História Deus não está Morto - Cap 7 - Livro 1 - Graça e fé

...

Alisa

   Corríamos Julia e eu, estávamos super atrasadas, ainda tínhamos que pegar o George e a Marrie e andar até a festa do Simon.

   Cruzamos a esquina correndo e avistamos de longe os dois, corremos até eles e paramos exaustas.

            - Meu Deus! Vocês estão bem? – Perguntou George.

            - Sim... Eu acho. – Respondi recuperando o fôlego.

            - Vocês correram?

            - Sim. – Respondeu Ju. – Tudo por causa da maldita da maquiagem, né! Alisa?

            - Cara... – Disse ofegante. – Tinha uma espinha enorme que espremi e ficou aquele ser monstruoso e vermelho no rosto, eu tinha que resolver aquela parada.

            - Agora vamos? – Perguntou George.

   Me recompus e assenti. Seguimos caminhando até a casa do Willian.

   George foi segurando a mão de Marrie. Ju, a cada dois minutos, olhava para o celular, devia estar esperando alguma mensagem. Estava feliz de estarmos todos juntos, o ano começara muito bem. Fiquei puxando assunto durante todo o trajeto, alguns acabavam em gargalhadas, outras em um silêncio mortal. Eram legais os assuntos que Marrie trazia, eles caminhavam desde história antiga até células tronco, sinceramente nem eu acreditei em tantas afirmações que ela tinha. Mas ela sempre dava um jeitinho de fazer todos darem risadas.

   Logo chegamos à casa do Willian. Dava para ver sua iluminação de fora da casa. Bati na porta, levou alguns minutos e Willian a abriu com Simon no colo.

            - Oi Alisa, esses são seus amigos? – Ele nos cumprimentou.

            - Sim, essa é a Julia e esses são o George e sua irmã Marrie. – Os apresentei apontando para cada um deles.

            - Sejam bem-vindos. – Ele disse.

            - Obrigado. – Respondemos.

            - Entrem. – Ele nos convidou.

            - Sim. – Disse entrando. – Pessoal esse é o aniversariante do dia. – Disse pegando Simon no colo. – Diz “oi”, Simon.

            - Oie. – Ele disse envergonhado escondendo o rosto virando-o para trás.

            - Tudo bem Simon, eles são meus amigos a Ju, o George e a Marrie. – Disse.

            - Filho, por que você não vai brincar na piscina de bolinhas? – Disse Willian o pegando do meu colo, Simon assentiu, então o soltou e logo ele sumiu. – Então, com fome.

            - Muita. – Respondemos todos juntos.

   Willian riu.

            - Ok, os salgados estão naquela mesa. – Ele apontou. – Vão e se sirvam.

   Nós assentimos e fomos para a mesa. Peguei um pastel de carne moída, muito delicioso. George pegou um pratinho e o encheu de salgados, de pasteis a risoles de camarão, ele sorriu pra mim e rebati.

   “Guloso” Pensei.

   Ele se sentou numa cadeira junto as mesas junto de Marrie, Ju fez o mesmo, eu segui e logo estávamos todos comendo do prato do George.

   Ju ainda se preocupava com o celular. Vi que ela continuava no revezamento de olhar e não olhar para o celular. Não me preocupei, tinha certeza que era algo importante.

Julia

   “Caramba Pedro, me responde.”

   Ele só me mandou um “oi” e sumiu tipo puff. Pelo menos ele não estava morto ou inconsciente ou no hospital.

   Meu celular vibrou. Puxei-o, desbloqueei a tela, fui direto para o whatts.

            “Oi.”

            “Só isso, um oi, fiquei preocupada a tarde inteira, o que aconteceu?” Digitei. Depois de alguns segundos, ele respondeu.

            “Nada de importante.”

            “Vc faltou à aula hoje, então foi algo serio. Tem haver com sua mãe?”

            “É. Pelo jeito ñ vou vê-la por bom tempo.”

            “Bah.” Não sabia o que dizer.

  Desliguei a tela.

            - Deixa que eu reponha o prato. – Disse pegando a pratinho e indo até a mesa de salgados.

Marrie

   A noite estava incrível. Eu amava ficar ao lado do George e junto com meus novos amigos. A Alisa já tinha minha amizade e a Julia ainda estava conhecendo, mas já gostava “pakas”.

   Não sabia o porquê, mas George segurava o tempo todo minha mão, eu nem ligava, me fazia sentir segura... E admito era muito bom. Cochichava em seu ouvido de vez em quanto sobre a qualidade da comida e da festa e também sobre algumas piadinhas que me vinham à tona durante nossas conversas.

George

   A noite estava demais. Não tinha como ficar melhor e nem como piorar, por enquanto nada ia atrapalhar a noite.

Willian

   A noite estava linda. O sorriso do Simon fazia tudo aquilo fazer apena. Os convidados estavam todos animados. Em geral alegria, mas lá no fundo tinha algo que me incomodava e deixava de certa forma preocupava.

   Por que Melissa ainda não chegara?

...

            - Rápido vamos!

            - O que... O que está...

            - Tragam o oxigênio!

            - Minha filha...

            - Ela está ficando sem pulso!

            - Minha fi...

            - Droga, afastar!

            - Eu...

            - Pronto, ela está respondendo.

            - Sinais vitais normais.

            - Senhora, fique calma estamos cuidando de você.

            - Eu quero falar com a minha filha.

Alisa

            - Alisa. – Willian me chamou.

            - Sim. – Respondi.

            - A sua mãe virá?

            - Sim, na verdade ela já devia estar aqui.

   Meu celular tocou. Numero desconhecido. Atendi.

            - Alô.

            - Alô, Alisa?

            - Sim.

            - Aqui é do hospital, sua mãe sofreu uma batida de carro. – Entrei em pânico. – Você pode vir até aqui?

            - S-s-sim. – Gaguejei.

   Desliguei meu celular. Comecei a chorar.

   George me olhou, viu que eu chorava e veio até mim.

            - Alisa, você está bem? – Desabei no peito dele chorando.

            - Não... – Willian me vendo veio até mim, assim como Julia e Marrie. – Minha mãe... Ela está no hospital.

...

   Entramos correndo no hospital, George, Julia, Marrie, Willian e eu. Fui à recepção perguntando por minha mãe. Uma enfermeira nos guiou até o quarto 220. Abri a porta e vi minha mãe deitada em uma maca.

   Ela me viu e abriu um sorriso.

            - Alisa. – Ela disse com a voz fraca, me aproximei.

            - Mãe. – Disse deixando cair uma lagrima. – Você não foi à festa. – Ela abriu um sorriso.

            - Tive problemas com o carro. – Ri, ela olhou para a porta e viu Willian junto dos demais. – Willian, posso falar com você, sozinha.

   Ele assentiu e entrou no quarto. Eu dei um beijo na testa e sai da sala.

            - Tchau.

   Disse fechando a porta os deixando sozinhos.