História Devaneios de um Fudanshi - E se fossemos só nós dois? Na minha casa?

[Nakamura Takeshi POV:]
Hoje o Kato-san me convidou para ir a casa dele depois das aulas, estamos a pouco mais de duas semanas para as provas e eu deveria estudar...
Mas só pensei nisso quando ele estava destrancando a porta de casa.
[Algumas horas antes, durante o almoço.]
Satoshi está criando o hábito de chegar quase junto com o professor, Kiyoshi o deixa na porta e vai pra própria sala, nós não nos encontramos mais a caminho da escola e na saída o mais novo gruda nele e acabamos por apenas trocar olhares.
Nem durante o almoço ele fica sozinho mais...
-Que irritante... - suspirei. 
-O que há com você? - Momo perguntou. Hoje ela veio passar o almoço comigo, mas só porque precisava de ajuda em Matemática.
-Nada... 
-Takeshi-kun está tristinho porque o Kiyoshi-kun tomou toda a atenção do irmão dele! - Hotaru disse de um jeito meigo, deixando a tarefa de lado.
Eu bati a cabeça na mesa com raiva.
-Isso não é verdade! - choraminguei.
-Tente, pelo menos, fingir que não é mesmo verdade! - Momo brigou.
-Não se sinta sozinho, você sempre terá o Sato-chi pra conversar! - Hotaru pegou na minha mochila o bonequinho de pano do Kato-san.
-G-guarde isso!! - reclamei.
-Não acredito que você carrega uma coisa dessas na mochila - Momo riu de mim.
-É uma coisa muito importante, Momo-chan! - Hotaru ficou brincando com o bonequinho - Tenho certeza que o Satoshi-kun também carrega o Take-chi na mochila!
Momo se levantou e foi até o lugar do Satoshi, mexeu na mochila dele e me olhou com uma cara muito estranha de "ainda bem que eu não namoro mais esse cara".
-Vocês... Vocês têm quantos anos?! - Momo levantou a pelúcia que ele ganhou da Hotaru, ela se animou por ver que ele a carrega, e a Momo ficou se lamentando por nossas bobagens.
-Guarde isso e pare de mexer nas coisas dos outros! - briguei com a Momo.
Por sorte ele estava ocupado de mais com o irmão... Eu preferia que ele entrasse na sala e eu quisesse morrer de vergonha... 
-Momo-chan vá estudar! - Hotaru disse para que a Momo se concentrasse - Eu vou ao banheiro! 
[Masaki Hotaru POV:]
Deixei a Momo com o Takeshi, ela precisava muito estudar, e fui atrás do Satoshi. A garota da sala do Kiyoshi-kun, que também participou da peça da escola, disse que os irmãos estavam almoçando juntos no terraço, ela era uma graça. Subi todas aquelas escadas com minha lerdeza, lá fora estavam os dois sentados conversando.
-Sa-to-shi-kun! - chamei a atenção dele - Boa tarde, Kiyoshi-kun.
-Boa tarde - ele me cumprimentou por educação.
-Satoshi-kun tem um minuto?
Ele pediu licença ao irmão e me acompanhou até as escadas sem entender o meu convite. 
-Pois não? 
-Satoshi-kun quão cruel você pode ser!? - disse fazendo drama, como se fosse algo sério.
-M-mas o que eu fiz? - ele não tinha entendido que eu estava brincando, Momo já teria brigado comigo só por ter começado, mas eu continuei a fazer meu teatro.
-Você fez a pior coisa que alguém pode fazer na vida! Seu desalmado!
-"A pior coisa"? - ele me encarava tentando lembrar-se de algo assim.
-Sim! A pior das piores! Como você pode deixar o Takeshi-kun de lado? Você está destruindo os sentimentos do garoto! Ele fica o dia todo solitário naquela sala... Fria, úmida, escura... 
-Mas a sala não é n...
-Ele está definhando na solidão! 
Ele riu de mim.
-Já entendi Hotaru-chan, eu vou falar com ele naquela sala "escura, úmida, fria"...
-Se você não chegar a tempo pode ser tarde de mais! - ele riu um novamente e voltou ao irmão para justificar sua partida.
