História Destinados...? - Poeira Das Estrelas

‘- Bum... Você quer namorar comigo?’

A voz de Sangwoo ecoava na mente do ômega e ele não conseguia desviar dos olhos do alpha. Ele havia ouvido corretamente? Não era um sonho...? O alpha realmente havia perguntado aquilo...?

Estava em choque. Abriu de leve a boca para responder... Então a fechou... E abriu de novo, piscando.

Além disso... Conseguia vê-lo, senti-lo, através do vínculo. Não completamente como na noite da festa, mas... Mais do que quando se separaram.

Ele lhe passava carinho e saudade.

“Eu sou especial para ele... Eu... De verdade, sou especial para ele... Ele sentiu minha falta e... Ele quer namorar comigo...”.

O ômega sorriu radiantemente. Não conseguia esconder sua felicidade.

- Sim! – respondeu com a voz levemente tremula devido à emoção.

Os olhos brilhantes e o sorriso do pequeno ômega aqueceram o coração de Sangwoo. Nunca se sentira daquela forma, a felicidade do moreno lhe invadia, como uma onda. Quando o sentiu pôr os braços ao redor de seu pescoço, teve certeza, aquela havia sido a melhor decisão que já tomara.

Bum se aproximou ainda mais, seus narizes roçaram suavemente, em um carinho gentil. Fitou os orbes que amava e prosseguiu, tocando levemente os lábios de Sangwoo com os seus. Fechou os olhos, não estava acostumado a iniciar o beijo, o nervosismo atrapalhava um pouco, mas a sensação da boca de seu alpha era indescritível.

Sangwoo cerrou os olhos e separou os lábios, permitindo que Bum penetrasse a língua em sua boca sem nenhuma resistência. Apesar dos movimentos inicialmente descoordenados do pequeno, não assumiu o controle, apenas se permitiu senti-lo. Correspondendo aos poucos...

Era estranho, já haviam se beijado tantas vezes, mas parecia a primeira vez que sentiam algo assim. Como se descobrissem e explorassem calmamente os sabores envolvidos, os encaixes perfeitos criados por seus lábios, os arrepios que causavam.

Sangwoo se consentiu tocar e acariciar a cintura delgada do moreno, alisando-o. Contudo, quanto mais profundo se tornava o beijo, mais quente se sentia e mais sua cabeça perdia. Sentira tanta falta daquele gosto.

O coração do ômega começava a bater mais rápido a cada segundo. Quando percebeu Sangwoo puxá-lo para perto, apenas deixou-se levar e aproximou-se, sentando no colo do rapaz. Acariciando o cabelo do alpha com certa força, entrelaçando seus dedos nos fios loiros.

“Tão macio... Tão gostoso...” – pensava o pequeno.

Também sentira falta de seu alpha... O amava tanto... Queria ficar em seus braços para sempre, sentir-se protegido. Aquele fora um dia difícil, um dia que lhe trouxera as piores lembranças de sua vida. Sabia que o loiro não tinha ideia de nada disso, mas tê-lo ali, ao seu lado, ter recebido aquele pedido... O preenchia com uma felicidade que não conseguiria explicar.

Bum aprofundou ainda mais o beijo, queria que o loiro lhe mostrasse o quanto era importante, o quanto sentira sua falta, queria provocá-lo e ser provocado, queria ser possuído por alguém que amava, como no dia em que se separaram. Liberou seus feromônios, sem timidez. Queria deixar claro como se sentia...

Sangwoo abraçou forte o pequeno. Suas mãos grandes ajudavam o moreno a se encaixar melhor, não permitindo mais haver espaço entre eles. Seus corpos estavam grudados, e por ele, permaneceriam assim por tempo indeterminado. O perfume que o ômega exalava lhe provocava arrepios em todos os sentidos...

O beijo se tornou mais ardente, o calor entre eles era inevitável. Os movimentos de suas línguas suavizavam e intensificavam, conforme o ritmo que os dois se impuseram, em uma sincronia invejável. O ar começava a faltar, mas eles não se afastavam.

Sangwoo também liberou seus feromônios, fazendo o pequeno gemer em sua boca.

Ambos perceberam que não era mais como a loucura que fora o cio, ou a quase perdição que ocorrera na transição. Não precisavam realmente se controlar, se adaptaram um ao outro. Seus perfumes se misturavam se tornando algo único. Tinham plena consciência do que ocorria e liberdade o suficiente para fazerem o que quisessem. Os feromônios apenas tornavam tudo ainda mais excitante.

“Pelo visto... Insanidade só no cio...” – pensou o alpha. Ainda tinha receio sobre isso... Seu lado alpha era extremamente possessivo e um tanto violento. Perguntava-se o que ocorreria a si durante o cio do pequeno... Mas agora... Agora só queria saciar sua gana pelo moreno.

Sangwoo desceu as mãos da cintura do rapaz lentamente, interrompendo o beijo e fitando-o nos olhos enquanto passava as palmas por seu traseiro, indo para suas coxas.

Bum sentiu o que o alpha lhe transmitia. Sua saudade não era apenas emocional, era física também... O desejo do loiro estava estampado em suas pupilas dilatadas, em seus feromônios, no vínculo compartilhado, nos braços fortes que o prendiam contra seu corpo e começavam a despertar em seu baixo ventre.

O moreno corou e suspirou sobre os lábios do rapaz. A excitação o fazia respirar com certa dificuldade... Nunca se sentira assim... Seu corpo estava excessivamente quente. Suas mãos percorriam as costas do alpha, seus pensamentos se perdiam entre a satisfação de se sentir desejado e a vontade de cumprir essas vontades. Os olhos luxuriosos do loiro lhe fascinavam e ansiava profundamente perder-se neles.

Com um leve sorriso malicioso, o alpha sussurrou: - Você quer?

O loiro usou suas mãos para pressionar o pequeno contra seu corpo, conduzindo-o a sentir o volume da calça roçar lascivamente em sua bunda. Bum estremeceu imediatamente.

