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História Destined To Love You - Contando aos meus pais


Escrita por: SofrendoPor_5H

Notas do Autor


Heeey Guys! \o/
Como estão?
Bom... Demorei, mas voltei. **Aplausos, por favor!**

Bom, fui atormentada por um mês por um ser inconveniente que não me deixou em paz afim de uma maratona como presente de aniversario. Então... Vamos lá. (Agradeça a ela depois!)

FELIZ ANIVERSARIO, SAY!! \o/\o/\o/\o/
Aprecie bem seu presente... :P
P.S.: Não me peça mais nada até o ano de 2120. (;

--

Maratona 1/3

Vocês estão prontas crianças?
(respondam)
Eu não ouvi direito...
(respondam novamente)

Capítulo 80 - Contando aos meus pais


Fanfic / Fanfiction Destined To Love You - Contando aos meus pais

 

CAMILA POV

- Não acredito no que a Dinah me contou por ligação, ontem no final do dia! – Ally exclamou assim que entrei no carro para irmos para escola.

- Bom dia pra você tambem, Ally. – Sorri com a euforia da menor, já imaginando do que se tratava.  - Bom dia Tio Jerry!

- Bom dia, Mila.

- Já avisei Troy para nem me esperar hoje do lado de fora, porque você não vai escapar de me contar tudo.

Ri com a empolgação que Ally estava. Afinal, ela não seria a única que me seguraria, já que Dinah disse que estaria me esperando para eu contar tudo sobre a conversa que tive com meus pais.

Assim que o pai da Ally estacionou em frente a escola, Ally já segurou meu braço, como se a  qualquer momento eu fosse sair correndo e deixa-la para trás. Demos alguns passos, até que vi Dinah vindo ao nosso encontro. Por sorte nós tinhamos  chegado alguns minutos mais cedo.

- Hey losers, vamos sair logo daqui. Lauren já chegou e está que nem louca caçando a Mila. – Dinah pegou minha mão e de Ally e saiu arrastando pelo estacionamento, só então me dei conta que o carro da Lauren estava entre os demais carros. – Ela está te caçando e eu falei pra ela que você já tinha entrado e que ia pro banheiro e depois pra sala. Logo ela vai começar a vasculhar a escola inteira quando se der conta que você não está onde eu disse.

Dinah destravou o carro e abriu a porta de trás e entrou. Sem entender nada, eu e Ally fizemos o mesmo.

- Por que estamos aqui? – Questionei sem entender  o porquê de estarmos no carro dela.

- Pra Lauren não nos achar e se nos achar ela não vai nos ouvir – Dinah pegou o controle e ligou o radio do carro.

- Okay. Agora começa Mila. – Ally se ajeitou no banco e se virou em minha direção.

- Por onde querem que eu comece?  

- Me conta sobre essa historia de você pedir a Lauren em namoro. – Ally bateu palmas e Dinah a encarou com tédio.

- Eu já contei tudo ontem nanica... Não vamos perder tempo repetindo a historia toda novamente. Fora que eu contei três vezes porque você me obrigou.  – Ally revirou os olhos pra Dinah e bufou. – Conta de como foi a conversa com seus pais.

- Okay. Depois que você foi embora, minha mãe pediu para Sofia ir tomar banho e então decidi que seria a melhor hora de contar tudo.

- Oh meu Deus...

- Calada, Ally... Deixa a Chancho contar!

- Eu os chamei pra conversar e disse que tinha algo importante pra contar. Meu pai ficou me encarando confuso e minha mãe pareceu ficar preocupada. Eles se acomodaram no sofá e me incentivaram a continuar. Eu fiquei muito nervosa e não sabia como começar. Estava quase desistindo. Ai minha mãe me confortou dizendo que, sejá o que eu queira dizer, eu posso falar sem medo. Eles são meus pais e estão ali por mim. Meu pai vendo meu estado, disse que não ter repreensão, já que eu estava confiando neles para contar algo delicado e que eles estariam ali para dar apoio e ajudar.

- Ain que fofos... O tio Ale é tão querido. – Ally comentou e Dinah revirou os olhos.

- Bom, pelo menos pareceu ser mais facil do que imaginavamos. – Dinah deu os ombros.

- Eu comecei contanto primeiro que estava apaixonada por alguem. Meu pai projetou um “oh não” em tom baixo e eu minha mãe deu um tapa no braço dele. Depois disso eu bloqueei e não conseguir dizer nada.

