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História Detention (em hiatus e correção) - Chapter 7 - Food Solves Everything


Escrita por: madduniter

Notas do Autor


Ooooi
Gente, nunca sei oque escrever nas notas, então vou deixar pra escrever nas notas finais.
Perdoem os erros!

Boa leitura, espero que gostem <3

Capítulo 7 - Chapter 7 - Food Solves Everything


Any Gabrielly P.O.V

Ouço Josh ir embora e balanço negativamente a cabeça. Por que ele é tão cismado que vou me apaixonar por ele?

Dou uma risada fraca e sigo para a sala, onde minha mãe está assistindo televisão e minha irmã está dormindo, com a cabeça deitada em seu colo.

- Filha? - ela diz quando é surpreendida por mim lhe dando um beijo na bochecha.

- Cheguei - sorrio fraco e me sento na poltrona, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Eu já ia te ligar, estava preocupada - ela diz - Está tarde, você veio sozinha? - balanço a cabeça negativamente.

- O Josh me trouxe - digo e ela me lança um olhar malicioso. Reviro os olhos - Ele é meu... amigo - não posso dizer que ele é apenas meu colega depois do que fez por mim hoje. Ele salvou minha vida de um trauma eterno. Definitivamente, o Josh é meu amigo. Ele e o Noah.

- Grandes amores começam com pequenas amizades - ela pisca e eu solto uma risada fraca, me levantando.

- Não vamos conversar sobre isso, mãe - dou um beijo na testa de Belinha - Vou dormir.

Vou andando lentamente até a escada. As imagens de Wallace em cima de mim, ele beijando o meu pescoço... foi repugnante. Ainda sinto o cheiro dele.

- Any? - minha mãe chama, me tirando de meus devaneios.

- Oi? - olho para ela.

- Tá tudo bem, filha? - ela pergunta, arqueando uma sobrancelha - Aconteceu alguma coisa? - engulo em seco e fico em silêncio por poucos segundos.

- Tudo bem, mãe - forço um sorriso - Só estou cansada.

- Tem certeza? - ela pergunta desconfiada.

Não, eu não tenho certeza. Eu só tenho certeza de que estou péssima. Eu quero correr para o colo da minha mãe e chorar até minhas lágrimas secarem. Quero contar tudo oque aconteceu para ela. Quero que o Wallace apodreça no inferno, não quero ver o seu rosto nunca mais. Mas, ao mesmo tempo, não quero preocupar minha mãe logo agora que acabamos de nos mudar. Primeiramente, a ideia de vir morar aqui foi inteiramente minha, desde sempre. Não posso arruinar isso.

- Sim, tá tudo bem - mordo o lábio - Vou dormir. Te amo.

Dito isto, subo as escadas correndo antes que a minha desconfiada mãe me encha de perguntas até obter a resposta verdadeira. Ela sempre sabe quando estou mentindo.

Chego no meu quarto e jogo minha mochila no chão, olhando em volta. Eu preciso urgentemente de um banho, não consigo parar de sentir o cheiro do Wallace e isso me faz ter ânsia de vômito.

Vou ao banheiro e fico me fitando por alguns segundos no espelho. Como eu pude ser tão ingênua? Como eu pude aceitar algo vindo da Taylor?

As vezes, me perguntava se a raiva que meus novos amigos sentem pela Taylor era real ou exagero. Agora eu sei que é real, pois eu a sinto também.

Uso o sabonete até não sentir mais o cheiro de Wallace e saio do banheiro depois de um longo banho fervente.

Visto meu pijama da Moana e vou me deitar. Pego o meu celular e fico encarando o mesmo, pensando se devo ou não mandar uma mensagem para o Josh. Como eu posso ainda pensar sobre isso? Depois do que ele fez por mim hoje, o mínimo que devo fazer é lhe mandar uma mensagem. Porém, um barulho vindo da janela me faz largar o celular e me encolher embaixo do cobertor.

Engulo em seco e fico encarando a janela, até ver uma pedrinha novamente voar e bater na mesma, fazendo o mesmo barulho. Me levanto e olho em volta.

