DIA ‘D’
Finalmente, formatura. – Livramento de todos os males e inferno particular que eu jurava que não iria nem chegar aqui, só em pensar nisso me dá uma alegria tão grande. – Qian já está na beca e cá entre nós pensa no homem bonitos que ficou, os pais deles até marcaram presença afinal filho único. – Minha tia e o marido dela também vieram e nesse momento estou super empolgada. O Chittaphon teve a presença da família inteira e ainda me alertou algo sobre “não conte nada para minha irmã”. – Pessoa maravilhosa ela. YangYang e Jungwon fizeram questão de preencher as cadeiras da minha mesa depois da cerimônia, afinal ainda teria o famoso comes e bebês que a turma organizou. – Eu e minha tia estamos no banheiro, nem bebi tanta água ou qualquer bebida alcoólica e estou mijando mais que mulher grávida:
- Você está diferente minha querida. – olhei para ela por reflexo do espelho enquanto lavava minhas mãos.
- Como assim tia? – achei até estranho, não mudei o cabelo, não fiz nada radical e única coisa que mudou nesses meses foi meu peso, confesso que dei uma relaxada na alimentação e estou tentando voltar com os hábitos saudáveis.
- Essa barriga pontada - minha tia tinha que falar da minha pochete , eu sei que ela está aqui. – Não me velha com um bebê logo agora “S/N”!
- Não estou grávida. Tomo remédios e tranco com camisinha. Sem falar que não durmo com ninguém há mais de dois meses. – a última parte falei mais baixo, mas pelo sorriso dela, com certeza entendeu meus resmungo.
- Não fique assim. Você pode ter bebê , construir sua família. Mas estou pensando no seu futuro, uma bebê agora, não é a melhor forma de começar a construir sua vida. – eu entendi a sua preocupação, mas eu realmente também não planejo ser mãe e até porquê não estou atrás de nenhum namorado. – E mesmo que você tivesse um bebê agora, ele será muito bem vindo. Você sabe como seu tio é, não é mesmo.
- Louco por criança. – respondi sorrindo e ela riu afirmando. – Obrigada por estarem aqui tia.
- Oh minha querida, acha mesmo que perderia sua formatura. – ela me abraçou e naquele momento eu desabei, foi um turbilhão de emoções. – Vamos, você pode sempre contar com todos.
A festa foi até às 23h, Ten foi deixar sua família no hotel enquanto eu e os meninos seguimos para nossa humilde casa, meus tios foram para casa de uma parente do marido dela, amanhã cedo eles estariam de volta a cidade deles. – Eu não consegui beber nada, sabe aquela sensação de querer vomitar, acho que meu corpo ódio a última vez que faltei colocar os bofes para fora, que o cérebro já até criou mecanismos de defesa.
Em casa finalmente, tomei meu banho e me joguei na cama, amanhã eu passaria a manhã toda dormindo e sabe o que o Kun me falou antes de sairmos “Segunda-feira vão anunciar os estagiários que permanecem na empresa e os que serão transferidos para outras sedes”, e isso de longe é uma ótima notícia e sobre o casamento do Jaehyung, é amanhã YangYang recebeu o convite, Kun também. – Eu não preciso ir fazer papel de idiota e ver ele se aliar com uma pessoa cuja a mãe quer. – eu tenho que procurar algo para fazer enquanto eles vão estar fora.
* * *
Olhei os rapazes na minha frente e nem acreditei que já se passaram mais de dois anos que moramos juntos e eu ainda não me acostumei com a beleza deles:
- Uau... Se eu não conhecem vocês, pegaria. – comentei olhando YangYang, Jungwon e Ten em seus termos impecáveis.
- Que não seja por isso nonna. – YangYang se aproximou e segurou minha mão. – Prazer minha linda, me chamou Liu YangYang. – o garoto levou a minha mão até seus lábios e selou a parte de cima.
- Aí novinho. Você sabe que ela não ver dessa forma. – Jungwon apoio-se nos ombros do menino e o puxou. – É melhor irmos, não quero me atrasar nessa por nada. – os dois foram deixando Ten para trás.
- Vocês vão de táxi ou alguém vem pegar vocês? – Perguntei ao tailandês e ainda estava olhando os mais novos saírem da cozinha.
- Como o bairro tá um pouco perigoso. – nisso ele está certo. – Pedi para o Taeyong emprestar o carro dele, então ele vai ficar aqui com você. – pra quê? – Não fique zangada ou algo do tipo. Ele está um pouco mau devido a formatura, a mãe dele não foi e isso deixou ele bem melancólico.
- Tenho escolha? – ele negou e eu tive que aceitar. – Se ele tentar alguma coisa?
- Você tem uma cozinha inteira cheia de facas. Autorizo você usá-las. Em caso de emergência! Que fique claro. – assim que ele fechou a boca, Taeyong entra no cômodo.
- Boa tarde! – ele cumprimentou adequadamente a mim e ao Chitta que acenou rapidamente a ele.
- Melhor eu ir. – Ele deixou um beijo na minha testa. – Me liga se alguma coisa ocorrer. – ele sussurrou quase rindo.
- Okay. – levantei meu dedão dando positivo.
- Aqui a chave. Que horas vocês vão vir? – Taeyong perguntou enquanto passava a chave para o tailandês.
- Antes da meia-noite. – eles deram um toque e a porta foi fechada.
- Posso fazer o jantar? – Taeyong perguntou e aquilo foi estranho.
