Alguns dias depois
Kun me falou sobre a indicação do meu currículo, ele descobriu através de um sunbae da faculdade que já terminou o curso há um tempo e que agora trabalha lá. – Não sei o que ele fez, mais acontece que agora eu estou na sala fazendo uma prova onde o Kun me ajudou com vários testes me fazendo ficar horas acordadas e ter total concentração para o dia de hoje. – Após terminar a prova o resultado será enviado a mim por celular ou por e-mail sobre a classificação e enfim haverá a entrevista. – Saí do prédio e esperei o Kun ao lado de fora aguardando ver a cabeleira colorida do rapaz que vive trocando a cor das madeixas assim como o Lee. – Ao longe vejo ele sair acompanhando de um rapaz mais baixo que ele, porém pouca diferença. – Continuei no meu lugar esperando ele me notar e dar a simpatia de me acompanhar na volta para casa. – após sua conversa terminada, ele se despediu do rapaz e acenando a ele o sorriso convencido e animado veio até mim:
- Está me esperando há muito tempo? – neguei sorrindo e voltando a caminhar tendo ele ao meu lado. – Certo, como foi a prova?
- Bem, se eu conseguir passar para próxima fase, vai ser meio caminho andado. – olhei para ele, que balançou a cabeça afirmando. – Tá com sua moto?
- Sim. – ele prolongou sua afirmação e formos para um estacionamento externo ao lado do prédio da empresa.
- Pode me levar em casa?
- Não. – parei até de andar indignada com a sua resposta.
- Qual é Kun! – voltei a andar para alcança-lo. – O que custa me levar em casa, se for gasolina eu pago.
- Sabe que não é isso. – ele parou no local mostrando seu crachá. – Me espere aqui!
Fiquei no lado de fora, mexendo no meu celular e esperando a boa vontade do Qian, isso se um carro prata e de luxo não estivesse parado na saída e se o dono não soubesse meu nome:
- “S/N"?! – olhei mais atenta ao rapaz me surpreendendo, com o longo tempo que não o vira mais. – Olha, é você mesmo. Está sozinha?
- Não. Olá sunbanim. – me curvei, afinal, ele estudava na mesma faculdade que eu e o Kun, porém estava dois anos à frente e sempre nos ajudou nas matérias. – Como está?
- Bem. Quer uma carona, posso deixá-la em casa. – e além de nos ajudarmos ele sempre fora muito discreto.
- Estou esperando meu amigo. – ele sorriu fechado e olhou para trás e voltou a pegar algo dentro do seu carro. – Pega meu cartão. – me aproximei pegando seu cartão de visita, porém com o número de celular atrás escrito a mão. – Mantém contato, precisamos conversar mais vezes.
- Claro. – sorri nervosa e então ele saiu. – Era só o que me faltava. Não basta Jaehyun.
Após o carro ter saído e dobrado duas ruas adiante, Kun aparece com sua moto e buzina entregando-me outro capacete:
- Vai me deixar onde? – perguntei assim que subi na traseira da moto.
- Vamos jantar e depois te deixo em casa. – não protestei sobre o assunto, até porque estou faminta. – Se segura.
Abracei a cintura do Qian e na direção oposta a do carro ele seguiu, querendo ou não, há coisas que eu omiti ao Kun sobre meu passado, ainda mais relacionado aquele rapaz, coisas que não é por vergonha e nem algo do tipo, mas por ser algo que somente eu e o sunbae compartilhava, coisas essas que no passado dava uma adrenalina no sangue em que em uma deles Jungwoo quase descobre.
**** POV Qian ****
Parei no restaurante popular onde costumávamos nos reunir para um jantar em grupo quando terminávamos nossas provas ou até mesmo para comemorar o aniversário dela para que continuasse sua tradição cultural do seu país. – Fora que antes quem obrigava muito a fazermos isso era Jungwoo, depois que ele se mudou acabamos parando de frequentar o local:
- Vou pedir o de sempre. Quer mudar alguma coisa? – perguntei enquanto deixava o cardápio de lado.
- Faz tempo que não venho aqui. – ela olhava as mudanças que o local simples e aconchegante havia sofrido.
- Se você passar na segunda fase. Podemos trazer os meninos para comemorar. – ela concordou sorrindo e olhando novamente o cardápio.
- Pode comprar carne senhor Qian?
- Não tenho grana o suficiente para isso. – ela fez uma expressão que se caso fosse outra pessoa, já teria se rendido a esses olhos grandes. – Isso não me afeta. – ela se recolheu decidiu o que queria.
Chamei o garçom para nos atender e disse os pedidos. Após ele sair da mesa senti meu celular vibrar, com a tela acessa uma mensagem brilha na tela
Amanhã cedo, quero você na minha sala.