- Você... Precisa... Perguntar? – respondeu o ômega, levemente ofegante.

Não. Sangwoo não precisava. Ele sentia... O vínculo do pequeno era claro, ele o desejava tanto quanto ele próprio o desejava... Mas...

“Adoro provocá-lo...” – refletiu o alpha.

Deu um pequeno beijo no canto dos lábios do moreno, e então em sua bochecha, depois em seu pescoço, ao chegar a seu ouvido, sussurrou com a voz grave: - Eu quero que você me diga...

Bum suspirou pesadamente, corando ainda mais. O que fez o sorriso de Sangwoo aumentar.

- Eu... – começou timidamente o ômega, desviando o olhar: - Quero...

O alpha beijou o pescoço do rapaz, chupando-o, sentindo-o estremecer em seus braços: - Quer o quê? – falou ao deixar o pescoço e morder o lóbulo da orelha do pequeno.

-... – Bum gemeu novamente e escondeu o rosto no pescoço do alpha: - Você sabe...

- Hm? Não... Não sei... – o alpha respirou fundo, sentindo o perfume do rapaz: - Cheira tão bem... – murmurou deslizando uma das mãos da coxa para a nádega do jovem, apertando-a.

- Eu quero você... – respondeu o ômega, entre um suspiro e outro, puxando sem real força o alpha para mais perto de si.

- Eu? – perguntou falsamente inocente Sangwoo, massageando a bunda de Bum enquanto beijava calmamente seu pescoço.

Ao ver a cicatriz que sua mordida criara na pele branca do moreno, sua parte selvagem sentiu-se orgulhosa. Sorriu, começando a chupar e mordiscar ao redor da marca, indo em direção ao ombro... Era seu território, seu ômega e a trilha avermelhada que criava só dava ênfase nesse fato. Provocá-lo também fazia parte de sua diversão.

O ômega ofegou um tanto resignado. Cada movimento do alpha o excitava, suas carícias, sua voz... Normalmente sua timidez não o deixaria cogitar abrir a boca naquela situação, mas tudo que sentia era o próprio corpo trêmulo, a lubrificação entre suas nádegas intensificando, seu membro rijo e pulsante... Não aguentava mais...

“Se ele quer tanto assim...” – o pequeno corou, virando o rosto de Sangwoo para si, fitando-o nos olhos.

- Eu quero que você me foda. – disse num murmuro suplico audível apenas ao alpha, sugestivamente movendo o quadril.

Sangwoo se chocou. Não esperava que o ômega realmente fizesse aquilo... Seu sorriso malicioso aumentou a mesma proporção que sua excitação. Sentiu seu membro latejar. Quando era que aquele pequeno não lhe surpreendia?

“Quando é que ele não me faz perder a cabeça?”.

- Seu pedido é uma ordem. – disse, não esperando a resposta e beijando Bum calmamente enquanto descia as mãos para suas coxas e o erguia.

O moreno prendeu as pernas ao redor da cintura do alpha ao mesmo tempo em que tinha o ar roubado por aquele beijo. Percebeu que ele ia em direção ao quarto e moveu o quadril, esfregando-se.

Sangwoo perdeu um pouco o controle com aquele movimento. Acabou encostando-o contra a parede do corredor, investindo contra o moreno, que continuou provocando-o movimentando lentamente o quadril. Colocou um dos braços reclinado na parede, enquanto o segurava forte com a outra mão.

- Você quer que eu te foda aqui? Em pé no corredor? – perguntou já sem fôlego, fitando os olhos do ômega.

Bum sorriu sem graça, desviando do olhar intenso de Sangwoo e beijando-o no pescoço: - Eu não me importo... – murmurou timidamente, chupando com força o local onde sua boca estava, respirando fundo em seguida, sentindo melhor o cheiro de seu alpha: - Eu só quero você... – sussurrou em seu ouvido.

“Merda” – pensou o alpha, apertando com força a coxa do pequeno e o fazendo gemer alto. Se não tivesse que pegar a porra da camisinha no quarto...

Bum mordeu o lábio inferior lentamente, suspirava pesadamente enquanto seu corpo era consumido pelo desejo de ter o alpha dentro de si. Sangwoo retirou a mão que estava encostada na parede e a deslizou adentrando a calça do menor, apertando com vontade a nádega redonda e tocando levemente sua entrada úmida com o indicador.

O ômega rebolou o quadril manhosamente, o que levou o alpha a penetrar o dedo, fazendo o pequeno arquear o corpo, encostando-se ainda mais contra a parede, e soltar um gemido, que apesar de contido, fora mais alto.

- Sangwoo... – implorou.

O alpha sorriu luxuriosamente ao ouvir seu nome naquele tom suplicante, seu gemido rouco saiu entre os dentes. Bum pulsava e estava muito lubrificado, esperando-o.

Ao sentir o dedo de seu alpha, o moreno o forçou mais fundo com os movimentos que fazia, enquanto se prendia mais forte a sua cintura. Suas mãos queriam tocar a pele do loiro... Acabou por rasgar o que faltara da camisa já em farrapos de Sangwoo e, após sentir sua pele com os dedos o arranhou com unhas curtas, tentando puxá-lo para mais perto.

- Sangwoo... Por favor... – suplicava.

“Ele quer me enlouquecer...” – refletiu o alpha. Seu dedo era puxado e molhado, conseguia sentir a lascívia líquida do moreno.

- Droga Bum... – resmungou.

Usou o que restava de sua consciência para tirar o dedo de dentro do ômega, retirando então a mão de dentro da calça, o que fez o moreno suspirar, e voltou a segurá-lo com força. O carregou para o quarto deitando-o sobre o colchão e dando um grande suspiro quando se viu separado do pequeno.

O ômega sentiu um arrepio percorrer seu corpo devido aos lençóis frios. Estava na cama de seu alpha, na parte mais íntima de seu território. Sempre se sentira estranho quando o loiro o levava para ali, mas não agora... Nesse instante, sentia-se em casa. Sorriu. O cheiro intenso de Sangwoo o enlouquecia lentamente e isso era muito bom.

