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História Destinos que se cruzam ( Michaeng) - Sessão 2


Escrita por: ireneking

Notas do Autor


Saindo....

Capítulo 4 - Sessão 2


Fanfic / Fanfiction Destinos que se cruzam ( Michaeng) - Sessão 2

                   Son Chaeyoung

Sobre minha ida a fisioterapia na quarta feira, eu só tenho uma única coisa a se dizer: Confuso! Sim, essa é a única palavra que cabe e define unicamente o que tento entender. Desde esse único dia, tenho tido sonhos, pensamentos, e algumas coisas esquisitas dentro de mim. Como posso pensar e desejar ver um tal alguém quando passamos somente uma hora com a pessoa e uma única vez? A tal da fisioterapeuta não me deixar dormir sem antes ver aquele sorriso gengival incrivelmente lindo e exageradamente sedutor que ela tem. Droga! 

Hoje será o segundo dia e agora eu estava aqui, na minha cama toda pronta e mais que nervosa. Por que todo esse nervosismo? Eu não sei Chaeyoung! Sinceramente eu não sei. Ou sei? Será se é por vê-la? Ou se é pela expectativa que estou criando por ter sentido minhas pernas doloridas?. Essas dúvidas e pensamentos complexos me fizeram ter insônia, se não fosse os remédios que ficavam na mesa ao lado da minha cama, teria passado mais uma noite em claro. Tem sido isso diariamente, e isso me fazia ficar ranzinza, mas por uma questão, essa manhã eu estava bem, tão bem que não precisei de ajuda para quase nada, o que me levou a tomar um tombo no banheiro e bater o rosto novamente.

Como era rotina, olhei para a porta e contei os segundos, até que ela foi aberta e de lá entrou minha mãe. Sua expressão assustada foi a melhor que eu vi depois de meses. A mulher ficou estática me olhando enquanto eu terminava de secar meus cabelos.

— C-como?. Ela perguntou alternando o olhar do banheiro, para cama e a mim. 

— Como o que?. Me fingi de desentendida.

— V-você se preparou sozinha?. 

— Uhum!. Minha mãe deslizou a mão sobre o peito, onde a deixou por um bom tempo ainda em êxtase. — O que você tem?. 

— V-você!

— Mãe eu já sou mulher, não é porque estou temporariamente impossibilitada, que não posso fazer coisas sozinha. Deixei a escova na mesa e encarei minha mãe novamente, agora sem olhar para o espelho.

Vi os olhos da mais velha se encherem de lágrimas então franzi o cenho. Me perguntei se fui rude novamente, ou se apenas ficou emocionada por ver minha "independência".  Quando na verdade eu só não estou mais me permitindo ficar afogada nos meus problemas, preciso ter força e vontade para poder colocar minhas pernas no chão e sair correndo novamente. E foi isso que pensei antes de ter meu último pensamento na noite anterior. 

— Mãe você está chorando?.

— S-sim. Ela fungou e eu tive que dar uma pequena gargalhada. Chamei a mais velha para perto e ela se aproximou rápido chocando seu corpo ao meu. — Você é tão linda meu amor, e ver você assim me deixa tão orgulhosa. Sua voz saía abafada por estar com a cabeça entre meu meu pescoço.

— Mamãe não é nada.

— Claro que é, há uma semana você se chamava de inválida o dia todo. Hoje você disse que estava temporiamente impossibilitada, isso foi tão lindo Chaeyoung. Estou tão orgulhosa de você.

Senti meus olhos ficarem úmidos, eu não havia reparado nessa diferença de palavras que fizeram minha mãe chorar, e meu peito se apertar. Eu estava indo bem, pelo menos agora eu estava.

— Eu vou tentar Omma, vou voltar a andar.

— Eu sei que vai meu anjo. Nunca duvidei disso.

Sorri com sua segurança passando para mim. Ficamos no quarto um pouco mais matando a saudade dos nossos momentos mãe e filha. Conversamos novamente sobre eu ter sentido os movimentos que a Dra Myoui fez nos meus pés pela décima vez e tive meu rosto ardendo quando a mais velha me zoou por ter recebido massagens da Dra. Claro que ela estava só fazendo o trabalho, mas será se vou ganhar massagens novamente?. Quer dizer, isso fez as dores melhorar, com certeza deve ser algum medicamento que ela deve ter usado, ou simplesmente porque suas mãos possuem alguma magia, assim como seu sorriso e olhar.

Fomos para a cozinha, e diferente dos outros dia. O café foi preenchido com bastante risadas. Enquanto mamãe terminava de preparar tudo, Dahyun a ajudava colocando a mesa. Meu pai estava contando piadas e venhamos e convenhamos, ele é muito ruim nisso. 

