História Destino, Coreia! - Bangtan Boys (BTS) - Acabou a paciência.

Ponto de vista do Namjoon.

A notícia da Rose sobre a S/N e o Sehun, mexeu comigo, era como se ela estivesse me confirmando qualquer coisa que eu estava pensando desde o dia do apagão, estivesse confirmando algo que estava óbvio, lá no fundo eu não queria aceitar, eu lembrava do dia que eu conheci o Sehun.

Flashback da infância do Namjoon on.

- Ei hyung. – Chamo meu irmão.

- O que foi Nam?

- Por que aquele homem sempre anda cercado de seguranças? Ele é importante? – Eu via figura de um homem não muito alto, porém muito sério.

- Aquele ali Nam, é o senhor Oh. – Meu irmão se abaixa para ficar na minha altura. – Ele não é importante Nam, ele é perigoso.

- Como assim hyung? – Olho assustado para ele.

- Você sabe como o papai trabalha?

- Ele trabalha em um escritório enorme, tem uma mesa grande e uma cadeira que gira. – Respondo.

- Sim, o papai trabalha nesse escritório legal, porque o mesmo é um empresário, empresário constroem coisas, como shoppings, hospitais, prédio, e até a escola que você estuda, foi o vovô que construiu, o vovô também era empresário. É um trabalho legal, não é?

- É sim.

- Pessoas como nosso pai e os pais dos seus amigos, trabalham muito para melhorar nosso país e ajudar as pessoas, já pessoas como aquele homem é o oposto, aquele homem ali faz mal para as pessoas.

- Por que? – Olho surpreso para o meu irmão.

- Porque é assim que ele ganha a vida, tudo que ele faz é errado e do mal, por isso ele anda com tantos seguranças, porque não confia em ninguém, quem faz mal para as pessoas Nam, atraí o mal para si próprio, por isso ele precisa dos seguranças.

- Então ele é um bandido?

- Isso mesmo.

- Por que a polícia não prende ele?

- Porque Nam, as pessoas têm medo dele, é complicado de explicar, quando você ficar mais velho eu irei te explicar melhor, só saiba que ele é uma pessoa do mal e tudo que ele faz é errado, ele não é um exemplo a ser seguido, você deve evita-lo, certo?

- Certo. – Sorrio para o meu irmão.

- Agora vai brincar.

Meu irmão era bem mais velho que eu, e sempre foi muito gentil comigo, e eu confio nele, então se ele dizia que aquele homem era do mal eu acredito. Me afasto das mesas e vou até o campo de futebol para brincar com os outros.

- Oi. – Encontro Hoseok no caminho.

- Oi Nam, você viu que tem um menino novo no clube?

- Não, quem é?

- É aquele ali. – Amigo X aponta.

- Nunca vi ele aqui antes, vamos lá conversar com ele. – Amigo Y corre na direção do menino. – Ei você, você sabe jogar?

- Sei. – Ele responde tímido.

- Vamos jogar então. – Chamo ele. Ele parecia ser legal, e jogava bola bem, depois de passarmos um tempo jogando cansamos e resolvemos ir no parquinho.

- Ei qual é o seu nome? – Amigo X pergunta.

- Meu nome é Sehun, Oh Sehun.

- Oh? – Pergunto surpreso.

- Seu pai não é aquele que sempre chega cercado de homens? – Hoseok encara o menino.

- É sim, são os seguranças dele.

- Saí daqui. – Vou até ele e empurro o mesmo.

- Por que fez isso? – Ele cai no chão e me encara.

- Saí daqui, seu pai é mal, não quero ser seu amigo. – Olho feio para ele.

- Meu pai não é mal. – Ele levanta e me olha bravo.

- É sim, meu irmão me contou, seu pai é bandido.

- Meu pai não é bandido. – Ele me empurra, e começamos a brigar até nossos amigos nos separam.

- Saí daqui garoto, se o irmão do Nam disse que seu pai é bandido é porque é verdade. – Amigo Y fala.

- Você deve ser bandido também, vai embora. – Hoseok fala bravo.

- É vai embora, não queremos você aqui. – Amigo Y.

Flashback da infância do Namjoon off.

Depois daquele dia eu e o Sehun sempre brigávamos no clube, depois o mesmo se aproximou de uns novos ricos caipiras que chegaram no clube, e até na escola, sempre brigávamos, mas era coisa de criança. Eu odiava o Sehun, talvez de uma forma que eu nunca pensaria em odiar alguém, o motivo disso era só um, eu desconfiava que a família dele era responsável pela morte do meu irmão.

Para as notícias do mundo, para a polícia, enfim para todos, foi contando que meu irmão tinha morrido em um acidente de carro, só que o que não foi contado em lugar nenhum, foram as circunstancias que esse acidente aconteceu.

No dia do acidente do meu irmão, ele tinha dispensado o motorista, algo que não era comum, mas o mesmo fez isso, e ainda mais estranho foi que ele usava outro carro, o carro dele tinha ido parar no mecânico naquela semana, tudo isso me parecia muita coincidência para uma situação só.

Agora o fato que mais me intrigava era que, eu ouvi umas semanas antes, uma conversa do meu irmão, o mesmo discutia com seu secretário, que era um funcionário de confiança de anos do meu pai e depois do meu irmão, uma vez ele até tinha comentando que iria me apresentar ao filho dele, esse que era um ano mais novo que eu apenas.

Flashback de mais de um ano atrás on.

