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História Destiny Seoul - First impressions - parte 1.


Escrita por: braveappletree

Notas do Autor


Aaaaaa faz um tempo já desde que eu não posto, nem sei se alguém tá acompanhando, mas tudo bem, eu gosto de escrever essa história. Bem, se alguem estiver lendo, desculpa pela demora e boa leitura😊

Capítulo 3 - First impressions - parte 1.


Fanfic / Fanfiction Destiny Seoul - First impressions - parte 1.

Já fazia mais de um mês desde o início das aulas, as quais estava amando, e eu só conversava com a bibliotecária e os professores. Os outros alunos não tentavam muito falar comigo e eu também não fazia muito esforço, um "Bom dia" aqui, um "Pra quando é o trabalho do professor tal?" ali, mas nada muito mais que isso. Eu passava quase todo o tempo na biblioteca, um dos meus lugares favoritos até hoje, fazendo pesquisa ou simplesmente lendo algo que me interessava. Descobri um dos meus restaurantes favoritos na terceira semana, eu ia para a cafeteria quando vi um grupo de alunos mais velhos vindo em minha direção e, como sempre que podia desviava das pessoas, virei rapidamente pra esquerda e continuei andando. Achava que era só dar a volta no prédio, mas acabei me perdendo e fui parar numa ruazinha, nem muito perto, mas nem muito longe do campus, e achei esse lugar. Era pequeno e aconchegante, a comida era a boa e as pessoas que ali trabalhavam eram muito gentis, passei a ir o tempo todo lá e criei uma amizade com a dona e toda a equipe do restaurante, achava engraçado que conseguia ser amiga tão facilmente de todos lá, mas não com minha própria turma. Quando um dos garçons teve que parar de trabalhar, logo perguntei se poderia ficar com a vaga, a qual me foi dada alegremente pela Senhora Im.

            Era uma quarta-feira, não sabia o motivo, mas havia acordado de bom humor, escolhi um jeans claro rasgado e um suéter rosa para o dia, ri e lembrei de um de meus filmes favoritos "Meninas Malvadas". Ao chegar na sala de aula, ouvi um burburinho incomum e logo vi um círculo de pessoas conversando, escolhi uma cadeira e coloquei minhas coisas nela. Ia sentar quando ouvi uma risada escandalosa vinda de um dos alunos do círculo, fiquei curiosa e fui até lá.

- Hey, o que está acontecendo? Alguma coisa engraçada?

- Ah, sim. Olha só o que vimos ontem. - Disse o garoto da risada me mostrando um celular, o qual mostrava uma foto de um homem, que me parecia familiar, beijando um outro homem. - Ele é gay, vê?

            Eu estava prestes a perguntar qual era a graça quando a porta da sala se abriu e alguém gritou:

- OLHA SÓ, O HOMEM DO MOMENTO!

- Mas a gente deveria dizer homem mesmo? - Disse uma menina arrancando gargalhadas dos alunos. Me virei e vi o garoto da foto, "Ah, ele estuda comigo então". O autor da foto pegou o celular de volta e caminhou até o recém-chegado.

- E aí, como você explica isso? - Disse enquanto praticamente esfregava o celular no rosto do garoto. - Não sei como não tinha reparados antes, olha só essas meias rosas! Tem como você deixar mais óbvio que é gay?

            O garoto estava em choque, parecia querer dizer alguma coisa, mas as palavras não saíam, seu rosto ficou vermelho e eu jurava que ia chorar a qualquer momento. Todos riam dele e eu comecei a ficar vermelha também, mas de raiva.

- Qual é a porra do problema se ele for gay? - Questionei e a sala rapidamente tornou-se silenciosa. O homem com o celular me olhou confuso e disse: 

- Problema? Não tem problema, só engraçado que ele tenta se fazer de homem quando é uma bixinha.

- Nossa, como alguém pode ser tão ignorante assim? - Olhei o com desdém. - Ele é um homem, grandes bosta que ele gosta de homem, isso não não tem nada a ver com gênero dele, e sim, com a sexualidade. E, vamos lá, né? Século 21 e você ainda fala "bixinha"? Quantos anos você tem? 12?


            O garoto que antes estava prestes a chorar deu um risinho, o que pareceu enfurecer o aluno que agora havia perdido seu sorriso sínico e estava vermelho, numa mistura de vergonha e raiva. O resto da sala estava tensa, ninguém dizia nada e pareciam esperar o que aconteceria a seguir. O maior fulminou o de meias rosas e disse:

- É bom que eu não veja você e suas coisas gays de merda nesse campus, ou eu vou...

- Vai o quê? Bater nele por ter alguém que ele ama? - Interrompi sua frase. - Tudo isso é ressentimento por não ter ninguém?

            Dessa vez mais pessoas riram e ele me lembrou um pimentão dado a intensidade de sua vermelhidão. Me olhou furioso e parecia vir em minha direção quando a porta se abriu e o professor entrou.

- Bom dia, aconteceu alguma coisa? - Perguntou depois de olhar para a sala. Ao não receber nenhuma resposta, continuou. - Não? Então sentem-se logo.