- Agora seria uma boa hora para ter um taco de baseball - digo à mim mesma, lembrando dos filmes nos quais as pessoas sempre pegam um taco de baseball para se defender do serial-killer.

Tudo fica em silêncio, e eu respiro fundo, aliviada, chegando a pensar que é apenas uma criança atentada da vizinhança. Essa teoria se esvai quando vejo uma mão se segurar na minha sacada, e uma pessoa usando um capuz preto subir na mesma. Arregalo os olhos e olho novamente em volta, desesperada. Vejo o cabide no qual meu uniforme costuma ficar pendurado, e pego o mesmo. Se for um serial-killer, eu mato ele primeiro com uma cabidada no olho. Porém, ele tira o capuz e me encara, dando um sorriso, que se desfaz e se transforma em uma careta confusa quando ele vê que estou levantando um cabide.

- Lamar? - digo surpresa, e abaixo o cabide. Abro a janela e encaro ele.

- Oi - ele ri fraco - Eu não sei você, mas... sempre que eu estou triste, é só comer que eu fico melhor - ele diz, mostrando a mochila em suas costas - Já disse que minha família tem um restaurante? - ele sorri fraco e eu dou espaço para ele entrar pela janela - Espero que goste de peixe e fritas - ("Fish and chips", é um prato típico do Reino Unido).

- Nunca provei, na verdade - digo, ainda surpresa com a visita - Seus pais não se importam com o fato de ser quase uma hora da manhã e você estar na rua?

- Não se eles não souberem - ele ri, olhando em volta - Quarto maneiro.

- Obrigada - sorrio fraco e coloco uma mecha de cabelo molhado atrás da orelha.

- Então, eu vim te deixar umas coisas - ele diz, tirando a mochila das costas e colocando ela em cima da minha cama - Isso é o peixe e fritas do qual eu disse. Fui eu quem fiz... não está tão bom quanto o dos meus pais, claro. Mas, dá pra comer - ele diz quando tira uma bandeija de isopor da mochila, e coloca em cima da cama - Eu comprei um hambúrguer no Kannye's...

- O Kannye's ainda tá aberto? - arregalo os olhos.

- Any, o Kannye's sempre tá aberto - ele ri, tirando outra bandeija de isopor da mochila, com o adesivo do Kannye's colado em cima da mesma - E eu trouxe sorvete - ele tira um enorme pote de sorvete da mochila, vem até com uma colher em um saco de plástico grudada com fita adesiva em cima do pote - Eu não sei qual é o seu sabor preferido, então, trouxe de Oreo. É muito gostoso. Ah - ele diz tirando uma Pepsi de 500ml da mochila -, não sei se você bebe refrigerante, mas eu trouxe um.

- Eu amo Pepsi e Oreo - digo, com um sorriso no rosto, sem entender - Obrigada, Lamar. Mas... - olho para ele, que está colocando a mochila nas costas - Pra que tudo isso?

- Bom, eu... - ele engole em seco - Eu fiquei pensando em você, e em tudo oque aconteceu nessa noite - ele encolhe os ombros - Pensei que, talvez, se eu trouxesse isso, você se animaria um pouco.

- Certo... - arqueio uma sobrancelha, desconfiada - Tem certeza que é só isso? - ele me encara, e fica em silêncio por breves segundos.

- Sim, sim... - ele pigarreia - Tenho certeza... hm, acho que vou embora agora - ele diz, dando passos para trás até a janela.

- Não é perigoso ir embora andando à essa hora? - pergunto, preocupada.

- Não vou andando - ele diz - Vim na van do restaurante - ele aponta para uma enorme van estacionada do outro lado da rua, escrito "Restaurante Britânico do Morris".

- Ah - assinto - Sendo assim... vá com cuidado.

- Tudo bem... espero que você fique bem, Any - ele sorri fraco e faz menção de passar pela janela, mas eu seguro a manga de sua blusa, impedindo ele de sair. Ele olha para mim. Sorrio e lhe dou um abraço.

- Obrigada, Lamar - digo - Você é um ótimo amigo.

