A carona do Johnny foi muito bem vinda, mesmo com YangYang falando demais mantendo o carro sempre com barulho sem espaço para algum silêncio constrangedor:
- Nonna! – olhei para ele enquanto retirava meus sapatos. – Aconteceu alguma coisa?
- Não. Porquê?
- Por que pegou carona com Johnny, mesmo sabendo que Taeyong não gosta dele. – quase tropecei na sala, se o menino não tivesse segurado meus braços certamente o chão seria meu apoio.
- Taeyong não gosta de ninguém além dele mesmo. – respondi me afastando dele ainda sendo segurada por sua mão tentando não deixá-lo desconfiado de algo.
- Me fala a verdade nonna. Não sou criança e você poderia me falar o que está acontecendo para que eu possa ajudar. Também sou seu, amigo. – ele baixou a cabeça e soltou minha mão levando sua palma para cabeça como se estivesse desconfortável com algo. – Você me trata como criança e isso é um pouco chato.
Ver a situação como o todo é bem complicado, Kun sempre fora meu amigo confio nele, passei os momentos mais difíceis com ele. – Quando nos mudamos para capital passamos por alguns problemas, tivemos que nos virar e isso incluía em ter que procurar um local para ficar o que surgiu dividir as contas com amigos para despesas não pesarem tanto. – No começo era eu, Kun, Jungwoo e YangYang. – Kun mudou-se por causada privacidade e o fato de que ele queria trazer garotas e eu não permitia a ousadia, Jungwoo foi embora depois de um tempo resolveu, - por ordem dos pais. – fazer faculdade fora da Coréia do Sul. O que nos trouxe o Ten que veio da Tailândia tentar viver no país e se deu bem logo assim que chegou. YangYang é o caçula então acabava por cuidar dele. – Como um irmão mais novo que nunca tive:
- Vai assistir série comigo? – e lá estava o garotinho que na qual sua mãe me confiou.
- Qual vai ser? – fiquei parada no vão da porta observando ele vasculhar a lista de filmes e séries.
- Ainda vou ver. Aliás cadê os hyungs?
- Não sei. Kun está de safadeza em algum lugar e o Chitta ficou ajudando um aluno nos estudos. – fui me afastando aos poucos vasculhando a geladeira e armários, nada. – YangYang!
- Ne! – ele gritou de volta.
- Temos que ir no mercado. – saí da cozinha indo logo banhar. – Liga para o Chitta e pedi para ele nos encontrar lá.
- No mesmo de sempre?
- Abriu algum supermercado novo? – ele negou balançando devagar a cabeça. – Então, sim, no mesmo supermercado.
- Mas é longe, temos que ir de busão. – outro mimado, tentei ligar para o Kun , porém seu celular está dando fora de área ou desligado. – Tem dinheiro para o táxi?
- Nonna! – saí procurando me arrumar e tentar afastar o frio do meu corpo. - Espero que o supermercado esteja quente.
Procurei por uma calça estilo jogger moletom, tudo por um estilo confortável, peguei uma blusa folgada e longa que cobria meu bumbum. – Fazer comprar para abastecer a casa requer uma equipe, estamos próximo do fim de semana, período de inverno, eu espero por um supermercado cheio e com grandes filas. – Amarrei o cabelo e saí do quarto, YangYang estava com uma calça preta, blusa folgada cobrindo parte da calça e um casaco, - Falando em casaco, voltei para o quarto pegando o sobretudo para amenizar esse frio. – O menino estava na cozinha com armários abertos e uma folha:
- Anotando o que está faltando? – olhei a geladeira sem frutas.
- Sim e... Acho melhor não deixarmos mais o Kun cozinhar. Ele usa muita comida quando quer preparar algo. – ele respondeu sério como se tivesse razão no que diz. – Sem ofensa.
- Não ofendeu. Mas, ele só cozinha um monte de coisa porque você fica opinando sobre o que comer. – e isso é um fato.
- Não fico não. – ele rebateu ofendido. – Ele gosta de cozinhar, eu só dou minha opinião, porque ele pede.
- Ele pergunta o que queremos comer. – e isso era sempre que ele dormia por aqui. – Para mim qualquer coisa serve, agora você... – exigente ao extremo.
- Já entendi. Vamos ter que renovar o estoque de macarrão. E o Taeyong não pode comer mais aqui, aquele cara come demais. – onde esse menino aprendeu a ser tão mesquinho.
- Tá suvinando comida YangYang?
- Jamais. Só quero que ele seja educado, ele não mora aqui para comer que nem bicho. – ele conversava e anotava os itens. – Vamos comprar pizza congelada?
- Para você comer sozinho. – neguei na mesma hora. – Vamos comer a dos deliverys. – Incluí carne de hambúrguer.
- Carne de hambúrguer, para você comer sozinha? – ele negou. – Nem pensar. – olhei o menino ameaçando a tacar a primeira coisa que eu pusesse meu olhar. – Mas como você é mais velha, seu pedido é uma ordem. – Voltou anotando. – Carne de hambúrguer para o anjo da casa. - debochado todo.
- Coloque frutas. – fechei a geladeira depois de avaliar o que faltava. – Ovos, cebola, tomate, cenouras, batatas, beterraba, acelga, cebolinha, iogurte, suco e muitas garrafas de água. – o menino me encarava abobado. – O que houve Yang?
- Parei na cenoura. Pode repetir. Por favor. – era isso, repeti tudo novamente, porém não precisamente na mesma ordem. – Precisamos de produtos de limpeza?
- Isso é essencial YangYang. – ele escreveu e me entregou a folha, guardei ela na capa do celular. – Vai pagar no dinheiro?
- Quem vai pagar o carro? – sobre o transporte, ainda não tínhamos decidido como faríamos para voltarmos com as compras. – Seu namorado tem carro. Liga pra ele...
Ligar, acabamos de terminar e o garoto sumiu até da faculdade. E agora eu vou ter que ligar. – Sinto muito YangYang, mas não conte comigo para isso.
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