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História Deus dos Trovões; e herói também! - Odnuges mu uo ...egnartS nehpetS rotuoD moc saroh samuglA


Escrita por: Vagabundomaster

Notas do Autor


Em mérito do capítulo de hoje, o título foi invertido :3
Espero que gostem!

Capítulo 35 - Odnuges mu uo ...egnartS nehpetS rotuoD moc saroh samuglA


… Certo, pare e pense, Izuku. Tudo é branco ao redor, até mesmo o chão—no entanto, ele ainda está lá, não caindo e não se mexendo, sentado no nada—em sua frente, mexendo na barba, estava Dr. Stephen Strange, o homem que recriou o Big Bang e mostrou ao esverdeado a existência das Joias do Infinito… Ali atrás, circundada de poeira esverdeada, porém muito maior do que antes, estava a joia esverdeada do tempo… Espera, ela realmente estava grande demais; quase o triplo do pequeno feijãozinho que ele se lembra da última vez.

Pera, Strange não tinha dito algo?!

Strange – Ah, não se preocupe. Pode concluir seu pensamento; temos todo o tempo inexistente do universo em nossas mãos, Midoriya.

Verdade… Enquanto dentro do sonho, o tempo do lado de fora é inexistente. Tomando um suspiro pesado e coçando seus olhos, Izuku tirou mais alguns segundos para recompor-se. O pensamento incessante e contínuo estava machucando sua cabeça, latejando uma dor que vinha do grande cansaço mental e físico que tivera ganhando pouco a pouco, desde o dia na USJ. Alguns momentos depois, já se sentindo melhor, ele levantou-se da “cadeira” inexistente que estivera sentado… Chutou essa mesma cadeira, mas seu pé não alcançou nada.

Strange – Não se deixe levar por leis cômicas em um lugar como esse. Afinal, o que é a realidade aqui dentro? – antes que Izuku pudesse notar… Ele estava no topo de uma montanha de gelo… uma montanha gigantesca… De ponta cabeça… – Errado; apenas nós e o antigo Monte Everest. Olhe ao seu arredor, por exemplo. – essa fala chamou a atenção do garoto, que não se sentia muito bem estando não só quase no pico de uma montanha de gelo, como também não sentindo frio algum, mesmo que a espessa neve cobria-o.

Na verdade, a neve não o cobria, se ele pensar bem…

Bastou apenas olhar para “cima”, para ver que, o pico da montanha quase encontrava-se com uma floresta pinheiral, quase totalmente coberta de neve. De olhos arregalados e confusos do melhor modo que se pode imaginar, Izuku olhará para “baixo”, vendo que a extensão em forma de cone da montanha encontrava-se dentro das nuvens… Uma montanha que crescia dentro das nuvens, e quase encostava numa floresta rasa abaixo.

Izuku – Qual… qual é o sentido disso tudo?…

Strange – Sentido? – colocando a mão no queixo, o homem mais velho pareceu pensar, enquanto sentava-se na neve, encarando a paisagem distorcida. – Hum… Falando a verdade, não há sentido algum. Apenas gosto de paisagens… O Monte Everest, por exemplo, foi o lugar onde eu desenvolvi minha primeira habilidade enquanto mago. Chá? – questionou no final, logo abrindo um tipo de círculo avermelhado faiscante acima de sua mão, a neve que caia das nuvens acima formando um tipo de pequena bacia sobre a palma, enquanto chá quente, de um cheiro muito agradável, enchia o copo de neve… Isso não parecia uma conversa muito objetiva… Bem, ele pode limpar um pouco de sua mente, não pode? Seu orgulho japonês diz ao mesmo que, um bom chá pode, em seu ponto mais quente, revigorar as energias.

Izuku – Um… Sim, claro. – respondeu, sentando-se ao lado de Strange… Ainda incomodava ao mesmo que, mesmo que estivesse sentado em neve, não havia frio algum.

Strange – É de quatro folhas sulistas; agrada, principalmente, os nervos centrais… – apontou para uma réplica exata do seu “copo” de neve sobre a mão de Izuku… Melhor nem perguntar; ele já vira coisas inexplicáveis demais em dois sonhos para, simplesmente, questionar uma xícara de chá. – Não tenda a ser assim; ache suas próprias respostas para suas próprias perguntas, eu diria. – comentou do nada, tomando um gole do chá. Em respeito, Izuku tomou um gole junto. – Diga-me, Izuku. Você prefere uma conversa simples e objetiva, ou algo mais lento, calmo e indulgente? Não sinto-me bem segurando você aqui por motivos que, nos meus dias enquanto vivo, seriam julgados como egoístas. – isso pegou o esverdeado de surpresa, nos momentos que os olhos castanhas de Strange o olhavam… Estranhamente, inexpressivos.

