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História Devaneios de um Fudanshi - Deixe-me ser mais do que seu irmão.


Escrita por: Shampoo04

Notas do Autor


Rápida essa Shampoo não?
Vocês estão muito quietos ~seus chatos TT^TT
Boooa Leitura~
Nada pra falar '-' ~terminei de ler Percy Jackson e o ladrão de raios *-*
Gente to pensando numa fic muito louca aqui kkkkkkkk se der certo comento mais dela com vcs
Ahhh~
Digitei o primeiro cap da segunda temporada...
Quer dizer que a primeira ta acabando?!

Capítulo 22 - Deixe-me ser mais do que seu irmão.


Fanfic / Fanfiction Devaneios de um Fudanshi - Deixe-me ser mais do que seu irmão.


[Shampoo POV:]
Takeshi voltou para Momo com os olhos vermelhos de tanto chorar. Era tarde, algo como oito horas da noite, ele nunca tinha voltado tão tarde para casa. Momo ficou preocupada com seu primo. 
Eles se sentaram no sofá e ele se lamentou enquanto ela acariciava seus fios negros, tanto se lamentou que dormiu no colo da prima, no sofá. Banho, estudos ou janta eram supérfluos. Ela jogou uma coberta sobre ele que soluçava enquanto dormia.
Na manhã seguinte ele chegou com os olhos inchados na escola, quando Kiyoshi viu aquilo ele não se aguentou e riu, riu até faltar o ar e seu abdômen pedir folga. Ele passou o almoço na sala de sua prima, não viu Satoshi na sala hoje, este perdia um dia importante de revisão. “Se quiser os cadernos peça ao Ken-chan, quero mais que você fique de recuperação!” - a raiva de Takeshi era infantil. Cochilou na mesa até o professor voltar e ainda se lamentava um pouco mais, só que agora o seu orgulho declarava guerra ao seu amante. Ele era totalmente contraditório.
Revisão, revisão, revisão. Ele desejou ler um livro deprimente com seu colega sombrio, mas temia que este estivesse também consumido pelas sombras de Kiyoshi.
Procurou qualquer capa que fosse bonita na biblioteca, completamente desanimado até que um e-mail chamou sua atenção.
"Quão patético você pode ser?"
Não conhecia aquele número, mas a mensagem não tinha os kanjis específicos eram apenas hiraganás, se não fosse de uma criança era de um adolescente que conhecia mais inglês do que japonês.
"Vá estudar kanjis, você não conseguirá fazer a prova se não souber ler."
Respondeu genericamente, não tinha rixas com Kiyoshi se não tivesse que defender o cara que gostava. Não importava.
Recebeu outro e-mail, mas desligou o celular para não ser perturbado, não conferiu se o remetente deste era o irmão mais novo.
Takeshi se entregou a sua antiga rotina de "existir", explico: estudar na escola, ler algo novo, socializar um pouco com Kensuke (mas era difícil agora que ele estava ocupado com Akira), Momo (que agia como uma boa prima, ainda que no fundo não se importasse com o primo) e Hotaru (que parou de tentar despi-lo). Em resumo era a sua diária rotina cansativa que não exige esforços.
Shimizu Jun não é alguém que participasse ativamente da rotina do fudanshi, ele estava sempre no mesmo lugar, sempre tentando escrever algo para animar alguém. Quem sabe fosse essa a hora de pedir ao Jun-san um poema?
O clube estava vazio de rostos conhecidos. Ele se alojou no fundo da sala, num banco qualquer silencioso.
E a tarde chata se encerrava assim.
Que droga de rotina essa! - ele pensava consumido pelo tédio - O que ela tinha de tão divertida antes? 
Saiu da sala deserta, ainda que cheia, sacou o DS da mochila, ligou no seu jogo favorito e ainda que tudo fosse tudo deprimente o Shin-kun sempre estaria ali para animar Takeshi.
O dia passou surpreendentemente chato, tedioso, um saco! Como nunca imaginaram que poderia ser um dia, aqueles dias que só atrasam as férias e a coisa que decide se você fica de férias ou não: as provas.
De noite na casa da família Kato, Satoshi estudava no silêncio do seu quarto enquanto seu irmãozinho tentava ler os tais kanjis que eram tão importantes! O quarto estava carregado de um clima chato... O irmãozinho sentia certa distância criada entre eles, como se mesmo depois de defendê-lo não acreditasse totalmente em sua inocência.