Deposito um beijo em sua bochecha e o solto. Ele fica me encarando, sem piscar, e abre a boca para responder mas, acaba apenas assentindo e indo embora.

Suspiro e vou para a minha cama. Começo comendo o peixe e fritas, e é uma delícia. O tipo de comida que eu comeria todos os dias se pudesse.

O Lamar não podia estar mais certo, a comida me deixou bem mais animada.

{...}

Acordo com a luz do sol refletindo em meu rosto através da janela. Me espreguiço e me sento na cama, olhando em volta. Fico pensativa por alguns instantes, e, então, arregalo os olhos.

Procuro desesperadamente o meu celular pela cama e quando o acho, vejo que já é uma hora da tarde. Fecho os olhos e respiro fundo, colocando meu rosto entre as mãos. Não acredito que perdi a hora do colégio logo na primeira semana de aula.

Me levanto e sinto uma dor de cabeça insuportável, como se alguém tivesse atingido uma barra de ferro na minha nuca. Suspiro e saio do quarto, com a mão na nuca.

Sigo para a cozinha e vejo minha mãe comendo cereal. Ela está bem arrumada, usando um vestido preto colado até os joelhos e um salto preto. Seu cabelo está preso em um coque.

- Bom dia, dorminhoca - ela sorri ao me ver e eu me sento no banco da bancada.

- Por que não me acordou? - pergunto, bocejando.

- Eu percebi que você não estava bem, achei melhor que ficasse em casa - ela deu de ombros - Como está se sentindo?

- Com um pouco de dor de cabeça, mas estou bem - sorrio fraco.

- Tem remédio para dor de cabeça no armário de remédio - ela diz, comendo rapidamente o cereal.

- Por que a pressa? E por que está vestida assim? - pergunto, rindo fraco.

- Bem, enquanto você estava em uma festa com seus amigos, a sua mãezinha aqui foi fazer uma entrevista de emprego, e eu consegui - ela sorri com uma mão na cintura e eu arregalo os olhos - Mas, foi só a primeira fase da entrevista.

- Sério? Que bom, mãe! - sorrio - Aonde?

- Uma hambúrgueria perto do seu colégio. Se chama Kannye's - ela diz.

- Você tem uma entrevista no Kannye's? - ela assente - Mãe, meus amigos amam esse lugar, e eu também. Foi onde o Josh me levou no primeiro dia de aula.

- Sério? - ela se empolga - Bom, então vá lá com eles depois da aula deles. Essa segunda fase vai ser um teste, vou trabalhar como garçonete com mais três mulheres, a quem se sair melhor fica com a vaga - ela termina de comer o cereal e suspira - Então, leve os seus amigos e peça para eles me elogiarem.

- Pode deixar - digo rindo.

- Ah, você vai ter que ir buscar a Belinha na escola hoje - ela diz, pegando as chaves do carro.

- Tudo bem, posso ir com o carro? - peço, juntando as mãos - Por favorzinho?!

- Any, o carro é alugado, não quero correr o risco de você destruir ele - ela diz e eu bufo - Estou saindo, me deseje sorte - ela me dá um beijo na testa.

- Sabe, só vou pedir para meus amigos te elogiarem se você me emprestar o carro - digo.

- Também te amo, se cuida - ela me ignora e sai de casa.

Pego o meu celular e mando uma mensagem no grupo, falando para eles me encontrarem no Kannye's depois do colégio. Em seguida, me levanto e vou preparar meu café da manhã.


Lamar P.O.V


- Any mandou uma mensagem no grupo - Joalin diz, colocando a bandeija do almoço em cima da mesa e sentando na minha frente e ao lado de Bailey - Disse para encontrarmos com ela no Kannye's depois do colégio.

- Ela não veio mesmo hoje? - pergunto para Sofya, que está sentada do meu lado. Ela está pálida.

- Não - ela balança a cabeça negativamente, e come um kiwi da sua salada de frutas - Ela não estava na aula de matemática.

- Lamar está perguntando porque a Any é crush dele - Sabina diz, com um sorriso divertido no rosto. Todos olham para mim.