O alpha olhou para o lado, foi até o armário, abriu, pegou uma caixa pequena e de dentro dela retirou uma camisinha, deixando ao lado.

Bum corou enquanto observava Sangwoo sorrir maliciosamente, começando há ficar um pouco nervoso. Lembrava perfeitamente o que ocorrera naquele quarto anteriormente, a ansiedade voltou a consumi-lo, apesar do excitamento.

O alpha retirou as meias do pequeno e provocativamente segurou as laterais de sua calça e cueca, puxando-as enquanto fitava-o detalhadamente. Memorizando suas curvas, pintas, linhas... Tudo. Queria gravá-lo permanentemente em sua mente.

O ômega ficou com vergonha do olhar do loiro que parecia devorá-lo aos poucos, nunca se sentiu tão exposto e excitado, acabou por puxar a camisa um pouco para baixo, cobrindo seu membro que já latejava e se sujava com o pré-gozo que escorria.

Sangwoo riu baixo e um pouco maldosamente: - Agora está tímido?

Bum desviou o olhar, não tinha culpa... Ele o deixava sem graça... Voltou a fitar o loiro, percebendo que ele mantinha o sorriso presunçoso enquanto tirava a calça e cueca, ficando completamente nu.

Bum ruborizou com a visão. Sangwoo tinha o corpo perfeito, braços fortes, abdômen definido... O corpo inteiro do ômega era percorrido por arrepios provocados por seus desejos.

- Não acha que agora ficou um pouco injusto? – murmurou felinamente o loiro deslizando as mãos pelas coxas do menor, percorrendo-as devagar pela cintura, adentrando a camisa, onde com uma delas apertou o mamilo rijo fazendo-o gemer: - Ergue os braços e eu prometo cuidar de você... – sussurrou luxurioso na orelha de sua apetitosa vítima.

Bum gemeu baixo, quase num sussurro, perdendo o resto de sua compostura. Ergueu os braços, permitindo que Sangwoo removesse a última peça de roupa. O alpha a tirou calmamente, jogando-a em algum canto esquecido do quarto.

Sangwoo vislumbrou o rosto corado e entregue de seu ômega. Era a visão mais deliciosa que já tivera. Sorriu, descendo o rosto devagar, beijando a bochecha do pequeno, chupando seu pescoço, lambendo, até chegar ao mamilo já avermelhado pelo aperto, sorvendo-o vorazmente. Com uma das mãos, tocou a ponta do pênis do moreno e começou a deslizar o dedo pela pequena fenda da glande, depois desceu até a base, circundando lentamente o local, prolongando o desespero do rapaz. Com a outra alisava e explorava o corpo delicado.

Bum se contorcia na cama, apertando o lençol. Mordia o lábio inferior para evitar gemer alto, o que não estava realmente funcionando. Não sabia o que fazer, deveria implorar? Dizer a ele que não aguentava mais?

- Sangwoo... – murmurou manhoso.

O alpha lambeu os próprios lábios. Estava adorando torturar seu pequeno ômega, mas decidiu parar sua crueldade, mordiscando o mamilo e massageando o pênis, subindo e descendo a mão em movimentos ritmados. Era um deleite ouvi-lo gemer abaixo de si, sem controle, meio arfante... Mas queria tirar seu fôlego. Aproximou-se de seu rosto e colou seus lábios nos do moreno, penetrando a língua sem aviso enquanto aumentava o ritmo da mão.

Bum correspondia o beijo como podia, estava uma verdadeira bagunça... Soltou os lençóis e abraçou o loiro, deslizando as mãos pelos músculos definidos, sentindo as vibrações de prazer e calor percorrerem seu corpo. Acabou por gozar na mão do alpha.

- Essa foi rápida... – murmurou provocativamente o loiro.

O ômega escondeu o rosto no pescoço do rapaz, ainda recuperando o fôlego.

- Você é mau... – sussurrou.

Sangwoo refletiu sobre a afirmação: - Talvez um pouco... – disse virando o rosto do pequeno em sua direção: - Mas... – sua mão desceu até a bunda do rapaz, apertando-a: - É o tipo de maldade que quero fazer apenas com você...

O ômega corou violentamente enquanto era observado atentamente pelo alpha.

- Hm... – o loiro fitou a própria mão suja e a lambeu distraidamente: - Eu quero ver... – voltou a mirar o moreno.

- O quê...? – murmurou o pequeno ainda não acreditando que Sangwoo realmente havia lambido seu gozo.

- Como você faz... – o rapaz voltou a sorrir maliciosamente: - Aqui. – um de seus dedos passou sorrateiramente pela entrada do moreno. O alpha aproximou-se do ouvido de Bum: - Eu quero que você mostre para mim. – sua voz grave era um convite aberto ao pecado.

O ômega ficou extremamente sem graça, mas... Ao mesmo tempo... O desejo que o alpha lhe passava era tão intenso, que não queria resistir. Afastou-se um pouco e virou-se, ficando de quatro e totalmente exposto aos olhos curiosos de seu amante. Sentia seu líquido lubrificante escorrer por entre as pernas e escondeu o rosto corado no travesseiro, penetrando um de seus dedos em si. Estava bastante dilatado, então não doera nada, apenas afastou um pouco as pernas e empinou a bunda, aproveitando o pouco alívio que seu dedo proporcionava. Poderia ter gozado há pouco tempo, mas não estava satisfeito...

Sangwoo mordeu o lábio inferior. O som obsceno feito pelo pequeno quando retirava e coloca o dedo, era como música aos seus ouvidos. Logo percebeu que o moreno colocara mais um dedo e os movimentava agilmente.

Saber que o alpha o mirava tão atentamente apenas o excitava mais... Já não sentia vergonha, estava completa e totalmente rendido.