-Sato-nii você está muito estressado? - Kiyoshi perguntou sem tirar a cara dos livros, apoiando-se sobre a mesinha.
-Não estou estressado - sua voz não tinha um tom estressado, nem calmo, nem depressivo, nem animado... Como se ele tivesse só 'dito', não 'respondido'. Como se Kiyoshi falasse com as paredes. 
Kiyoshi estava alegre. Mesmo que seu irmão estivesse... "sentindo algo ruim por dentro" - o irmãozinho não sabia descrever os sentimentos do mais velho - isso queria, sim, dizer que Takeshi e Satoshi não estavam mais juntos. 
O que ele ficou fazendo a manhã toda era um mistério, mas agora o que importava era o que Kiyoshi gostaria de fazer.
Eu posso! - ele pensava - Eles não estão mais juntos. Quero contar todos os sentimentos que guardei até hoje.
Durante seus estudos de kanji, alguns ideogramas lhe sugeriam que se confessasse.
Amor, sentimento, gostar...
-Sato-nii eu amo você - ele disse claramente, com seu tom irônico implícito, como se pudesse dizer qualquer coisa para esconder sua declaração depois, mesmo querendo a todo custo dizer.
-Eu também amo você - as paredes responderam ao seu irmão, não à pessoa que tinha dito. Para Satoshi, Kiyoshi nunca foi um nada além de um irmãozinho, bobo, ingênuo ou qualquer coisa que irmãos mais velhos pensam sobre seus irmãozinhos, até que ele fosse um estorvo ou a coisa mais fofa do mundo. Mas ele nunca foi apenas Kiyoshi Kato. 
-Sério? - ele perguntou rindo, apoiando o cotovelo na mesinha e se afastando dela, sentando-se de lado ao móvel - Pois eu gosto dos seus cabelos sempre longos, dos seus olhos sempre tão brilhantes, de suas expressões sempre tão espontâneas. Seu sorriso sempre me fez tão bem... Já te vi tantas vezes, mas quando eu poderei te tocar? Há tanto espero esse dia!
-Kiyo-chi?! - as paredes se calaram, finalmente o mais velho respondeu, atônito.
-Satoshi eu te amo. 
Agora as palavras faziam sentido na mente de Satoshi, não era seu irmão que dizia isso.
Kiyoshi se levantou da cadeira de rodinhas, sentou-se sobre suas pernas em frente ao dono da expressão surpresa.
-Satoshi eu posso finalmente te tocar? - ele pediu juntando seu corpo ao do irmão.
Primeiro suas mãos fizeram o contorno do rosto de Satoshi, suas deliciosas bochechas rosadas, não tanto quanto as do próprio Kiyoshi, percorreram até seu queixo, contornaram os lábios dele e chegaram ao pescoço, suas unhas voltaram até a orelha quente escondida no longo cabelo azul. Kiyoshi se aproximou do irmão, tirando seu cabelo do caminho sussurrou naquela orelha avermelhada o quanto a amava e deu-lhe um beijo na nuca. 
Os fios tomaram seu lugar de costume. Os olhos azuis do bastardo encaravam sem sentimento algum o mesmo tom azul apaixonado do legítimo.
Os dedos de Kiyoshi desejavam ainda mais a pele do irmão, não era apenas aquilo que o satisfaria. A blusa de pijama amassada estava atrapalhando. Kiyoshi tentou sentir todo o abdômen do irmão por baixo daquela blusa, acariciando apenas os tecidos rentes ao corpo. Seu indicador tocou mais uma vez a boca do irmão, o mais novo o abraçou forte, agarrando-se ao pijama, deitando-se nos ombros dele.
-Você não acabou de dizer que também me ama? Não vai me tocar? - era perceptível que Kiyo-chi sentia-se incomodado.
Mas esse não era motivo para deixar escapar as chances que tinha com o irmão. Forçou-o contra o chão, deitando-se sobre ele, o pijama caiu mostrando seu quadril e umbigo, sua calça de moletom estava amarrada frouxa e o elástico da cueca queria ser visto. Kiyoshi puxou o laço que amarrava a calça tornando-a ainda mais frouxa. Invadiu o cós da calça almejando se aproximar ainda mais.
-Até onde pretende ir? - a voz das paredes se manifestou. Kiyoshi olhou o rosto envergonhado do irmão com seus fios azuis espalhados pelo chão. Era uma bela cena.
-Até o fundo.
