Ponto de vista da Jisoo.
Hoje quando eu acordei eu já estava animada, mal podia esperar pela festa, saltei da cama e fui tomar banho, assim que saí do banho começou a arrumar minhas malas, eu tinha combinado de dormir na casa da S/N depois da festa, então tinha que levar minhas coisas e também não podia esquecer as coisas que tínhamos comprado durante semana no shopping.
Depois que eu arrumei tudo eu desci até a sala para almoçar, já podia sentir o cheiro bom de comida, assim que desci as escadas já vi meu pai que passava os olhos por uns canais da televisão.
- Bom dia pai. – Me aproximo dele e dou um beijo na bochecha dele.
- Bom dia filha. – Ele se surpreende com um sorriso. – Está feliz?
- Muito feliz, hoje é o dia da festa.
- Ah, verdade, tinha esquecido, não preciso falar para você se comportar né. – Ele me encara.
- Claro, eu vou me comportar, pode deixar.
- Algo que eu duvido muito. – Minha mãe chega com cara de poucos amigos. – Não quero nem imaginar o que vai acontecer em uma festa que esses dois estrangeiros vão dar.
- Faça isso mesmo querida. – Meu pai sorri e balança a cabeça. – Não imagine, se isso te faz sofrer não imagine.
- Como pode deixar nossa filha ir nesse tipo de festa? – Ela o encara inconformada. – E pior dormir na casa daquela garota.
- Querida, não vamos começar com isso, festas fazem parte da juventude atual, e eu acima de tudo confio na nossa filha, e sinceramente, você devia parar com essa sua implicância, a menina ficar em primeiro lugar não foi o suficiente para provar que você está errada? – Meu pai fala sorrindo.
- Não, eu não estou errada. – Minha mãe insistia.
Para minha total felicidade, eu podia ter uma mãe louca, mas eu tinha um pai bem legal, ele nem brigava mais com a minha mãe, tanto ele como eu, apenas ignorávamos essas loucuras dela, e assim nossa vida em casa ia melhorando, minha mãe entendia que não iria ganhar nada com a irritação dele, ou com as caras feias, logo por breves momentos ela desistia e tudo ficava bem.
Depois que eu almocei subi para o meu quarto, e liguei para a S/N, muito provavelmente eu acordei ela, pela voz de sono que ela atendeu, ela me perguntou que horas eram, e eu falei, a mesmo pareceu surpresa com a hora, o que eu achei bem engraçado, eu perguntei se já podia ir, ela falou que sim. Depois de desligar o telefone peguei minha pequena mala, minhas sacolas das roupas compradas durante a semana e desci as escadas.
- Pai me dá uma carona para a casa da S/N?
- Claro, será que seria possível eu conversar com o pai dela?
- Talvez, com a avó é certeza, é que eu não sei os horários que o pai da S/N está em casa, ele trabalha bastante.
- Pai ausente e mãe em outro país, não me surpreende o comportamento dessa menina. – Minha mãe resmunga.
- Aí querida, como pode ver problema em tudo. Cuidado viu, desse jeito você vai ficar azeda. – Meu pai ri e se despede da minha mãe que faz careta.
- Tchau mãe. – Me despeço dela, e vejo que a mesma sorri de canto para mim.
Mesmo que ela tivesse agido da pior forma possível, eu não ia guardar mágoa da minha mãe, afinal era a minha mãe, e de uma forma muito estranha, eu descobri que não era capaz de odiá-la, sabia que lá no fundo ela só queria o melhor para mim, mesmo que estivesse fazendo isso da forma errada.
- Filha, essa festa, você vai se comportar né? – Meu pai perguntava enquanto dirigia.
- Vou sim pai, não se preocupe.
- Sempre vou me preocupar, você é minha menininha.
- Pai eu já tenho dezesseis anos. – Dou risada. – Vira aqui.
- Você pode ter trinta anos, aos meus olhos, ainda será minha menininha.
- Não se preocupe pai, eu vou me comportar sim. É logo aí na frente. – Mostro a casa da S/N.
- Estou confiando em você. – Ele estaciona o carro e tira o sinto, sai do carro para me ajudar com as minhas coisas e não demora nem um minuto eu já vejo a figura da S/N abrindo a porta e saindo saltitante em nossa direção.
- Bom dia. – Ela sorri animada.
- Boa tarde né. – Dou risada.
- Poxa. – Ela faz careta e depois sorri. – Deixa eu te ajudar com isso. – Ela pega umas sacolas da minha mão.
- Então você que é a S/N. – Meu pai sorri ao se aproximar da gente.
- Esse é o meu pai S/N. – Apresento.