Isso não era bom e eu já estava começando a me sentir encurralado naquela empresa, por mais que o sunbaenim esteja ajudando em algumas tarefas, na próxima semana ele estaria auxiliando os estagiários de programação e não teria tempo para me dizer o que fazer:
- Kun... – me afastei dos dedos da “S/N" balançando na minha frente e apontando para mesa onde colocavam algumas coisas. – No que está pensando?
- Em nada.
- Conta outra, você recebeu uma mensagem e ficou deste jeito. Quem era? – curiosa do jeito que é, não sou mentir para ela, mas desta vez eu teria que omitir por um tempinho.
- Meu chefe. – ela pareceu entender e não prosseguiu com o assunto. – Então, pode me dizer com quem estava na semana passada?
- Você continua insistindo nisso. – ela bufou cansada, aposto que os meninos devem querer saber o mesmo.
- Bom, não é normal você passar a noite fora de casa.
- Sempre há uma primeira vez Kun. – ela ligou a pequena churrasqueira onde iria assar os pedaços de carne de porco.
- Porém você não é do tipo que iria ficar na casa de alguém estranho. – peguei o recipiente com os pedaços e coloquei aos poucos. – Estava com ele?
- Ele quem? – ela sabe fingir bem qualquer assunto.
- Jaehyun. Outro dia vi ele te entregando uma peça de roupa. – ela parou o que estava fazendo e fixou o olhar na assadeira. – Não vou te julgar, mas espero que saiba o que está fazendo.
- Eu só bebi demais naquele dia. Ele me ligou, eu atendi e disse onde estava. Ele foi me buscar e disse ter ligado para vocês, porém ninguém atendia. – Então era por isso que aquele cara me ligou tanto em uma madrugada quente que estava desfrutando. – Como ninguém atendeu, ele me levou para casa dele. Mas não aconteceu NADA. – ela deu uma ênfase na última palavra deixando claro sua atitude.
- Taeyong sabe disso? – ela negou. – É melhor que fique assim.
- Falando nisso, você e a Jennie? – essa garota é louca, depois dela hackear meu celular, passei a ficar de olho nessas gurias da faculdade.
- Terminei com ela naquele tempo que descobri aquele lance no meu celular. – e digamos que isso já têm mais de seis meses ou cinco. Não sei. – Estou aproveitando a vida de solteiro.
- Dá pra perceber nessas marcas. – ela indicou seu próprio pescoço se referindo ao meu.
- Digamos que a última noite foi um pouco selvagens. – virei a carne dando espaço para colocar mais pedaços.
- Foram mais de uma Qian?
- Eu dou conta jagyia. – ela riu e pediu uma garrafa de soju. – Vai beber no meio da semana?
- É só uma garrafa Kun-ge. – ela se remexeu pegando o celular e a cada palavra lida seus olhos brilhavam. – Passei!
- Passou! – sorri por ela e a mesma estava começando a se controlar para não dar surtos no local. – Meus parabéns. – Tirei os pedaços maiores da carne e dei a ela.
Começamos a comer e jogar alguns papos fora, incluído sobre a sua indicação para o estágio:
- Posso saber quem fez a indicação? – ela perguntou antes de encher a boca de comida.
- Eu pedi para meu superior. – sorri fechado omitindo a verdadeira história. – Ele me devia um favor. E eu já tinha prometido isso a você.
- Por acaso seu superior é o rapaz com quem você conversava fora da empresa na hora de ir embora? – ela me viu com o subaenim, não sei se ela irá lembrar-se dele, já que faz um tempo e essa garota esquece muito rápido das pessoas.
- Não. Aquele era o Moon Taeil subae. – ela parou de mastigar, porém a cabeça contínua baixa. – Se lembra dele? Ele nos ajudou em algumas matérias no começo do curso. – ela fez uma cara confusa, mas depois de engolir o que mastigava voltou a falar.
- Era aquele do carro de luxo? – afirmei lembrando de como eu e ela nos referíamos a ele antes de conhecê-lo realmente. – Ele trabalha na SBS?
- Sim. O pai dele é vice da empresa e ele comanda a equipe de programação geral. – ela bebeu o soju quase todo depois de encher seu copo. – Quer ficar bêbada?
- Não. – ela olhou em volta e chamou a senhora. – Ajhumma, traga água por favor. – o olhar calmo dela estava perdido e isso me deixa preocupado.
- Você está bem? – perguntei recebendo o belo sorriso dela.
- Ne. Só nervosa com a segunda fase. – ela tinha que parar com isso, ela se sairá bem.
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