje eu só confirmei.

- E como você vai fazer com a Leo?

- Eu vou terminar o que eu já me comprometi a fazer, mas eu não posso mais ficar.

- Poncho, você vai desistir de toda a carreira que você construiu nos últimos 6 anos?

- Lauren, me desculpe, mas isso é o de menos agora. Eu preciso pensar em mim e no meu filho.

- Eu entendo, mas Poncho... – ela o olhava, um pouco desgostosa com sua decisão. – Tudo bem, se é isso o que você quer e precisa fazer. – eles ficaram em silêncio por alguns segundos, quando Lauren teve uma epifania. – Espera...

- O quê?

- E se eu te dissesse que tem um jeito de você não desistir da sua carreira e ainda voltar para o México?

- Lauren... – ele respirou fundo. – Eu já sei que não existe nenhuma posição aberta na sede do México. Inclusive, eu conheço o diretor de arte de lá, fomos colegas de classe...

- Você está sabendo errado. – ela o interrompeu. – O cargo de diretor de arte é muito bem ocupado sim, mas talvez você não esteja enxergando a figura toda.

- Do que você está falando?

- Já pensou em trabalhar como Chief Creative Officer? – ela abriu um sorriso e ele apenas a olhava incrédulo com tamanha sugestão.

- Você está louca? – ele riu, nervoso. - Jamais me colocariam como CCO.

- Como não? Se estávamos pensando em fazer isso aqui mesmo, em Chicago... – ela arqueou a sobrancelha, observando Poncho balançar a cabeça em negativa.

- Lauren, esse é o seu cargo.

- Não por muito tempo. – a expressão confusa voltou a dominar o rosto de Poncho. – Ninguém está sabendo ainda, mas em alguns meses irei trabalhar na diretoria da Leo Burnett responsável pela América do Norte.

- Isso é sério? – ele não conseguia acreditar no que ouvia.

- Sim. – ela continuou. – A questão é que você era um dos cogitados para me suceder aqui e eu não tenho dúvidas da sua capacidade. Mas a vaga de CCO também está aberta na Cidade do México, e eu posso tentar convence-los a lhe promover ao cargo.

- E como pretende fazer isso? – ele perguntou, num tom um tanto quanto irônico. - Você sabe que nós não temos tanta influência assim em outras sedes.

- Como você acha? Vou usar o poder do Burnett, afinal, para que ele serve mesmo? – ela respondeu, em referência ao seu próprio sobrenome.

[...]

Uma meia hora se passou antes que a entrada de Poncho fosse liberada para ver o filho. Quando entrou no quarto, seu coração poderia muito bem ter sido esfarelado por uma prensa hidráulica, de tão pequeno que ficou. Seu menino parecia ainda menor do que era e tinha uma aparência muito frágil, fazendo seus olhos marearem. Ele se aproximou da cama a passos lentos, quando viu aqueles olhos verdes iguais aos seus se virarem para encara-lo.

- Papá. – o menino falou baixinho, mas sustentando um sorriso enorme no rosto por ver o pai ali.

- Mi pequeño. – Poncho murmurou antes de depositar um beijo no topo da cabeça da criança, passando a mão por seu cabelo. – Você está melhor? Conta pro papai o que está sentindo. – ele puxou uma cadeira para se sentar ao lado da cama, apoiando os cotovelos sobre o colchão.

- Uhum. – o menino balançou a cabeça. – O tio Richard me deu um remedinho e agora eu não to mais me sentindo fraquinho, papá. – Poncho colocou a mão na testa do filho, conferindo que a febre já abaixava.

- Que susto você deu no papai, Dan. – ele segurou a pequena mãozinha do menino entre suas mãos, respirando fundo. – Me desculpa por não ter chegado antes.

- Dan tava com saudades, papá. Você não foi na escola. – Poncho levou a mão ao rosto, respirando fundo, se lembrando da apresentação que havia acontecido naquele dia na escola do filho e que ele tinha esquecido por completo.

- Filho, me desculpa. – sua voz embargada alertou o menino que imediatamente levou a mãozinha ao rosto do pai, abrindo um pequeno sorriso.

- Agora você ta aqui, papá. Dan vai contar tudinho. – Poncho abriu o maior sorriso do mundo ao contemplar seu homenzinho, que apesar de tão pequeno, era o mais importante em sua vida.

- Dan, o que você acha de ir com o papai morar perto da vovó?

- Abuelita Ruth? – as duas pequenas esmeraldas do menino brilhavam com o aumento de seu entusiasmo, fazendo Poncho rir.

- Aham.

- Vou poder brincar com o tio Oscar?

- Claro.

- Mas e a escolinha? Dan vai sentir falta. – ele fez uma carinha triste e Poncho acariciou seu rosto.

- Você vai em uma nova escolinha e vai conhecer vários outros amiguinhos. – ele sorriu, tentando animar o menino.

- E a vovó Lena? – Poncho evitava pensar nisso e acabou demorando um tempinho para responder.

- Podemos chama-la para ir conosco. Será que ela aceita? – ele realmente esperava que sim.

O menino riu, animado. Poncho respirou aliviado, sabendo que estava fazendo a coisa certa.

- Adiós, Chicago.


Notas Finais


Até o próximo capítulo!


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