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História Destinos Ligados - Instável


Escrita por: fairyrose

Notas do Autor


Voltei babes! Ainda bem que gostaram do prólogo, e os comentários que obtive, me motivaram a continuar. Amo vocês.

Capítulo 2 - Instável


Fanfic / Fanfiction Destinos Ligados - Instável

01h23min

 

  Inspirou, passando as mãos por seus cabelos. Por mais que ela lutasse contra seu vício, mais difícil ficava de conviver com as mesmas pessoas do seu dia-a-dia; agora, Vênus se encontrava encarando uma garrafa de uísque rasco, meramente vazia, sua sanidade havia ido embora e ela sentia como se tivesse feito a melhor coisa de sua vida. Mas, certamente, na manhã seguinte, o arrependimento iria surgir e a culpa ia deixá-la ainda pior, Vênus não podia dizer que alguém lhe tinha obrigado a tal, ela quis ficar bêbada.

  Ela remexia seu corpo ao som da música que era expulsa das colunas de seu celular, o ritmo tinha-a extasiado de uma forma que ela não tinha como explicar, Vênus soltava gargalhadas seguidas, quase impossíveis de ouvir devido ao som alto da música. Suas mãos tocavam seu corpo, e de alguma forma, ela estava esquecendo o facto de estar grávida, sua camisa branca subia e descia, conforme o movimento de suas mãos. E, minutos depois, ela já se encontrava sem fôlego, simplesmente se encontrava num estado de cansaço extremo, talvez por estar grávida.

  A gestação, na cabeça de qualquer pessoa, é algo lindo e quase todas as mulheres querem ter a sorte de estar grávida, mas Vênus fazia parte da população feminina que não desejava estar de gestação e ela não poderia carregar uma criança para o resto de sua vida sentindo que ela foi um fardo em sua vida, algo que lhe impediu de ser feliz. Cada vez que Vênus inspirava o ar, seus pulmões ardiam, talvez por tamanha exaustão, sem aguentar mais ficar acordada, Vênus lentamente foi regularizando sua respiração, enquanto seu corpo era possuído pelo sono.

  Vários documentários afirmam que não se sabe ainda os riscos que a bebida tem durante a gestação, mas sempre dizem para as mulheres grávidas se afastarem de álcool, mas Vênus decidiu ser contra as ordens, fingindo ser rebelde uma vez na vida. Ela se sentia um castelo de cartas, completamente instável.

  Vênus não se considerava a garota revoltada, muito menos teve sua infância negligenciada por seus pais. Seu pai trabalhava de sol a sol, para conseguir lhe dar tudo o’que ela desejava e já a sua mãe, era uma dona de casa aplicada, impedida de trabalhar pelo seu pai. Ela teve uma infância de um conto de fadas, mas assim que chegou sua adolescência, seus pais se separam e ela se vê no meio dos dois, sendo obrigada a escolher um lado, talvez essa tenha sido a época mais difícil de sua adolescência. Os laços paternais e maternais foram cortados assim que Vênus completou seus 18 anos, finalmente se auto-apelidou de uma adulta responsável, mesmo essa fase durou apenas 5 meses até ela descobrir o seu novo vício: a bebida.

  Com ela, Vênus perdeu sua inocência e soube como ser feliz uma vez na vida, colocando em sua cabeça que oque ela dizia ser felicidade, não passava de uma ilusão boba que ela havia criado em sua cabeça, para parecer que sua infância e adolescência foi como os filmes de adolescentes mimadas ou como os contos de fadas. Mas aquela notícia havia feito Vênus abrir seus olhos durante minutos, fazendo-a pensar no passado e nos erros cometidos, que na sua mente, foi desde que ela tocou pela a primeira vez no álcool. O sabor azedo da bebida havia deixado a garota implorando por mais, porém ninguém sabia a verdadeira razão de ela se embedar noite sim, noite não. Ela queria apenas chamar a atenção, fazer o'que não era capaz enquanto estava em sua sã consciência.

Talvez os homens gostassem mais de sua versão alcoolizada, por ser mais fácil de conquistar, enquanto sóbria, nenhum homem se atrevia a se aproximar pois saberia que seria rejeitado — da pior forma —; que homem gosta de ser recusado por uma simples mulher?

 

12h20min

 

  Vênus se encontrava debruçada na privada, seu estômago doía, porém não tanto quanto sua cabeça. Quando ela abriu seus olhos pela a primeira vez, um feixe de luz atingiu seus olhos claros deixando-a com a visão embaçada. Arrependida de ter bebido e preocupada com o bebê que carregava, Vênus se desabou a chorar, sua muralha que escondia todas suas emoções desmoronou-se e ela agora, não passava de uma mulher com seus sentimentos sensíveis e que chorava por tudo e por nada. Uma completa fraca. Era o'que ela se auto apelidava. Seu telefone tocava de uma forma frenética, a deixando levemente brava, por pensar que era Anna contando como tinha sido passar dois dias na Noruega, decidiu ficar no chão de seu banheiro, choramingando de dores.

