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História Deuses lendo O Ladrão de Raios - Capítulo 20 parte 1


Escrita por: ViRayza

Notas do Autor


estamos quase acabando o primeiro. Eba.
Boa leitura.

Capítulo 29 - Capítulo 20 parte 1


— Semideuses e sátiro, bem-vindos. — Apolo foi o primeiro, depois de Grover, que reconheceu o trio, se esforçando para não deixar transparecer a familiaridade que tinha com eles. Poseidon parecia estar confuso entre feliz que seu filho já estava com os outros e zangado que o Treinador Hedge o estava colocando de castigo.

— Meus senhores e minhas senhoras. — Reyna cumprimentou, junto com Nico e Hedge se inclinaram mais uma vez e perguntaram o que estava acontecendo.

— As Parcas decidiram que seria bom para nós ler alguns livros — Zeus explicou aos três, depois de olhar repreensivo para Apolo e Poseidon por falarem antes dele —, sentem-se para acompanhar a leitura.

— Sim, obrigada, meu senhor. — Reyna agradeceu e os três se sentaram do lado de Grover, que contou para eles, animado até demais, que os livros eram em primeira pessoa e do ponto de vista de Percy. Nico pareceu um pouco desconfortável.

— Os recém-chegados podem ler o próximo. — Hermes disse rindo, Apolo olhou de relance para Reyna e depois para Ártemis pensativo, mas assentiu em concordância com Hermes.

Reyna, Nico e Hedge estavam sussurrando entre si sobre o que estava acontecendo e como isso estava atrapalhando sua missão de levar a Atena Partenos de volta aos gregos para impedir que os dois acampamentos se aniquilassem, mas as Parcas deviam saber o que estavam fazendo, e eles só podiam aceitar e ler os livros com os deuses.

Nico franziu as sobrancelhas e observou o loiro perto de Hermes e Grover: — Luke Castellan? — Perguntou surpreso, Luke olhou para Nico e assentiu.

— Eu também tive que vir, atrapalharam minha jogada master contra Ethan. — Reclamou o loiro de brincadeira, Nico fez que sim com a cabeça e se virou para o pai que estava com o livro, Reyna e ele ofereceram o treinador Hedge para ler.

— Crianças hoje em dia. — Hedge foi reclamando até Hades e pegou o livro, abriu na página que Hades indicou e começou a ler, mesmo sem ter contexto já que nenhum dos deuses nem Grover ou Luke se prontificaram a explicar alguma coisa.

VINTE – A luta contra o meu parente imbecil.

Ares bufou irritadiço, mas não disse nada, a expressão dizendo tudo o que precisavam saber, Luke estava segurando uma risada, Hedge estava olhando com aprovação para o livro, Atena e Apolo estavam parecendo satisfeitos de estarem certos mais uma vez.

— Eu sabia — Atena disse sorrindo vitoriosa —, só quero saber como ele conseguiu derrotar Ares agora.

— Truques sujos e um pouco de sorte. — Ares respondeu revirando os olhos.

— Então ele usou água para se recuperar no meio da batalha. — Atena adivinhou.

— Ou ele usou a água para distração e atacou de outro ângulo. — Apolo complementou para tentar ajudar, Atena assentiu concordando. Hedge resolveu que ler seria uma opção melhor se não os dois deuses não parariam de discutir estratégias hoje.

Um barco da Guarda Costeira nos recolheu, mas eles estavam ocupados demais para ficar conosco por muito tempo, ou para querer saber por que três crianças com roupas casuais foram parar no meio da baía. Havia um desastre para cuidar.

— Pelo menos passaram despercebidos. — Héstia comentou com cuidado, não queria que soasse insultante para as pessoas da cidade, mas ela se importava mais com sua família.

— Não que eles pudessem fazer muito por isso, eles provavelmente pensaram que os três fugiram correndo para o mar quando o terremoto aconteceu. — Deméter disse para a irmã.

— A Névoa protegeria as crianças de qualquer jeito, o desastre de Hades se ajudou o processo a ser mais rápido. — Hera disse para as duas, ela sim se importava apenas com a família dela.

Nico, Reyna e Hedge se perguntaram o porque de tirarem eles de uma missão importante para ler um livro nos finalmentes que os deuses a cada sentença começavam a falar, mas acharam que seria mais sábio não comentar nada sobre isso, talvez Hedge não se importasse muito, mas não disse nada também, pensando na esposa e no bebê deles.

