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História Detroit: We Are Alive - A Casa


Escrita por: Carol2545

Notas do Autor


Hello meus amigos e amigas! Desculpem mesmo pela demora, mas o importante é que agora estou aqui com um capítulo novinho para vocês todos. Divirtam-se!

Capítulo 3 - A Casa


Fanfic / Fanfiction Detroit: We Are Alive - A Casa

                          (Zoe)

3 de Novembro de 2038

Horário: 10:28 p.m.

— Agora você não pode escapar!

— Ei, o que está fazendo?! — Senti meu pulso ser agarrado com força pela mão de Marie.

— O que colocou no Connor?!

— Do que está falando?! — Puxei meu braço com força, a fazendo solta-lo.

— Viu o que ele fez ontem?! Desistiu de completar a missão!

— E o que têm haver com eu ter colocado algo nele?!

— Você está por trás de todo esse assunto de divergência, não é? Desde quando começou a trabalhar na CyberLife essa história se espalhou muito mais rápido do que o imaginado.

— Não tenho nada haver com divergência nenhuma e não coloquei nada em Connor além das saídas de emergência.

— Como posso ter certeza disso?

— Quer dizer que não acredita na sua amiga? Aquela que te ajudou em todos os momentos difíceis que passou?

— E-eu só... estou preocupada.

— Sei muito bem como se sente, agora fica tranquila que tudo vai dar certo e é melhor descermos antes que dê um ataque de estresse no Hank — dei um sorriso e peguei minha bolsa.

Chegando do lado de fora do prédio entramos no banco de trás com Gavin. Aquele som alto de Heavy Metal parecia estar incomodando Marie, então abaixei um pouco o volume e escutei Hank resmungar.

— Qual o caso de hoje? — Marie perguntava animada.

— Uma casa abandonada do outro lado da cidade, muitas das pessoas que moram próximos de lá falam que ouvem barulhos estranhos durante a noite, estamos indo para dar uma olhada e ver o que está, realmente, acontecendo — Connor respondeu.

— Acho perda de tempo, com certeza devem ser ratos ou algum animal abandonado.

— Pode ser algo sério.

— Zoe, Zoe, sempre se preocupando.

— Gavin, Gavin, sempre sendo um idiota.

— "Idiota"? Eu? E você é o que, baixinha?

— Uma idiota que não.

— Ela ta bravinha, é? — Ele apertou minhas bochechas.

— Por que não dá um tempo?

— E por que eu deveria?

— Porque você fica mais bonito calado.

— Sou bonito de todas as formas.

— Vou te dar um tapão no meio da sua fuça isso sim!

— Dú-vi-do!

— Quer parar de discutir os dois?! Que porra!

— A culpa é sua! — Exclamamos em uníssono.

O resto do caminho fomos sem falar mais nenhum "a", apenas a música de Hank podia ser ouvida em um nível bem alto depois que ele o aumentou.

Descemos do carro ao chegarmos e alguns dos policiais cercavam a tal casa que mais parecia uma mansão estranha, porém muito bem construída.

— Essa é a casa? Não parece ser tão assustadora assim — Hank se aproximou de Chris.

— Estávamos a sua espera, tenente.

— Nenhum dos seus homens entraram lá, né?

— Você serão os primeiros, senhor.

— Gavin, toma conta dessas duas. Connor e eu não vamos demorar.

— Tio Hank, esqueceu do acordo? — Cruzei os braços e o encarei.

— Temos que acompanha-los em tudo — Marie completou.

— Pode ser muito perigoso, meninas. Fiquem aqui.

— Prometemos tomar cuidado... — ela implorou.

— Fiquem com Gavin e não se afastem dele de jeito nenhum, entendido?

Concordamos em silêncio antes de o acompanhar. Por dentro a casa estava completamente vazia, sem nenhum móvel a vista.

— Pelo jeito a casa estava sendo vendida — Connor ajoelhou na frente da placa de venda caída no chão — Aqui têm as digitais de um homem chamado Andrew Scott, ele morreu poucos dias atrás.

— E o que isso tá fazendo aqui? Não deveria ficar do lado de fora?

— A porta têm sinais de arrombamento, tenente — disse Connor.

— E se só há digitais desse homem que morreu... — olhei para Marie.

— Um andróide invadiu? — Ela disse e ouvimos barulhos vindo do andar de cima.

— Fiquem atrás de mim — Hank pegou sua arma e uma lanterna.

Subimos as escadas e vimos uma porta se abrindo. Alguém havia saído daquele cômodo.

Fomos nos aproximando devagar e com cuidado para evitar qualquer barulho. Hank apontou a lanterna para o cômodo da porta que havia sido aberta e estava vazio. Depois se virou para o cômodo da frente e abriu a porta.

— Fiquem aqui os quatro — ele sussurrou antes de entrar.

De repente ouvimos um barulhão vindo do terceiro andar.

— Porra!

Quando voltamos a nossa atenção para Hank a porta se fechou com tudo em nossa cara.

— Tio Hank! — Tentei abrir, mas ela estava trancada — Hank?! — Comecei a dar murros na mesma.

— Sai da frente — Gavin me puxou para trás, sacou a arma e chutou a porta, o que a fez abrir na mesma hora.

— Hank...? — Entrei e vi a lanterna caída no chão, não havia sinal de ninguém ali.

— Meu Deus, o que está... AHHH!

