História Destino, Coreia! - Bangtan Boys (BTS) - Tentando agir normalmente.

Ponto de vista do Sehun.

Depois de todas aquelas notícias sobre a S/N, eu não tinha mais esperança de ver a mesma na escola, eu não iria desistir dela, porém, eu teria que pensar uma forma de me aproximar dela, e foi isso que eu fiz o final de semana inteiro.

Quando nos aproximamos da escola hoje vimos um mini tumulto, quando saímos do carro e vimos que era por causa da presença da S/N eu paralisei, por um segundo eu não acreditava no que meus olhos estavam vendo.

Era ela ali, bem na minha frente, não fazia nem uma semana que não via a S/N na escola, porém, para mim, parecia que era uma eternidade, naquele momento eu soube que tinha que fazer alguma coisa, sabe-se lá quando eu ia ter a oportunidade de falar com ela.

Não pensei duas vezes peguei segurei o pulso dela e levei até o carro, eu não sabia para onde a gente deveria ir, então no meu silêncio, o meu motorista entendeu que iriamos voltar para a minha casa, no carro eu já não estava acreditando que estava bem na frente da S/N.

E agora eu não acreditava que a S/N estava no meu quarto, a mesma me encarava séria, e com certa indiferença, eu não queria deixar transparecer meu nervosismo de ter ela aqui, tinha que tentar agir normalmente, mas isso era bastante difícil, ainda mais com ela me olhando assim.

- Então, me trouxe aqui por que? – Ela me encarava.

- Acho que você tem que me explicar algumas coisas. – Encaro ela.

- Tenho? – Ela sorri. – Acho que não.

- Ah, não? – Sorrio de lado. – Então o fato de que da última vez que nós nos vimos eu encontrei você arrombando uma gaveta da sala dos professores no meio de um apagão, depois você usou um extintor de incêndio para abrir outra porta e nós dois saímos da escola pela janela do vestiário. Serio que você não acha que tem que explicar nada? – Encaro ela e ergo uma sobrancelha.

- Ok, eu reconheço que é um pouco diferente, então eu explico, o negócio é o seguinte, confia em mim, é complicado.

- Vou querer uma explicação um pouco melhor.- Nesse momento escuto a Hea batendo na porta, a mesma entra com uma bandeja de café da manhã, ela tinha caprichado. – Obrigado, pode deixar aqui.

- Qualquer coisa pode me chamar. – Hea tentava disfarçar, porém, era bem claro que a mesma estava curiosa sobre a S/N. O que eu não julgava, eu não era de trazer garotas para casa. Ela deixou a bandeja e saiu do quarto.

- Então, agora você pode começar a explicar. – Olho para a S/N de volta.

- Por que tenho a impressão que você não recebe muitas garotas aqui? – Ela sorri de canto para mim.

- Porque não recebo mesmo. – Tento não ser intimidado. – Acho que você deve ser a primeira na realidade. – Falo despreocupado enquanto pegava um copo de suco.

- Nossa, vou me sentir especial assim. – Ela sorri e pisca para mim, será que ela tinha alguma ideia de como é provocante? Ela se serve de uma xícara de café, e a mesma não coloca açúcar, garota de gostos peculiares.

- Pode até se achar especial, ainda vai ter que me explicar, o que eu quero saber. – Pego uma torrada e encaro ela.

- Então vamos fazer assim. – Ela toma um gole de café. – Você pergunta e eu respondo.

- Certo. Vou começar, por que você estava querendo o laudo do corpo de bombeiro?

- Porque rouba-lo era a única forma de parar a investigação da bomba. – Ela responde rápido.

- Por que queria parar a investigação da bomba? – Olho para ela desconfiado.

- Não é bem óbvio? – Ela pega enquanto passava geleia em fatia de pão. Eu faço que não com a cabeça, e a mesma balança a cabeça em negação. – Eu queria parar a investigação da bomba porque fui eu e o Jin que fizemos a bomba.

- Oi? – Olho para ela surpreso. – Como assim? – Ela me encara com calma. – Quero dizer, porque colocaram fizeram a bomba?

- O Jin precisava pegar uma coisa na sala dos professores, a ideia era só acionar o alarme de incêndio, mas a minha cena dramática com o Yoongi não saiu como planejávamos, aí o Jin resolveu usar a bomba. – Ela comia tranquila e tomava mais um gole de café.