Seus rádios estavam entupidos de chamados de emergência. Eles nos largaram no píer Santa Monica com toalhas em volta dos ombros e garrafas d'água que diziam EU SOU UM GUARDA-COSTEIRO MIRIM! e saíram às pressas para salvar mais gente. Nossas roupas estavam encharcadas, inclusive as minhas. Quando o barco da Guarda Costeira apareceu, eu implorei baixinho que eles não me tirassem da água e me achassem perfeitamente seco, o que teria feito algumas sobrancelhas se erguerem. Então desejei ficar encharcado.

Atena assentiu com aprovação e Grover queria muito sorrir e dizer que contaria isso para Percy e Annabeth, mas achou que preferia viver e não testar a paciência dos deuses, mesmo se eles estivessem com os poderes reduzidos.

Sem dúvida, minha mágica à prova d'água me abandonara. Eu também estava descalço, porque entregara meus sapatos a Grover. Era melhor a Guarda Costeira se perguntar por que um de nós estava descalço do que se perguntar por que um de nós tinha cascos.

— Muito sábio da parte dele pensar nisso tudo em tão pouco tempo e com tanto na cabeça, ele é muito inteligente mesmo. — Atena admitiu satisfeita.

— Era a escolha lógica, muito bem-feito mesmo. — Apolo concordou com a deusa da sabedoria.

Afrodite revirou os olhos para os dois, mas sorriu suavemente para si mesma, Apolo era mesmo um caso interessante de se lidar.

Depois de chegar à terra firme, saímos cambaleando pela praia vendo a cidade queimar contra um lindo pôr-do-sol. Era como se tivesse acabado de retornar do mundo dos mortos — o que era verdade. Minha mochila estava pesada, com o raio-mestre de Zeus. Meu coração estava ainda mais pesado por ter visto minha mãe.

— O pobre menino. — Héstia suspirou triste.

— A reação é normal principalmente para alguém como ele. — Hera disse, querendo que os próprios filhos pudessem se importar assim com ela, mas nem os dois que estavam aqui nem os outros pareciam muito entusiasmados para fazer isso no momento.

— Alguém como ele como exatamente? — Reyna perguntou, já que ela não o conhecia muito bem.

— Leal à uma falha. — Atena respondeu brevemente.

Nico deu uma risadinha baixa irônica. Poseidon levantou uma sobrancelha, mas não disse nada quando Anfitrite observou Nico e balançou a cabeça para ele. Reyna e Hedge assentiram em compreensão.

- Eu não acredito - disse Annabeth. - A gente passou por tudo aquilo e... - Foi um truque - disse eu. - Uma estratégia digna de Atena.

— Sim, ele tem razão. — Atena concordou de má vontade. Ares deu de ombros e sorriu zombador para ela. Luke colocou a cabeça entre as mãos de vergonha. Reyna levantou uma sobrancelha quando viu isso, começando a achar o loiro desconhecido familiar, Hedge voltou a ler e ela preferiu se concentrar na leitura, que esperava ser realmente importante o suficiente.

- Ei - avisou. - Você entendeu, não é? Ela baixou os olhos, a raiva murchou. - Sim. Entendi. - Bem, eu não entendi! - reclamou Grover. - Será que alguém poderia...

Grover ficou vermelho quando os deuses o encararam e disse: — Agora eu entendi.

— Você não precisa ficar tão defensivo. — Apolo disse rindo, o que fez Grover ficar ainda mais vermelho, alguns deuses se juntaram, Luke ainda estava parecendo lutar contra si mesmo em sua mente e os três novos chegados estavam tentando entender o que aconteceu. Afrodite ficou com pena deles e mandou mentalmente o que o livro dizia em segundos para eles para eles se familiarizarem com o ocorrido. Entendendo a referência, Nico, Hedge e Reyna ficaram mais à vontade, e estranhando ainda mais Percy, mas satisfeitos e se sentindo mais confortáveis com ele também, mesmo ele não estando aqui com eles.

- Percy... - disse Annabeth. - Eu sinto muito pela sua mãe. Sinto tanto... Fiz que não estava ouvindo. Se eu falasse sobre a minha mãe, ia começar a chorar como uma criancinha.