-Kiyoshi eu vou voltar pra sala.
-Ah, então eu... 
-Não, - ele interrompeu o irmãozinho - eu quero conversar um pouco com o Takeshi, a Hotaru-chan tem razão eu mal tenho falado com ele...
-Tá bom... Eu vou terminar de comer e voltar pra sala. Até depois.
-Até depois - eles se despediram.
Satoshi me acompanhou até a sala, eu e a Momo deixamos os dois conversando.
[Nakamura Takeshi POV:]
Hotaru-chan voltou com o Satoshi pra sala, eu evitei ficar encarando ele, não queria que ela o trouxesse, preferia que ele se tocasse. Mas acho que assim é melhor, talvez ele não voltasse tão cedo...
Ele se sentou na cadeira vaga ao meu lado. Eu virei o rosto.
-Pode não parecer, mas eu vim te ver.
-A Hotaru-chan teve que insistir muito pra você decidir vir? 
-Sim, ela chegou a se ajoelhar! - eu ri das bobagens dele.
Decidi parar de me privar de seus maravilhosos olhos azuis, eu queria tanto encará-los e fazê-los olhar apenas para mim...
-Admito que estou passando muito tempo com o Kiyo-chan. Não se sinta solitário.
-Solitário? 
-A Hotaru-chan disse que você está solitário nessa sala fria, úmida e escura, e que se eu demorasse muito para vir poderia ser tarde de mais! 
Imaginei a Hotaru dizendo isso com sua encenação fofa e nós começamos a rir. Ele se levantou da cadeira e de ajoelhou bem perto de mim. Colocando sua mão na minha nuca, chegando bem perto para me dar um beijo. 
-S-Sa... Não faça isso, não estamos sozinhos agora! - eu disse me corando.
Ele parou de se aproximar, mas a distância entre nós era pequena. Sua mão na minha nuca me forçava a não me separar dele, e ele colocou sua outra mão na gola da minha blusa.
-Qual o problema? É só um beijo.
-T-tem muita gente aqui Kato...
-Pare de ver nossa relação como um problema. Deixe de se importar com os outros e divirta-se um pouco.
Seus dedos na minha gola me puxaram pra frente. Eu não conseguia negar: também queria muito beijar ele. Virei o rosto e ele beijou apenas minha bochecha, não podia me entregar assim, pois sabia que depois não iria querer parar.
Ele fez uma cara triste com direito a biquinho e apenas me abraçou. Eu retribuí seu abraço, aconcheguei-me em seus ombros e nesse momento ele cheirava como o Kiyoshi... Era um pouco triste sentir o cheiro de outra pessoa nele...
-Que cara é essa? - ele me perguntou quando nos soltamos.
-É minha cara normal... - não queria que ele percebesse que tenho ciúmes do Kiyoshi.
Ele me deu um selinho de surpresa e disse.
-Não fique com essa expressão triste, isso me faz mal.
-P-pare com isso! 
-Você fala assim, mas acho que essa é sua forma de dizer que gostou do beijo! Mas se eu não posso te beijar aqui... Poderia fazer isso se fossemos só nos dois? - fiquei sem graça - Hoje, na minha casa? - parecia ser impossível meu rosto ficar mais vermelho do que ele já estava. - Você quer ir?
-. . . 
-Se você não responder eu farei novos planos... - ele sorriu como se quisesse me ouvir, mesmo sabendo qual seria minha resposta. O que ele queria mesmo era me ver envergonhado.
-E-eu quero ir... - disse constrangido.
-Não te ouvi... - sorriu com seu belo sorriso provocante.
-Q-quero... Eu quero ir! - o encarei enquanto dizia.
Ele então pegou seu celular e enviou um e-mail para seu irmão. Não quis me contar o que dizia no e-mail, apenas disse que hoje teríamos a casa só pra nós dois.
Avisei a Momo que não voltaria para casa direto e ela logo convidou Hotaru para irem estudar juntas. 
A aula, pra variar, foi alguma matéria não muito difícil e o professor nos ajudou com as dúvidas sobre a matéria da prova. Kensuke pareceu meio perdido, mas logo ele conseguiu entender.