- A Any é sua crush? - Heyoon e Diarra perguntam em uníssono, boquiabertas.

- Eu só acho ela bonita - dou de ombros.

- Ela é sua crush - Joalin e Bailey confirmam, em uníssono.

- Calem a boca - reviro os olhos e continuo comendo.

- Se ela for mesmo sua crush, acho melhor agir logo, viu? - Sina diz - Porque não falta muito pra ela ficar caidinha pelo Josh.

- É verdade - Krystian concorda - Ela fica assim na aula de matemática olhando pra ele - ele imita a Any de boca aberta e todos riem, menos eu.

- Ainda mais agora que ele salvou ela - Shivani diz.

- Então, ele faz uma coisa boa e vocês anulam todas as coisas ruins que ele fez? - pergunto - Hitler também podia tratar bem um judeu, se quisesse - eles olham para mim e começam a rir.

- Você fica uma gracinha com ciúmes, cara - Joalin diz, rindo.

Reviro os olhos e fico em silêncio até o intervalo terminar.

Não é como se eu estivesse apaixonado pela Any ou algo do tipo, afinal, conheço ela faz só três dias. Eu só acho ela muito bonita e muito legal. Sem falar, que... estou me sentindo culpado pelo que aconteceu com ela na festa de ontem. Eu vi quando a Taylor estava conversando com a Any, e vi que ela aceitou o copo que Taylor ofereceu. Na minha cabeça, não era nada demais, só um copo de cerveja. Sei que a Taylor é maluca, mas nunca pensei que fosse capaz de drogar alguém e largar a pessoa com pessoas que não são confiáveis, como o Wallace. Pior de tudo; eu vi quando o Wallace estava levando a Any para o andar de cima, mas não imaginei que ela estivesse sendo forçada. Por isso, ontem fui até a casa dela, checar como ela estava, por sorte o Gps do celular dela estava ligado e consegui chegar até a casa dela.

Eu estou com raiva. Josh é uma má pessoa e está conseguindo enganar direitinho a Any, ela não merece isso. Estou com mais raiva ainda, porque eu poderia ter impedido aquilo ao invés do Josh, mas eu não percebi o óbvio e, agora, por isto, a Any vai ser magoada uma hora ou outra.

Enquanto sigo para a minha aula de geografia, sou surpreendido por alguém parando bem na minha frente, me impedindo de continuar andando.

- Precisamos conversar - a pessoa diz, me fazendo franzir a testa, confuso.


Any Gabrielly P.O.V


Fico assistindo Game Of Thrones até dar a hora de ir buscar a Belinha. Visto uma saia jeans, uma regata e prendo meu cabelo em dois coques laterais.

A escola da minha irmã não é tão longe, mas eu queria ter pelo menos uma bicicleta para andar por ai. Seria bem útil se eu ao menos soubesse como andar de bicicleta.

Quando chego na escola da minha irmã, fico tentando encontrá-la no meio da multidão de crianças.

- Any! - vejo Belinha acenar e sorrio, acenando de volta. Ela se despede de uma menina ruiva que está do lado dela e corre até mim.

- Tudo bem? - pergunto e ela assente.

- Sim, e você? - ela olha para mim - Mamãe disse que você não estava bem.

- Eu to bem - sorrio, caminhando com ela - Pelo visto, você fez uma amiga.

- É a Sam - ela diz - Também tem a Mia, mas ela já tinha ido embora quando você chegou. Elas me chamam de Bella porque não conseguem falar Belinha direito.

- Tudo bem. Pelo menos não fazem trocadilho com o seu nome porque se parece com "qualquer" - digo.

- O que a mamãe fez para o jantar? - ela pergunta.

- Ah, hoje vamos comer no futuro novo emprego da mamãe - sorrio - Ela está servindo lá como garçonete. Meus amigos também vão, você vai gostar deles.

- Até aquele Josh? - ela me olha com um sorriso malicioso no rosto - A mãe disse que ele te levou para casa ontem.