- Sabe cozinhar? – até o momento os únicos homens que cozinha para mim é o Kun e YangYang, mesmo o mais novo fazendo só o miojo é melhor que nada.
- Morei sozinho por longos anos, tive que me virar, além disso minha avó me ensinou bem. – Ele está animado, era melhor ele fazer alguma coisa que ocupasse bem sua mente.
- Quer ajuda ou prefere fazer as coisas sozinho? – eu sou negação com comida coreana, sempre fica salgada demais, pimenta demais ou tudo de menos.
- Gosto de conversar enquanto faço as coisas ou cantar. – Ele foi abrindo a geladeira procurando as coisas.
- Podemos conversar, cantar não é meu forte. – ele sorriu e eu me sentei no balcão ficando fora da cozinha.
- Então. Tem preferência em alguma coisa? – quando ele me perguntou isso, peguei meu celular já sabendo o que ele poderia tentar fazer.
- Jjajangmyeom. – falei olhando que era algo que só de ver dar água na boca. – Pode ser?
- Só isso? – encolhi meu ombro e ele acabou sugerindo algo. – Posso fazer um frango apimentado?
- Só não coloca muita pimenta. – ele compreendeu meu pedido e fez o sinal de OK com seus dedos antes mesmo de se afastar da bancada.
- Pega os ingredientes do jjajangmyeom. Enquanto eu vou ali comprar um frango.
- Posso ir com você? – pedi já quando passei pela porta indo até um depósito que guardamos os pacotes de macarrão, arroz, molho de tomate, catchup e essas coisas.
- Vai ser rápido. – ele apertou meu ombro passando alguma calmaria. – Tranca quando eu sair.
Peguei as coisas que tinha na receita da Internet, deixei tudo sobre o balcão. Como tinha algumas verduras, fui cortar elas do jeito que a moça ensinava. – Depois de quase dez minutos o menino chega, não tranquei a porta e talvez eu agora deveria me 0ergunrar se foi ele mesmo que chegou agora:
- Cheguei. – Taeyong ocupou a cozinha e começou suas tarefas de cozinheiro na minha cozinha. – Posso lhe fazer uma pergunta? – seu tom de voz não foi agradável para mim.
- Depende.
- Porque não foi ao casamento? – pensei que já estivesse claro.
- Não fui convidada. – Na verdade o convite veio, mas seria maldade de mais ver ele.
- Você sabe que ele não vai conseguir sair desta vez. – ignorei ele olhando a janela da cozinha.
- Podemos não falar neste assunto? – ele moveu o ombro não dando importância. – E como foi sua comemoração a formatura?
- Foi bem. Normal. O Ten foi lá pra casa, ficamos conversando e eu fui visitar minha avó. – e ali o garoto morreu, o olhar caído deixou o brilho alegre sumir.
- Aí. – joguei um dos tomates pequeninos que estava dispostos ali, bem no rosto. – Dizem que a comida reflete bem o humor da pessoa.
- Quem te falou isso... – ele estava sorrindo um pouco pela loucura que foi dita.
- Sei lá. – ele prosseguir com a comida. – Vou colocar o arroz na panela.
* * * *
Com a mesa pronta e vários acompanhamentos me senti em um verdadeiro dorama, onde todos começam a comer e do nada surge uma conversa desagradável:
- Vamos assistir. – coloquei em um doroma e começamos a comer. – UAU! – que comida divina.
- Ficou bom? – até aquele momento ele me observou comer e só depois foi colocar para ele.
- Está maravilhoso. – terminei de engolir. – Só não deixa Kunge saber disso, ou ele vai te arrebentar no tapa.
- Eu aguento. – sorrimos e ficamos comendo e assistindo. – Vou pegar o refrigerante. – Ele saiu da mês de centro indo pegar a bebida.
Ele chegou com dois copos e a garrafa ainda fechada. – Parece algo surpreendente, quando o cheiro adocicado da bebida veio, meu corpo logo reagiu, veio uma sensação de enjoou muito forte, mas me segurando para aguentar. – Respirando fundo e ouvindo Taeyong me chamar:
- Você está bem “S/N”? – ele passou sua mão por minha testa e só quando ele fez isso que pude sentir um suor frio. – Vem aqui, se levanta. – meus braços foram puxados e logo sinto meu corpo acomodar no sofá. – O que está sentindo?
- Vontade de vomitar. – respondi olhando o teto da casa já sentindo um tontura muito forte. – Acho que, eu quero muito vomitar. – falei para Taeyong, o rapaz me ajudou a ir até o banheiro, onde eu me tranquei e coloquei meus bofes novamente. – Mas que porra!
- Está melhor. – Ele ainda está lá, já tem uns cinco minutos que me sentei no chão e me passou vários motivos para vomitar. – Quer ir ao médico?
- Sem médico, por favor! – começou de novo.
- Vou arrumar suas coisas. – os passos se afastaram dali.
Eu não quero ir ao médico, - de novo – só por que comecei a vomitar que nem louca depois daquele incidente. – Eu parei até de beber para ver se me acalmou mais. – Deixo o banheiro, depois de escovar meus dentes, fazendo a higienização necessária para eu me sentir melhor:
- Chamei um carro. Vamos ao hospital você faz uns exames e vemos logo o que pode ser. – Estou ranchos demais quanto aos custos.
- Já estou melhor Lee. NÃO precisa se preocupar. – Ele negou, está intrigado em eu não querer ir com ele.
- Você que sabe “S/N”...
Infelizmente sim, só eu sei o que se passa na minha cabecinha maluca.
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