Hera sorriu docemente para esse pensamento, querendo elogiar Percy em voz alta, mas não o fez, as palavras de Poseidon tendo mais peso do que ela gostaria de admitir, ela resolveu elogiar mais Percy quando ele chegasse lá. Nico e Grover tiveram que se segurar para não fazerem uma careta para ela quando notaram que ela achava que podia se sentir bem por Percy, principalmente depois de tudo o que ela fez com ele.

- A profecia estava certa - disse eu. - " Você deve ir para o oeste, e enfrentar o deus que se tornou desleal". Mas não era Hades. Hades não queria guerra entre os Três Grandes. Algum outro executou o roubou. Alguém roubou o raio-mestre de Zeus, e o elmo de Hades, e tramou contra mim porque sou filho de Poseidon. Poseidon será culpado por ambos os lados. Ao pôr-do-sol de hoje, haverá uma guerra tríplice. E eu a terei causado.

— E como isso é culpa dele? — Nico se perguntou alto, sem querer defensivo, ainda não acreditava em si mesmo e seus sentimentos por Percy, queria ficar o mais longe dele possível e aí as Parcas o mandam ler os pensamentos dele, com seu pai e o pai dele, uma deusa do amor que sorria como se ela soubesse demais para o gosto de qualquer um, uma rainha do mar que sussurrou com o pai de Percy depois de olhar rapidamente para ele e sorrir, não queria mais pensar nisso, não queria aceitar mais nada disso.

— Não sei — Luke deu de ombros —, só sei que é verdade mesmo não fazendo sentido nenhum.

Ainda tinha amargor em sua voz, Nico não pode questionar isso no momento.

Grover sacudiu a cabeça, desconcertado. - Mas quem seria tão fingido? Quem iria querer uma guerra tão ruim? Parei bruscamente, olhando para a praia. - Puxa, deixem-me pensar.

Grover se encolheu vendo o olhar de Ares sobre si.

— Essas perguntas têm respostas óbvias. — Apolo disse rindo junto com Hermes.

Ali estava ele, aguardando por nós, em seu casaco preto de couro, e óculos escuros, um bastão de beisebol de alumínio ao ombro. A motocicleta roncava ao seu lado, o farol deixando a areia vermelha. - Ei, garoto - disse Ares, parecendo genuinamente contente em me ver. - Você devia estar morto.

— Deve ser de família falar isso. — Grover disse para si mesmo pensativo.

— Para o lado sem tato da família. — Hera rebateu se defendendo, mas não disse nada depois dos olhares julgadores que recebeu de todo mundo, menos Reyna que não quis fazer isso com a rainha dos deuses, achava muito desrespeitoso.

- Você me enganou - disse eu. - Você roubou o elmo e o raio-mestre. Ares arreganhou um sorriso. - Bem, mas eu não os roubei pessoalmente. Deuses tirando símbolos de poder uns dos outros, nã-nã-nã, isso é inaceitável. Mas você não é o único herói do mundo que pode dar recados.

Poseidon olhou para Ares e franziu as sobrancelhas com irritação, o deus da guerra não disse nada em resposta.

— Dá para sentir o carinho e respeito daqui. — Luke murmurou revirando os olhos. Hermes suspirou mais uma vez, querendo saber o que fazer para melhorar com o filho nesse segunda chance que recebeu.

- Quem você usou? Clarisse? Ela estava lá no solstício de inverno. A ideia pareceu diverti-lo. - Não importa. A questão, garoto, é que você está impedindo o esforço de guerra. Entenda, você precisa morrer no Mundo Inferior. Então o Velho Alga do Mar vai ficar furioso com Hades por matá-lo. O Hálito de Cadáver ficará com o raio-mestre de Zeus, e assim Zeus ficará furioso com ele. E Hades ainda está procurando por isto... Ele tirou do bolso um capuz de esqui - do tipo que os ladrões de banco usam - e o colocou no meio do guidão da sua moto. Imediatamente, o capuz se transformou em um elaborado capacete de guerra em bronze.

— Ainda bem que eu desinfectei ele. — Hades disse com seu elmo na mão.

Reyna e Nico se entreolharam achando aquilo estranho, Nico ainda tentava se acostumar com o temível pai sendo um deus normal, Grover e Luke, quando os dois olharam para eles, pareciam conformados com as loucuras dos deuses, se perguntaram o que os dois viram durante a leitura para eles estarem assim, o treinador Hedge parecia aprovar o carinho de Hades por sua arma de guerra.