- Então você está querendo dizer que tudo aquilo, o apagão, a bomba foram tudo você e seus amigos? – Eu não escondia minha surpresa, tinha até esquecido de segurava uma torrada.

- Foi. – Ela confirma com naturalidade.

- E onde você aprendeu a arrombar fechaduras e fazer bombas? – Olho para ela desconfiado.

- Sei lá, por aí, eu e o Jin sempre fomos curiosos e também somos inteligentes, enfim uma coisa puxou a outra.

- Nossa. – Eu tomei um gole do meu suco, para disfarçar minha boca aberta.

- Olha só, foi legal você me ajudar e tudo mais, e agora provavelmente o Jin já explicou para os seus amigos também, sobre o porquê você me trouxe aqui, então deixa eu te contar uma coisa. – Ela me encara séria. – Nós temos uma regra, se você ou seus amigos deduraram a gente, a gente vai atrás de vocês.

- Está me ameaçando? – Olho para ela desconfiado.

- Digamos que seja mais uma informação útil. – Ela sorri de uma forma intimidadora.

- Você não tem medo de mim? – Eu encaro ela.

- Por que eu deveria ter medo de você? – Ela me encara e depois sorri de forma debochada. – Por causa desse lance da sua família ser da máfia e tudo mais?

- É, geralmente isso intimida as pessoas.

- Sehun, vou ser bem sincera com você, já que você parece ser um cara legal, seu pai pode ser uma pessoa intimidadora, e talvez eu até tenha medo do seu pai, sei lá, mas o lance é que eu não estou falando com seu pai, estou falando com você, e você não me intimida.

- Mas eu posso pedir ajuda de qualquer pessoa ligada à minha família, ou até para o meu pai, e ameaçar você. – Encaro ela.

- Se você precisa de ajudar de terceiros para me ameaçar, aí sim que eu nunca vou me sentir intimidada por você. – Ela sorri.

- Como assim?

- Porque aí, aos meus olhos você será só um covarde que se esconde atrás dos outros. A diferença é que se você entregar ou eu ou o Jin, ou qualquer um dos nossos amigos, quem vai atrás de você, sou eu e o Jin, não vamos mandar ninguém fazer o nosso trabalho, entendeu a diferença?

- Entendi. – Ela era mesmo incrível, um pouco assustadora, mas incrível. – É justo, mas não se preocupe, eu não tenho planos de entregar vocês, e nem meus amigos, que são seus amigos também, não são?

- Sim, eu gosto do Kai e do Chany. – De uma hora para outra ela muda de personalidade e sorri de forma gentil, essa garota vai dar nó na minha cabeça.

- Certo, agora está tudo resolvido, vamos terminar de tomar café e vamos voltar para a escola. – Sorrio para ela.

- Olha. – Ela me encara e sorri.

- O que foi? – Olho para mim mesmo achando que tinha algo de errado comigo.

- Difícil ver você sorrindo. – Ela pega um morango. – Sempre está sério, sinceramente, as pessoas devem ter medo de você não por causa da sua família, e sim por causa dessa sua cara fechada.

- Está me chamando de feio? – Dou risada de forma discreta.

- Não, só estou falando que você é muito sério, não te acho feio.

- Sei lá, eu não percebo que sou sério, essa é minha cara de sempre. – Falo enquanto pegava outra torrada.

- Devia sorrir mais, fica muito bonito sorrindo. – Ela fala comendo.

- Se você me fizer sorrir, eu vou sorrir. – Encaro ela e sorrio.

- Ok. – Ela fala despreocupada. Será que ela ao menos percebeu que isso era uma cantada? Ela nem ficou vermelha ou sem graça. – Agora me conta uma coisa sobre você.

- O que? – Olho para ela sem entender.

- Sei lá, você me trouxe até a sua casa e só perguntou, me conta algo também. – Ela tomava o restante do café dela.

- Hum, tipo o que?

- Sei lá, deixa eu pensar. – Ela fica pensativa uns instantes. – Ah já sei, por que voltou para a escola?

- Como assim?

- Me contaram que vocês foram expulsos, e quando o prazo dessa expulsão acabou, vocês voltaram, por que?

- Cansei de estudar fora do país, gosto de Coréia e quis voltar.

- Por que você e o Namjoon não se dão bem? – Ela me olha curiosa.

- Não gosto de gente que se acha melhor que os outros.

- Também não gosto, mas me contaram que vocês brigavam sempre, e tipo, é normal para você sair brigando com todas as pessoas que se acham melhor que os outros?