- Ah... Sangwoo... – chamou por aquele que desejava desesperadamente dentro de si. Começou a rebolar, tornando a vista extremamente tentadora, já sentia seu membro enrijecer novamente... Não suportaria outra rodada de tortura...

Sangwoo respirava com dificuldade, seu membro pulsou dolorosamente diante do clamor de seu ômega, não aguentaria mais. Apertou as nádegas redondas e volumosas do moreno, estremecendo-o. Colocou a camisinha e segurou então seu quadril, posicionando-se enquanto sugestivamente retirava os dedos da entrada.

Bum ficou imóvel, mordendo o travesseiro mais forte quando constatou que a ponta grande e dura do pênis do alpha começara a penetrá-lo. Sangwoo podia sentir como a entrada cálida e úmida do pequeno abria-se centímetro a centímetro para ele, convidando-o a ir cada vez mais fundo. Soltou um grunhido de satisfação.

Quando sentiu a bunda vultuosa do ômega tocar sua virilha, parou. Não queria machucar o moreno, por isso ia com calma, mas senti-lo contraindo-se contra seu membro, não ajudava seu autocontrole.

- Se você continuar fazendo isso, não vou conseguir ir com calma... – a voz do alpha saiu mais arrastada e ofegante do que desejava.

Bum rebolou provocativamente: - Eu não quero... – falou baixo.

Sangwoo segurou o quadril do pequeno, gemendo rouco e quase perdendo o controle com aquele movimento: - Quê...? – disse confuso, saindo do pequeno e virando-o.

As madeixas negras estavam levemente grudadas sobre os olhos do menor, seus lábios cheios e suavemente avermelhados entreabertos: -... Eu não quero que você se controle... – disse em um suspiro sôfrego, sentindo-se vazio pelo rapaz ter saído de dentro de si.

O alpha engoliu em seco com a visão: - Não vou mais. – disse sério, abrindo as pernas do rapaz e penetrando-o novamente.

Sangwoo fora mais brusco que antes, mas Bum apenas se excitou mais, arqueando o corpo e gemendo alto... Gostava da força do rapaz. Gostava de ser pego com rudeza, será que o alpha não percebera que não quebraria tão facilmente? Não estava arrependido de ter implorado por aquilo... Prendeu-se no alpha, rebolando, forçando-o a ir mais fundo. Seu interior totalmente preenchido pelo grande membro de seu par, seu companheiro, seu alpha. Colocou os braços ao redor de seu pescoço, puxando-o enquanto arranhava sua nuca.

Beijaram-se intensamente. Sangwoo nunca se sentira daquela forma. O pequeno iria levá-lo a loucura, tinha certeza disso... Saiu quase completamente de dentro dele, investindo novamente com força e sentindo-o morder seu lábio voluptuosamente.

“Ele está adorando isso...” – nunca se sentira assim... Nunca pudera ser assim...

Queria achar sua próstata e seus pontos mais sensíveis, o mais rápido possível. Queria enlouquece-lo tanto quanto era enlouquecido. Fez novamente o movimento bruto, recebendo um gemido mais alto e um tremor mais forte como resposta. Encontrara. Sorriu em deleite.

De forma abrupta e sedenta, começou a investir com força no local, fazendo Bum perder-se entre gritos e gemidos de prazer. Entrelaçou seus dedos com os do ômega, fitando seus lacrimejantes olhos negros. Não conseguia controlar mais sua voz. Senti-lo tão apertado, tão gostoso, tão profundamente o fazia se perder... Começou a massagear o membro rijo do pequeno com a mão livre, no mesmo ritmo em que o penetrava.

Beijaram-se mais uma vez, intensamente, conhecedores dos caminhos a percorrer, suas línguas apenas dançavam entre mordidas e sôfregos.

Após vários minutos de estocadas fortes, o ambiente inteiro preenchia-se com o som de seus gemidos e o cheiro de suas luxurias, os corpos suados roçavam-se sem temor ou vergonha, e Sangwoo podia sentir seu membro inchado ser prazerosamente apertado por espasmos de satisfação do pequeno, logo chegariam. Aumentou o ritmo das investidas, tornando-as curtas e rápidas.

Gozou longamente, e por instantes, arrependeu-se de estar de camisinha... Queria preenchê-lo com ele... Mas logo afastou o pensamento, continuando os movimentos com a mão, até ver os olhos do pequeno se enevoarem e ele gozar novamente.

Deu diversos beijos suaves sobre a boca, rosto e pescoço do ômega, aproveitando um pouco o momento antes de lentamente sair de dentro dele e deitar ao seu lado.

Estavam cansados, suados e satisfeitos, fitaram-se por instantes e sorriram. Nunca fora tão prazeroso. Abraçaram-se.

Bum amava ouvir o batimento cardíaco do alpha, fechou seus olhos, sincronizando sua respiração com o que escutava. “Eu te amo...” pensou, mas agradeceu pelo vínculo não estar pleno nesse momento, não podia deixar transparecer... Não agora que entendera melhor o loiro, pois sabia que se ele percebesse, iria se afastar. Não queria isso...

“Aos poucos... Vou te ter aos poucos.” – sorriu.

Sangwoo observava o pequeno atentamente, era um pouco estranho o quanto gostava de tê-lo em seus braços. Normalmente, após o sexo, preferia se afastar e ir embora. O moreno era a única exceção. Primeiro pensara que era devido à mordida, do vínculo, mas agora que notara seus sentimentos em torno do rapaz, estava muito claro... Aquilo era apenas sua vontade de mantê-lo próximo.

Ficaram juntos por algum tempo, as ondas do vínculo lhes transmitindo os sentimentos um do outro... Felicidade... Satisfação... Gentileza...

O silêncio foi quebrado apenas pelo pequeno: - Acho que preciso de um banho... – murmurou o ômega, abrindo os olhos devagar.

- Você quer que eu te dê um? – perguntou provocativamente o alpha.

- Eh? – surpreendeu-se o moreno: - Acho... Que não consigo... – seu rosto foi ficando gradativamente vermelho.

