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História Desventuras de ser Mark Tuan - Contrato


Escrita por: black_mountain

Notas do Autor


Postei antes do que pensei que postaria ahaush <3
Porque finalmente estou gostando de escreve-la (um pouco), então, aproveite <3
A historia vai começar real capitulo que vem <3
Boa leitura :)

Capítulo 3 - Contrato


Fanfic / Fanfiction Desventuras de ser Mark Tuan - Contrato

No carro reinava um silencio profundo e eu senti que se eu o quebrasse, Jackson socaria minha face. Seu rosto, apesar de bonito e salientado, tinha sempre com a mesma expressão: irritavelmente entediado, porém com um olhar sombrio. Dava medo apenas de olha-lo.

Ele se concentrava na rua a sua frente, enquanto eu o encarava com o canto do olho. Queria perguntar para onde ele estava me levando... ou o porquê disso. Eu só podia imaginar os piores finais possíveis. Mas minha mente do nada cortava esses pensamentos com coisas irreais, como “Ou ele pode ser apenas solitário e quer alguém com quem conversar”. Esse tipo de situação passava aleatoriamente pela minha cabeça e logo eu o afastava com um “até parece”. Depois eu voltava a pensar em tráfico internacional de órgãos. Por favor, quem quer que seja que vá utilizar meu coração, por favor, que esteja muito necessitado e tenha um final mais feliz que o meu. Mark Tuan, você é louco.

Minhas mãos estavam suadas ao ponto de deslizar pela minha coxa, mesmo sobre o tecido jeans. Eu não conhecia esse lado da cidade, acho que nunca vim aqui. Havia grandes arranhas-céu e poucas casas. Um bairro rico.

Antes que eu pudesse olhar mais do local, ele virou a direção para a esquerda, adentrando em um estacionamento de um prédio de vidros escuros e varandas azuis. Ele desceu mais um andar e estacionou na vaga “2201 Wang”. Jackson Wang?

Jackson continuava calado e apenas saiu do carro, batendo forte a sua porta, eu não me movi. Senti uma batida forte no vidro do lado do passageiro, quando dei por mim, o maior me olhava mais irritado do lado de fora.

Tirei o cinto e saí do carro. O estacionamento parecia infinito, cheio de corredores e carros lustrosos, porém o local era cinza e frio, desanimando qualquer visão luxuosa que se teria dali. Jackson não olhou para trás, apenas começou a andar em direção ao elevador lá na outra ponta do lugar. Tive de correr para acompanha-lo.

Esse silencio acabava com a minha capacidade de pensar corretamente. Tinha vontade de roer as unhas, uma velha mania minha, mas me contive, não posso ser uma Maid com as unhas carcomidas.

A caixa de ferro chegou, quando se abriu, o espaço estava vazio, o espelho no fundo do elevador refletiu nossos corpos e por um milésimo de segundo, o olhar frio de Jackson cruzou com o meu assustado. Senti um arrepio subir pela coluna, tal como quando se assiste um filme de terror que você sabe que no final, todo mundo morre. Ele entrou, eu hesitei, mas entrei em seguida, odiava elevadores, Jackson apertou o botão do vigésimo segundo andar, depois se encostou no espelho cruzando os braços. Eu não sabia onde exatamente deveria ficar, segurei as mãos atrás do corpo, a fim de me acalmar. Isso é tortura.

Demorou cerca de 2 minutos, mas me pareceu horas, pois além de eu odiar elevadores, o aparelho subiu direto, sem interferência de mais ninguém, era como um edifício fantasma. O que apenas me assustava mais. Quando ainda estávamos no decimo quinto andar, o elevador deu um solavanco meio brusco e eu sem querer soltei um grito, me agarrei na parede da porta:

- Socorro! Vai cair!!! – Fechei os olhos bem apertados, esperando realmente o negócio despencar. Mas ele continuou a subir de forma vagarosa. Quando percebi que o elevador não iria realmente cair, abri um olho averiguando o local, logo depois o outro. Tudo que tinha no espaço era um Jackson de boca em formato desgostoso, me olhando como se eu fosse um animal burro. Para piorar, eu ainda tentei justificar a gafe: - Eu meio que tenho medo, sabe, de elevadores. – Disse isso me endireitando, distanciando-me da porta. Mas ele apenas fez “Tsk” e olhou para o lado, quase desprezando minha existência no mundo.

Tive vontade de socar minha cabeça no chão de aço, até esquecer o que tinha feito.

Quando finalmente chegamos no 22º andar, eu estava tonto, enjoado e envergonhado. Que bosta de vida. Por que tão alto? Não poderia ser no primeiro andar?