- Então você não contou? Não falou sobre que está apaixonada pela Lauren? – Dinah já perguntou apavorada  e eu ri do desespero dela.

- Minha mãe se sentou ao meu lado e me abraçou. Disse que isso era bom. Não devia ter medo do sentimento porque era algo puro e bonito. As vezes pode ser um pouco doloroso, mas vale apena senti-lo, que faz bem estar apaixonado. Deixa a vida mais colorida e bonita. Meu pai pediu desculpa pela reação e disse que ficou surpreso e um pouco com medo de saber que esse era um sinal de que não era mais uma criança e que estava crescendo mais rapido do que devia.  – Respirei um pouco antes de continuar. Esfreguei a palma da minha mão na calça e voltei a contar. – Minha mãe me perguntou como eu me sentia a repeito da pessoa que estava apaixonada e eu contei. Ela sorria feito boba e meu pai falou que vai colocar grades na minha janela e mais trancas na porta. Só pra garantir que nenhum pervertido invada meu quarto nas madrugadas.

- Pobre Ale... Mal imaginava que era com uma pervertida que ele irá se preocupar. – Dinah riu e Ally a acompanhou.

- Foi o que eu disse pra ele. Eu disse que não era um pervertido, mas sim uma pervertida.

- Caramba... Eu queria estar lá pra ver isso! Como eles reagiram?

- Minha mãe colocou a mão no peito e falou “Jesus Cristo” mais alto do que ela esperava. Meu pai fez expressão de surpreso, mas parecia que ficou mais calmo em saber que era uma garota do que um garoto. Eu não sabia como seria dali em diante, então comecei a chorar. Meu pai rapidamente me abraçou e disse que estava tudo bem. Minha mãe ainda estava em choque. Meu pai não me soltou enquanto eu não parei de chorar. Minha mãe depois me abraçou tambem e disse que estava tudo bem e pediu desculpa pela reação dela, pois não esperava por isso.  Ela disse que não escolhemos por quem nos apaixonamos e que se era com uma garota que eu me sentia bem e se essa garota me fazia feliz, ela iria ficar feliz tambem. Meu pai disse que pelo menos não vai correr o risco de ser avô tão cedo.

Do nada, meu celular começou a tocar, assustando nós três. Peguei o aparelho e vi o nome da Lauren pulando na tela.

- É a Lolo. – Disse pegando o celular e preparando para atender, mas Dinah me impediu.  – Eu tenho que atender CheeChee... Ela vai ficar preocupada. Alem do mais, ela já deve ter ficado muito tempo me caçando atoa. Vou dizer onde estou.

- Okay... Atende logo e termina de contar antes que ela apareça aqui.

Atendi o telefone e me deparei com uma Lauren desesperada do outro lado da linha. Disse que encontrei Dinah na entrada e voltei no estacionamento para buscar um livro que ela deixou no carro. Ela logo disse que estava vindo ao nosso encontro.

- Ela está vindo aqui... Vou resumir tudo. Eu pedi desculpas pros meus pais e eles disseram que não era nada para se desculpar. Eles disseram que ficaram surpresos, mas isso não mudaria nada entre a gente e muito menos mudaria meu carater como pessoa. Eles disseram que me amam incondicionalmente e acima de qualquer coisa. Isso não era motivo de eu temer ou me envergonhar, já que nos sentimentos a gente não manda. A única preocupação é que eu seja feliz e se uma garota me faz assim, eles ficaram feliz tambem.

- Eles são tão fofos, não acha Dinah? – Ally questionou e Dinah semicerrou os olhos.

- Certo, Anã... são fofos!

- Minha mãe me pediu paciencia no começo, pois isso é algo novo para ela lidar e que talvez não consiga ser o mais natural possivel de imediato. Não pelo fato de eu querer me relacionar com uma garota, mas pelo fato de eu querer me relacionar. Meu pai ainda disse que estava contente por não precisar se preocupar em cuidar de netos antes do tempo, mas mesmo assim a porta do meu quarto vai ter que ficar aberta quando eu estiver com a Lauren.

- Então eles sabem que é a Lauren? – Dinah perguntou surpresa.