O alpha riu: - Está tudo bem. Eu acho que também não aguento... – fitou o pequeno sério, percebendo que suas mãos continuavam entrelaçadas. Deu um pequeno, porém verdadeiro, sorriso.

Bum tocou de leve o rosto do loiro, não podia acreditar que ele estava ali... Que eles estavam oficialmente juntos... “Parece que estou sonhando...”. Suspirou. Gostaria de ficar daquele jeito por um longo tempo, mas... Seu corpo suado começava a incomodá-lo... “Realmente preciso de um banho.”.

O loiro riu baixo: - Você realmente precisa ir, não é? Sempre é o primeiro a sair da cama... – ele sacudiu a cabeça negativamente, parecendo decepcionado.

O ômega já não caía naqueles truques, se aproximou do alpha e lhe deu um beijo rápido e estalado nos lábios: - Você não me engana mais. – riu.

Sangwoo piscou: - Significa que toda vez que eu tentar te enganar, ganharei um beijo? – ele fitou sério o ômega.

- Hã? – exclamou surpreso o moreno com a conclusão do rapaz.

- Vou tentar te enganar o tempo todo então... – o alpha deu uma gargalhada baixa, tentando se conter.

- Não é isso... Para de rir... – ele pediu, mas o loiro solenemente o ignorou, apenas rindo mais. Pela primeira vez, Bum entendeu porque os alphas viviam se batendo, deu um tapa fraco no rapaz: - Eu disse para parar... – ficou vermelho pela tentativa falha.

Sangwoo nunca se sentira tão feliz, se moveu rapidamente para cima do moreno, mirando seus olhos em silêncio, e então o beijando, sem rudeza, lentamente, brincando com sua língua. Encerrou da forma que iniciara, devagar, sorrindo: - Vou pegar uma toalha para você, pode ir primeiro.

Saiu de cima do ômega, deixando-o corado e abriu o armário, retirando a toalha prometida e entregando-a.

Bum foi para o banheiro, ligou o chuveiro e surpreendeu-se com a quantidade de marcas que possuía em seu corpo. Seus músculos estavam esgotados, mas sentia-se muito bem. Não conseguia parar de sorrir.

Sangwoo decidiu trocar os lençóis e separar suas roupas para quando fosse tomar banho. Ouviu o pequeno sair do banho e levou o que sujaram para a lavanderia, entrando no banheiro em seguida. Geralmente após uma noite dessas, ficava satisfeito... Mas nunca ficara tão feliz...

“Eu realmente perdi minha cabeça...” – pensou com um sorriso, lavando o rosto com calma.

Bum pegou a chave do quarto em sua mochila, por sorte, a carregara consigo o tempo todo.

“Talvez no fundo, sempre quis voltar.”.

Subiu as escadas, entrando em seu quarto. Ficou grato ao perceber que somente seu cheiro era perceptível no ambiente. Admitia que sentira medo do alpha mexer em suas coisas, principalmente em seu ninho... Não que não quisesse mostrar a ele... Mas, queria estar junto, lhe explicar o que todas aquelas coisas, que ele provavelmente acharia estranhas, significavam... Portanto, ficava muito satisfeito em notar que ele o respeitara.

Procurou pelas caixas algum de seus pijamas, mas não os encontrou. Provavelmente, como não tinha muitos, Yangmi levara todos... E agora? O que faria? Começou a procurar nas roupas que ganhara... Será que lhe deram algo do gênero? Não é muito comum dar pijamas de presente...

Acabou achando algo. Corou. Não que fosse sexy ou algo assim... Mas...

“É uma camisola... Não?” – seu rosto ficou ainda mais rubro.

Poderia só vestir uma de suas roupas... Mas não ficava confortável com roupas do dia-a-dia ao dormir... Suspirou. Não parecia tão ruim... Era longa... Decidiu vestir.

Sangwoo já tomara o banho, vestira uma calça de pijama confortável e arrumava a cama, quando ouviu o pequeno atrás de si.

- Hm... Você acha que fica muito feminino? – perguntou sem graça o ômega.

- O quê? – questionou sem se virar o alpha.

- A roupa que a Yangmi e o Jihoon me deram...

O alpha riu: - Se tem dedo da Yangmi no meio, provavelmente, porque ela tem tara nesse ti-- - se calou no momento que virou e viu o rapaz.

Bum vestia uma camisola negra com delicadas e minúsculas estrelas, ela terminava um pouco antes de seus joelhos e deixava um de seus ombros expostos. Ele estava lindo vestindo um céu escuro e estrelado. Quando o viu, Sangwoo sentiu-se apaixonar-se ainda mais... Seu coração falhou uma batida, as constelações nunca lhe pareceram tão lindas. Ao mesmo tempo baixou o olhar.

Há muito tempo dissera a Yangmi que nunca mais acharia as estrelas belas, e a garota questionou ‘Nenhuma? De nenhum tipo? Em nenhum lugar?’ e ele respondeu com firmeza que não, nenhuma. Nunca mais. A garota jurou que o faria mudar de ideia ‘O problema não está nas estrelas... ’. E como sempre, ela provara que estava certa. Riu.

Bum não entendeu a risada do rapaz e piscou diversas vezes, estaria tão feio assim?

Sangwoo percebeu que o moreno ficara confuso e ergueu um dos braços, convidando-o a ir para cama com ele: - Você ficou muito bem.

Bum corou, caminhando até o alpha e sentando a sua frente. Logo o loiro o fez se virar e o abraçou por trás, deixando-o entre suas pernas. Permaneciam sentados, mas o alpha se encostara contra a parede enquanto o ômega se aninhara em seus braços. Cobriram-se com uma coberta grossa, estava frio naqueles dias. Sangwoo começou a traçar com a ponta dos dedos a mão do pequeno.

- Por que riu...? – perguntou o moreno.

- Eu pensei que nunca mais gostaria de estrelas, mas a Yangmi me provou que estava errado... De novo. – o alpha respondeu simplesmente, focado em uma pintinha diminuta que Bum possuía próximo ao polegar.