Não era comum meu irmão discutir com as pessoas, o mesmo sempre foi bastante calmo e tranquilo, porém, já tinha uns dias que ele parecia preocupado e agitado, meu pai tinha viajado para um país na Europa já tinha uns dias e parece que estava acontecendo alguma coisa, não me aguento de curiosidade e resolvo escutar a conversa.

Conversão do irmão on.

Irmão: Eu não sabia que as coisas estavam assim.

Secretário: Seu pai não quis te dar os detalhes para te poupar, mas a situação é essa.

Irmão: O que adianta me poupar agora?! Aí, também não adianta lamentar, já está acontecendo, só que eu não sei como evitar.

Secretário: Se a decisão coubesse ao seu pai, ele iria falar com o senhor Oh.

Irmão: Por causa de decisões assim que estamos nessa situação.

Secretário: Mas eu acredito que ...

Irmão: Não quero me envolver com essa gente, sabemos muito bem a origem dos negócios da família Oh, não é surpresa para ninguém.

Secretário: Eu sei senhor, mas já envolvemos eles uma vez, talvez agora tenhamos que fazer isso novamente.

Irmão: O preço que eles cobraram naquela época foi alto demais, você sabe disso.

Secretário: Se o senhor não fizer alguma coisa o preço agora será alto também, temos algumas semanas até tudo isso vir à público, se isso acontecer irá ter investigações as ações iram cair.

Irmão: Talvez fosse melhor que isso tudo acontecesse, não sei como tudo isso chegou a esse ponto, mas é evidente que está dando errado, na minha administração eu não vou permitir isso.

Secretário: Senhor não culpe seu pai, as coisas naquela época eram muito difíceis, seu avô foi sonhador e idealista demais e isso afetou a administração do seu tio e do seu pai.

Irmão: E em vez deles tentarem resolver, eles pediram ajuda da família Oh? Não é para menos que esse fantasma voltou para nos assombrar.

Secretário: Podemos fazer isso de novo.

Irmão: Para que? Para quando o meu irmão assumir o mesmo ter que passar por tudo isso?

Secretário: As coisas funcionam assim senhor, infelizmente.

Irmão: Não, se naquela época ninguém teve coragem de enfrenta-los eu irei, eu vou colocar um fim nisso tudo, eu não vou me aliar a criminosos.

Secretário: Mas senhor eles vão vir atrás do senhor.

Irmão: Eu não me importo, avise o senhor Jung.

Conversa do irmão off.

Flashback de mais de um ano atrás off.

Depois que escutei aquela conversa eu não sabia o que pensar, parecia que de alguma forma tinha algo muito sério acontecendo, que envolvia a empresa da minha família e a família Oh, estava ligada a tudo isso.

Depois de algumas semanas aconteceu o acidente de carro do meu irmão, meu pai ainda estava no exterior, eu recebi a notícia sozinho, eu lembro até hoje que foi o pai do Hoseok que veio me dar a notícia da morte do meu irmão. Eu nunca senti uma dor e desespero tão grande.

O pai do Hoseok me disse para eu não me preocupar que ele iria organizar todo o funeral e que meu pai iria chegar o mais rápido possível, eu lembro de ir sozinho ao funeral do meu irmão, o funeral já estava no meio quando vi a figura do senhor Oh entrando escoltado pelos seus homens.

Passou uns dias eu escutei meu pai no telefone, ele falava com alguém, não sabia quem era, porém na conversa eu entendi que ele queria encontrar o secretário do meu irmão, o homem parecia ter saído do país, ele tinha apenas sumido, e no telefone meu pai falou uma frase que nunca mais saiu da minha cabeça “Tenho que descobrir o que aconteceu, a última informação que eu tive sobre aquilo foi que meu filho não iria envolver a família Oh, porém, parece que essa está envolvida”.

Depois de um tempo xeretando pelos cantos da minha casa descobri que meu pai estava investigando a morte do meu irmão, o mesmo achava que não era acidental, e que o secretário do meu irmão deveria saber alguma coisa, e com medo o mesmo tinha fugido, e ninguém conseguia encontra-lo. Não tinha como provar, mas parecia que tudo envolvia a família Oh, a mesma era conhecida por comandar o crime organizado na Ásia, e de alguma forma eles estavam envolvidos na morte do meu irmão.

Depois disso a minha birra infantil com o Sehun virou um ódio mortal, meu convívio na escola com ele se tornou insuportável até para as pessoas ao redor, eu não podia cruzar com o mesmo que eu queria quebrar a cara dele, por isso eles foram expulsos.

O tempo passou, e a investigação da morte do meu irmão foi encerrada, e parecia que até meu pai tinha desistido, acabei me convencendo que, talvez, só talvez, eu fosse ainda muito novo para conseguir descobrir, que quando eu me formasse e começasse a conhecer os negócios da minha família teria condições de investigar melhor.

Eu estava seguindo pacientemente, esperando até eu crescer, e o fato de nunca mais ter visto ninguém da família Oh, ajudou, não tinha nada que me provocasse, porém, com a volta do Sehun e os amigos para a escola, estava ficando difícil ser paciente e esperar. Eu odiava esse garoto, eu odiava a família dele, e justo ele iria se aproximar da S/N? A família dele já tirou de mim o meu irmão, esse garoto não vai me tirar a garota que eu gosto, eu não vou permitir, ver ele hoje junto com a S/N e todo amiguinho me fez chegar ao limite, acabou a paciência.