- Não! Necessariamente não disse que era ela. Eu estava abalada ainda e me disseram que eu não preciso contar quem é agora.  Posso fazer isso hoje, ou semana que vem. Eu posso contar quando me sentir a vontade pra isso. Eles me falaram que estão felizes por eu contar sobre meu interesse por garotas e não esperar que eles descobrissem por outras pessoas ou por si proprios.

- E quando você pretende contar? – Ally me perguntou.

- Hoje, após Sofia ir dormir. Vou contar que é a Lauren e que eu pretendo pedi-la em namoro. Meus pais gostam dela e, espero que isso não mude. Que eles não a vejam como uma pervertida que entrou na casa deles com a intensão de levar a filha mais velha deles pro mal caminho. Eu estou apreensiva sobre isso. Espero que eles entendam e eu vou tentar contar isso sem envolve-la em muitos detalhes. Não quero que agora que as coisas estão caminhando pra um rumo certo, dê tudo errado novamente.

- Não se preocupe Chancho, seus pais são maneiros... Eles vão te entender e te apoiar nessa.

- Eu espero CheeChee.

- Okay, vamos mudar de assunto que ela está chegando com a Mani. – Ally apontou pela janela do carro em direção a uma Lauren sorridente e uma Normani confusa.

Ally abriu a porta do carro e saiu, seguido por mim e por Dinah. Normani nos encarava com a testas enrugada e Lauren tinha uma expressão não muito diferente.

- Qual é da reuniãozinha no carro? – Mani encarou Dinah que deu com os ombros.

- Isso  é novidade tambem?

- Nós viemos pegar o livro com Dinah e como faltava muito pra começar a aula, resolvemos parar por aqui e comentar sofre series. – Ally deu com os ombros e eu concordei, assim como Dinah.

- Okay... – Normani ainda olhou desconfiada e Lauren da mesma forma.

- Hey, Lauren... Seja bem vinda novamente! – Ally disse sorrindo e abriu os braços para abraça-la. Lauren um pouco surpresa pela forma calorosa da menor, a encarou. – Qual é... Não vamos guardar ressentimentos por coisas passadas. Eu lhe pedi desculpa pelo meu comportamento imaturo.

- Desculpa, Ally! Está tudo bem... – Ally abriu os braços e abraçou a menor.

- Fico feliz que esteja bem e que esteja com a gente novamente.

- Eu tambem estou feliz! – Lauren sorriu e soltou a pequena.

- E eu, não ganho abraço tambem? – A provoquei vendo um grande sorriso surgir.

- É bem por isso que eu estou aqui. – Lauren envolveu os braços sobre meus ombros e eu a puxei para um abraço.

- Seja bem vinda novamente. – Dei um beijo em seu rosto e a apertei mais. – Senti sua falta. Não sabe o quanto estou feliz por tê-la de volta.

- Eu tambem estou feliz por estar de volta.

- Okay... Acho que temos que ir. – Mani avisou mostrando a hora pela tela do celular.

- Onde está sua mochila Lolo? – Perguntei ao notar que estava sem nenhum material.

- Na sala. Eu deixei lá e depois fui procurar por você.

- Vamos então? Temos aulas chatas para assistir.

Lauren jogou seu braço por cima do meu ombro e seguimos até a sala. No caminho, encontramos Vero que pulou no colo de Lauren para um abraço. Shawn deu um abraço aperto,assim como Siope. Troy pegou Lauren no colo e a rodopiou no ar. Alexa deu abraço rapido e Keana tentou fazer o mesmo, porem Lauren me abraçou antes que ela se aproximasse.

As três primeiras aulas passaram rapidamente. Na hora do intervalo, Lauren teve que ir até a sala dos professores para eles explicarem como seria para ela recuperar os conteúdos e não ficar atrasada e correr o risco de ficar em dependencia. Enquanto isso, eu, as meninas e Troy seguimos até o refeitorio como de costume.

Voltamos a proximas aulas e Lauren ainda não tinha retornado. Cerca de quinze minutos depois, ela aparece com uma autorização e o professor liberou  a sua entrada e ela logo se sentou ao meu lado.

- Hey! – A cumprimentei assim que ela se sentou ao meu lado. – Está tudo bem?

- Sim! Digamos que terei algumas atividades extra durante essa semana, mas logo estarei acompanhando o conteudo normalmente. Eles decidiram que ao menos essa semana eu tenho que vir tanto de manhã, quanto a tarde para repor as aulas. Espero não morrer de tédio e nem durmir. Quando disse que estava com saudades da escola, não era no sentido de pretender passar mais tempo aqui. É tarde demais para eu retirar minhas palavras?