Bum lembrou-se do quarto do loiro, estranhando a afirmação: - Achei que você gostava de estrelas...

Sangwoo suspirou: - Elas lembram a minha mãe... – encostou a cabeça no pescoço do rapaz.

- E isso é ruim...?

-... Mais ou menos... – o alpha refletiu se deveria contar ou não, respirou fundo, sentindo o perfume do rapaz, talvez falar um pouco não fosse uma má ideia: - Quando eu era pequeno, queria ser astrônomo.

- Mesmo? – perguntou curioso o ômega.

- Sim. – Sangwoo sorriu: - Minha mãe vivia dizendo que todos nós somos feitos da poeira das estrelas e que a vida é apenas um vislumbre passageiro das maravilhas que existem no Universo... Citações de Carl Sagan, um astrônomo famoso. Eu adorava.

O tom do alpha ficara triste, o que fez Bum entrelaçar seus dedos nos do loiro: - O que houve...?

Sangwoo hesitou, mas por fim respondeu: -... Ela se matou. – ele escondeu a face no pescoço do pequeno, era estranho... Yangmi sabia por que estava ali quando acontecera. Ela ficou ao seu lado. Sua manada sabia por que com o passar do tempo, Yangmi contara a eles. Seus professores sabiam pelos registros documentais que tinha de mostrar.

Mas se pensasse seriamente, nunca falara sobre aquilo. Nunca contara a ninguém o que ocorrera. Nunca transformou em palavras a ação final de sua mãe. Foi como tirar um peso de dentro de sua alma... Era uma sensação diferente...

Suspirou: - Eu passei a odiar as estrelas que ela me fizera amar, para não odiar a ela por me deixar...

Bum se virou, abraçando o alpha carinhosamente: - Está tudo bem agora... – disse baixinho, rente ao ouvido do rapaz: - Você não está mais sozinho...

Sangwoo não tinha certeza quando algumas lágrimas caíram de seus olhos, mas assim que as sentiu em seu rosto, as limpou antes que o menor notasse, contudo não parecia adiantar, porque elas não paravam de cair... Correspondeu o abraço, talvez com mais força do que devesse. Era verdade que não queria que ele se virasse e visse, mas também era verdade que não queria soltá-lo. O calor do pequeno lhe fazia muito bem.

Bum ficou algum tempo abraçado, acariciando os cabelos loiros do rapaz. Sentiu-o estremecer. Sabia que ele estava chorando em silêncio, assim como sabia que ele não apreciaria ser visto. Apenas o abraçou com toda a força que possuía, só demonstrando que poderia confiar nele... Poderia contar com ele... Que ele não sairia de seu lado...

Algum tempo se passou, até o ômega perceber que o alpha já melhorara, tentando por fim se afastar e fitá-lo. Mas o loiro evitou mirá-lo nos olhos, apenas se ajeitando melhor na cama.

Bum sorriu graciosamente, em sua opinião, estava para nascer alguém mais orgulhoso que Sangwoo.

- E a sua mãe...? – o alpha perguntou mais para desconversar e ganhar algum tempo até ter certeza que seus olhos não estavam vermelhos.

O ômega fitou o colchão: -... Ela foi assassinada. – disse baixo.

Sangwoo se virou para o rapaz, esquecendo completamente seus olhos: - Ela o quê? Como?

-... Ela foi atender a um cliente, mas, na verdade era um grupo. Eles a mantiveram em um quarto e quebraram a coleira dela... – ele murmurava: - A causa foi excesso de informação biológica...

O alpha ficou em silêncio por alguns instantes. A mãe de Bum era prostituta? Para ter ido atender um cliente e acabar com a coleira quebrada e mordida... Provavelmente seria muita insensibilidade perguntar e o olhar triste do moreno não o permitia ser insensível.

- E o seu pai? – perguntou trazendo o menor para seus braços novamente.

- Morreu um pouco antes de eu nascer... Acidente de carro. – Bum o fitou calmamente: -... Ela era prostituta. – disse simplesmente.

Sangwoo tossiu: - Eu não perguntei isso!

Bum riu: - Está tudo bem. Sempre perguntam, achei estranho você não perguntar então apenas contei... – ele se aconchegou no loiro: - Eu tenho orgulho dela, não me importo de contar o que fazia para nos sustentar, ninguém poderá dizer a mim que ela não foi uma excelente mãe...

Sangwoo começou a fazer cafuné no pequeno. Ele realmente parecia lidar bem com o assunto. Sorriu. O pequeno era mais forte do que imaginava... De repente refletiu por alguns instantes: - Então... Nós dois somos órfãos. – murmurou.

- Hm? Seu pai também é falecido? – o pequeno o fitou, ficando triste por sua pergunta ter interrompido a seção de cafuné.

Sangwoo gelou por alguns instantes: - Sim. – respondeu mais friamente do que gostaria.

Bum piscou, estranhando o tom. Pelo visto... A história do pai era pior que a da mãe...

- Se não dormirmos logo, amanhã não conseguiremos estudar nada. – o loiro disse, levantando para ir apagar a luz.

- Eh? Eu vou dormir aqui? – perguntou corado o moreno.

- Onde mais você dormiria agora? – respondeu sem pestanejar o alpha. Apagando a luz e retornando para debaixo das cobertas.

- No outro quarto...? – respondeu timidamente o ômega.

- O outro quarto é para visitas. – disse simplesmente o alpha, verificando se os travesseiros eram o suficiente, não queria ter o seu roubado novamente.

- Mas... – ele corou ainda mais, ficando feliz por estar escuro: - E as minhas coisas?

- Eu tenho um armário enorme. Melhor do que deixar em caixas, não? – respondeu entre bocejos o alpha. Sempre ficava com sono quando deitava.

- Mas... Mas... – o pequeno não podia realmente dizer “E o meu ninho?”, podia?