— Espera eu tenha outra. Ele disse eufórico quando todos já estavam na mesa. Comia com vontade os morangos que estava no prato e a geleia do mesmo.

— Ok pai, manda aí. Yoongi respondeu ao mais velho.

— ok! O mais velho coçou a garganta e nós demos a total atenção a ele. — O marido chega da igreja, pega a mulher no colo e começa a dançar com ela. Então a esposa pergunta. " — A missa hoje, foi como tratar bem as esposas?".  E ele respondeu : " — Não, foi como carregar nossa cruz com alegria".

Todos que estavam na mesa se envolveram em uma explosão de gargalhadas. A única que não foi ouvida foi da minha mãe. A mais velha olhava para meu pai com uma sobrancelha erguida mostrando seu grau de insatisfação. 

— Você por acaso, me acha uma cruz?. Ela perguntou e o silêncio foi se fazendo aos poucos. Estávamos tentando nos recuperar, mas foi perdido. Uma explosão de gargalhadas novamente ecoou pela mesa, ao notarmos o semblante de meu pai. O mais velho tentava explicar mas ele se complicava muito mais.

— Ok, já chega. Quem vai me levar hoje?. Perguntei e tive a atenção de todos, que ainda tinham um sorriso nós lábios.

— Como quem. Claro que sou eu!. A mais velha voltou da cozinha respondendo minha pergunta.

— Ah não! Jackson você pode?. 

— Desculpa tigrinha, tenho um compromisso e não posso adiar. Suspirei pesadamente, e virei rápido para meu pai que já se preparava para levantar.

— Pai?.

— Eu até queria, mas também já tenho compromisso, uma reunião no escritório. 

— Dahyun.... A morena apenas deu de ombros e balançou a cabeça em negação. 

— Por que você não quer ir com sua mãe?. Meu pai perguntou se colocando de pé e tentando beijar minha mãe que fugiu para a cozinha novamente.

— Porque ela tem um amor platônico pela fisioterapeuta e não quer que a tia a faça vergonha. Dahyun soltou despreocupada, e todos por um momento fizeram silêncio me encarando. 

Alternei o olhar para todos, inclusive para Suga que deixou o telefone de lado, e minha mãe que voltou da cozinha com o pano de prato em mãos. É sério que isso estava acontecendo?. O que deu em Dahyun afinal? Por acaso ela havia ficado louca de vez?.

— V-você pirou Dahyun?. Perguntei quase explodindo de tanta vergonha que estava sentindo.

— Não, por que a pergunta?. A idiota perguntou cinicamente, levou o copo com suco a boca e deu de ombros.

— Isso é verdade filha? Está apaixonada?. Meu pai perguntou estático.

— E-eu...

— E a sua namorada?. Yoongi perguntou fazendo todos continuarem o olhar em mim.

— E-eu n-não...

— Como alguém se apaixona assim tão rápido?. Minha mãe quem perguntou dessa vez.  Enquanto todos me lançavam perguntas, eu só queria tentar explicar que não era nada disso que eles estavam pensando. 

— Uma vez eu li em um livro, que não importa quantos anos se passem ou quantas pessoas você vai conhecer na sua vida. Sempre vai chegar um momento que sua alma gêmea vai aparecer e ela vai mostrar para você, o que ninguém nunca conseguiu. Vai ama-la no primeiro encontro e só depois é que vai descobrir que ela é sua. Então vai começar a entender que todos os amores que teve na vida, nenhum deles foi real até aquele alguém chegar.

Meus olhos pararam em Jackson. Ele quem disse esse comentário que me fez sentir um arrepio imenso na minha espinha, e fez meu coração bater forte. Senti como se tivesse tendo um infarto ou coisa do tipo. Estava me deixando assustada e muito nervosa. 

— V-vocês podem parar?. Finalmente minha voz saiu. Mesmo faltando palavras, pelo nervosismo que estava sentindo, consegui a atenção de todos novamente.

— Eu não estou apaixonada por ninguém. Eu amo Somi, e se ela é minha alma gêmea ou não, o tempo vai dizer. Mas por favor parem com isso. Principalmente se algum dia isso bater no ouvido da minha namorada. Se Somi estiver aqui e acabar ouvindo isso, eu vou estar muito ferrada. Por favor me respeitem, ok?. E respeitem meu namoro também. Eu respeito a opinião de vocês sobre isso, então por favor respeitem a minha. E Dahyun, já chega ok, chega de falar tanta bobagem. E mamãe se for você que vai me levar, me deixa agir como uma mulher, não como uma criança totalmente dependente da mãe. Se me dão licença eu vou pegar minhas coisas. Cuspi as palavras sem pausas. Já estava mais do que na hora de pararem com esse tipo de brincadeira. Isso era algo sério, apesar de não verem isso.