- O elmo das trevas - arfou Grover. - Exatamente - disse Ares. - Mas onde é mesmo que eu estava? Ah, sim, Hades ficará furioso com ambos, Zeus e Poseidon, porque ele não sabe quem pegou isto. Logo logo teremos uma bela pancadariazinha tríplice em andamento.

— Pelo menos foram três que têm o mesmo nível de poder. — Hermes resolveu passar pano para o filho.

— Sim, só os três que dominam o mundo nada demais. — Dionísio replicou revirando os olhos.

— Mas porque não pegar o de Poseidon também? — Grover perguntou algo que muitos queriam saber, todo mundo, menos Reyna que não sabia, olhou para Luke.

— Ele é o único que guarda as coisas dele direito. — Luke disse na cara dos deuses, Poseidon riu de bom grado enquanto Zeus e Hades se seguraram para não reclamar na frente dos outros semideuses, que estavam vivos e eram importantes para salvar o mundo, e queriam parecer maduros, o que Hades realmente era, mas se resumiram em olharem ofendidos para Luke sem comentar, a ameaça estando no olhar. Poseidon ria da cara dos irmãos mentalmente, fazendo questão de mandar sua risada mental para os dois, que fazia ameaças a ele telepaticamente.

Reyna não conseguiu acreditar na falta de respeito para com os deuses, pelo menos tão aberta assim, mas não comentou, não queria piorar a situação do semideus, o que ela pensou já estar bem ruim.

- Mas eles são a sua família! - protestou Annabeth. Ares encolheu os ombros. - O melhor tipo de guerra. Sempre a mais sangrenta. Nada como ficar olhando seus parentes lutarem, eu sempre digo. - Você me deu a mochila em Denver - disse eu. - O raio-mestre estava lá o tempo todo. - Sim e não - disse Ares. - Provavelmente é complicado demais para o seu pequeno cérebro mortal acompanhar, mas a mochila é a bainha do raio-mestre, apenas um pouco adaptada. O raio está conectado a ela, tipo aquela sua espada, garoto. Ela sempre volta para o seu bolso, certo? Não estava bem certo de como Ares sabia disso, mas acho que um deus da guerra precisa tratar de conhecer tudo sobre armas.

— De fato, isso o pirralho acertou. — Ares disse menos raivoso.

— Lorde Marte, o senhor parece odiar pessoalmente Percy Jackson. — Reyna comentou, o interessante foi que Ares não mudou de personalidade, ainda era Ares, o que surpreendeu a todos, o único que apareceu aleatoriamente foi Netuno para reclamar Percy como seu também.

— Ele não é importante o suficiente para isso — Ares respondeu revirando os olhos —, mas se ele fosse eu diria coisas como sobre quando ele me desafiou e quando me ofendeu na frente da minha namorada.

Afrodite balançou a cabeça em negação, não se importava com aquilo de qualquer jeito.

- De qualquer modo - continuou Ares - eu modifiquei a mágica um pouquinho, para que o raio só retornasse à bainha depois de você chegar ao Mundo Inferior. Chegou perto de Hades... Bingo! Você recebeu um e-mail. Se você morresse no caminho, não haveria perda. Eu ainda teria a arma. - Mas por que você simplesmente não ficou com o raio para você? - disse eu. - Por que manda-lo para Hades? O queixo de Ares crispou-se. Por um momento, foi quase como se ele estivesse ouvindo uma outra voz, bem no fundo da cabeça. - Por que eu não... sim... com esse tipo de poder de fogo... Ele manteve o transe por um segundo... dois segundos... Troquei olhares nervosos com Annabeth. A cara de Ares clareou.

Atena assentia lentamente, sabendo muito bem o que aconteceu, mas ler sobre isso vendo pelos olhos de alguém que estava lá fazia ainda mais sentido, Ares realmente foi usado por Cronos. Hera e Zeus observaram o filho, que estava parecendo querer sumir da sala, ele também tinha sido iludido por Cronos e o escutado, assim como os semideuses, mas ele escolheu sair então não levou nenhuma culpa.

 - Porque eu não queria ter problemas. Melhor você ser pego em flagrante, segurando a coisa. - Você está mentindo - disse eu. - Mandar o raio para o Mundo Inferior não foi ideia sua, foi? - É claro que foi! - Fumaça escapou por baixo dos seus óculos escuros, como se eles estivessem a ponto de pegar fogo. - Você não ordenou o roubo - adivinhei. - Alguém mais enviou um herói para roubar os dois itens. Então, quando Zeus mandou você caçá-lo, você pegou o ladrão. Mas você não o entregou a Zeus. Alguma coisa o convenceu a deixá-lo ir. Você guardou os itens até que outro herói pudesse vir e completar a entrega. Aquela coisa no abismo está dando ordens a você. - Eu sou o deus da guerra! Não aceito ordens de ninguém! Eu não tenho sonhos!

— Ninguém falou de sonhos. — Atena disse sorrindo como se soubesse todos os segredos de Ares, meio assustadora para todos.

— Parece que Percy acabou com o blefe dele. — Apolo aprovou Percy e concordou com as entrelinhas de Atena.

— Ele acerta tão facilmente, e isso tudo em apenas algumas observações. — Poseidon elogiou o filho mais novo com orgulho. Nico pensou que estava cada vez mais difícil superar seus sentimentos quando tudo o que os deuses faziam era elogiar Percy daquele jeito, até o ódio de Ares por ele parecia charmoso, mas não queria mais se sentir assim, seria o primo de Percy e não mais um para a lista de pessoas apaixonadas por ele.

— Uma estratégia digna de Atena. — Reyna concordou com o que Percy disse no começo do capítulo.

— Eu tinha entendido nesse momento o que eles quiseram dizer. — Grover comentou se defendendo de novo.

— Depois que desenharam para você entender. — Luke disse sarcástico e rindo. Grover revirou os olhos para ele e Hedge se segurou para não dizer nada sobre respeito aos seus protetores, voltou a ler.

Eu hesitei. - Quem foi que disse alguma coisa sobre sonhos? Ares pareceu agitado, mas tentou encobrir isso com um sorriso forçado. - Vamos voltar ao problema em pauta, garoto. Você está vivo. Eu não posso deixar que leve aquele raio para o Olimpo. Pode ser que consiga convencer aqueles idiotas cabeças-duras a ouvi-lo. Portanto preciso matá-lo. Não é nada pessoal.

— Se torna pessoal quando você tenta matar alguém. — Ártemis disse revirando os olhos.

— Falando por experiência própria? — Ares rebateu para a deusa que matava homens mesmo sem necessidade.

— Vocês dois chega — Hera repreendeu, os dois mesmo sem querer escutaram rainha dos deuses —, continue lendo, sátiro.

Ele estalou os dedos. A areia explodiu aos seus pés e surgiu um javali feroz investindo, ainda maior e mais feio que aquele cuja cabeça estava pendurada acima da porta do chalé 5 do Acampamento Meio-Sangue. A besta escarvou a areia, olhando furiosamente para mim com olhos pequenos e brilhantes enquanto abaixava os presas afiadas como navalhas e aguardava a ordem para matar.

— Então foi assim que começou. — Atena disse animada para ver que estratégias alguém impulsivo como Percy usou contra o deus da guerra para vencê-lo.

— Sim. — Ares respondeu irritado e lá no fundo envergonhado, por ter sido vencido e por ter sido usado por Cronos também.

Os deuses se ajeitaram para ouvir sobre a luta até Luke se interessou, Grover estava balançando a cabeça não querendo lembrar. Reyna estava curiosa para saber o que aconteceu.

Eu entrei na arrebentação. - Enfrente-me você mesmo, Ares. Ele riu, mas ouvi um pouco de tensão na sua risada... um certo constrangimento. - Você só tem um talento, garoto, que é fugir. Você fugiu da Quimera. Você fugiu do Mundo Inferior. Não tem coragem para me enfrentar.

— Sem experiencia nem treinamento — Tritão respondeu pelo irmão —, eram monstros muito fortes ou um lugar que nem mesmo Annabeth conseguiria sair sem ajuda, com todo o treinamento dela, fico surpreso que os três, sendo crianças, conseguiram fazer tudo isso e ainda sobreviver para contar a história.

— Eu sei, só estava sendo influenciado. — Ares se defendeu.

— Não totalmente já que você realmente odeia Percy. — Apolo disse colocando sal na ferida.

— Ele é particularmente irritante. — Ares respondeu — Nem todo mundo tem que gostar dele, muito menos do jeito que você está aí. — O deus da guerra disse vagamente, para guardar a surpresa para os recém-chegados da paixãozinha de Apolo por Percy até o herói chegar.