- Tem lugar suficiente para aquela sacola enorme que você tem... – ele fitou o moreno sério: - Prometo que realmente não vou mexer.

Bum ficou sem graça, não era isso... Queria muito que o alpha conhecesse seu ninho, principalmente agora... Mas trazê-lo para dentro da parte mais íntima do território dele...

“Não vou querer mais tirá-lo daqui... É onde me sinto mais seguro, é onde provavelmente vou desejar montá-lo... Mas... Não sei se ele quer passar meu cio comigo, estamos no começo... Não quero forçar algo assim...”.

- Está ouvindo esse som? – disse sério o alpha.

- Quê? – Bum parou, prestando atenção nos sons ao redor.

- É o seu cérebro pensando sem parar e não te deixando deitar e dormir. – Sangwoo puxou Bum para seus braços: - Só dorme, amanhã pensa nisso, ok?

O alpha não entendia como Bum aguentava. Estava exausto. Talvez estivesse mais exausto que o moreno porque chorara, mas... Só queria dormir.

-... Ok. – murmurou o rapaz, se aconchegando nos braços que o protegiam.

Ambos tiveram uma noite tranquila, sem pesadelos.

Bum acordou primeiro, dando um beijo no rosto do alpha e saindo para preparar o café. Estava muito animado, se aquela era sua casa... Então aquela era sua cozinha, certo? Riu com o pensamento. Sempre quisera uma cozinha completa como aquela.

Terminou de preparar o café e se vestiu. Acordando o alpha em seguida – o loiro já havia colocado a ‘soneca’ do celular cinco vezes.

Sangwoo resmungou algumas vezes, mas finalmente levantou, se vestindo e tomando café. Sorriu ao comer a comida do rapaz, sentira falta daquilo também... Ele lhe acostumara mal.

Escovaram os dentes, pegaram os materiais e saíram. Indo para a universidade juntos.

Ainda no carro, Bum avistou Myung-Hee que o aguardava no local de sempre e Yangmi, que parecia esperar Sangwoo um pouco mais distante. Estranhou. Se as duas estavam ali, o natural não seria estarem conversando?

Sangwoo estacionou o carro e ambos desceram.

Yangmi caminhou rapidamente na direção deles, a garota vestia calças rasgadas, tênis, uma camisa onde se lia 19 Days e sorria animadamente ao vê-los juntos: - Falem que voltaram a morar juntos!?

Sangwoo suspirou: - Sim... Nós voltamos a morar juntos...

Bum corou levemente enquanto observava que Myung-Hee não se aproximara, pelo visto, esperaria até ele se afastar de Sangwoo e Yangmi. Não estava entendendo...

Yangmi aumentou o sorriso: - Meu ship não morreu. – falou comemorativamente.

Sangwoo desviou o olhar, um pouco sem graça: - Na verdade... – começou, fazendo a garota e o ômega fitá-lo: -... Nós estamos namorando.

A garota soltou um pequeno grito: - Não acredito! Você? – ela se voltou para o ômega: - Segurando ambas as mãos do rapaz: - Parabéns! Você conseguiu um milagre!

- Cala a boca... – murmurou Sangwoo, puxando o ômega para mais perto: - Quando for almoçar, me manda uma mensagem dizendo em qual restaurante você vai... Assim podemos almoçar juntos.

- Certo. – o ômega sorriu para o alpha, recebendo um beijo gentil nos lábios como recompensa.

- Até. – disse o loiro, se afastando com uma falante Yangmi.

Bum corou violentamente, virando para o lado e deparando-se com Myung-Hee.

A garota vestia um vestido que se assemelhava a um sobretudo bege, com meia calça preta e botas curtas no tom da roupa.

- O que foi isso? – perguntou curiosa, fitando os dois alphas se afastarem.

- Estamos namorando... – murmurou o rapaz sem graça.

- Sério? Parabéns! – ela sorriu: - Estou feliz por você!

A garota começou a andar em direção ao prédio em que teriam aulas, sendo acompanhada pelo moreno.

- Hm... Não consegui deixar de notar... Você tá evitando a Yangmi? – perguntou sem jeito.

- Com certeza. – respondeu sem pestanejar a baixinha.

Ia perguntar o que acontecera, mas logo se separaram. Não tinham aula juntos, mas combinaram que se encontrariam no almoço.  Entrou em sala de aula e fitou o professor. Não gostava dele... O homem era um verdadeiro ditador, qualquer som que ele imaginava emitido por um aluno era motivo para colocá-lo em sua lista negra. E se você entrava na lista negra dele... Bom... Era problemático, principalmente se queria se formar nessa vida.

Logo o período da manhã e a tortura terminaram. Mandou uma mensagem para Sangwoo e outra para Myung-Hee avisando onde almoçaria. Chegou ao local e encontrou a baixinha esperando-o. O prédio dela era mais próximo.

- O que aconteceu entre você e a Yangmi? – perguntou enfim.

A garota hesitou enquanto entravam no restaurante: -... Ela... Disse uma coisa e fez outra...

Bum piscou: - Como assim. – o rapaz pegou a bandeja pequena, sendo acompanhado pela garota. Ela parecia que iria continuar a falar, quando parou, desviando o olhar. O ômega não entendeu até ter a bandeja retirada das mãos. Fitou quem fizera isso e se deparou com Sangwoo – e parte de sua manada. Ele lhe entregou uma bandeja maior...

- Quê? – perguntou confuso.

- Você me serve e eu te sirvo, é mais prático. – o alpha respondeu simplesmente: - Você sabe o que eu devo comer, não?

Bum piscou, sim, sabia. Aquilo era um pouco estranho...

- O vínculo faz isso...? – perguntou confuso.

O loiro riu: - É... Você já estava fazendo sem notar, mas, achei melhor te deixar consciente. Bom isso vale para nós dois... – ele largou a bandeja menor, e pegou outra das grandes: - Pela quantidade de coisas que você tem de comer, melhor servir uma dessas...

