História Destino, Coreia! - Bangtan Boys (BTS) - Essa é a realidade.

Ponto de vista da S/N.

- Me diz uma coisa S/N. – Professor Bin puxa assunto enquanto eu seguia ele pelos corredores da escola. – Como você estudou para as provas?

- Hum. – Fiquei pensativa por um tempo. – Para ser sincera professor, eu não estudei muito. – Falo um pouco sem graça.

- Por que não? – Ele me encara surpreso. – O que fez na sua suspensão?

- Então, eu gravei um MV.

- Um MV? – Ele fica ainda mais surpreso. – Você virou uma idol?

- Não, não sou uma idol, mas eu de fato assinei contrato com a YG, aí eu participei de um MV, mais como figurante sabe. – Tento explicar.

- Entendo, e isso levou a sua suspensão toda?

- Não exatamente, na suspensão eu fiz aulas de dança e tudo mais, o MV eu gravei no final de semana e depois da escola por três dias.

- Então na semana de provas você por três dias saiu da escola e foi gravar esse MV?

- Isso.

- Nossa, parece que gravar um MV é bastante trabalhoso, eu não imaginava.

- É, eu também não, mas é sim bastante trabalhoso, são muitos detalhes e tudo tem que ficar perfeito. – Comento despreocupada.

- E mesmo assim você conseguiu uma nota boa nas provas, ficou em 16º lugar no ranking da escola, muita gente que estudou muito não conseguiu uma posição tão boa.

- Sei lá, acho que as pessoas ficam muito nervosas na hora de fazer prova, e isso atrapalha.

- Verdade, mas seu irmão também não te ajudou a estudar?

- O Jin? – Olho para o professor com um sorriso discreto. – Aquele ali nem tem nada anotado no caderno, no máximo uns rabiscos aleatórios.

- Interessante, e vocês sempre foram assim, digo, até no Brasil? – Ele para na frente de uma sala de reunião e me encara.

- Sim, acho que não mudou muito. – Olho para a porta. – Aconteceu alguma coisa professor?

- Olha S/N, o diretor quer falar com você, seja sincera e honesta lá dentro está bem?

- Oi?

Fico sem entender nada, o professor Bin abre a porta e entra, não passa muito tempo ele me chama e fala para eu entrar, assim que eu entro na sala eu vejo três senhoras, mulheres não muito velhas, e também o diretor, parecia ser uma sala de reunião, nunca estive naquela sala. Quando eu entrei todos me encararam e para ser sincera parecia que ninguém ali estava de bom humor.

- Entre S/N, pode se sentar. – O diretor indica para eu sentar em um poltrona na frente dessas senhoras e ele estava na ponta, eu sento um pouco desconfiada, me sentia em um tipo de julgamento. – S/N não vou enrolar muito, eu gostaria que a senhorita explicasse isso para mim. – Ele coloca um papel na mesa de centro.

- Hum. – Eu pego o papel da mesa e olho para saber o conteúdo, se tratava do meu boletim. – É o meu boletim? – Pergunto sem entender.

- Justamente, esse é seu boletim, e nele tem suas notas, e também sua posição no ranking. – O diretor falava sério e as três mulheres pareciam me fuzilar com os olhares. – Pode explicar?

- Explicar o que? – Pergunto confusa.

- Como uma aluna que foi suspensa na semana antes das provas, teve algumas faltas durante as outras semanas, e também matou algumas aulas, pode ter essas notas?

- Oi? – Olho para ele sem entender. – Como assim?

- Admita que colou. – Uma das mulheres fala em tom ameaçador, eu apenas olho de canto para ela.

- S/N, a situação aqui é muito séria, eu estou aqui te dando uma oportunidade de admitir a fraude. – O diretor me encara.

- Fraude? Que fraude?

- Como assim que fraude garota. – A mesma mulher fala de forma irritada. – Não se faça de boba, admita logo.

- Desculpe, mas que é você? – Olho para a mulher.