As paredes deram uma risada maliciosa e se calaram... O moletom mostrou as coxas do irmão envergonhado. Aquelas pernas facilitaram o trabalho para tirar a calça. Os pés pousaram sobre as coxas do mais novo, suas pernas estavam distantes, como se provocassem Kiyoshi, este estava sedento por aquela cueca esverdeada. As pontas de seus dedos desciam acompanhando a parte anterior das coxas até chegar ao delicioso quadril de Satoshi, que novamente riu malicioso e refez a pergunta.
-Até onde vai?
A resposta não mudou: até o fundo.
-Não quero deixar nenhuma parte do seu corpo sem meus toques - apertou os músculos carnudos e arredondados da bunda do mais velho, que pela terceira vez riu. Ele não aguentou mais e se manifestou.
-Uma pena não? Kiyoshi, não é assim que eu brinco.
Satoshi cansou das carícias do pequeno, elas eram lentas, fracas, não o satisfaziam, ele se continha muito.
Ele se levantou daquela bagunça do chão agarrando-se à cintura do irmãozinho. Trazendo o corpo tão distante dele.
-Se você desejava me tocar, por que está tão longe? Está com medo de algo?
Seus corpos próximos mostravam que Kiyoshi já estava excitado. Satoshi fez ele se virar, contra sua vontade, e encaixou seu quadril ao dele.
Puxou logo a calça do irmão, apertou a bunda dele como antes o próprio fizera consigo e o fez se apoiar sobre suas mãos, Satoshi ensinou ao irmãozinho que quando se tem vontade de fazer algo, deve fazê-lo antes que o outro se canse, na prática seria como já ter colocado a mão na cueca do mais novo e estar onanizando-o. Pegando grosseiramente o falo de Kiyoshi que estava perdido na situação.
-O-o-onii-chaan... E-eu...
-Shh... - Satoshi grudou seu peito as costas do irmãozinho, mantendo o encaixe de seus quadris. 
Agarrou os fios azuis jogados para o lado e fez Kiyoshi levantar um pouco a cabeça. 
-Você não queria brincar comigo, Kiyoshi? - o mais velho o chamou pelo nome, o sujeito podia sentir que não era seu irmão quem o chamava, era o cara que ele amou todo esse tempo...
No entand,o o que incomodava era que, até agora, Kiyoshi nunca tinha tentado ser o passivo. Se tinham outros dispostos a dar para ele, ele não faria questão de recusar.
Com seu irmão ou quem fosse, Kiyoshi não era o passivo. Mas como se libertar das carícias de Satoshi?!
Ele começou a penetrar, com os dedos, a bunda de seu irmãozinho. Já com dois dedos, ele não estava muito a fim de esperar o mais novo se acostumar. Tentou chegar logo ao fundo, espaçando-se no interior dele.
 Kiyoshi dava gemidos de dor às vezes. A maioria era de prazer. Ele gostava daquele novo jeito... Ou seria a sensação do toque de Satoshi? Não importava qual. Era prazeroso!
-S-Sato-nii... Você... P-pode...! - Kiyoshi pedia para sentir agora o membro do irmão penetrá-lo.
-Sei que posso - Independentemente da palavra do passivo, Satoshi faria o que tivesse vontade. Kiyoshi não está em posição de exigir algo.
Ele acariciava mais ainda o pênis e interior do irmão, deixando-o insano. De longe, dava para ver, da parte de seu cabelo que era raspada, a orelha extremamente vermelha de Kiyoshi, que continha sua voz.
-Onii-chan... - o mais novo ficava impaciente com o irmão, mesmo que suas carícias fossem incrivelmente deliciosas, isso não bastava. Contudo não se aguentou por muito tempo e gozou em sua cueca...
Ofegante, limpou o canto dos lábios com o dorso da mão, tirando um pouco de seus fios que invadiam sua boca.
-Sato-nii... Estava esperando qu... - tentou seduzir o irmão recuperando a compostura. Foi interrompido por ver a figura do irmão se levantar.
-Que eu te fodesse? - ele perguntou naturalmente, o rosto do mais novo inteiro se corou - Prefiro guardar minha primeira vez para alguém que gosto de verdade.
Era ingênua a expressão do mais novo que tomava conta de seu rosto sem a permissão. O que ele realmente esperava? Que depois de uma briga estupida o irmão esqueceria completamente toda a maldita paixão que sentia por Takeshi?
