Por curtos segundos não achei que aquela única palavra fosse mudar minha mente. – Como assim mano?! – Meu coração perdeu o ritmo cardíaco, não sei mais como controlar, vamos dizer que ele está brincando comigo isso acontece:
- Como assim Taeyong. Você... A personalidade da garota tem que parecer com a minha?
Ele suspirou e entortou a boca, Kun costuma fazer esse movimento todas as vezes que finjo não entender o assunto. – Taeyong tem a mesma mania, ele fechou os olhos e inclinou a cabeça para o lado, fez um curto giro voltando para tela:
- Vamos continuar com o filme. – o tom de voz baixo deixou claro que algo o incomodava, mas eu também não iria adivinhar o que era.
O resto do filme foi em profundo silêncio, ao terminar, enquanto eu recolhia o lençol, Taeyong levou as embalagem de comida para o lixo, dobrei tudo certinho e coloquei na suas coisas, fiquei esperando ele já que demorava, avistei ele com a mesma garota que o encarava, ele conversava mantendo um riso fechado, a garota olhou pra minha direção e riu sem graça, não entendi sua atitude, mas ela saiu se curvando e foi correndo em direção ao seu grupo que saíra do parque. – Juntei as coisas dele e fui ao seu encontro que caminhava até mim também:
- Então... Pegou o número dela? – perguntei cutucando seu braço.
- Já falei que ela não faz meu tipo. – ele respondeu colocando sua mochila na costa e já pegando a minha e colocando em seu ombro. – Vamos!
Ele segurou minha mão quase a todo momento, houve momento que me pendurei em seus braços para evitar comentário de alguns moradores que ficavam jogando cada cantada barata, que dava vergonha. – Pegamos o ônibus bem rápido e da mesma forma chegamos no bairro em que moro, a conversa fluía bem até demais quando ficamos a sós:
- Você tem cara de ser fofo Taeyong. – alertei ele, quando ele começara a falar os tipos de garota que o Ten arrumava para ele ir aos encontros.
- Mais eu não sou! – olhei para ele e sorri afirmando.
- Realmente não. Você está fofuxo ao extremo. – ele fez uma careta e limitou a sorrir. – Mais você precisa ser mais direto ou específico com seu tipo ideal.
- Se ela me aceitar do jeito que sou. – ele me olha e aquela troca de olhar estar profunda. – Já me ganha.
- Você é muito fácil. – dei um tapa no braço dele que reclamou.
Ficamos quietos e finalmente chego em casa, as luzes acesas na parte de fora, o silêncio fora da casa me assustava, mas agora pensando bem, não pareci uma boa ideia do Taeyong voltar por essa rua sozinho ainda mais a essa hora:
- Taeyong acho melhor você dormir por aqui. – olhei direito a rua com pouca claridade e ao longe avenida iluminada.
- Não precisa. – ele sorriu e olhou pra mim. – Gostei de passar esse tempo com você. Estava precisando.
- Imagino que sim. Ten é muito exigente. – me lembrei da cena que presenciei na cafeteria.
- Nem sempre. Ele acha que me manda às vezes. – nós rimos e o olhar do Taeyong mudou.
- O que foi? – e lógico que aquilo me assustou.
- Sobre hoje. Quando você me perguntou meu tipo ideal. – porque meu peito de repente se apertou, somos amigos e eu quero muito ver a felicidade dele e de todos os outros. – Eu falei sério quando disse que meu tipo é você. – Okay! Ainda não compreendi onde o Lee quer chegar. – Quando o Ten me apresentou a você eu realmente não me vi na situação que estamos hoje e às vezes eu realmente sinto que sou apenas um ‘esquenta banco’ para o Kun. – ele baixou o olhar e brincava com os detalhes da minha bolsa. – Eu não posso continuar assim com você.
- O que o Ten te falou pra você mudar de opinião? – sinto que minhas amizades se restringem ao Ten, Yangyang e o ciumento do Kun.
- Nada. Ele só falou que quando temos um sonho devemos lutar por ele. – ele me encara e o olhar fofo e a boca de gatinho fechada, comprimido qualquer resquício de fraqueza. – Eu gosto muito da sua companhia, os momentos na faculdade são os melhores para mim e quando estamos trabalhando no jogo, é melhor ainda. – Meu coração parou de bater a umas dez frases atrás, estou com a cara e a coragem pelo fato desse momento ser muito cena de drama, porém sem a torcida do YangYang para dar força ao garoto de dizer tudo que sente. – Eu quero ser mais do que o companheiro nas horas vagas... – ele segurou minhas mãos e aos poucos meu corpo perdera os sentidos. – Ser o conforto nas suas discussão com seu melhor amigo... – e essa aproximação, de repente fiquei quente. – E não aguento mais ir a encontros às cegas. – dei um riso pequeno e ele repetiu o movimento, seu dedo deslizou por minha bochecha, parou sob o queixo e meus olhos bateram em sua boca vermelha entreaberta. – Eu gosto de você “S/N”!