— Marie!

Connor a segurou pelos braços, a impedindo de despencar do buraco que havia feito sobre seus pés.

— Está bem? — Perguntou Connor depois que a puxou para cima novamente.

— A-acho que sim...

— Gavin, vamos dar uma olhada por aqui? Deve ter alguma passagem ou algo do tipo.

— Connor e eu vamos checar o terceiro andar.

— Tomem cuidado e não confiem demais nesse chão de madeira...

— Pode ficar despreocupada, Zoe — ela piscou antes de ir com Connor.

— Qual o plano, princesa?

— Parar de enrolar, meu príncipe — dei um leve empurrão e passei por ele.

— Será que estamos lidando com fantasmas?

— Ora, não seje tão infantil — falei passando a mão pela parede na esperança de houver alguma tipo de botão escondido.

— O que esta fazendo?

— Procurando algum botão que pode estar escondido por aqui.

— Nossa, mas como ela é infantil — brincou — Procurando passagens secretas, isso só acontecem em filmes e livros.

— E qual sua explicação para o desaparecimento do meu tio?

— Bom...

— Sem resposta?

— E você têm alguma por acaso?

— Sempre tenho uma — falei com um sorriso no rosto enquanto dei um empurrãozinho na parede, fazendo-a abrir — Nem tudo só existe em filmes e livros.

(Marie)

— Me siga.

— Tudo bem... — segurei o braço dele enquanto andávamos por aquele longo e sinistro corredor. Acho que foi uma péssima ideia ter implorado para entrar.

Checavamos todos os cômodos e por enquanto não havia nada com o que se preocupar, até agora.

— Sangue azul...

— O quê? — O olhei sem entender.

— Olha... — ele jogou a luz da lanterna na parede e um risco de sangue se formava até o final do corredor.

— Então vamos.

Seguimos a trilha, que nos levou até um banheiro onde escritas dizendo "rA9" havia nas paredes de lá.

Uma sombra se formava na cortina que cobria a banheira. Connor fez um sinal para eu ficar parada e se aproximou, abriu a cortina e um andróide toda danificado estava lá dentro encolhido com seu LED na cor vermelha.

— E-eu prometo colaborar... P-por favor, não me mate...

— Quero que venha comigo — ele apontou a arma e o andróide obedeceu — Quem mais está aqui?

— J-Jonathan, meu amigo...

— Fale para ele aparecer e não traremos problemas a vocês dois.

O andróide fechou seus olhos e seu LED mudou para o amarelo, mas logo depois ficou azul.

— Vamos agora.

Os dois divergentes já estavam no carro prontos para irem até o Departamento.

— Porra de andróide... — Hank murmurava passando a mão em sua nuca enquanto ia em direção dos policiais.

— O que aconteceu lá, Zoe?

— Encontramos uma passagem na parede e quando entramos Hank estava desmaiado no chão, já o divergente se escondeu em um guarda-roupa que havia.

— O que farão com eles agora?

— Interrogar e matar?

— Cala a boca, Gavin! — Zoe deu um tapão em sua cabeça e ele riu.

— Vêm me fazer calar então!

— Vai ser assim então?!

— Vai!

Gavin parecia adorar provocar Zoe, os dois eram tão infantis, mas quando a porra fica séria aí é outra história.

— Vocês dois parecem ter uma relação bem conturbada — assim que Connor disse aquilo me segurei para não rir.

— Ninguém te perguntou, porra de andróide!

Me virei para Zoe e fogo saía de seus olhos. Ela ia falar algo, mas foi interrompida pelo seu celular que começou a tocar.

— Alô? — Atendeu — Entendi... Tudo bem... Tchau...

— Quem era? — Perguntei.

— Sr. Smith quer falar conosco amanhã pela manhã, diz ser importante.

— Isso me preocupa um pouco...

— Também me preocupa — suspirou.

— Tá tudo ok? Podemos ir? — Hank veio até nós — Temos um interrogatório pra fazer.

(Zoe)

Horário: 00:15 a.m.

— rA9...

— Ainda pensando nisso, Zoe? — Marie se sentou ao meu lado no sofá e me entregou uma xícara de chocolate quente.

— Não sai da minha cabeça.

— É, aquele interrogatório foi estranho e o seu protótipo se deu muito bem nele.

— Aqueles dois andróides só queriam morar tranquilamente naquela casa... Queriam viver...

— Incrível como as coisas estão mudando, parece que foi ontem que os andróides obedeciam direitinho os humanos.

— Como será que tudo isso começou?

— Acha que pode ser um vírus?

— Algum tipo de sentimento? Isso veio deles mesmos sem vírus e nada do tipo... É difícil explicar.

— Quer dizer que eles deram conta de que estão vivos? Abriram seus olhos e enchergaram o que está acontecendo de verdade?

— Sim.

— É um assunto complicado e você sabe que no momento certo vão querer interrogar nós duas, não sabe? Qualquer coisa que falarmos lá pode tanto fazer a diferença quanto não pode fazer. Tenta pensar um pouco nisso, é importante.

Marie se levantou e deixou a xícara na mesa de centro antes de ir até seu quarto. Ela tinha total razão, o que faremos quando esse dia chegar? Eu não faço ideia...

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Notas Finais


Espero que tenham gostado deste capítulo! Agradeço pela atenção e nos vemos no próximo!
Beijos!


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