- Oi, muito prazer. – Ela sorri de forma simpática e se curva, para minha surpresa, não sabia que ela sabia formas formais de saudação, já que no Brasil era diferente.
- O prazer é todo meu, posso perguntar, seu pai está em casa?
- Está sim, um minuto. – Ela entra correndo na casa dela.
- De fato sua amiga é muito animada e bonita. – Meu pai me olha de canto e eu sorrio.
- Boa tarde. – Vejo o pai da S/N saindo seguido por ela e pela avó. – Entrem por favor.
- Não, obrigado, eu só queria ter certeza que não terá problemas a Jisoo dormir aqui essa noite. – Meu pai fala de forma informal e educada.
- Imagina, nenhum problema a Jisoo é muito bem-vinda aqui. – O pai da S/N sorri de forma gentil.
- Ah, é muito bom saber disso, sobre a festa... – Meu pai parecia um pouco receoso.
- O Jin, irmão mais velho da S/N vai cuidar bem das duas, não se preocupe, e eles me garantiram que qualquer problema eles vão me ligar. – O pai da S/N encara ela de canto e ela ri.
- Isso é muito bom saber, é a primeira festa da Jisoo. – Meu pai fala tímido.
- Eu te entendo perfeitamente, somos pais de meninas né, sempre temos mais insegurança. – O pai da S/N era mesmo um homem bem legal, e ele estava deixando meu pai mais tranquilo, o que era ótimo. – Mas não se preocupe, os amigos vão cuidar dessas duas, são todos como uma família.
- Ótimo. – Meu pai sorri satisfeito. – Então aqui está Jisoo. – Meu pai me entrega minha bolsa. – Juízo e aproveite a festa.
- Valeu pai. – Me despeço dele.
Meu pai se despede de todos e eu vejo ele entrando no carro e saindo, assim que o carro se afasta, a S/N já me chama para entrarmos, seguimos para entrar na casa dela, e fomos direto para o quarto dela, assim que ela abre o quarto dela fico surpresa, o que diziam do quarto dela não era brincadeira.
- Uau.
- Que foi? – Ela me olha despreocupada.
- Como você consegue comprar mais coisas já tendo tantas?
- Imagina, roupa nunca é demais, fora que sempre que eu saio encontro coisas legais e interessantes, não posso apenas ignora-los só por já ter bastante coisa.
- Entendo. – Falo um pouco receosa. – Sabia que eu imaginava seu quarto bem maior?!
- Jura? Mas você já tinha visto meu quarto, no dia que mudamos seu visual para você ir para a escola lembra?
- Verdade, mas sei lá, parece que faz tanto tempo, que eu nem lembrava mais. – Comento com um sorrio discreto.
- Hum, mas então, esse é o meu quarto, eu realmente queria, e talvez precisasse de um quarto maior, mas sei lá, eu estou me adaptando bem até. – Ela sorri. – Fique à vontade.
- Seu irmão não está?
- Não, ele saiu com os dois. – Ela aponta para a janela. – Para irem arrumar umas coisas da festa na casa do Chany.
- Hum, entendo. – Me sento na cama dela e ela liga vai até a caixinha de som para ligar música. – Eu vi seu MV ontem, e também a live, você está trabalhando com o Winner?
- Você viu, gostou? – Ela me pergunta com expectativa e eu confirmo que sim com a cabeça e ela fica animada. – Sim eu estou aprendendo a coreografia da nova música deles, das músicas na realidade.
- Uau, vai participar dos MV’s deles também?
- Não sei, sinceramente ninguém falou nada, o Yang disse que vai marcar mais coisas para mim, vamos ver né, fiquei mais animada depois de ver o resultado do MV de ontem.
- Que legal, eu achei o MV incrível, e também achei muito legal ver você na live, sei lá, nem parecia ser uma amiga minha, deu vontade de estar lá também. – Falo rindo discretamente. – Fora que eu tenho que falar uma coisa, você e o G-Dragon ficam lindos juntos.
- Eu gosto muito do GD, muito mesmo. – Ela sorri.
Passamos o resto da tarde conversando, sobre coisas aleatórias, ela me mostrou as mensagens que recebeu de outros idols para parabeniza-la pelo MV, era surreal, pensar que na agenda do celular da minha melhor amiga, tinha contados do Zico, do Minho, da Amber, da Krystal, dos meninos do NCT e claro do Baekhyun, esse que deixou uma mensagem realmente fofa para ela, parecia mesmo que a S/N vivia em outro mundo, mas mesmo assim, agora ela estava aqui sendo minha melhor amiga, como eu sempre imaginei que seria.
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