No fim da aula não encontrei o Kiyoshi.
-Ele tinha marcado de sair com os novos colegas hoje. Fico feliz que também tenha conseguido um ótimo programa pro fim de tarde - explicou Satoshi.
-Q-quais são os planos para essa tarde? N-nós vamos estudar? - perguntei meio inseguro, mesmo ciente que não seria bem isso.
-Estudar? - riu - Até podemos estudar, mas não seria nenhuma das matérias das provas - ele me sorriu malicioso.
Fomos para casa como sempre. No caminho ele me pediu:
-Posso segurar sua mão?
Eu sorri envergonhado e estendi a mão para que ele a segurasse. Ele apertou minha mão, mas não a segurava como eu queria, mexi um pouco e coloquei seus dedos entre os meus, como deveria ser. 
-E-eu prefiro... Assim... - disse baixinho só para ele ouvir.
Ele se deitou sobre meu ombro e comentou:
-Gosto de sentir o calor de sua mão, de seus dedos entre os meus, mas nunca sei se você também gosta. Fico tão feliz... Que você também queira segurar minha mão.
Às vezes o Satoshi se parece uma com uma criança, ele é meio bobo e tem sua fofura inocente, mesmo que seja raramente exposta. Gosto do jeito que ele age, desde seu jeitinho meigo até aquele jeito sensual e possessivo dele... 
Mexi-me um pouco para ele se sentir desconfortável em meu ombro e se levantar, quando ele me encarou cheguei bem perto dele, num delicado toque entre nossas bocas, nada além de um beijo inocente. 
Depois ele me encarou corado, levando a mão até os lábios.
-Não encare nossa relação como um problema para os outros, tente se divertir um pouco - disse tranquilamente.
Ele sorriu seu delicioso sorriso infestado de malícia. Pegou as chaves de casa e o metrô chegou ao nosso lugar de desembarque.
Depois de seu sorriso eu fiquei um pouco receoso em acompanhá-lo... Mas era tarde demais.
[De volta ao presente momento, na residência dos irmãos Kato:]
Deixei meus sapatos na entrada, minha mochila pendurada e caminhei lentamente até a sala. Eu adorava o cheiro dessa casa! Penso estar criando um fetiche pelo cheiro do Satoshi...
Aproximei-me do sofá e senti o Kato me derrubar naquele móvel, eu me assustei e antes que pudesse me ajeitar lá ele simplesmente decidiu me fazer companhia.
Sua mão se apoiava no encosto e seu joelho estava entre minhas pernas, conforme seu tronco descia sobre o meu sua perna roçava em minha calça. Droga isso era bom...
Ele abriu meu colete e blusa de uniforme como se não fossem nada e analisou meu tórax, por completo. Não entendi o motivo.
-Que decepção... - ele se lamentou.
-Hein?
-Não há mais nenhuma marca minha aqui... - Seu rosto, de repente, chegou bem perto dos meus ombros - Assim ninguém saberá que você é só meu...
Ele distribuiu beijos e chupões pelos meus ombros e pescoço, isso me arrepiava, me fazia cócegas e me excitava. 
O telefone começou a tocar, confesso que isso me irritou, ele alcançou o aparelho sobre a mesinha pouco acima da minha cabeça e atendeu sem se distanciar muito do meu pescoço.
-Alô - ele disse.
-Sato-chi... - era a voz da Ari-neechan.
-Ah, é só a Arina...
-Como assim "só a Arina", e eu pensando que você ficaria feliz em falar comigo.
Ele deu beijo delicado no meu pescoço e o lambeu depois, um grito frouxo e assustado meu chegou ao telefone.
-O que foi isso?! - ela perguntou com uma voz levemente alterada.
-Se não for nada importante, eu estou ocupado, o Takeshi vai se cansar de esperar - ele me olhou por cima, com seus lindos olhos azuis pervertidos.
-Deixarei nossa conversa para mais tarde, trate de ser gentil com o garoto, não suje o sofá! Tem creme na terceira gaveta do banheiro! - Q-Q-Q-Q-Que tipo de creme?!