- Eu não vou conseguir comer tanto assim! – respondeu um pouco apreensivo o ômega.

- Consegue sim, é só tentar. – Sangwoo já começara a servi-lo com diversas coisas diferentes.

-... Não consigo não... – murmurou o ômega, também começando a servir o que sentia que faria bem ao alpha. Fitou a parte da manada que estava ali: - Oi gente... – disse um pouco sem graça.

Yura sorriu com o cumprimento: - Oi mascote.

Taehyun se aproximou: - Você foi muito cruel fugindo de mim aquele dia. – ele riu: - Só queria te dizer que, caso você tente se conectar comigo e eu não responda, não tem nada errado, ok? Só estou ---

Yura o interrompeu um pouco sem graça: - Ele já entendeu que está tudo bem, você não precisa especificar.

Bum piscou diversas vezes, sendo abraçado por trás e ouvindo a voz familiar de Yangmi em seu ouvido.

- Imagine qualquer coisa sexual possível, é no que ele estará ocupado. – ela disse com um sorriso, soltando-o em seguida e indo se servir.

O ômega não a sentia realmente animada. Estaria imaginando coisas? Olhou para frente e viu Myung-Hee rindo e conversando com Chung Ho. Eles pareciam estar se dando bem...

Espera... Chung Ho não era aquele rapaz que estava afim da Myung-Hee e que ela daria um fora, ou algo assim? Não estava entendendo mais nada. Quando os olhos dele e da melhor amiga se encontraram, tiveram uma conversa silenciosa.

“O que você está fazendo?”

“Não sei.”

“Por que Myung-Hee?”

“Não faço ideia.”

A conversa visual não foi produtiva. Ia ter de interrogá-la depois... Terminou de servir o alpha e foi se sentar. Percebendo que Sangwoo reservara o lugar ao seu lado para ele. Ficou extremamente sem graça.

Colocou a bandeja diante do alpha e olhou para a sua. Definitivamente não conseguiria comer tudo aquilo. Ele era maluco?

- Impossível... – murmurou.

- Só tenta. – respondeu simplesmente o rapaz: - Começa com o que coloquei na frente, é mais importante.

Sangwoo havia criado uma ordem em que deveria comer? Respirou fundo: - Se eu não conseguir, vai ser um desperdício...

O alpha sorriu: - Se você não conseguir, eu como, ok? Não pensa nisso... Apenas tenta. Você tem que se nutrir melhor.

Bum corou suavemente e sorriu: - Ok. – iniciou a refeição.

Tudo ocorria bem, até Chung Ho presentear Myung-Hee com um suco.

- Laranja é o seu favorito, não? – disse o rapaz ao entregar.

- Na verdade é tangerina. – respondeu Yangmi, só percebendo o que fizera depois de abrir a boca.

- Pelo menos ele pensou em mim e comprou um suco. – respondeu friamente Myung-Hee: - Obrigada Chung Ho. – respondeu a garota ao rapaz, pegando o suco e levantando: - Eu tenho que ir. – ela saiu.

Chung Ho se virou para Yangmi: - Que merda foi essa? Por que você me corrigiu?

Bum piscou diversas vezes, ameaçou levantar quando foi segurado.

- Espera. – Sangwoo disse em um sussurro.

- Por que você errou o sabor? Quer saber? A verdade é que eu vou atrás dela. – Yangmi levantou e saiu da mesa, sendo seguida por Chung Ho.

- Melhor que k-drama... – murmurou impressionada Yura.

- Droga... Deveria ter pedido pipoca... Eu estava com desejo, por que não pedi? Teria sido perfeito... – completou Taehyun.

- Teria mesmo. – a loira riu,  fitando o ruivo e erguendo a mão: - Bate aqui.

O rapaz bateu, fazendo um belo high five.

Bum riu dos dois e fitou o alpha líder ao seu lado: - Como você sabia que ela ia atrás...?

- A conheço tão bem quanto ela me conhece. – ele bufou: - Você conseguiu, viu? – apontou para a bandeja.

Bum concordou: - Parecia um monte, mas... Acho que não era tanto assim...

- Na verdade era... – ele fitou o moreno: - Eu vou cuidar para você se alimentar melhor a partir de agora. Você tem que ir para o serviço, não?

- Sim...

- Vou pagar nossas comandas e te levar. – Sangwoo levantou: - Até. – disse para os dois alphas que permaneciam ali.

Os dois acenaram a cabeça, concordando com o afastamento do líder, aliás, eles continuavam conversando sobre a disputa de Chung Ho e Yangmi. O ruivo tinha certeza que a baixinha iria se apaixonar pelo rapaz, enquanto a loira apostava todas as suas fichas na morena de pontas azuis.

Bum começou a desconfiar que uma aposta real se iniciava... Sacudiu a cabeça negativamente, voltando-se para Sangwoo.

- Isso vai dar trabalho não? Você me levar... – perguntou preocupado o ômega: - Você não pode acabar atrasado para a próxima aula? – ele colocou ambas as bandejas na pilha para lavagem e seguiu o loiro.

- Dá tempo, seu serviço não é tão longe assim... – disse com simplicidade o alpha enquanto pagava a comanda de ambos.

- Tem certeza? – Bum realmente se preocupava que Sangwoo se atrasasse e perdesse alguma aula importante, afinal, era medicina... Espera, o alpha sabia onde trabalhava?

Sangwoo bufou. Por que o ômega não o ouvia? Já dissera mais de uma vez que estava tudo bem: - Por acaso você que ir com aquele Yoonjae? – perguntou um tanto indignado.

Bum corou: - Não... Claro que não... – fitou o alpha. Ele sabia? Que Yoonjae lhe dera carona durante aqueles dias?

“Está com ciúmes?”.

Bum não gostava de ciúmes exagerado, mas... Um pouco não lhe pareceu tão ruim. Sorriu.

O alpha se voltou para o moreno, esticando a mão: - Vamos?

Bum sorriu, apertando a mão do rapaz: - Sim.