Jackson saiu do elevador normalmente, já eu tive que me escorar no portal do aparelho. Senti que ia vomitar mesmo. Acho que nunca fiquei tanto tempo em um elevador. Nos shoppings, demorava apenas segundos. Mas aqui não, eram vinte e dois andares, fora o subsolo do estacionamento. Mas bem, enquanto eu tentava não vomitar sobre o tapete caro do hall, Jackson abria a porta do apartamento 2201. Ele pôs um cartão em um dispositivo no lado da porta onde a luz passou de vermelha para azul com um barulhinho.

Ele finalmente se interessou em olhar para trás, a fim de ter certeza que eu não estava pensando em fugir (e eu estava, na verdade). O curto corredor entre o elevador e a porta de entrada do apartamento dizia nitidamente “eu sou um lugar caro pra porra”. A parede esquerda era da altura da minha cintura até o teto era feito de espelho, havia um lustre chique no teto e a parede direita era detalhada com desenhos pretos no branco, esculpido no rodapé e roda teto. O tapete nem se fala.

Eu dei passos vagarosos, ignorando a impaciência expressado no rosto do moreno a minha frente. Jackson entrou primeiro, deixando a porta aberta para minha passagem, esperei encontrar um apartamento luxuoso igual ao corredor, mas não. Tomei um susto ao notar que, claro, a sala, sala de janta e cozinha era enormes e amplas, mas não eram nada como o corredor. Na sala, a minha direita, havia dois sofás cinzas na sala enorme e uma poltrona preta perto do sofá grande, com uma mesa de centro de vidro, tapete preto e na parede uma TV enorme. A frente, na sala de janta enorme, com apenas uma mesa de vidro com seis lugares. Do lado da sala de janta, uma cozinha com o básico de eletrodomésticos inox e balcão de mármore preto. A minha esquerda havia uma parede com um corredor, quartos, pensei. A única coisa que diferenciava esse apartamento de algum comum eram a qualidade dos moveis, a discrepância de tamanho e a enorme parede de vidro que dava vista para toda Seul da sala de janta. Fora isso, o local parecia solitário. Como se o enorme espaço que sobrava fosse proposital.

Procurei Jackson, esse havia sumido da minha visão. Fechei a porta atrás de mim relutante, se eu fugisse agora... Mas logo o moreno estava de volta, ele surgiu do corredor escuro segurando alguns papeis. Notei que ele havia tirado o terno, estava apenas com a camisa branca de botões, gravata frouxa e uma calça social. Ele foi direto para a poltrona preta e se jogou na mesma, arremessando os papeis na mesinha de centro.

- Mark... – Pela segunda vez ele pronunciava meu verdadeiro nome, sua voz grave soo pelo apartamento e me causou um susto. Entendi que deveria ir para onde ele estava. Chegando lá, sentei no sofá a sua direita. Encarei os papeis na mesa.

- Como sabe meu nome...? – Perguntei relutante. Ele sorriu de lado. Se sentou mais confortavelmente na poltrona, abriu os braços, dispondo cada um sobre os braços da mesma.

- Você vai ver e perceber que eu posso tudo. – Ele não tinha vergonha de falar essas coisas? Meu Deus. Perguntei a mim mesmo. Ele continuou: - Antes de ir até você, tive de saber um pouco mais. – Levantou um dedo – Número um: Estuda teatro na faculdade de Seul. – Levantou outro – Número dois: Mora sozinho, é gay e tem vinte e dois anos. – Mais um – Número três: Não tem contato com a família. Depois de me entregarem essas informações, deduzi que você foi expulso de casa ou por trabalhar naquele local por puro gosto pessoal, ou por ser gay. Sobre essa última, você trabalha naquele restaurante para manter a faculdade...– Eu estava tão surpreendido que nada disse. – Eu acho, sinceramente, que é a segunda opção. Lá paga tão bem assim?

- O quê...? Como...? – Eu estava boquiaberto. – Por que fez isso?

- Eu gosto de saber sobre meus brinquedos... – Ele disse isso alcançando os papeis na mesa e os jogando no meu colo. – Assine isso. – Olhei para a papelada em minhas pernas.

“Contrato.” Era o que estava escrito na primeira página.

- Como eu acabei por descobrir o seu segredinho... – ele iniciou, eu não estava entendendo mais nada. – Em troca do meu silencio, a fim de não estragar a sua vida, sua faculdade e fonte de renda, seja meu.

- Como assim ser seu? – Eu finalmente estava absorvendo o que ele dizia. Passei do estado incrédulo para raivoso.

- Para de perguntas e leia.