Satoshi encarou minha expressão "aonde você pretende passar esse 'creme'" com a sua expressão "você sabe muito bem"...
Ele deixou o telefone sobre a mesa como se nada tivesse acontecido.
-Quer vir pro meu quarto? - ele convidou.
-O-O creme vai junto? - brinquei.
-Só se você quiser que ele vá.
-Eu gostaria muito.
Rimos e ele me levantou. Ele foi ao banheiro, não para pegar o 'creme', e eu fui para o quarto dele. Seu futon ainda estava estendido no chão, peguei seu travesseiro e tomei a liberdade de abraçá-lo, sentir o cheiro dele.
-Você tem fetiche por cheiros? - ele perguntou.
-Estou criando um.
-Se lembra de alguns meses atrás, a primeira vez que você entrou aqui? - ele se sentou ao meu lado.
-Sim...
Ele me abraçou como daquela vez, eu estava de costas para ele, meu uniforme já estava meio aberto, o colete tinha ficado na sala, os botões terminaram de se soltar e as mangas do uniforme deslizaram pelos meus braços. Satoshi se sentou na minha frente, me empurrando levemente contra sua cama.
-Eu sempre sonhei em te trazer de volta, para que pudéssemos continuar - ele disse levemente corado.
 Ele me prendia contra sua cama me beijando sensualmente, quando cessávamos os beijos, ele me mordia, aproveitei que ele estava sobre mim e brinquei com ele, como há pouco aprendi no sofá, acariciava seu quadril com minha coxa e tentava alcançá-lo para fazer isso com a mão. 
Satoshi segurou minha mão quando percebeu minhas intenções, mas ele não conseguia conter minha perna. Isso parecia incomoda-lo.
Em seu primeiro deslize eu consegui desabotoar sua calça.
-P-pare de tentar... Me deixar excitado - ele pediu completamente constrangido, nunca tinha visto ele daquela forma.
-Qual o problema Satoshi...? - perguntei preocupado.
Mesmo que ele tivesse pedido isso, eu o senti rijo sobre minha perna.
-E-eu não quero... Não quero isso... Ainda... - ele acariciava meu rosto delicadamente, sentia seus dedos não muito firmes ao me tocarem.
Confesso que também tinha medo... Queria muito fazer isso com ele, mas no fundo eu estava apavorado. Pela primeira vez eu pude ver que ele se sentia da mesma forma, ele deixou seus sentimentos transparecerem.
Ele me deu um beijo na testa e se levantou.
-E-espera, aonde vai?! - perguntei já imaginando sua resposta.
-No banheiro é óbvio - ele disse corado sem me olhar nos olhos.
-V-você vai me deixar aqui sozinho?! 
-A culpa é toda sua! Fica mexendo onde não deve!!
Era engraçado o jeito que ele falava.
-Satoshi d-deixe-me fazer isso por você. - Que vergonha pedir uma coisa dessas!!
Não teve uma resposta imediata, ele realmente parou pra pensar... Por que eu deveria esperar a aprovação dele se ele sempre faz o que quer comigo?
Levantei-me do seu futon.
Ele me encarava com um sorriso malicioso e envergonhado ao mesmo tempo, um tentando encobrir o outro. 
Puxei o Satoshi para um beijo, me agarrando ao seu uniforme e pescoço. Trazendo-o de volta para o futon. 
-O que pretende? - ele perguntou, sem se afastar muito da minha boca, não nos olhamos nos olhos.
-É segredo - puxei-o novamente, não tinha dado a ele permissão de se separar do meu beijo.
Chegamos perto do seu futon, o fiz se ajoelhar lá e depois se sentar no colchão.
Eu fiquei entre suas pernas, sentindo sua 'calça' roçando em minha barriga e às vezes em meu quadril. Tirei aquele cinto irritante dele, mal podia esperar para tocá-lo. O botão e o zíper da calça do uniforme me separavam dele e foram rapidamente arrancados, nunca pensei que poderia ser tão veloz em tirar as calças dele.