            Sentei-me e vi todos indo para seus lugares, exceto o pimentão humano, que continuava parado em pé perto da porta, ao nota-lo, o professor começou a dizer algo, que não foi ouvido devido a batida da porta que o aluno irritado deu ao sair da sala. O professor nos olhou confuso e deu de ombros. A aula começou e a atmosfera tensa se dissipou, tudo correu como sempre e KiBum, descobri ser seu nome, não voltou para pegar suas coisas.

            Na hora do almoço, procurei pelo menino das meias rosas, queria falar com ele e checar se estava tudo bem. Depois de olhar na cafeteria e nos lugares onde normalmente as pessoas comem, pensei em desistir, ele só poderia estar se escondendo, pois não o via em lugar algum. Foi nesse momento em que lembrei, "Onde me escondia quando queria ficar sozinha?"

            A biblioteca guardava consigo inúmeros livros, cujas simples presenças me confortavam. Andava por entre os corredores quando avistei um par de tênis brancos, os quais faziam um belo contraste com as meias rosas juntas a estes. "Bingo." Me aproximei e encontrei o garoto da foto, seus olhos estavam um pouco vermelhos, provavelmente havia chorado. Ao notar minha presença, levantou a cabeça e começou a levantar, mas eu logo disse:

- Não, não. Fica sentado - Disse enquanto sentava-me na sua frente, apoiando minhas costas na parede. - Se importa?

            Balançou negativamente a cabeça enquanto sentava, olhou para o chão por um tempo e depois levantou os olhos na altura dos meus e disse:

- Obrigada por antes, não tinha a obrigação de fazer nada.

- É claro que tinha, sou uma pessoa decente, mas não foi nada. - Sorri amigavelmente e ele soltou um pequeno risinho. Fiquei um pouco séria e continuei. - Eu queria saber se tá tudo bem com você, sei que é difícil ser cercado de gente com KiBum. Esse país ainda tem muito que aprender sobre respeitar gays e, bem, toda a comunidade LGBTQ.

- Eu não s... - Parou no meio da frase, seu olhar estava triste, mas riu mesmo assim. - Estou tão acostumado a negar ser gay que é a primeira frase que sai da minha boca, que trágico.

- Eu sei que é difícil, mas não você não pode ficar assim. Não sei se tem alguém com quem você possa falar, mas é sempre bom conversar sobre os nossos problemas e medos. Se você quiser a gente pode sair pra jantar um dia desses, trabalho num restaurante muito bom, aposto que consigo um desconto pra gente.

- Por que está fazendo tudo isso? Nem me conhece.

- Bem, tento fazer uma boa ação de vez em quando e você parece sozinho aqui, que nem eu, e eu não vejo nenhuma velinha precisando de ajuda pra atravessar a rua por aqui.

            Me encarou por um tempo e eu pensei em pedir desculpa e ir embora, mas seu olhar ficou amigável e ele riu, riu de verdade, e disse:

- Obrigada, mesmo, mas não se preocupe, eu tenho alguém para conversar. - "Ah", pensei enquanto concordava com a cabeça e sorria fraco. O menino das meias rosas fez uma expressão confusa, como se estivesse pensando em algo e continuou. - Se bem que ela nem sempre pode jantar comigo. Talvez seja legal conversar com outra pessoa também, aliás, eu acho que um desconto sempre cai bem.

- Perfeito! - Eu disse sorrindo, ele também parecia feliz com minha empolgação. - Quando você está livre?

- Bem, sempre.

- Hoje? - Perguntei e ele concordou com a cabeça. - Então combinado, não trabalho hoje. Te encontro na frente da cafeteria depois da aula, ok?

- Sem problemas - Sorri e comecei a me levantar quando ele me parou - Duas coisas, primeira, qual é o seu nome?

- HyeRin - Respondi e ri. - Não tinha percebido que nunca cheguei a me apresentar, desculpa. E o seu nome é?

- HyeonSeong, e não tem problema, não me apresentei também. - Sorrimos um para o outro e ele continuou - Segunda coisa, sempre usa rosa nas quartas-feiras?

            Primeiro o olhei meio confusa, mas logo abri um sorriso e falamos ao mesmo tempo:

- On Wednesdays we wear pink.

            Rimos juntos e, depois daquilo, sabia que tinha feito a decisão certa ao procurá-lo. Ao invés de ir embora depois dê concordarmos sobre onde e quando nos encontrar, fiquei lá até o final da pausa conversando, lembro de ficar felicíssima pela facilidade que tínhamos em conversar e como a conversa fluía bem entre a gente. Naquele momento, não me senti sozinha como normalmente me sentia, tinha finalmente encontrado um amigo, o qual viria a ser não apenas isso, já que junto de BoMi, é o meu segundo milagre.


Notas Finais


A biblioteca da foto do capítulo é de alguma universidade de Seoul(era pra ser, pelo menos). A universidade da história não existe de verdade, então é só pra vocês terem uma ideia de como eu imaginei enquanto escrevia. Vou tentar não demorar tanto pra postar o próximo capítulo, obrigada por ter lido até aqui❤️


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