- Acho que sim Lo. – Ri baixo enquanto Lauren encostou a testa na mesa.  – Poderia ser pior... É apenas essa semana... Imagina se fossem duas ou três?

- Nem brinque com isso, Camz. – Lauren fez o sinal da cruz.

Seguimos as duas ultimas aulas. No final das ultimas aulas, como nas anteriores, os professores seguravam a Lauren para falar com ela. Então mal me despedi para ir embora.

Assim que cheguei em casa, como de costume, fui em seguida buscar Sofia na escola. Passamos a tarde fazendo o mesmo de sempre, comendo, assistindo TV  e brincando. Quando minha mãe chegou, nos cumprimentou com um beijo e descansou antes de ir preparar o jantar. Ela pediu para Sofia subir e tomar banho.

Desde a conversa de ontem a noite, eu não falei direito com a minha mãe depois. Eu estava com receio e ela parecia evitar qualquer questionamento a respeito, porem apresentando claramamente querer me questionar ou dizer algo.

- Mama?

- Sim...

- Tudo bem? – Ela me analisou por um momento com um livro em mãos.

- Está... Eu só estou um pouco cansada com a movimentação da loja. Essa semana está bem sufocante. – Ela se abanou com o livro e claramente vi que não era isso que  estava a incomodando.

- Mas a semana começou hoje... – Respondi e ela pensou por alguns segundos. – É por causa da nossa conversa não é?! Eu entendo Mama, acredite e mim. Eu sei como você está se sentindo agora e por isso eu não contei desde que comecei a sentir algo diferente por uma garota. Você e o Papa me ouviram ontem, acho que tenho mais do que obrigação de ouvir o que vocês tiverem de me dizer... Por isso, eu prefiro que fale o que está se limitando, do que ficarmos agindo que a conversa de ontem nunca existiu.

- Não me interprete mal, mas ainda estou processando tudo. É... É diferente pra mim. Não me veja como preconceituosa ou algo do tipo. Eu te aceito assim... eu sei que isso não afeta seu carater como pessoa e você não vai deixar de ser menos incrivel por causa disso. Talvez seja apenas uma fase, uma curiosidade ou afeto a mais. – Minha mãe suspirou e largou o livro no sofá, vindo se sentar ao meu lado no outro. – Sabe, quando a gente descobre que está gravida, é uma alegria imensa. O poder de saber que está gerando uma vida em si é algo incomparavel. A primeira ansiedade é de saber o sexo da criança, pra poder escolher o nome, começar a escolher as roupinhas e enxovais. Ai depois vem a ansiedade dos ultimos meses, de querer saber como será o rostinho, se nascera com cabelo ou não... se vai puxar mais traços do pai ou da mãe... Eu senti tudo isso... toda a emoção da gravidez. Depois que nascem, começamos a criar uma vida inteira para nossos filhos. Mal entraram na escolinha e os pais já estão pensando na faculdade. É sempre assim... a gente sempre cria um futuro distante, esperando que seja concretizado da forma que a gente quer. Eu levei você na escolinha pela primeira vez e já conseguia imaginar você se formando e se preparando para a faculdade. Conforme você foi crescendo, eu e seu pai fomos fantasiando um futuro ideal. A gente nunca contou, mas quase todas as noites ficamos falando sobre a vida sua e da sua irmã. Sobre seu desejo de ser uma advogada bem sucedida, de logo poder comprar seu proprio carro e conhecer um cara legal, que te ame e cuide bem de você. Que com os anos vocês se casem e nos dê pelo menos dois netos. Talvez nossa ilusão foi o que nos deixou um tanto desnorteados na hora, mas vimos que, não somos nós que vamos fazer seu futuro. A gente te acompanhou até uma certa idade e depois preparamos para o futuro que você irá criar. Será sua realidade que teremos que aceitar e não nossas fantasias. – Minha mãe abriu um sorriso fraco e eu retribui, sentindo  o peso de suas palavras. – O que eu quero dizer é que, independente de suas escolhas, estaremos aqui para te apoiar e ajudar, se no caso, sua escolha for o que te faça feliz.