Acariciei-o por cima da cueca, sua linda cueca cinza, eu queria vê-lo molhá-la. Almejava de todas as formas ver o Satoshi sem reação, cedendo às minhas caricias e deixando eu fazer com ele o que tenho vontade, como ele sempre faz comigo.
Ainda que, por agora, eu estivesse no controle, não conseguia fazê-lo tirar de vez seu delicioso sorriso malicioso do rosto. Eu puxei sua cueca dando liberdade a ele, o prendi em minha mão e o afaguei por completo. Meus lascivos afagos ao Satoshi o deixavam com uma deliciosa expressão sensual.
Abaixei-me um pouco sobre ele e comecei a lambê-lo, como Satoshi fazia em meu pescoço mais cedo. Uns suspiros excitados às vezes chegavam aos meus ouvidos, isso me fazia querer mais ainda sentir seu gosto. 
Ele preenchia minha boca e senti sua mão levemente pousar em minha cabeça. Separei-me dele e olhei seus olhos envergonhados que me pediram...
-D-deixe-me ir mais fundo...
. . .
Seus gemidos envergonhados me fascinavam, me irritava nunca tê-los ouvido, certifiquei-me de fazer com ele tudo que sempre quis que ele fizesse comigo, sua nova expressão envergonhada conquistou-me completamente. Ele brincava com minha língua e se mexia intensamente em minha boca, eu lambia toda sua extensão e me divertia mais nos lugares que ele gostava. Às vezes empurrava minha cabeça contra seu corpo, indo fundo como queria.
Sem demora o senti palpitar em minha boca e se afastar de mim, ele não me deixou sentir seu gosto. Agora sua vergonha misturou-se a sua expressão de prazer, o vermelho do seu rosto realçando o azul de seus olhos que passaram a me encarar e desviar, me deixavam com vontade de provocá-lo.
-M-me desculpe... - ele disse.
-Não é justo você guardar essa expressão e seus gemidos só pra você.
Ele escondeu-se atrás da franja abaixando a cabeça.
-Não são só meus, são apenas pra você... - ele segurou meus pulsos e me puxou para perto do seu corpo - Especialmente para você...
Ganhei um abraço desordenado, apertado, aconchegante em seus quentes ombros. 
-Eu vou tomar um banho... - ele segurou meu queixo e apoiou sua testa na minha – Não satisfaça seus fetiches com meu travesseiro.
Fiquei sozinho no seu quarto, abracei novamente seu travesseiro, vesti meu uniforme e desci pra pegar meu colete e esperá-lo.
Quando terminei de ajeitar minha aparência vi o Kiyoshi chegar em casa. Ele me olhou de cima a baixo.
Jogou a mochila no chão da sala e perguntou agressivamente.
-O que está fazendo aqui? 
-V-vi-vim me encontrar com seu irmão... - disse envergonhado lembrando dos nossos momentos nesse sofá.
-Vocês já se encontraram na escola, vá embora - isso me magoou um bocado, mas...
-Não vou. Ele me convidou, só vou quando ele me mandar embora.
-Quanto atrevimento da sua parte - ele me deu um tapa, meus óculos caíram no sofá - Saía daqui, guarde suas depravações para outro dia.
Ele tirou seu cabelo do rosto, parecia irritado e ao mesmo tempo magoado. Eu entendia seus sentimentos, qualquer pessoa ficaria chateada com a situação em que estávamos...
-Me dê sossego ao menos em minha própria casa! - ele disse sem elevar sua voz, mas ela oscilava com tons tristes, como se ele fosse chorar.
Não olhei em seus olhos, eles me irritavam, fui em direção à saída batendo os pés. Deixei meus óculos sobre o sofá, estava tão irado com ele que pedir para voltar e pegá-los destruiria completamente meu orgulho. Calcei meus sapatos de qualquer jeito somente para me apressar, quando saí ele bateu a porta.
-QUAL SEU PROBLEMA?! - gritei, mas falava comigo mesmo.
Droga... Eu queria ter lanchado com o Satoshi, ter visto ele de toalha, provocado ele um pouco mais... Droga! Que raiva do Kiyoshi!