- A mãe é uma fofoqueira - reviro os olhos - Eu tenho mais amigos homens, ok? Não é só o Josh.

- Mas o Josh é o único do qual você falou pra gente - ela diz - Então, você gosta dele.

- Isso... não tem nada a ver - digo, irritada - Cala a boca, sua pirralha. Me fala sobre a sua escola.

Belinha me conta cada detalhe da nova escola até chegarmos no Kannye's. Pelo que parece, ela está se dando tão bem na escola nova quanto eu. Fico feliz ao ver que ela está se dando bem, acho que não suportaria saber que minha família está infeliz aqui, afinal, a ideia de vir morar aqui foi minha.

- Uau! - Belinha diz ao entrar no Kannye's - Que lugar legal, não temos lanchonetes assim no Brasil.

- Ei, garota brasileira! - Luke diz ao me ver entrar - Seja bem-vinda novamente - ele sorri atrás do balcão e olha para a Belinha - Quem é essa pequena?

- Minha irmã, Belinha - digo.

- Ah, vocês são parecidas - ele sorri - Pensa rápido, Belinha - ele joga um bombom para ela.

- Obrigada - minha irmã diz, tímida.

- De nada, fofa. Seja-bem vinda - ele pisca e ela sorri.

Seguro a mão dela e me sento com ela no mesmo lugar que sentei com o Josh quando vim aqui. Em alguns segundos, minha mãe aparece e sorri ao ver nós duas. Ela está vestindo um vestido azul marinho e um avental cor de vinho com a logo do Kannye's desenhada na mesma em letras azuis, o cabelo ainda está preso em um coque.

- Olá, sejam bem-vindas ao Kannye's - ela diz, segurando uma bandeija - Qual vai ser o pedido das duas?

- Vamos querer uma porção de batatas fritas - digo, passando o braço em volta do pescoço se Belinha e tampando sua boca com a mão, pois ela está segurando o riso - Dois hambúrgueres e duas latinhas de Pepsi.

- Certo... - ela diz, anotando nossos pedidos em um pequeno caderninho que está na bandeija - Vão querer os hambúrgueres e batatas normais ou o especial do Kannye's? - ela nos lança um olhar como se nos ordenasse a pedir o especial do Kannye's.

- O especial do Kannye's - digo, prendendo o riso.

- Tudo bem... aceitam donuts enquanto aguardam o pedido? - ela nos mostra a bandeija cheia de donuts.

- Eu quero - Belinha se estica e pega um donut com a cobertura rosa e granulado colorido.

- Obrigada - digo, pegando um donut com cobertura de chocolate e granulado branco.

- O pedido de vocês ficará pronto em alguns minutos - ela sorri e sai dali, indo avisar Luke sobre os pedidos.

- Se você continuar se comportando assim, ela vai te dar um pau quando chegar em casa - digo olhando para Belinha que está com a boca cheia. Ela dá de ombros, mas para de rir.

Nossos pedidos chegam rapidamente, e Belinha fica apaixonada pela comida do Kannye's. Minha mãe é a melhor garçonete, e não estou dizendo isso só por ela ser minha mãe. Ela está se esforçando muito e dá para perceber que ela quer muito esse emprego.

A porta do Kannye's se abre, e eu sorrio ao ver Josh e Noah entrarem. Eu aceno e Noah sorri, acenando de volta. Josh, por outro lado, apenas desvia o olhar e eu entendo o por quê quando a Taylor entra logo atrás dos dois. Ela olha para mim e sorri de canto, segurando a mão do Josh e arrastando ele para sentar com ela, longe de mim. Noah faz menção de vir até mim, mas acaba seguindo Taylor e Josh. Confesso que fico chateada, e com raiva. Ele me salva e depois sai por ai com a garota que me drogou? Qual é o sentido?

Me sinto melhor quando vejo Joalin, Bailey, Lamar, Sabina, Sina e Krystian entrando no Kannye's. Joalin corre até mim ao me ver.

- Oi, amiga - ela se senta do meu lado, me abraçando - Você fez tanta falta no colégio hoje.