Dias se passaram depois que ela havia visitado o centro de adoção, e continuava sem resposta de quaisqueres casais. Na sua cabeça ingênua e antiquada, apenas casais homosexuais decorriam a adoção, mesmo vendo o seu casal favorito dos famosos adotarem diversas crianças, mas a mulher que ficou cuidando de sua ficha, lhe deu todo o tipo de informação inimaginável, deixando-a boquiaberta. Sua tentativa de ignorar o telefone foi falhada já que ligaram novamente, fazendo a loira levantar se  resmungando para ir atender aquela ligação, respirou fundo antes de atender, tentando ficar com um pouco mais de modos, assim que avistou que o número não pertencia à Anna, seu polegar pressiona a tecla verde, atendendo a chamada.

Uma voz doce, mas estridente foi escutada na outra linha, sussurros baixos eram possivelmente escutados, dizendo que finalmente tinham encontrado a pessoa perfeita.

  — Srta.Hathaway parabéns, encontramos o casal perfeito para você.  — assim que a mulher deu essa notícia a Vênus, alguns pedaços de sua vida começaram a se juntar e um belo sorriso contornou os seus lábios levemente rosados, e ela não sabia como se expressar depois de saber que finalmente sua criança poderia ter uma vida melhor.

    — Quando eu me posso encontrar com eles? —  perguntou animada com a situação, e depois logo se lembrou que não estava no seu melhor nesse dia. Sua mão tremia, talvez por esse grande nervosismo que ela estava passando. A voz masculina falou que ele e sua mulher estavam disponíveis hoje, Vênus passou sua mão por seu rosto, ela era incapaz de recusar pois em sua cabeça eles iriam acabar por pensar que ela não queria se encontrar com eles, o cheiro a álcool incomodava a própria Vênus, indicando que ela teria que tomar um banho longo para conseguir tirar aquele odor de seu corpo. — Claro, também estou disponível hoje. — minutos depois, a chamada foi desligada, o lugar e o horário estavam marcados. Vênus jogou o telefone para cima de seu sofá, e num ápice já se encontrava totalmente despida, dentro de seu chuveiro, tentando se livrar do odor a álcool.

  A água gelada escorria por sua pele, ligeiramente quente, seu corpo entrou em conflito com a água fria deixando Vênus totalmente arrepiada, sua mão ensaboava seu corpo com o gel-de-corpo de cheiro de cereja, uma essência que deixava Vênus deslumbrada. Seu corpo havia modificado, e ela ainda não estava pronta para aguentar as restantes modificações que ele teria que ter para aguentar sua gravidez, o seu peso iria aumentar e ela não iria saber como aguentar ver seu corpo magro desaparecer. Assim que Vênus terminou seu banho, já um pouco mais despertada, agora, teria que escolher o'que vestir e essa sim, seria a tarefa difícil.  Vênus não estava acostumada em ter uma barriga, quanto mais imaginar que ela ia aumentar mais ainda.

 

15h31min

 

  Vênus adentrou pela a enorme porta de vidro do café, e seu olhar buscou um casal um pouco mais velho, mas sem obter sucesso, abaixou sua cabeça com vergonha e sentiu uma mão pequena tocar em seu ombro, por sua vez, Vênus deu um pequeno salto como por defesa e assim que deu de caras com uma mulher morena a encarando com um belo sorriso em seu rosto. A mulher parecia ter uma felicidade inesgotável, e fez a Vênus enxergar que aquela mulher não passava de Ashley Bieber, sua mão foi agarrada pela a mulher, que a puxava enquanto tentava colocar conversa com Vênus, mas perceber que a jovem estava com vergonha, preferiu parar de papear e de incomodar a garota.

Assim que chegou na mesa, avistou um homem com um topete que aparentava ser novo, Vênus levou seus olhos azuis para a íris cor de mel que o homem tinha, e assim sentiu como se tivesse borboletas em seu estômago e seu coração tropeçar em seus encantos, Vênus foi apenas capaz de abrir um simples sorriso, seu olhar, fora misterioso, carregava um brilho imenso. A loira deixou se levar novamente por seus encantos quando ouviu sua voz grave soar no ambiente, em sua cabeça ele não passava de uma miragem.

    — Prazer, Justin Bieber. — assim que o disse, levou o seu olhar para Ashley que se encontrava olhando para Vênus, como se estivesse fascinada com a jovem. — Não sabe o quão feliz eu e minha esposa estamos por termos a encontrado. — Vênus ao escutar que ele seria a imagem paternal de sua criança, deixou seus pensamentos impuros e bobos de lados, tentando recuperar sua consciência, afinal ela não o podia desejar.

    — Vênus Hathaway. — ela se apresentou, e se sentou com seu rosto pálido, sua língua passou por entre seus lábios e sentiu a mão do homem tocar na sua, Vênus sentiu um choque percorrer por seu corpo e levou seu olhar para o rosto do homem. Olhou em volta, e avistou a Ashley falando com a mulher que estava no balcão limpando, ela parecia animada com aquela situação.

    — Você parece insegura e certamente está de ressaca. — Vênus aflita, tirou sua mão de perto da mão do Justin e rapidamente, encheu seus pulmões de ar tentando se acalmar. — Vênus, você é muito bonita para ficar se enchendo de álcool e magoando meu filho. — afirmou.

 

“Segure, segure, me agarre

Porque eu sou um pouco instável”

 


Notas Finais




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