Depois de ter saído da cozinha, voltei novamente, dessa vez com minha bolsa. Hoje a sessão seria diferente, e tive que levar algumas coisas que me foi pedido. Não havia mais ninguém em casa, somente minha mãe que voltou desconfiada e não disse nada. A mais velha me pegou nos braços e me pôs sentada no banco do carro. Esperei que ela guardasse a cadeira no porta malas, e enquanto isso eu lia uma mensagem de um número desconhecido. Abri o SMS e vi que era de somi.

  82 33964488 : Oi anjo, desculpa a demora em dar notícias... Muito trabalho por aqui, vou passar mais umas semanas. Volto logo, estou com saudades... Te adoro....

                                       Somi.

Li e reli várias vezes aquela mensagem. Não sabia se estava feliz por finalmente ter notícias da minha namorada, ou se sentia raiva por ela estar tão distante novamente. Deixei o celular de lado e olhei para a pista. Já estávamos em movimento e eu nem havia percebido. Logo o sinal parou e viramos uma rua, pude perceber que já estávamos perto. Senti meu coração acelerar, essa ansiedade novamente estava me deixando assustada. Já dentro do prédio, olhei em volta enquanto minha mãe foi até a recepção confirmar o atendimento. Senti minha respiração mudar quando meus olhos reconheceram a silhueta parada conversando com outra pessoa. Ela estava tão linda, como sempre esteve desde a primeira vez que a vi.

Seus cabelos estavam novamente presos em um rabo de cavalo. Usava uma calça jeans rosada e uma blusa de mangas longas também rosada, o jaleco estava dobrado e apoiado nos seus braços, ela estava com um lindo sorriso no rosto, seus olhos estavam bem apertados de acordo com o tamanho do seu sorriso. Perdi totalmente a noção do tempo a olhando.

— Vamos? A recepcionista falou que a Dra Myoui já estava chegando. Quer tomar alguma coisa antes?. Minha mãe estava do meu lado e só conseguia ouvir sua voz, mas eu estava tão concentrada em outra coisa que não tive reação a não ser negar. — Chaeyoung. Chaeyoung?. Minha mãe estalou os dedos na minha frente e foi só aí que percebi o que estava fazendo.

— D-desculpa eu estava só pensando.

— Desse jeito fica difícil. Você fez aquele escândalo todo no café e agora tá aí, babando pela Dra.

— Mamãe, por favor não começa ok.

— Tudo bem, mas você precisa disfarçar melhor. Até eu, que sou leiga dessas coisas já saquei tudo.

— Tudo o quê? Não tem nada para sacar. Se você continuar com isso eu juro que prefiro não vir mais.

— Tudo bem, tudo bem. Não está mais aqui quem falou. Estressadinha.  A mais velha levantou as mãos em rendição e colocou um chiclete na boca. 

Fiquei esperando ser chamada, e ainda tinha meu celular em mãos. Estava pensando se respondia ou não aquela mensagem. Resolvi deixar para depois, minha cabeça estava quente e eu não queria uma discussão com minha namorada por mensagens. Estávamos dentro da sala quando ela entrou, seu sorriso lindo foi direcionado a mim e tudo que estava sentindo de chateação por dentro, foi completamente apagado.

— Bom dia, me desculpem o atraso. Tive que liberar um paciente antes de vir e dar instruções para uma amiga também médica.

— Tudo bem Dra Myoui, achamos que também íamos nos atrasar. Minha mãe levantou e como sempre começou a tagarelar.

— Que ótimo, como vocês estão?.

— Estamos bem, hoje minha neném...

— Mãe, acho que você já pode ir. Cortei a mais velha antes que ela começasse a falar o que houve no café da manhã.

— Ok, então espero você lá fora. Ela se aproximou e deixou um beijo na minha bochecha e um abraço na castanha. 

— Sua mãe é bem falante não é?. A castanha perguntou deixando as coisas na sua mesa e voltando com o prontuário em mãos.

— Sim, difícil é fazer ela se calar. A castanha sorriu e eu tive que fazer o mesmo. 

É possível alguém mudar você sem fazer nada?. Ela estava derrubando tanta coisa dentro de mim, e não fazia simplesmente nada.

— Gosto de pessoas assim, nos ajuda a sair de um dia ruim. A mais velha colocou algumas coisas no chão, e logo voltou novamente para perto de mim. — Eu vou te tirar da cadeira e te colocar no colchonete tudo bem?. Ela perguntou e eu senti minhas bochechas corrarem, ela ia mesmo me pôr no colo?.