Aqueles mesmos olhos azuis sensuais, mas eles são tão irritantes!
[Kato Kiyoshi POV:]
Meu irmão nunca vai se dar conta dos meus sentimentos?! Aquele estúpido! Idiota! Ignorante!
Subi pro meu quarto possuído em raiva, o Takeshi ficou com ele aqui sozinho até agora?! 
Droga! Ele é só meu! DROGA! 
Joguei as roupas limpas que meu irmão separou no corredor de qualquer jeito e tranquei a porta, me enrolei na coberta dele e deixei minha magoa, raiva e tristeza escorrer por meus olhos. Não queria que aquele tapado do meu irmão tivesse pena de mim depois de trair meus sentimentos.
Por que ele me abraça tão calorosamente se ele não tem intenção de corresponder meus sentimentos? Por que ele me trata tão bem se não me ama da mesma forma?!
[Nakamura Takeshi POV:]
Quando cheguei em casa tive uma enorme surpresa, isso meio que ajudou a não ficar amaldiçoando o Kiyoshi em pensamentos, além da Hotaru e da Momo, tinha uma visita inesperada, Shimizu Jun. Completamente inesperado!
-Ué... Inesperado - disse.
-Você voltou cedo - disse Momo.
-Não tinha muito o que fazer... Estou com fome - caminhei até a cozinha.
-Vocês não tiveram tempo nem de lanchar?! - ela comentou rindo de mim - Como são animados!
-N-Não foi bem isso que aconteceu!
-Ah não?! E essas marquinhas de beijo no seu pescoço? - ela disse.
Voltei correndo pra sala, lá havia um espelho, desabotoei o primeiro botão do colarinho e não estavam tão à vista as marcas, percebi que as coisas que ela disse eram só brincadeiras.
-Aonde ficaram seus óculos? Aposto que você nem sabe.
-I-idiota! - disse irritado.
Voltei pra cozinha. Tirei o colete de uniforme e folguei a gravata. Hotaru e Jun não se manifestaram até então; fiz um macarrão instantâneo e voltei para a sala.
-Kiyoshi-san me deixou aqui, vim buscar a Hotaru. Se estivermos atrapalhando... - comentou Jun-san.
-Desculpe, estou um pouco irritado... Por favor, não se incomodem comigo... - eu disse suspirando.
-O Takeshi-kun tem ciúmes do Kiyoshi-kun? - Hotaru perguntou.
-N-Não tenho.
-Mas você só voltou depois que o Kiyoshi chegou em casa. - mesmo debaixo daquela aura sombria o Jun se assemelhava a Hotaru, com seu jeito curioso.
-Eles não se gostam então! - comentou Hotaru.
-Nenhum pouco - Jun concordou.
. . . Vocês poderiam ser mais sutis...
-Até do próprio irmãozinho do Satoshi?! - Momo disse surpresa.
-Até! - a menininha fofa disse com um sorriso.
-Você deveria ter mais confiança em si mesmo! - o garoto sombrio disse dando corda aos assuntos.
Isso não era muito a cara dele, mas o Jun sempre mantinha uma conversa com a Emi muito bem. Mesmo que este não se interessasse no assunto.
-Que desagradável! - disse fazendo biquinho. {Nota: Se isso tiver lembrado uma certa Kuriyama Mirai, Kyokai No Kanata, é mera coincidência. XD}
Eles retomaram os assuntos normais e eu acabei meu lámen.
[Kato Kiyoshi POV:] No dia seguinte:
Hoje eu evitei ao máximo meu irmão, só para evitar também encontrar o Takeshi. Ontem quando o Sato-nii perguntou por que o seu convidado tinha ido embora eu disse que sua prima tinha o chamado, ele viu os óculos do moreno sobre o sofá e ficou sorrindo observando eles. 
Não acho que o Takeshi seja digno de usar os óculos da Yumiko, Sato-nii não deveria tê-los dado a ele. Também não acho que ele mereça meu irmão... Ele será só meu...

Especial 100 comentários do SocialSpirit Primeira Parte:
Os semes:
Akira - Kensuke e Hibiki:
Kobayashi Kensuke: Signo: Leão, nasceu dia 19 de Agosto.