Mesmo nervoso, passei o olho rapidamente pelas folhas, basicamente, eu não poderia falar para ninguém o que estava acontecendo. Se eu assinasse isso, eu concordava com o fato de que Jackson “se tornava meu dono”, como um contrato de adoção de um cachorro, a diferença que ele poderia fazer o que bem entendesse comigo sexualmente, ah não, “Clausula 1: Nada que coloque minha vida em risco vai acontecer, a não ser que ele mereça”. Meu estomago embrulhou.

- Pro inferno se acha que vou assinar isso! – Joguei os papeis nele e me levantei. Estava bufando de raiva, quase me virando para sair do apartamento, dessa loucura, de perto desse louco.

- Então, eu posso ir no seu precioso Coffe Maid e dizer a todas que você é um homem? – ele se pronunciou e eu parei onde estava. – Acha mesmo que vão aceita-lo mesmo assim? – Eu fechei as mãos em punho, tive vontade de chorar, mordi o lábio inferior. – Lá foi a sua última opção? O que te faz pensar que vai conseguir outro emprego? Acha que sua família vai querer você de volta? – Essa foi a gota d’água. Me virei para ele.

- Sim, a chefe Hye ainda vai me aceitar... Vá em frente, diga a ela. Eu posso arranjar outro emprego. – Blefei, Hye nunca aceitaria um homem ali, eu sei disso, Mei sabe disso, por isso todo o cuidado com ela é pouco, e convenhamos, outro emprego? Não consegui nada por meses. Mas ele não iria lá contar isso, porque toda essa disposição para acabar com a minha vida?

Quis dar as costas novamente, mas Jackson tirou no bolso da calça seu telefone celular. Discou algo na tela e dispôs o celular em cima da mesa. Alguns segundos depois ouvi em alto e bom som de uma ligação em andamento, logo em seguida ouvi a voz sonolenta da minha chefe:

- Boa noite... quem está falando? – Hye perguntou.

- Boa noite. – Jackson disse olhando para mim. – Tenho algo a confessar – ele vai dizer – sobre uma das suas maids. – Ele estava sério, ele vai realmente contar.

­- Confessar? Como assim? O que tem elas? – Ela já pareceu mais preocupada. – Espero que não seja uma brincadeira.

- Não, nem de longe, mas em especial, uma delas, a Maid Ki... – Antes que ele falasse mais qualquer coisa, corri e peguei o celular na mesa, desliguei a ligação e arremessei para longe, pode-se ouvir o som do aparelho quebrando no chão.

Ele gargalhou em resposta. Mas logo em seguida, se levantou, agarrou meus pulsos e me jogou no sofá.

- Você acha que estou brincando? – Ele perguntou. – Hein? Apenas assine isso.

- Eu... por quê? – Não posso acreditar que isso está acontecendo.

- Por que você é a droga de um garoto que chamou a minha atenção. E sabe o que eu faço com as coisas que são interessantes ao meu ver? – Ele chegou bem perto do meu rosto, tirou o cabelo da peruca da minha face. – Eu possuo elas. Porque eu quero, porque eu posso. Então, Mark Tuan, você é meu até que eu me canse disso.

- Você é louco. – Ele sorriu. Um sorriso frio que nada combinou com o seu olhar solitário. Jackson apenas mais uma vez pôs os papeis em meu colo, junto com uma caneta do seu bolso. Meus olhos ardiam, mas eu não queria que ele me visse chorar. Com minhas mãos trêmulas, assinei meu nome na última folha, na linha pontilhada.

Ele sorriu, perfeito, pronunciou. Pegou o contrato de minhas mãos. E a primeira coisa que ele fez foi tirar a minha peruca castanho escuro.

- Melhor agora, Mark Tuan.

- Em quanto... – Gaguejei, engoli o choro da garganta. – Em quanto tempo acha que vai enjoar de mim?

- Nunca dura mais que um mês.

Ao dizer isso, acho que ele insinuou que essa coisa já aconteceu antes. Tive vontade de perguntar se alguém já morreu em suas mãos, mas tive medo da resposta.

Ele segurou minha bochecha com brutalidade e iniciou beijos em meu pescoço. Com força, me deitou no sofá e começou a tirar a minha blusa de botões. Se pôs em cima de mim, enquanto começava a descer do pescoço aos meus mamilos. Sugou, beijou e mordeu. Tive vontade de chorar, gritar, correr dali. Mas já estava feito.

Enquanto Jackson marcava meu corpo com seus dentes, pensei que teria sido muito melhor ele apenas ter traficado meus órgãos.

Mas a noite estava apenas começando. 


Notas Finais


Vou lançar um capitulo especial de Anatomia Humana sabado ou domingo agr, viu <3


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