- Oi, amiga - dou uma risada e enrugo a testa ao perceber que nem todos vieram - Cadê o resto das meninas?

- Heyoon teve que ficar no colégio resolvendo algumas coisas do grêmio - Bailey diz, se sentando.

- Sofya passou mal. Heyoon emprestou a chave do carro para Diarra e ela, a Shivani e a Hina foram levar a Sofya pra casa. Acho que não vão vir... - Sabina explica - Tudo bem, amiga? - ela pergunta, se sentando ao lado do Bailey.

- Sentimos sua falta no colégio, Any - Sina faz um bico e se senta ao lado da Sabina. Lamar e Krystian pegam duas cadeiras e se juntam à nós.

- Verdade, você nem estava lá para ver o sucesso que o meu cabelo fez - Krystian diz, passando a mão no cabelo platinado - Arrasei mais do que aquelas vadias das líderes de torcida.

- Ei, eu sou líder de torcida - Sina diz, ofendida.

- Eu também! - Sabina diz, indignada.

- Eu também, e não sou nenhuma vadia - Bailey diz, franzindo a testa irritado.

- Só quando a gente tá na cama, né, amor? - Joalin pisca para o Bailey.

- Joalin, tem como você ser menos incoveniente? - Sabina revira os olhos.

- É, não queremos saber da vida sexual de vocês - Krystian diz, fazendo uma careta.

- Ei! - Belinha balança os braços no ar - Criança aqui!

- Any! - Bailey arregala os olhos - Você tem uma filha?

- É minha irmã, idiota - dou risada - Gente, essa é a Belinha. Belinha, esses são meus amigos; Joalin, Lamar, Krystian, Sina, Sabina e Bailey - digo, apontando para cada um.

- É um prazer - Belinha diz, enfiando uma batata frita na boca.

- Ela é sua cara, Any - Krystian diz e eu dou de ombros.

- É oque dizem - digo e olho para eles - Gente, minha mãe tá fazendo um tipo de teste como garçonete para conseguir um trabalho aqui. Então, se ela servir vocês, finjam que estão satisfeitos mesmo que não estejam.

- Pode deixar - Joalin ergue o polegar.

- Gente, vocês conseguem uma vaga pra mim nos líderes de torcida? - Krystian pergunta, esperançoso.

- Não foi você que acabou de chamar as líderes de torcida de vadias? - Sabina arqueia uma sobrancelha, cruzando os braços.

- Sim, mas eu nunca disse que eu não sou uma vadia. Eu sou - Krystian diz - Mas sou uma vadia fabulosa.

- Meu deus, Krystian - Sina ri, balançando a cabeça negativamente.

Felizmente, eles não precisam fingir que estão satisfeitos com o atendimento da minha mãe porque realmente ficam satisfeitos. Minha mãe está fazendo um ótimo trabalho como garçonete e não tenho dúvidas de que a vaga já é dela.

Vejo Taylor se levantar e ir embora do Kannye's, mas ao contrário do que pensei, Josh e Noah continuam sentados no lugar. Josh me encara por cima do ombro e sorri, mas dessa vez sou eu quem desvia o olhar.

- Galera, preciso ir - Lamar diz, olhando para o celular e se levantando.

- Mas já? Por que? - Joalin pergunta.

- É que... meus pais precisam de mim no restaurante. Steve, o cara da entrega teve que ir embora mais cedo - ele suspira - Então, tchau - ele sai andando.

- Lamar, espera ai! Já estamos indo também, a Sina te dá uma carona! - Joalin tenta chamá-lo, mas ele já saiu - O que deu nele?

- Vamos lá, acho que a gente alcança ele - Sina se levanta - Não tem como ele ir longe andando.

- Tem razão - Joalin suspira - Eu e o Bailey vamos na minha moto, vocês vão no carro da Sina.

- Any, vai vir junto? - Sina pergunta - Deixo você e sua irmã em casa.

- Ah, valeu, Sina. Mas vou ficar aqui e ir embora com minha mãe - digo e ela assente.

Eles se despedem de mim e de Belinha e saem apressadamente da lanchonete depois de pagarem o Luke.