Senti uma lagrima escorrer pela extensão do meu rosto. Minha mãe me puxou e me envolveu em seus braços. Eu a abracei de volta e apertei. Eu chorava, mas era de alivio. Alivio de saber que tinha a melhor familia que qualquer ser humano desejaria ter. Em meio as dificuldades, em meio aos caos, em meio as barreiras e lutas, minha familia sempre se mantinha unida. Sempre dando suporte um ao outro. Eu era grata por ter como pais o casal mais incrivel do mundo. Eu não podia reclamar de falta de carinho ou atenção, pois isso sempre teve de sobra em casa. Eu nunca poderei reclamar por falta de amor, pois meus pais transbordam esse sentimento o tempo inteiro entre nós.

- Obrigada Mama. Obrigada por não me julgar ou me tratar com indiferença. Eu prometo que isso não será motivos para se decepcionarem comigo. Eu prometo continuar me esforçando em tudo e dar o meu melhor.

- Eu sei meu bem... Eu sei e eu acredito em você. Eu te amo e isso é o que importa no momento. O que te faz feliz sempre me fará feliz tambem. Eu não quero que você sofra. Não quero que você chore por ter o coração machucado por um amor. E se isso acontecer, não tenha medo, não amaldiçoe o sentimento intenso. O que não vale a pena é a pessoa, o amor sempre é necessario. Quando se encontra a pessoa certa, você vera que cada suspiro que você deu pela pessoa, valeram a pena.

- Amo você! – Abracei minha mãe novamente e ela me deu um beijo.

- Eu amo você. Amo com todas minhas forças. – Ela segurou minha mão e beijou. – Bom, acho que isso era realmente preciso. Eu me sinto mais leve, sabe?! – Assenti com a cabeça e ela sorriu. – Me desculpa se eu te deixei um pouco angustiada com minha primeira reação.

- Está tudo bem! Eu entendo e... Acredite, eu fiquei bem surpresa. Eu esperava o pior sabe?

- Não sei porquê... Isso não é motivo de se envergonhar ou temer. A gente não escolhe quem amamos. A gente simplesmente ama. É simples assim. O ser humano que complica tudo. – Minha mãe se levantou e ajeitou o oculos. – Quer me ajudar com o jantar?

Assenti e acompanhei minha mãe até a cozinha. Chegando no comodo, minha mãe abriu o armario pegando uma panela grande.

- O que vai fazer pro jantar? – Questionei ao ver minha mãe encher a panela com agua quente.

- Vou cozinhar massa. Estou pensando em fazer com frango e legumes, o que acha?

- Acho otimo! – Sorri indo em direção a porta superior do armario para pegar uma caixa de massa e entreguei a minha mãe.

Assim seguimos para preparar o jantar. Enquanto o frango e a massa cozinhavam, eu ajudava minha mãe a cortar os legumes. Sofia logo chegou querendo ajudar. Minha mãe deu um pacote de pó para refresco sabor uva e uma jarra com agua gelada para a menor. Eu peguei uma colher de cabo longo e a entreguei.

Em meia hora o jantar estava pronto!  Eu fui tomar um banho rapido enquanto meu pai não chegava. Assim desci até a sala, meu pai  atravessou a porta. Dei um beijo nele e fui para cozinha. Logo todos nos juntamos a mesa para desfrutar do jantar. A massa ficou otima. Sofia que odeia legumes  comeu e não reclamou em nenhum instante.

Meu pai como de costume, perguntou como foi nosso dia. Eu contei sobre a volta de Lauren a escola e como as meninas ficaram contente ao recebe-la.  Sofia contou sobre sua professora ter dito a turma que estava a espera de um bebê e que todos ficaram felizes. Meu pai em sua felicidade, nos contou que vai receber um reajuste no salario do proximo mês.

Logo que tudo terminou, eu fui ajudar a lavar a louça e meu pai foi conversar com a Sofia na sala. Quando eu terminei com minha mãe, fomos no local onde os dois estavam. Sofia havia adormecido com a cabeça no colo do meu pai enquanto ele contava uma historia a ela.

Eu e meu pai ficamos vendo TV, enquanto minha mãe continuava lendo seu livro de romance. Vi quando meu pai me analisou por alguns segundos e abaixou o volume da TV.

- Kaki?

- Oi...

- Eu... Eu queria conversar com você. Sobre o assunto de ontem. Tudo bem por você? – Ele olhou para mim e em seguida para minha mãe, que estava nos analisando por cima do oculos.