Izuku – Bem… O tempo lá fora não passa… Podemos conversar, se você quiser. – tomou um outro gole, o apreciamento constante de um mundo reverso exaurindo nenhum cansaço dele.

Strange – Então vamos direto ao ponto; apreciação demais tirará a concentração que o cérebro genialmente fútil de Anthony Stark carrega. Você tem alguma ideia do motivo que você não pode ter a joia do poder por agora? – perguntou, recebendo um olhar confuso do esverdeado… Bem, sem conversas longas, pelo visto. O menino apenas acenou com um sim, juntando as palavras de um jeito mais fácil para, logo em seguida, deixá-las sair… Ou é o que ele esperava. – Nem tente, está errado.

Izuku – Ah… Você vai me dar a resposta, então? – com certeza ele não dará…

Strange – Isso está certo.

Izuku – Então você vai dá?

Strange – Não. Eu me referi ao seu pensamento; não darei a resposta. – um pequeno sorriso caiu nos lábios do mais velho, enquanto um suspiro de Izuku. – Fazer algo de tal calibre poderia, de certo modo, interferir no curso de como essa realidade se conduz até a hora da derrota do Titã Louco, Thanos. – a curiosidade de Izuku despertou, enquanto ele tomava mais um gole de chá, tendo agora seu corpo esvaziado. – Aqui, pegue um pouco mais. – com um simples mover de dedo, outro portal faiscante abriu por cima de seu copo, deixando mais chá cair lá dentro.

Izuku – Obrigado… Mas, eu queria saber algo.

Strange – Estamos sempre querendo saber novas coisas. Vá em frente, tire sua dúvida.

Izuku – Uh… Eu não sei como colocar isso em palavras—

Strange – “Alguém além de você cruzou o 2° Big Bang, reencarnou e, por consequência, sabe da existência e funcionamento das joias do infinito?”

Izuku – Exatamente isso… Ler os pensamentos é uma habilidade muito útil.

Strange – Utilidade vem de muitas maneiras; quando ela é usada contra você, essas mesmas utilidades passam a ser inimigas naturais. – essa frase acompanhou um pequeno silêncio, logo tendo dois goles de chá, um para cada um. – Todavia… Não. Sim, muitas almas importantes de antes do 2° Big Bang reencarnaram, como você e aquela sua amiga dos fones. – cortando o maior em sua frase, Izuku replicou.

Izuku – Kyoka foi reencarnada? De quem? Aliás, quem é esse Anthony Stark? Você o citou algumas vezes já…

Strange – Hum… Como eu disse; procure suas próprias respostas para suas próprias perguntas—continuando; porém, nenhuma sabe das Joias do Infinito… Tirando a própria Joia da Mente.

Izuku – Da mente?…

Strange – Sim, da mente. As Joias, como dito anteriormente, têm consciências próprias, e os seus poderes são equivalente; nenhuma é maior que a outra, e todas são maiores do que qualquer coisa existente… Porém, o que cada Joia exerce é diferente. Se eu fosse dizer, depois da Joia do Tempo, a Joia da Mente é a joia mais perigosa existente entre as seis…

Izuku – E ela pode controlar a mente de qualquer coisa viva? É o que nome faz parecer…

Strange – Isso é uma pequena fração do poder da joia, Izuku. – na mudança do tom leve para o intuitivo, os dois tomaram mais um gole de chá; de cima da montanha, eles viam o Sol subir e se esconder entre as nuvens acima, a radiância avermelhada e laranjada banhando-os de um jeito que fazia os olhos de Izuku brilharem… Um Sol poente de ponta-cabeça. – A joia da mente carrega todo o saber existente; tudo. Desde a simples informação do que se encontra em um panfleto jogado no bueiro de Nova Iorque, até mesmo ao nome de todo o ser vivo que se encontra na Terra, microscópico ou não… Ela é a joia do conhecimento, e a pessoa que a controla é amaldiçoada com esse conhecimento; no caso de Thanos, deu-o o conhecimento necessário para usar todas as seis joias em sincronia de modo perfeito… – suas vagas palavras saiam com um peso emocional quase carregante, arrastado.