Características Físicas: Seu cabelo tem o tom castanho médio, com uma franja que tampa seus chamativos olhos cor de mel, ou âmbar como ele prefere, ele tem cerca de 172cm de pura superioridade. Se reparar bem seu rosto percebe-se que ele tem sardas, mas isso geralmente não é notado pois seus olhos atraem muita atenção, de quem quer que seja. 
Personalidade: Kensuke é bem arrogante, cheio de orgulho e extremamente pretensioso, ele sempre se acha superior à todos e tem consciência que tudo o que faz é superior.
Cometário da Shampoo: Sobre o Ken-chan... O nome dele surgiu do nada! Mas o sobrenome eu pedi um amigo aleatório pra me dizer um nome e ele disse Kobayashi, daí ficou, foi preguiça da autora... Ele foi criado com um único objetivo: atrapalhar o Satoshi! Pensava nele como um uke pro Takeshi, completamente oferecido e provocante, mas ele virou seme pra ter uma melhor competição. Eu gostava muito da chatice dele e fiquei com pena dele não ter ninguém, ele iria sim acabar sozinho, mas numa bela tarde enquanto eu pensava em alguém para aturar ele, eis que surge um certo Estrangeiro. Seu nome significa saudável e altruísta.
Família: Os pais do Kensuke são super exigentes, mas também são muito carinhosos, eles são bem ausentes de casa e ele passa a maior parte do tempo sozinho. Mesmo tendo um irmão mais velho eles nunca se deram tão bem assim, ele já apanhou muito do irmão, em briguinhas bobas mesmo, Kensuke só começou a aprender Kendô e outras lutas, ele luta bastante, pra poder bater no irmão.
Segredo:
Yamashita Hibiki: Signo: Sagitário, nasceu dia 25 de Novembro.
Características Físicas: Tem o cabelo negro como qualquer japonês, com seu liso intenso (propaganda de shampoo :v), ele não gosta muito do cabelo no rosto e tenta penteá-lo para trás, sem muito sucesso, acaba com vários fios no olho, formando a franja. Seus olhos contrastam com todas suas características japonesas com seu brilho verde azulado, ele tem 173cm de puro charme. 
Personalidade: O maior defeito do Hibiki é ser impulsivo, sendo esta também uma grande qualidade. Ele também é exagerado, desde seu jeito de vestir e fazer coisas simples até competir com o Kensuke pelo seu amado louro. 
Cometário da Shampoo: Como eu gosto de uma boa intriga e não queria de forma alguma deixar o Kensuke em paz, pouco depois do Akira, nasceu, também, o Hibiki. Eu não queria o Akira como um outro uke inocente que teve seu primeiro amor de infância realizado e tudo bonitinho (Takeshi!) então dei um jeito de infernizar um pouco. O Hibiki apareceu para cumprir a função dele, do Yuu Takagi e do Kanato (caso não se lembrem são os estupradores do Akira),  então sim ele era da pá virada! Criei ele para ser odiado e detestado de todas as formas, mas a admiração do Akira por ele me motivou a fazer outro ser alvo do ódio alheio. Seu nome significa eco e som, não sabia disso antes, quando "montei" seus gostos, mas ele tem grande admiração por música e além de flauta transversal ele toca violino, violoncelo, saxofone e clarinete. 
Família: A família Yamashita tem vários problemas, a começar pela disputa interna pelos negócios de família, mas nada que incomode tanto o Hibiki, sua mãe é uma mulher completamente superficial e seu pai além de galinha não é o melhor exemplo de pai, ele tem um irmão mais novo, mas este vive com os avós pela falta de responsabilidade dos pais, Hibiki já morou também com os avós. Akane-san, a velha que cuida dele, serve mais como mãe pra ele do que a biológica.
Segredo:
Kiyoshi - Jun:
Shimizu Jun - Signo: Áries, nasceu dia 1º de Abril.