— T-tudo bem, mas eu sou um pouco pesada.

— Não tem problema. A castanha disse com um sorriso na voz, e sem eu mesmo perceber já estava no chão, deitada sobre os colchonetes.

— Você me enganou Son Chaeyoung, é tão leve como uma pena.

— Você achou? Dahyun sempre reclama do meu peso.

— Talvez ela não tenha tanta força como eu. Ela se pós sentada e começou a mexer nas minhas pernas, fazendo exercícios em um alongamento. 

— Na verdade ela não tem força alguma. Outro dia, estávamos todos na cozinha e ela não conseguiu abrir o pote de geleia.

— O de geleia sempre é fácil de abrir.

— Uhum, por isso eu digo que ela não tem forças.  Dra Myoui passou para a outra perna, e enquanto isso continuavamos conversando sobre várias coisas.

—  Quer dizer que você é fã do Justin Bieber?. Ela perguntou e eu corei de imediato. Não é que eu tenha vergonha de dizer que amo o Justin Bieber e já sonhei várias vezes com ele, eu só estava traumatizada por ser zoada por todo mundo, assim como Jungkook foi zoado por gostar de kpop.

— C-como sabe disso?. Eu definitivamente tenho que parar de gaguejar.

— Sua mãe me disse. Ela disse que se você for rude ou revoltada, era para eu por Justin Bieber para tocar, principalmente uma música chamada, one less lonely girl. Ela disse que te acalmava.

— Ah meu Deus!. Levei minhas duas mãos até meu rosto o cobrindo todo. Eu juro que se ela não fosse minha mãe, a mataria. Myoui soltou uma pequena gargalhada e retirou minhas mãos do meu rosto. Estava totalmente deitada no colchonete e ela teve que quase se deitar para me ajudar a sentar. Ela foi para atrás da minhas costas e sentou por trás. Senti suas mãos segurarem as minhas e novamente mais uma sessão de alongamentos, agora nos meus braços.

— Tudo bem pequena Son, não precisa ter vergonha por ser uma belieber. Sua voz suave entrou baixo nos meus ouvidos, e senti os pelos da minha nuca ficarem de pé.

— E-eu não tenho vergonha, é só que meus amigos me zoam por isso. 

— Então seus amigos são uns bobões.

— Sim, eles são. Um rastro de tristeza se apoderou de mim. Eu não tinha notícias de nenhum deles a muito tempo. Provavelmente a mais velha notou minha tristeza repentina e tratou de mudar o assunto.

— Eu gosto da Ariana grande. A admiro muito ela tem muita personalidade e é uma mulher cheia de liberdade.

— Você não parece gostar da Ariana.

—  E você não parece gostar do Justin Bieber. Rimos juntas e a sessão foi finalizando, junto dela o corpo da maior se distanciar me deixando com uma falta dele junto ao meu. Ela tinha um perfume doce e eu já me vi viciada nele. 

— Por hoje é só, pequena Son. Ela ficou em pé e novamente me colocou nos braços, não demorou muito e eu já estava na cadeira.

— Posso te pedir algo?. Perguntei um pouco exitante.

— Claro. Está tudo bem?.

— Você pode me chamar de Chaeyoung. Só Chaeyoung ou outra coisa, menos pequena Son.

— Você não gosta?. 

— Não, é que. Bem eu...

— Me desculpa.

— Não, não quero que se desculpe. É só que eu fico um pouco envergonhada sabe. E como já temos intimidade para você saber que sou uma belieber, então...

— Hum, entendi. Você não gosta, mas prefere não ser chata com o Dr Hong Dong não é?. Confirmei que sim e ela me abriu seu sorriso novamente. — Eu entendo, ele tem essa mania de colocar apelido em todos que conhece, mas se é assim, então você pode me chamar de Mina.

— Então tudo bem, Mina.

— Tudo bem, Chaeyoung.

Pela segunda vez trocamos olhares e pela primeira vez a vi ficar com suas bochechas rosadas. Logo Mina me ajudou com tudo e depois me levou até minha mãe. Ela deu algumas orientações, disse que talvez eu poderia sentir dor por causa dos exercícios, mas nada grave. Mesmo querendo ficar, tive que me despedir dela. Vi seu sorriso direcionado para mim novamente, e com o decorrer do distanciamento, senti meu coração apertar em um sentimento conhecido por mim. Saudades?. Fiquei encarando o caminho, minha mãe falava mas eu não ouvia nada. Tinha meus pensamentos na castanha e sua voz, assim como seu perfume não saiam de minha memória. Será se a semana seguinte iria demorar tanto para chegar?. Espero que não.







Notas Finais


Estão gostando?.


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