Aquela aproximação causou um choque em mim, surpresa estou pelo toque lento e macio de seus lábios sobre os meus, nossos braços ainda não estavam adaptados para passear no corpo de ambos, mais o toque de seus dedos ainda em meu queixo, naquele simples beijo... Porque meu coração bate rápido deste jeito o frio na barriga é normal nessas ocasiões. – Elevei minha mão segurando a barra da sua camisa, elevei meu pescoço, e aos poucos minutos sua língua pedida passagem, uma língua macia que deve fazer estragos em outras partes do corpo, cedi a passagem e apoiei meus braços sobre seus ombros, parecíamos criminosos no meio daquilo, eu com medo de que alguém visse e chamassem nossas atenção pela falta de vergonha, mas as grandes mãos do Lee Taeyong apertando tão forte minha cintura, aumentava a intensidade daquele beijo. – Aos poucos a velocidade ficava mais lenta e ao final do beijo, permiti morder seu lábio inferior e ficamos com a testa colada uma na outra, eu ainda de olhos fechados tentando entender se tudo aquilo aconteceu de verdade. – Mais o riso abafado do Lee me tirou do transe e ao abrir meus olhos vejo ele com sua boca de gatinho e os olhos bem abertos:
- Acho que agora o Kun pode me matar. – ele falou nos fazendo rir e nos afastamos. – Posso morrer feliz ao menos.
- Me senti usada agora. – bati no seu ombro quando me separei dele e rimos juntos. – Acho melhor eu entrar.
- Tá bom. – ele tirou minha bolsa de seu ombro me entregando ela. – Nos vemos amanhã então?
- Claro. – sorri sem graça e notando que vai ficar um clima estranho.
Acabei tendo de dar o outro passo, me aproximei dele, segurei seu rosto delicado, beijei seus lábios em uma troca de línguas lenta e gostosa de mais para querer parar, mas como sou controladora eu conseguir ceder e me afastar do Lee antes que esses beijos nos levassem a outro nível:
- Tchau Lee. – sussurrei e depois me afastei quando ele acenou balançando a cabeça.
Depois de passar pelo portão de casa, e finalmente chegar a nossa casa, eu já estava muito animada, sem saber como será amanhã, ou saber se falo com Ten ou qualquer um dos meninos. Com toda certeza o Kun vai odiar, afinal ele fora o primeiro a não ir com a cara do menino e sem motivo aparente.
Deixei meus calçados na entrada e fui para sala olhando ela fazia, porém a TV estava ligada e pausada em alguma série ou filme:
- Alguém em casa?
- Eu nonna. – YangYang surgiu saindo da cozinha com uma bacia de pipoca. – Cadê o Ten hyung?
Pareci que o Ten foi aproveitar anoitada, ou brincou com a Lia. – Sinto inveja deste rapaz. – Fui para meu quarto acalmar meus ânimos e parar de pensar no que o Ten faz ou deixa de fazer, até porque isso nem da minha conta é.
- Nonna! – YangYang entrou no meu quarto bem no momento que estou deitada somente de sutiã e com a toalha cobrindo apenas a parte de baixo. – Desculpa nonna! – ele estava com os olhos tampados com a sua mão. – Vim pedir para você fazer meu brigadeiro. O Kun hyung me deu o dinheiro para comprar todos os materiais. Estão na cozinha.
- Fazer agora?! – exclamei cansada ouvindo o pequeno afirmar em inglês.
– Ele vai vir e que dormirá aqui hoje. - YangYang avisou.
- Ele não cria vergonha na cara. Ele já namora, por isso a Jennie não está mais nem falando comigo direito. – reclamei me levantando e cobrindo meu corpo com a toalha.
- Na verdade o Ten combinou uma noite de filme. – estranhei o que ele disse tentando entender onde ele quer chegar com isso. – E ele até pediu que eu convidasse o meu sunbae.
- Jaehyun vai estar aqui! – ele balançou a cabeça afirmando e eu só consigo pensar em uma palavras. – Amanhã não tem aula?
- Bom. É um feriado nacional. As faculdades e escolas não irão abrir. – YangYang parece estar animado. – Já se vestiu nonna!
- Saí do meu quarto e fecha a porta.
Tomei meu banho, vesti logo uma roupa que ficaria para dormi, um short leve, uma blusa grande que com toda certeza era do Kun, já é bem velhinha de tanto que uso. – Escutei os barulhos altos fora do quarto quando terminei de prender meu cabelo deixando as mechas soltas. – YangYang gritava feito louco e acho que sei até com quem era essa gritaria:
- Yah hyung! – o menor gritava e de longe vi Kun sair da sala e uma almofada voando pelo corredor.