- Eu sou a mãe da Jisoo, a aluna no 8º no ranking. – Ela fala de forma arrogante.

- Nem ferrando. – Falo surpresa.

- Como é? – Ela me encara séria.

- Você é a mãe da Jisoo? A minha Jisoo? – Aponto para ela e depois para mim mesma, em negação.

- Sua Jisoo, não me faça rir, mas sim eu sou a mãe da Jisoo que senta na sua frente na sala de aula.

- A Jisoo é adotada? – Pergunto de forma debochada.

- O que quer dizer? – A mãe dela me olha inconformada.

- Nossa. – Faço careta. – Já sabemos que a Jisoo puxou o pai, graças a deus. – Dou uma risada discreta de deboche.

- S/N. – O diretor falar em um tom para me repreender. – Vamos lá S/N estou querendo te ajudar, fraude em prova é motivo para expulsão.

- Ah por favor né. – Eu entendi naquele momento o que estava acontecendo ali.

- Como podem permitir uma garota arrogante igual a ela nessa escola? – Fala uma outra mulher.

- Realmente, a senhorita devia ter respeito aos mais velhos. – A terceira mulher me repreende.

- Respeito quem faz por merecer respeito. – Falo séria.

- Garotinha petulante, quem você pensa que é? – A mãe da Jisoo me encara.

- E quem você pensa que é para falar assim comigo? – Encaro ela sem me intimidar.

- Vamos focar na questão central, S/N essa instituição tem anos, e nunca aconteceu de um aluno suspenso uma semana antes das provas conseguir manter a média que você apresentou, e por isso suspeitamos que tenha algo errado.

- Errado são vocês por acharem que essa média é difícil de ser alcançada. – Sorrio de forma debochada.

- O que quer dizer? – Uma das mulheres pergunta eu olho para ela e apenas ignoro.

- Você só está dificultando a sua situação S/N, se você não assumir a fraude as consequências serão piores. – O diretor fala.

- Quais serão as consequências? – Pergunto o encarando.

- Vamos anular suas provas e zerar sua média. – Ele fala confiante.

- Com base em quais provas? – Eu olhava para ele de forma séria.

- Não precisamos de provas. – Fala a mãe da Jisoo. – Se estávamos falando que é impossível essa nota é porque é verdade.

- Ai, ai. – Dou uma risada petulante. – Quem vocês acham que eu sou? – Encaro todos na sala.

- Como assim? – O diretor me encara um pouco receoso.

- Diretor, acha mesmo que sou tão ingênua de não ter percebido como as coisas funcionam nessa escola?! – Encaro ele de forma arrogante e vejo que o diretor parecia levemente preocupado, eu olho para ele de forma intimidadora. – Experimente zerar minha média, sem provas para você ver do que eu sou capaz.

- Isso é uma ameaça? – Uma das mães me olha surpresa.

- É.

- Se coloque no seu lugar. – A mãe da Jisoo se levanta em uma tentativa de me intimidar. – Nós aqui somos superiores a você.

- Senhora tente se acalmar. – O diretor indica para a mesma sentar novamente, eu apenas sorria. – S/N esse tipo de comportamento seu é passível de suspensão, você quer isso? – Eu não respondo e apenas encaro ele. – S/N olha, se você está dizendo que não colou, eu gostaria que você fizesse novamente as provas, todas no mesmo dia, e eu irei junto com o professor Bin supervisiona-la, se conseguir manter a média nessas condições não iremos mais te acusar de nada.

- Hum. – Olho para ele pensativa. – E a nota que eu tirar nessas provas serão as notas que irão valer? – O diretor concorda com a cabeça. – Independente da nota que eu tirar, sendo ela maior ou menor?

- Exatamente, tem minha palavra. – O diretor fala confiante.

- Eu não dou a mínima para sua palavra, já que a mesma não vale nada. – Dou de ombros. – E se eu não quiser fazer essas provas?