Que agora tudo mudaria e se tornariam amantes? Kiyoshi já tinha se levantado, recolheu as suas roupas no chão, passou pelo irmão e caminhou até o banheiro do quarto da irmã mais velha. Junto com a água escorriam mais e mais lágrimas, ele odiava o prazer que sentiu, odiava o amor que carregava até agora e odiava ainda mais ter se iludido com aquilo... Que idiota! Trouxa! Estúpido! Ingênuo! - ele dizia de si mesmo - Por que eu realmente acreditei que ficaria tudo bem?! Onde estava com a cabeça?!
A pior parte foi quando ele se apaixonou por seu irmão... Ou seria quando ele decidiu manter esse sentimento?
-"Eu gosto dele com todos os sentimentos sujos que compõe o amor..." Sei disso... Mas quando chega a parte que eu me toco que sou ridículo e desisto disso?! Do que adianta saber que não deve mais gostar de alguém e ainda assim amá-lo incansavelmente?
Na manhã seguinte os irmãos foram para a escola, como desconhecidos. 
Kensuke estava animadíssimo! Contou ao Takeshi que ganhou uma viagem para França num concurso, essas férias dele seriam divertidas!
Entretanto, o primeiro a ficar sabendo do resultado do concurso foi Akira, o louro querido. A viagem lhe permitia dois acompanhantes, em momento algum ele pensou em levar os pais nesta viagem, preferia que fosse á dois, mas não detestava - como antes - a ideia de levar Yamashita junto.
-Parece ser divertido viajar com alguém que não os pais, sempre quis fazer isso. Arranjar confusão, fazer bagunça, dormir tarde... Sei lá - Takeshi gostava de viagens, seus pais nunca tinham tempo para isso, nunca visitou lugar algum além de Okayama, a cidade natal, e Tokyo, onde mora. Mesmo que o assunto fosse de seu interesse ele aparentava um desânimo.
-O que está planejando fazer nas férias? - Kensuke tentou mudar o assunto, procurou outro que pudesse melhorar o humor de seu amigo.
-Dormir, comer melancia como em algum clichê de verão, dormir, reclamar que estou com calor... Como todas as outras férias...
-Por que não tenta fazer algo especial? Algo que nunca fez antes? - sugeriu Kensuke.
-Tipo o quê? 
-Tipo se divertir com alguém que você goste - sem citar nomes, tentou ser educado.
-Acho que eu seria um estorvo na família, porque sou mentiroso e ciumento, além de não me dar bem com o caçula.
Ele falou claramente, a carteira de Satoshi era perto, ele ouviu. Sentiu-se incomodado... Queria que se calassem! Queria que Takeshi fosse mais explícito ao dizer coisas assim, queria se desculpar pelo erro... Mas este era teimoso, estava estressado com o irmão e consigo por não perceber nada nunca, queria pensar um pouco em suas ações e tudo mais... 
Tentaram estudar, mas só tentaram. Ninguém estava com cabeça para fazer provas... 
E foi na segunda seguinte que começaram. E acabaram tão rápido quanto começaram. 
Mesmo depois das provas e alguns dias depois do ocorrido o clima tenso se mantinha.
-Então, boas férias pra vocês! Não se esqueçam de ler o livro e estudar bastante - dizia a velha gagá, professora de literatura. Esta era tão velha que já perdera a conta dos anos.
Satoshi não falava com o irmão e com o garoto que tanto gosta, Takeshi voltou a passar os dias com Kensuke, este mimava seu amiguinho para reanimá-lo. Kiyoshi tem se isolado das outras pessoas, mantinha contato com Jun por insistência do garoto sombrio, isso agradava Emi.
Hotaru e Momo estavam se relacionando bem, Momo a tratava ainda como amiga, Hotaru não tentou se aproximar novamente de Momo. Bastaria não se afastarem novamente que estaria tudo bem.
Férias de verão. Finalmente.
Mas isso só significava sentar e esperar passarem como todas as outras.
Kensuke estava eufórico com a viagem à França, mas esta demoraria ainda. Seria lá pelo fim das férias, ele desejava que se acabassem logo! No último dia de aula ele recebeu uma visita inesperada: na porta de sua escola tinha um carro preto de luxo, daquelas marcas tão chiques que ele desconhecia! Aquilo não cheirava bem, ele passou com certa desconfiança por aquele carro, mas infelizmente a porta se abriu. Yamashita e Akira saíram de lá... Os dois agarraram Ken-chan e o jogaram de volta para o carro...
Os planos para as férias começaram.
Satoshi arrumou as malas, sem consultar Arina ou Kiyoshi, apenas avisou na noite anterior à viagem. Visitaria os avós maternos que há tempos não via, queria distância do irmão, tempo para descansar e pensar... 