Atena se sentiu obrigada a concordar com Ares dessa vez, mas deixou claro que não odiava Percy de nenhum modo.

- Com medo?

— De um menino de doze anos? — Reyna perguntou incrédula, não acreditando que Percy Jackson disse isso na cara do deus da guerra só para comprar briga, sendo criança e sem nenhum treinamento. Apolo observou Reyna com cuidado e depois olhou para Afrodite que franziu as sobrancelhas para ele e negou com a cabeça, com raiva aparentemente.

- Só nos seus sonhos de adolescente.

— E isso é um sim. — Apolo disse sorrindo para Reyna, decidindo brincar com fogo por agora.

Afrodite não ia cair na armadilha dele, sabia o que ele queria, esse jogo era para ser jogado em dois e Afrodite era uma das melhores jogadoras, sorriu inocentemente para o deus do sol e depois deu uma olhada de leve para Luke, rápido o suficiente para só Apolo ver.

- Mas seus óculos escuros estavam começando a derreter com o calor dos olhos. - Nada de envolvimento direto. Sinto muito, garoto. Você não está no meu nível. Annabeth disse: - Percy, corra! O javali gigante atacou. Mas eu já estava cansado de correr de monstros. Ou de Hades, ou de Ares, ou de qualquer um.

— Eu não tenho nada a ver com isso. — Hades disse balançando a cabeça em negação.

— Mas ele sentiu que fugiu de você então você está sim nessa lista. — Héstia disse rindo.

— Ele realmente fugiu de lorde Hades. — Atena corrigiu, mas os olhares que o pai, Poseidon e Héstia enviaram em sua direção a fizeram fechar a boca.

Quando o javali investiu contra mim, eu destampei minha caneta e dei um passo para o lado. Contracorrente apareceu nas minhas mãos. Dei um golpe para cima. A presa direita decepada do javali caiu aos meus pés, enquanto o animal desorientado investia contra o mar. Eu gritei: - Onda! Imediatamente uma onda surgiu do nada e engolfou o javali, enrolando-se nele como um cobertor. A besta guinchou uma vez, aterrorizada. E então se foi, engolida pelo mar.

— Sem treinamento? — Reyna disse surpresa, mas fazia sentido, ficou mais confiante com o novo colega pretor, ele parecia mesmo um natural de guerra.

— Alguns dias de treinamento que só foram úteis quando era luta de espadas. — Luke respondeu a pretora.

— Mas Percy é muito bom mesmo, queria saber como ele seria com treinamento decente. — Grover disse com orgulho de melhor amigo.

Queria saber como seria se ele me ajudasse, Apolo pensou, mas não demonstrou, iria conversar com a irmã quando o livro acabasse, mas só com ela e não comentaria com mais ninguém.

— Parece que esse menino é dos bons desde pequeno, esse bolinho quebrador de regras. — Hedge disse com aprovação, algo no tom dele fez Poseidon se sentir desconfortável, principalmente quando ele chegou e estava gritando que seu filho estava de castigo, seria ainda pior se Percy tivesse aceitado o castigo, Poseidon esperava que não.

Voltei-me novamente para Ares. - Você vai lutar comigo agora? - perguntei. - Ou vai se esconder de novo atrás de um porquinho de estimação? A cara de Ares estava roxa de raiva. - Tome cuidado, garoto. Eu poderia transformá-lo em... - Uma barata - disse eu. - Ou uma lombriga. Sim, eu tenho certeza. Isso o salvaria de ter o seu divino couro chicoteado, não é mesmo?

— Ele é mesmo muito corajoso e muito idiota. — Nico disse, o que arrancou risadas dos que já estava lá há mais tempo, perguntou o porquê das risadas e Grover respondeu:

— Seu pai disse a mesma coisa que você.

— Tal pai tal filho. — Apolo disse pensando no futuro, onde Nico estava com seu filho e ele com medo de acabar com o pai de Nico, por mais estranho que possa soar não tinha nenhuma segunda intenção nessa frase.

Hedge murmurou alguma coisa que pareceu suspeitosamente como deixar de castigo por mais uma semana e muito bem, Jackson, seu bolinho, tenho que admitir.

Poseidon levantou uma sobrancelha: — Você acabou de chamar Percy de bolinho?

— Ele faz isso com os protegidos dele. — Grover explicou pelo amigo sátiro. — Continue lendo, Gleeson.

 



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