- Você ainda não entendeu garota? – A mãe da Jisoo me encara com um ar petulante. – Aqui nós somos autoridade, eu não sei de onde você veio, e nem quero saber, mas aqui as coisas funcionam assim, você apenas tem que fazer o que nós queremos, ou pode só ir embora da escola, o que seria bem mais elegante e honroso, mas eu não espero que uma estrangeira como você saiba o significado de honra.

- Cansei. – Levanto da poltrona irritada. – Olha senhora mãe da Jisoo, eu não sei qual é o seu problema comigo, uma vez que eu tenho um carinho imenso pela sua filha, mas isso não te dá o direito de falar assim comigo.

- Meu nome é...

- Não quero saber seu nome, não estou interessada. – Interrompo ela.

- Escuta aqui sua fedelha. – A mãe da Jisoo se levanta também e me encara. – Você não tem respeito nenhum? Sabe com quem está falando?

- Respeito? – Olho indignada para todos na sala. – Vocês me chamam aqui tentando me intimidar e ameaçar de algo absurdo, só porque eu fiz algo que vocês julgam impossível, aceitem, uma estrangeira que foi suspensa e não estudou nem sequer um dia inteiro, conseguiu alcançar a tão estimada “média” dessa instituição tão renomada. – Falo de forma irônica.

- Se coloque no seu lugar garota. – A mãe da Jisoo insistia.

- Quer saber, é exatamente isso que eu vou fazer. – Olho para ela séria. – Eu aceito fazer essa prova que o diretor sugeriu, e se a minha nota dessa prova não valer, eu vou mostrar para essa escola o preço de mexer comigo.

- O que quer dizer? – O diretor me encara preocupado.

- Diretor, quem tem mais a perder aqui? – Encaro ele de forma intimidadora. – Eu sou S/N S/S, eu não costumo agir assim, uma vez que eu acho isso bem ridículo, mas estou lidando com pessoas ridículas então se tornou inevitável.

- Eu não vou admitir... – A mãe da Jisoo faz inclinação que vai me dar um tapa e eu seguro o braço dela.

- Não faça isso. – Seguro o braço dela, e nesse momento todos levantam preocupados. – Eu realmente não sei qual é o seu problema comigo, mas você não encosta em mim, você se acha tão superior, tão autoridade, como você mesma falou, eu não vejo isso. – Olho para ela séria. – Eu vejo uma mulher comum, que tirando o fato de ser mãe de uma garota maravilhosa, não tem nada de mais. Está vendo esse sapato? – Olho para ela e mostro meu sapato e ela olha de relance e já volta o olhar para mim. – Ele deve valer mais que o carro popular que você dirige, e essa é a realidade aqui, a realidade do mundo, não importa se estamos aqui na Coreia ou no Brasil, ou no lugar que seja, sai dessa ilusão de superioridade que você não tem. – Solto o braço dela e ela fica em silencio me encarando. – Diretor eu faço a prova, e se eu não ficar com a nota que eu tirar nela, eu vou mostrar como uma herdeira ocidental consegue chamar atenção.

- Ce... certo. – O diretor se recompõem discretamente e tenta me encarar com o restinho de confiança que tinha. – A prova será amanhã então.

- Ok. – Falo indo em direção a porta.

Não sou interrompida, apenas saí da sala e fechei a porta, andei um pouco no corredor e começo a subir as escadas, chegando no segundo andar eu saio das escadas e apoio em uma parede ao lado dos armários. Eu respirava fundo, eu não gostava de agir daquela forma, odiava na realidade, o pior foi tudo isso acontecer logo com a mãe da Jisoo. Eu fiquei uns minutos apoiada na parede respirando, por um breve momento eu até tive vontade de chorar, mas não aconteceu, depois que eu me recompus eu respirei fundo uma última vez e caminhei até a minha sala, eu ia mostrar para essa escola o que acontecia quando alguém me provocava.