- Que bagunça é essa? – caras de poucos estou, pelo fato de querer dormir e esses bagunceiros estarem aqui.
- YangYang está um pouco irritado. – Kun respondeu ajeitando sua postura. – Aliás trouxe a Jennie. Ela está na cozinha.
- Isso é bom. – falei indo para parte da cozinha. – Boa noite Jennie!
- Boa noite “S/N”! – ela se levantou para cumprimentar a mim e eu repeti o mesmo movimento. – Kun falou muito sobre brigadeiro.
- Pelo visto estou devendo ele e o YangYang. – peguei uma panela para preparar tudo. – Faz que curso Jennie?
- Arquitetura. – wow, ela deve ser muito detalhista nas coisas, algo que Kun é.
- Interessante. – sorri para ela enquanto colocava o leito condensado na panela as exatas três caixas que foram separadas pelo YangYang. – Deve ser incrível.
- É fascinante às vezes, outras chega a machucar. – ela riu e olhei de relance e ela olhava as próprias mãos. – Você faz designer gráfico, não é mesmo? – murmurei enquanto mexia a panela. – Kun falou que você é muito boa, mas ele ficou se gabando por ser melhor.
- Bem a cara dele. Mas em modéstia parte, eu sou boa, porém seu namorado é muito melhor. – olhei para ela quando fui pegar o chocolate em pó.
Fiquei quieta olhando a textura do doce chegar ao ponto, consegui separar em três pratos e ainda raspei a panela com a colher e ouço a voz do Ten:
- Boa noite meninas. – ela passou pela Jennie e tirou a colher da minha mãe. – Essa colher é minha gatinha! – ele pegou a colher da minha mão e provou um pouco do doce. – Delicioso. Mas isso deve ser mais gostoso de outro forma. – ele cochichou em meu ouvido e isso me causou um espanto.
- MENINO! – bati no ombro dele surpresa e afastei ele da cozinha. – Saí daqui e vai tomar um banho.
- Nem pareci que faz esses tipo de coisa. – ele falou e foi saindo da cozinha e não demorou para Taeyong passar pela cozinha.
- Boa noite! – ele acenou para Jennie e pra mim deu um riso simples. – Isso é o famoso brigadeiro? – apontou para os pratos na mesa e teve a confirmação minha e da Jennie. – Pode provar?
- Não mesmo. – peguei um prato e abri a geladeira colocando todos lá dentro. – YangYang! – meu filho pequeno apareceu animado com os cabelos bagunçados.
- Sim nonna.
- Vigia a geladeira. O brigadeiro está aqui dentro. – ele fez um olhar determinado.
- Sim senhora. – ele ficou sentando perto do balcão e começou a mexer no celular.
- Vamos Jennie. – chamei ela que saiu na frente. – Veio com Ten?
- Ahã! – notei que ele estava com outras roupas e sem a mochila.
- Sabia desse feriado?
- Na verdade não me lembrava dele. – sorriu e começou a coçar a nuca. – Podemos... – ele apontou para nós dois querendo conversar.
- Depois. – falei e pisquei para ele que sorriu fechado entendo a situação. – Não fique zangado.
- Não estou zangado. – ele riu e me seguiu até a sala.
Me sentei no chão perto do sofá grande onde o controle da TV estava, apertei no app da Netflix e entrei no cadastro do Ten, que paga pelo uso. – Taeyong se jogou no chão ao meu lado, deixando o travesseiro de lado e colocando um cobertor grosso que trouxe junto a vários tendo ajuda do Ten com seus cabelos molhados, Kun e Jennie ficaram no sofá tentando não se agarrar porque dava para ouvir Jennie reclamando dele. – A campainha começou a tocar do nada YangYang saiu correndo da cozinha. – Agora que quero ver:
- Pode entrar. Fica a vontade sunbae. – YangYang passou para cozinha e bem atrás dele estava o Jaehyun.
Porque o coração falta parar toda vez que vejo ele, sim, as coisas não ficaram esclarecidas quando ele resolveu ir para o exterior, mas também não justifica suas ações naquela época:
- Boa noite! – e as voz grave e suave ao mesmo tempo, aquilo acalma meu peito e causa desconforto no mesmo instante.
- Jaehyun. – Ten o cumprimentou apertando a mão dele, ele estava tímido e com medo, parecia que qualquer passo surgiria uma bomba. – Senta-se perto da “S/N”. O Kun não estava muito de acordo e ele é o mais manso.
Ele não falou nada, só se aproximou e se ajeitou mantendo uma distância, Taeyong ficou um pouco sem jeito e se afastou gradualmente de mim, sinceramente, essa é a pior situação que eu poderia me encontrar.
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