Porém, Izuku estava tenso demais para entender a entonação. Se All for One tiver essa joia em específico, não só ele sabe da existência de todas as joias, mas também como pegá-las e onde pegá-las… E ele sendo o líder da Liga dos Vilões… A teoria de Izuku em que ele buscava pela reencarnação desse Titã Louco mira, quase totalmente, em All for One agora.

Strange – Um ponto está errado; a joia não sabe onde todas as outras joias estarão.

Izuku – Isso… É um alívio, no fim das contas.

Strange – Hum, não se deixe levar. Indo para o tópico final; não aceite o presente de All Might.

Essa frase novamente, agora 100% legítima entendida por Izuku… E confusa, no fim das contas. Se ele tivesse a joia do poder, não só ele teria a posse de duas joias, o que retardaria o plano de Thanos de conseguir as seis cada vez mais rápido, como também poderia deixá-lo incrivelmente mais forte para as lutas que viriam depois do desastre em USJ… porque, de modo claro como o dia, era muito fácil de ver a aproximação de ataques vilanescos futuros.

E isso o dava medo…

Strange – O tempo e o destino carregam-se um no colo do outro, Izuku. Não se apresse, e continue sendo a última chance… Não aceite a Joia do Poder, não agora. – a calmaria que o homem levava em cada frase chateava Izuku, e os goles de chá quente não pareciam tão bons quanto estavam antes… No entanto, ele deve ter alguma razão nisso tudo. Ele previu essas 28 milhões de realidades, Strange sabe do que fala… Discordar ou desobedecer mudaria tudo. – Você aprende ótimo… Se tivéssemos conhecido-nos alguns bilhões de anos atrás, com certeza teria sido um bom estudante de magia, Izuku.

Izuku – Ah, eu também queria saber sobre essa tal de magia! – isso… surpreendeu Strange. – se você usava a magia antes de Thanos, então não devia ser como as individualidades, que surgiram da explosão das seis joias, não é mesmo? – Strange não entendeu, quando olhou os olhos verdes de Izuku… Sim, ele sabia que o garoto era sedento de conhecimento, e seus pensamentos derivavam de uma grande curiosidade… Mas, por que o interesse em algo como magia? Comparado ao que ele tem, que é Mjolnir, é uma ideia primitiva.

Strange – Sim, está certo… É uma energia que há muito desapareceu; a magia era o que regia o curso de toda a vida, e nenhum ser vivia sem ter a magia. Depois do Big Bang, onde tudo e todos, mesmo que de modo mínimo, têm partes das seis joias do infinito no sangue, a morte da magia foi tão rápida quanto o nascimento do próprio universo. – Izuku pareceu ficar caído com essa notícia… E Strange soltou uma pequena risada, ao ler o pensamento dele. – Aprender magia? Hahaha… Está na hora de você voltar ao seu mundo, Izuku. – e, com um sorriso do homem e não deixando o esverdeado dar um pio, o copo que ele segurava caiu e se despedaçou em neve no chão, enquanto o próprio Izuku era agora uma pequena borboleta de luz… inexistente, translúcida, fantasmagórica à existência inexistente da montanha reversa… Na visão de Strange, enquanto o Sol já não existia mais, e a Lua descia das nuvens do outro lado, o mesmo pensou por algum tempo a mais… Ele tinha visto tudo até o final dessa realidade, e a visão da borboleta fantasma ao seu lado tirava um sorriso do seu rosto.

Strange – E pensar que bilhões de anos vão terminar… Me pergunto se vou estender meu último momento para apreciar toda a vida. – falou para si mesmo, lembrando-se de uma silhueta apagada de sua mente… Tudo que ele se lembra daquele momento, simplesmente, é o trovão que cruzava os céus. Nessa visão, ele se perguntou algo um pouco mais profundamente, o silêncio solitário acompanhando sua mente. –“… E Izuku, ele vai querer?…”


 


 


 


Notas Finais


E aí! Obrigado por todo o apoio! Temos mais de 9000 visualizações, e tamo indo a passos de bebê para os 400 comentários! :3
Qualquer coisa errada que notará enquanto lia o capítulo, me diz aqui embaixo!
== comentários incentivam o vagabundo aqui a continuar escrevendo! ==


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