- Vamos ter que ficar aqui mesmo? - Belinha pergunta, entediada.

- Sim, Belinha. Temos que ficar aqui e apoiar nossa mãe - digo e ela revira os olhos.

- Minhas amigas disseram que tem um parque de diversões aqui perto, por que não vamos lá? - Belinha pergunta, esperançosa.

- Porque vamos ficar aqui, apoiando nossa mãe - digo. Olho para frente e vejo Josh andando na minha direção, acompanhado de Noah - Ah, não...

- O que foi? - Belinha pergunta e olha ma mesma direção que eu estou olhando - Caramba, eles são o verdadeiro significado de tanto faz.

- Garota, você tem oito anos! - digo, indignada. Josh e Noah se sentam na nossa frente, me impedindo de falar mais alguma coisa.

- Não sabia que sua mãe trabalhava aqui - Josh diz, e eu dou de ombros.

- Oi, Any - Noah diz, sorrindo.

- Oi, Noah - sorrio de volta.

- Ei, por que você sorriu pra ele e pra mim não? - Josh pergunta, indignado, e eu o ignoro - Any? - ele diz, e eu evito olhar para ele - Any?

- Any, tá tudo bem? - Noah pergunta.

- Sim, Noah - sorrio para ele - E com você?

- Espera, você está mesmo me ignorando? - Josh pergunta, indignado - O que eu fiz?

- Quem são eles? - Belinha pergunta baixinho, curiosa. Eu não respondo.

- Ei, quem é você? - Josh percebe a presença da minha irmã.

- Belinha, irmã da Any - ela diz e eu começo a beber minha Pepsi, ignorando - E você?

- Josh, o garoto pelo qual sua irmã está apaixonada - ele diz e eu cuspo a Pepsi no rosto do Noah.

- O que?! - olho para o Josh, ignorando o fato de que eu acabei de cuspir refrigerante no Noah.

- Você falou comigo - ele ri com a língua entre os dentes e eu bufo, irritada.

- Ele é um gatinho! - Belinha diz, em português.

- Sua família tem o costume de falar pra você tomar cuidado quando você tá comigo. A minha reputação é ruim até entre a sua família? - Josh diz, confuso.

- Você tá apaixonada pelo Josh? - Belinha pergunta, rindo.

- Você cuspiu refrigerante no meu olho, eu não to enxergando nada! - Noah diz, com os olhos fechados e o rosto todo sujo de refrigerante. Ele está tocando a mesa, procurando um guardanapo.

- Aqui, Noah - Belinha diz, entregando um guardanapo para ele.

- Ei, você sabe o nome dele e não sabia o meu? - Josh pergunta para minha irmã, incrédulo.

- É porque a Any acabou de falar o nome dele - Belinha explica e olha para mim - Por que você não disse que gosta do Josh? - ela olha para mim e eu abro a boca para responder, mas Josh me interrompe.

- Porque ela não gosta - ele diz - Ela está completamente apaixonada por mim.

- Não estou, não! - exclamo, indignada.

- Então - Noah diz depois de limpar o rosto. Provavelmente, ele começou a falar pra ver se o Josh cala a boca -, vocês vão ficar aqui até que horas?

- Até a Any resolver que a gente pode ir embora - ela suspira - Eu queria ir no parque de diversões que tem aqui perto.

- Sério? - Josh sorri para ela - Então, vamos!

- Josh, não...

- Sério?! - Belinha fica empolgada.

- Josh, a gente não va...

- Claro! - Josh responde, me ignorando. Noah observa tudo, com uma expressão divertida.

- A gente tem que falar com a mamãe, Any! - Belinha diz para mim.

- Eu falo - Josh olha para mim - Como é o nome da mãe de vocês?

- Isso não é da sua con...

- Priscilla! - Belinha diz e eu a repreendo com o olhar.

- Valeu, Belinha - Josh ri e procuda minha mãe com o olhar. Ele nem precisa chamá-la, ela sorri ao ver ele e vem até nós.

- Josh! - ela exclama ao chegar até nós e olha para o Noah - E...?