- Claro que não né.

- Então por que o Namjoon?

- Por que toda essa curiosidade sobre o Namjoon? Vocês são amigos por acaso? – Olho incomodado para ela.

- Não, acho que não, enfim, só pergunto porque é diferente, nunca vi ninguém ter esse tipo de rivalidade com alguém. – Ela percebe que eu fiquei incomodado.

- Olha, outro dia eu conto sobre esse assunto para você, só não é assunto para um café da manhã.

- Ok. – Ela toma mais um gole de café.

Ficamos em silêncio por um tempo, um silêncio bem desconfortável, e o pior era que eu sabia que a culpa era minha, mas eu realmente não gostava de tocar no assunto Namjoon, podia ser infantil da minha parte, porém, era algo que me incomodava. A mesma apenas ficou em silêncio olhando para o café na mão dela, eu olhava ela discretamente, a mesma era muito linda. Eu precisava quebrar esse silêncio horrível, mas não sabia como.

- Me desculpa. – Falamos ao mesmo tempo.

- Não. – Ela sorri tímida. – A culpa é minha, eu não tenho que ser tão intrometida assim.

- Não, olha, é que eu não sou acostumado a conversar muito com outras pessoas, não sou tão sociável como você, aí sei lá, a culpa é minha.

- Me acha sociável? – Ela me encara.

- Claro, é amiga de um monte de gente famosa, e tem vários amigos na escola, e hoje eu te trouxe para cá, porque tinha tanta gente querendo sua atenção que seria impossível a gente conversar na escola.

- Ah, sobre isso. – Ela sorri sem graça. – Acredite, eu não gosto tanto de atenção assim, tipo sei lá.

- Você é mais o tipo que arromba fechaduras no escuro? – Sorrio para ela.

- Sim, acho que sim. – Ela ri de forma doce.

- S/N... – Coloco o copo de suco na mesa e respiro fundo para falar com ela. – Eu queria te dizer que ... – Eu olho para ela, e a mesma me olhava de uma forma gentil, eu precisava ter coragem, eu vou conseguir. – Dizer que ...

- Que? – Ela me olhava sem entender.

- Que acho que temos que voltar para a escola. – Respondo frustrado.

- Ah é. – Ela pega o celular na bolsa para checar a hora. – Verdade, vamos. – Ela coloca a xícara na mesa e levanta indo até a porta.

- Sim. – Eu sorrio desanimado, levantei e vi a S/N indo até a porta, eu não podia deixar ela passar por aquela porta sem fazer alguma coisa, mas o que eu ia faze eu não sabia. A mesma para na frente da porta e me olha, como se estivesse me esperando. Coragem, eu vou conseguir, respiro de novo e vou até ela e fico na frente dela. – S/N, eu... – Ela me olhava confusa, aí porque ela tem que me encarar assim, ela me desconcentra. – Eu... eu...aff. – Resmungo.

- O que você tem? – Ela me encara sem entender.

- Eu quero te falar uma coisa, mas eu não consigo, e eu travo, é isso. – Olho derrotado para o chão.

- Tem alguma coisa no meu dente? – Ela leva a mão na boca preocupada.

- Não. – Olho para ela e acabo rindo da reação dela.

- Então tem alguma coisa errada com a minha roupa? – Ela olha para si mesma procurando alguma coisa.

- Não. – Respondo rindo. – Não tem nada de errado com a sua aparência, está linda como sempre, o que eu queria te falar é outra coisa, tipo acho que acabei de descobrir que sou tímido.

- Hum. – Ela me olha de forma gentil. – O que você tem para me falar é urgente?

- Não, eu acho que não é questão de urgência, só de importância mesmo. – Falo pensativo.

- Então tudo bem. – Ela me olha e abre o sorriso mais lindo. – Vamos ter muito tempo para você conseguir me falar, lembra eu tenho que te fazer sorrir.

- Verdade. – Sorrio para ela.

Ficou bem claro que eu não ia conseguir ter uma conquista agressiva com a S/N, essa de chegar se declarando e tudo mais, não ia rolar, talvez agora eu entendesse o porquê o amigo dela acabou travando, a S/N causava esse tipo de reação. Porém, eu não ia desistir, se hoje eu, não evolui tudo que eu queria, ao menos eu, evolui um pouco mais, eu ia fazer parte da vida dela, nem que fosse aos poucos.