O sofá da casa da família Nakamura era ocupado diariamente por um jovem, que mofava lá.
-Essa casa está fedendo eu tenho certeza que tinha limpado ontem!! - reclamou Momo.
-Deve ser algum esgoto, não é? - Takeshi respondeu por educação.
-Posso perguntar a quando tempo você não toma banho?! 
-Hum... - ele parou pra pensar.
-Mas que droga Takeshi! Seu nojento! Saia do sofá! Não quero seu fedor impregnado nele! Sai!!
Quanto tempo uma pessoa precisa ficar sem tomar banho para cheirar tão mal? O seu antigo cheiro doce estava desaparecido, nojento! Os óculos redondos ele não usava, por pura infantilidade. 
Momo arrastou o primo até o banheiro e trancou-o lá de castigo até que saísse cheiroso.
-Eu vou sair, esteja limpo quando eu voltar - disse a prima.
Takeshi ficou olhando o banheiro imerso na água morna, se refrescando, era essa sua maior aventura de férias até então. E Momo foi visitar uma pessoa que há muito não via.
-Com licença?! - a campainha na casa de Arina tocou - Meu nome é Nakamura Momo, Satoshi-kun está?
-Não - respondeu - Nakamura? Irmã do Take-chi? - ela reconhecia o rosto, mas não se lembrava de informação alguma sobre a garota - O Sato-chi decidiu passar as férias na casa dos avós!
-Prima. Queria falar com você, Arina-san...
. . .
Takeshi voltou a colocar um pijama fresco e se deitar no sofá, ignorando os óculos redondos, preferia um mundo embaçado a ferir seu orgulho.
-Cheguei! - anunciou Momo.
-Bem vinda de volta - Takeshi respondeu com a cara na almofada, abafando a voz.
-Trouxe sorvete e uma boa notícia.
-Boa?
-Vamos viajar! Para a praia!
-Hein?! Praia? - ele disse surpreso.
-Sim!! - ela respondeu animada.
. . .
A viagem foi arrumada rapidamente. Na quarta-feira da primeira semana de férias as malas de Takeshi e Momo já estavam arrumadas. Ela arrumou as dele. Primo inútil, pensava. 
Com a mochila nas costas eles foram até a estação rodoviária. Isso parecia ser divertido: praia, sol, queimar a pele, comer muito peixe, fazer uma fogueira e contar histórias de terror, mas seria ainda mais divertido se alguém o acompanhasse, ele se lamentava por "alguém" não ir e se queixava por esse alguém ser tão idiota! Ele não queria ver mais a cara desse "alguém"!
Seus sentimentos estavam embaralhados... Takeshi só admitia que estava nervoso.
Bem... Então Momo o acompanhou até quase entrar no ônibus de viagem.
-Ir mais tarde?! O que quer dizer com mais tarde? - o primo perguntou.
-É que eu troquei a passagem para ir com a Hotaru... 
-Era só você ter trocado a dela pra ir conosco! - ele estava irritado, melhor dizendo surpreso. Era uma surpresa que o incomodava.
-O ônibus já estava cheio! - ela disse com uma carinha de culpada, tentando fazê-lo se sentir mal por brigar com ela. 
Estranho... Esse não era o normal dela. Só que ele estava tão chateado por ter que ir sozinho que nem reparou.
-Quando você chegar lá, um guia vai te receber. Ligue-me quando chegar lá que eu te passo os dados do guia. Sei que você vai esquecer se te disser agora. 
Ela tinha razão, ele não tinha argumentos. Suspirou fundo.
-Bem, te vejo lá ainda hoje? 
Ela colocou as mãos na bochecha do primo. Ele se abaixou e ela deu-lhe um beijo na testa. Desejando boa viagem, mas aquele beijo não era só de boa viagem, era também de "boa sorte" e "estou torcendo por você". Não fazia sentido aquilo, ele ignorou.
O embarque foi tranquilo, a viagem ainda mais. Eram algumas horas de viagem até o litoral. Takeshi cedeu e colocou os óculos para ver a paisagem. Estavam perto de seu destino, pelo cenário não tinha nenhuma praia por aqui... Era só mato, plantações, árvores...
Algo estava errado. Ele estava no ônibus correto? Quando desembarcou pegou o celular no bolso numa velocidade incrível e já teclou os números da prima. Ela atendeu logo depois da primeira chamada.