- Noah - Noah sorri, apertando a mão da minha mãe. Minha mãe sussura para mim um "outro gatinho" e eu coro.

- Então, dona Priscilla - Josh começa -, eu queria pedir sua permissão para levar essas duas donzelas - ele olha para mim e para minha irmã. Eu reviro os olhos - para um parque de diversões - ele diz - Em segurança, é claro - ele acrescenta.

- Bem... eu deixo, mas com uma condição - minha mãe diz e Josh olha para ela, como se estivesse prestando muita atenção - Vocês vão ter que me elogiar para o Luke para que eu consiga a vaga de trabalho.

- Trato feito - ele diz esticando a mão.

- Sendo assim - minha mãe aperta a mão dele -, não vejo problema em minhas duas filhas saírem com o meu genrinho.

- Mãe! - sinto minhas bochechas queimarem e me encolho no banco.

- Valeu, sogrinha - Josh diz e eu fuzilo ele com o olhar.

- Tudo bem. Divirtam-se, gente - minha mãe ri e se afasta, voltando ao trabalho.

- Vou com o Noah elogiar a minha sogrinha para o Luke - Josh pisca para mim e ri ao ver que eu revirei os olhos - Prefiro que você revire os olhos para mim quando nós estivermos na cama fazen... - Noah arregala os olhos e tampa a boca de Josh antes que ele termine de falar. Eu engulo em seco e fico boquiaberta com oque ele acabou de dizer.

- Esperem a gente lá fora - Noah diz, enquanto arrasta o Josh até o balcão.

Me levanto e saio da lanchonete relutante, Belinha está muito empolgada. Ficamos esperando os dois ao lado do carro do Josh, enquanto Belinha fica falando sobre o quando meu "namorado" é legal. Se minha mãe não conseguir o emprego, é chacota, porque esses dois ficaram quinze minutos falando bem da minha mãe para o Luke. Literalmente.

- Estão prontas? - Josh vem até nós com o Noah, ambos animados.

- Sim! - Belinha e Noah exclamam juntos. Eu observo com os braços cruzados.

- Cara - Josh olha para o Noah -, você não vai.

- O que?! - Noah pergunta, indignado.

- Você não vai - Josh repete.

- Sério, cara? - Noah diz, sério - É isso? Vai me trocar por uma garota?

- É isso mesmo - Josh diz.

- Qual é, Josh - Noah diz, chateado - Desde que esse parque foi inaugurado eu te chamo pra ir comigo, você sempre diz que tá sem tempo.

- Cara, não tem nada a ver...

- Não, Josh... beleza - Noah diz com os olhos marejados.

- Também não precisa chorar, né - Josh diz, preocupado. Eu seguro o riso junto com minha irmã.

- Como não, Josh? Somos amigos faz treze anos, cara. Você conheceu a garota esses dias e ela já tá tomando o meu lugar - Noah diz, deixando as lágrimas escorrerem.

- Noah, não é assim... eu vou te deixar em casa, cara - Josh tenta tocar o ombro de Noah, que se afasta.

- Não, vai lá com suas amigas. Vou sozinho pra casa - Noah dá as costas e faz menção de ir embora, mas Josh segura seu braço.

- Cara, desculpa - ele diz - Você pode vir com a gente. Desculpa... não precisa chorar.

- Certo... - ele diz e Josh puxa ele para um abraço. Noah olha para mim e para Belinha com um sorriso vencedor no rosto. Hollywood não sabe oque está perdendo.

- Pombinhos, vamos logo ou querem parar em um motel antes? - pergunto e os dois se afastam rapidamente, me fazendo rir - Idiotas.


Notas Finais


Eu tive um p*ta bloqueio criativo, me perdoem por esse capítulo monótono :(
Vou tentar fazer o próximo melhor que esse, prometo. Espero que vocês tenham curtido, mesmo ele tendo ficado monótono...
E, espero que continuem lendo, apesar desse capítulo.

Me perdoem se estiver muito ruim, gente...

Um bejo e um xero, espero ver vcs no próximo capítulo <3


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