Point of view Violet Harmon
A dois meses eu não tinha contato com nenhum dos meninos, eles simplesmente pararam de ir a faculdade, e ignoravam todas as minhas ligações.
De repente eu era a culpada de tudo.
Chaz me odeia por não contar que América o traiu.
Justin me odeia por não contar que Jazzy e Ryan estavam juntos.
Ryan, sumiu totalmente do mapa, Deus sabe que eu tentei de todos os jeitos encontrá-lo, mas foi em vão.
E América me odeia porque acha que escolhi jazmyn a ela.
Me lembro como se fosse hoje.
“ — Você tá de sacanagem, Violet? — Ela grita do outro lado da linha, depois de me ligar para voltar a morar lá. — Ela destruiu a nossa vida!
— América, ela é uma criança. É menor de idade e precisa de um responsável, sem contar que é minha melhor amiga. Não posso simplesmente dar uma casa pra ela e deixá-la aqui sozinha, ela não sabe nem fritar um ovo. Ela é minha responsabilidade agora!
— Você fez sua escolha! — Ela desliga o telefone em minha cara.”
Nunca mais nos falamos depois disso.
Eu até tentei, juro que sim.
Tentei por um mês inteiro, mas uma hora a gente cansa de tentar se aproximar de quem só nos afasta.
Faz uma semana que me formei na faculdade, e doeu não ter nenhum dos meus amigos lá, pelo menos eu tinha Jazzy e Andrew comigo.
Minha vida agora é uma rotina entediante.
De manhã eu e jazmyn tomamos café numa cafeteria perto do apartamento, depois eu a deixo na escola, fico em casa até a hora de buscá-la, assistindo, limpando a casa, ou simplesmente encarando o teto. Depois a busco na escola e fazemos o almoço juntas, de tarde nos saímos a maioria das vezes para comprar coisas para o bebê ou então arrumamos o quarto dele, de noite nós pedimos comida, todos os dias, e antes de dormir eu falo com Christian por Skype.
É assim todos os dias.
Acaricio minha barriga enorme e digo.
— Não vejo a hora de você nascer! — sinto um chutinho e isso me faz sorrir. Me pergunto se ele me entende, e que talvez essa seja a resposta “também estou doido pra sair daqui”. — Você vai puxar a mamãe não, é? — eu rio de mim mesma ao dizer isso.
— Tomara que sim. — Jazmyn entra no quarto e se deita ao meu lado.
— Eu não sei o que eu vou fazer quando o Christian voltar. — eu admito.
— Talvez você deva contar a verdade. — Eu nego. — Sei que está com medo, mas podemos fazer isso, Violet. Eu sempre vou estar aqui por vocês. — eu acho fofo da parte dela, acho sim. Mas essa fantasia dela, de nós duas criarmos um bebê sozinhas, era só isso, uma fantasia. Eu não tenho nem um emprego, eu vivo com a pensão dos meus pais, que ainda nem sabem que eu estou grávida e que quando descobrirem com certeza vão querer me matar.
— Jazzy, isso está fora de cogitação. Eu mal consigo cuidar de você sozinha, imagina de você e do bebê. — Ela faz cara feia. — Eu não to falando nesse sentido. Eu sei que você sabe se cuidar sozinha, mas to falando das preocupações que tenho com você, de te levar na escola, de te levar ao médico, ficar em cima de você para se alimentar direito. Sei que você já é grandinha, mas me preocupo com você, você é minha responsabilidade agora.
— Você tá muito maternal. — Ela me abraça. — Eu já vou fazer 16, já posso tirar minha carteira. — é como um estalo em minha cabeça.
Amanhã é o aniversário de jazmyn.
Ela continua.
— Assim você não vai precisar ficar me levando nos lugares, quero te ajudar Violeta. — eu quero chorar quando ela diz isso.
— Vamos ver o que a gente faz, ok? — Ela assente.
— Posso dormir aqui hoje? — eu assinto rindo.
— Ainda diz que não é criança. — Ela faz bico e eu dou risada.
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