- Está sim... – Respondi vendo ele relaxar um pouco.

- Pode falar Ale, eu já conversei com ela mais cedo. Está tudo bem. Nossa filha é compreensiva e temos que ser com ela tambem. – Minha mãe o encorajou a continuar. Eu apenas esperei seu questionamento seguinte.

- Bom, sua mãe deve ter dito um pouco sobre o que pensamos. Eu sei que isso é dificil para você tambem. Imagino que deve ter ficado um tanto apavorada quando se deu conta de estar afim de uma menina. – Meu pai se virou um pouco para meu lado, mas com cuidado para não acordar Sofia. – Eu quero dizer é que, eu estou aqui para te apoiar e mesmo que seja uma menina, se quebrar seu coraçãozinho, eu dou um jeito para ela quebrar o rostinho lindo dela tambem.

- Alejandro! – Minha mãe o advertiu e meu pai ergueu a mão em redenção.

- Acidentes acontecem Sinuhe. A garota pode estar andando e acidentalmente tropeçar numa corda esticada no meio do caminho.

- Dei risada da cara de reprovação de minha mãe e meu pai me acompanhou.

- O que eu quero dizer é, que nada muda em circunstancia de você gostar de uma menina. Até porque eu nem sei se esse sentimento é reciproco.  – Meu pai analisou o fato de eu não mencionar estar com uma garota, mas apenas gostar de uma.

- Eu gosto de dela. Gosto muito, na verdade. Eu acredito que ela tambem gosta de mim.  – Respondi e meu pai analisou novamente.

- Vocês já se beijaram? – Meu pai questionou e tanto eu quanto minha mãe arregalamos os olhos.

- Se eu disser que não, estaria mentindo. – Respondi com sinceridade. Minha mãe abriu a boca em indignação e meu pai me olhou incrédulo.

- Okay... Vamos com calma. – Minha mãe disse olhando meu pai. – Então vocês já estão juntas?

- Não! – Respondi de imediato. Apesar de me envolver com Lauren, não temos nada.

- Bom, então... vocês pretendem ficar juntas? - Meu pai questionou. Minha mãe ainda me analisava um tanto indignada.

- Eu quero pedi-la em namoro ainda essa semana. Eu a amo e acho que eu já perdi muito tempo me negando esse sentimento. Eu realmente a amo e quero algo serio com ela, pai. Eu estou disposta a tem um compromisso serio com ela. Por isso eu precisava antes dizer a vocês e pedir a compreensão e permissão para isso.

- Oh meu Deus! – Minha mãe disse colocando a mão no peito.

- Sinuhe, se acalme! – Meu pai falou a encarando.

- Eu não imaginava que já estava se preparando para um relacionamento. Eu achei que era algo platonico.

- Me desculpe! – Respondi baixando a cabeça. Talvez fosse um tanto em cima da hora para contar. Não podia julga-los por reagirem de qualquer que fosse a maneira.

- Está tudo bem, filha. Não tem o que se desculpar aqui. Você está sendo honesta conosco e é isso o que importa. A verdade sempre é justificada, a mentira não. Não vamos te punir por estar sendo sincera com a gente.

Levantei a cabeça e encontrei meu pai com um sorriso sincero nos labios. Minha mãe parecia um pouco hesitante, mas não se opôs as palavras do meu pai.

- Bom, já que pretende levar isso a um relacionamento serio, eu quero dizer que, o modo tradicional ainda se mantem. Queremos conhece-la e conhecer sua familia tambem. Ela terá que vir aqui para conhecermos e saber de suas intenções com você!

- Acho que não vão precisar conhece-la... – Respondi sentindo meu rosto queimar ao lembrar que felizmente, ou não, meus pais conhecem minha pretendente a um bom tempo.

- Como assim? – Minha mãe perguntou sem entender. – Não me diga que já aconhecemos?

- Quem é ela, afinal? – Meu pai perguntou tentando buscar entender quem seria a pessoa com quem estaria me relacionando.

- Vocês já a conheceram... – Respirei fundo e olhei para ambos. Comecei a mexer em meus proprios dedos por nervosismo.  –  Eu estou apaixonada pela Lauren.

 


Notas Finais


Tudo legalzinho... Tudo bonitinho, mas e agora que eles sabem que é a Lauren, será que vão mudar de ideia??

Até daqui a pouquinho! \o/


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