As pessoas que estavam lá, não eram muitas, já tinha se debandado. Sobrava ele e algumas pessoas uniformizadas. Qual seria o guia?
-Momo-chan você tem certeza que vamos à praia? Aqui parece uma cidade pequena e rural...
Ela riu.
-Não se preocupe, encontrou o guia?
-Não tem muita gente aqui, mas ainda não vi ninguém, nem sei como ele é.
-Verdade, então como ele é? - ela perguntou, mas não falava com ele.
-Com que roupa você está? - ouviu uma voz baixa pelo telefone da Momo - Hm... Tá. Cabelo longo, trança, macacão jeans com barra xadrez de vermelho, blusa branca. - era uma mulher falando, era baixo e difícil identificar.
-Cabelos longos de trança, usando um macacão jeans com detalhes em xadrez vermelho, por baixo uma blusa branca. - Ela repetiu com um risinho bobo - Com que roupa você está mesmo?
Ele analisou sua roupa.
-Calça preta com estampas brancas, parecendo pijama, uma camiseta vermelha, não tem muita gente com calça parecida aqui, ninguém na verdade.
Ela repetiu e a voz feminina repetiu novamente, elas deviam estar falando com o guia. Olhou em volta e pensou no tal macacão do guia, ele deve ser da roça também, era engraçado!
-Como ele se parece? - observou em volta.
Momo parou pra pensar. 
No meio de tantos ônibus, pessoas, lojinhas e várias malas, encostado numa parede qualquer segurando o telefone, tinha um cara com seus 175cm de altura, blusa branca, macacão jeans longo, com a barra vermelha e xadrez... Ele reclamava ao telefone.
-Ari-neechan essa sua amiga já desembarcou mesmo? Ainda não a vi! ... Hein? Uma calça preta e branca como pijama? - ele riu - Vai ser fácil achar. 
"Uma trança..."
Takeshi imediatamente guardou os óculos de volta na caixinha e na mochila. 
"E cabelo azul..."
É mentira! É mentira! - pensava.
-Momo! - ele tremia de raiva - Você não fez isso! Momo, você não marcou com o Sstoshi!? Não é? - praticamente gritou e chamou bastante atenção. 
Inclusive do tal guia, que encarou a calça preta e branca descrita.
-Arina acho que... - o tom meio desapontado era percebido.
-Momo! Por que fez isso?! - ele não estava com a passagem de volta, não tinha dinheiro para isso.
-Takeshi eu tenho bons motivos! O primeiro é que não aguento mais ver você choramingando pelos cantos. - disse Momo satisfeita.
-Take-chi? - Arina tomou o telefone de Momo - Eu sei que agimos errado ao te enganar. Entenda que é uma boa oportunidade pra vocês se acertarem, sei que podem fazer isso. Ambos sentem falta um do outro, aproveite que está aí e fale com ele. Nem que seja pra colocar um ponto final em tudo...
O incomodava ouvir aquilo dela, principalmente porque ela estava certíssima. Ele não gostava da opção do ponto final, mas detestava ainda mais ter que agir como se nada tivesse acontecido. 
Até porque, nesse momento, Takeshi queria enforcar o tal guia.
O "guia" encontrou Takeshi, disse um tchau qualquer para a irmã no telefone e encarou o moreno de cima a baixo. Como se fosse atacá-lo. Este queria trucidar o outro.
Ambos muito infelizes pelo encontro inesperado? Nada disso, ambos muito teimosos apenas. Felizes, mas ainda não tinham palavras para se desculparem, esperavam o primeiro passo sem intensão de dá-lo.
O olhar superior de Satoshi se encontrou com o seu antigo amante, ele parecia ter detestado a surpresa.
-O que está fazendo aqui?! - seu tom de voz ameaçador combinava com a expressão de seu rosto.
Takeshi não se aguentou e respondeu no mesmo tom.
-Nada que lhe diz respeito!
Seria difícil, muito difícil fazê-los ceder à teimosia... Voltar a paz de antes era algo impensável... Como eles conseguirão voltar ao normal se ninguém pretendia ceder?
 


Notas Finais


Oláaaaa~
A Shampoo está com bloqueio mental para extras 'u'
DESCULPEM POR ISSO TT^TT
(é falta de incetivo u.u)
Oq acharam do SatoKiyo? Ficou mt "viajado"?! O.O
Eu não esperava deles algo romântico por isso me diverti escrevendo essa parte 'u'
Mas e vcs? Ficaram com dózinha do Kiyo?
Ele mereceu? Comentem >3<


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