Características Físicas: Desde que Jun cortou o cabelo de Hotaru ele tem deixado o próprio crescer, numa forma de se redimir com sua meio-irmã, atualmente ele está bem além de seus ombros. Sua franja bagunçada é bastante incomoda, por estra muito longa, ele costuma amarrar o cabelo negro e prender a franja. Seus olhos são igualmente negros e profundos, sua pele é alva contrastando com seus olhos e esse é o conjunto perfeito para deixar qualquer um de seus colegas com medo, Jun tem 1,79 de pura maldade!
Personalidade: Ele não é nenhum sujeito antissocial, mas as pessoas não costumam dar chance a ele de demonstrar sua personalidade. As vezes ele gosta de abusar de sua aura sombria, contudo também acha que ela é um incomodo. Jun consegue se virar muito bem sozinho e é um excelente ouvinte. Shimizu também é temperamental ainda que se esforce para que ninguém perceba o que passa em sua mente.
Cometário da Shampoo: Confesso que o Jun veio de uma ideia boba de: quero um personagem sombrio na fic, ponto. Quando ele surgiu veio simplesmente para compor o cenário do clube de poesia. Não pretendia dar à ele família (Hotaru), amigos (Emi) e nem ninguém para satisfazer seus desejos carnais. Também acho que o Jun é baseado no Shizuka Nagayama (Star-like Words), quem conhece o mangá notou alguma semelhança? Mas eu também acho que eles são bem diferentes. Antes eu shippava ele com o Yamashita (WHAT?!), explico, nada de Threesomes, no começo era só Akira e Kensuke, Jun sozinho e Hibiki sozinho... Eles iam se conhecer no festival escolar (eles se conheceram, mas seria mais do que aquele simples acompanhamento até a enfermaria). 
Segredo:
Takeshi - Satoshi:
Kato Satoshi - Signo: Escorpião, nasceu dia 26 de Outubro.
Características Físicas: Satoshi tem os cabelos naturalmente azuis, com os olhos na mesma cor, levemente mais escuros. Arina o proibe de cortar o cabelo, tanto porque Yumiko, a mãe dele, sempre o deixara longo, quanto por preferência própria, por isso ele já alcança os ombros, se dependesse dele seriam curtos e arrepiados... Sua vaidade foi herdada da mãe, aproveitando o cabelo longo ele gosta de brincar com os penteados. Sato-chi tem 176cm de pura sensualidade.
Personalidade: Satoshi sente a necessidade da atenção, mas apenas da atenção do Takeshi. Ele não age muito tentando provocar ciúme no seu pequeno moreno, adora mimá-lo e odeia quando mentem para ele. Faz de tudo para descobrir a verdade além de ser totalmente vingativo, por sorte ainda não precisou usar de suas armas!
Cometário da Shampoo: Deixem-me pensar de onde o Satoshi veio... Ele já deve estar molestando o Takeshi em minha mente há uns 4 anos! Antes o Satoshi era o bad boy da estória, mas o Kensuke tomou esse título, pelo menos no meu ponto de vista. Sempre que vejo o Byakuran e o Irie Shoichi (Katekyo Hitman Reborn) me lembro do Satoshi e Takeshi, na época que eles apareceram eu estava vendo o anime, me lembro mais do Takeshi por ver o Shoichi do que do Satoshi por ver o Byakuran. Os nomes dele e do Takeshi vieram de D.N.Angel, quem conhece o mangá vai ver o Hiwatari, que se chama Satoshi, eu sempre shippei o Hiwatari e o Niwa :3 (que também pode ser um dos casais de que eles vieram), o nome do Takeshi veio do personagem, mas por pura preguiça de procurar outro nome porque eles não tem nada a ver na personalidade (como eu sofri confundindo os nomes deles TT^TT). O azul é simplesmente porque tinha um lápis azul bem apontado e pedindo para ser usado e eu procurando uma cor, pronto! O cabelo dele se tornou azul. A estória anterior era EXTREMAMENTE cliché, esse é um dos motivos de DDF criticar cliché. Era o Satoshi que se lembrava do Takeshi antes não o contrario, não tinha a Momo também, pra felicidade de vocês! Mas também não tinha Hotaru, Emi, Kiyoshi... Entre vários! Acho que me desviei um pouco...
Segredo: