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História Devil Side - Capítulo 8


Escrita por: SuperDaLuthor

Capítulo 8 - Capítulo 8


Capítulo 8 (Devil Side)

Lena Pov.

Eu nunca imaginei em toda a minha curta vida que estaria em um momento assim com a Kara, ela foi tão gentil comigo durante o fim da tarde e da noite, não sei por qual motivo nós nunca tivemos uma amizade. Por algum motivo eu sabia que depois dessa noite chegaríamos perto de uma amizade, eu me esforçaria para isso acontecer.

Estava há alguns minutos admirando o seu sorriso completamente alinhado e branco, ela era perfeita, não tinha nada em seu rosto ou corpo que não fosse perfeito. O jeito que ela mexia as mãos tentando explicar algo, a pequena ruga que ficava entre suas sobrancelhas quando ela estava tentando entender algo, as vezes que ela tentava conter suas risadas e até mesmo o modo que ela dava risada mexia comigo.

E nesse momento eu sentia meu coração acelerado no meu peito, como se ele fosse sair da minha boca a qualquer momento porque ela estava gargalhando de algo que Hank contava que eu nem ao menos estava prestando atenção. Suas bochechas vermelhas e ela pousando uma mão na barriga enquanto a outra limpava o canto do olho esquerdo, me controlei para não soltar um suspiro alto e no mesmo momento ela me encarou com os seus profundos olhos azuis que mais pareciam um mar cristalino.

- Hey, que tal começar os Snaps? Vou ligar a televisão em algum filme e nos acomodamos na sala. - Ela falou e saiu me deixando a sós com Lúcia e Hank ambos me encarando com sorrisos largos.

- O que foi? Meu rosto está sujo? - Tirei o celular do bolso e abri a câmera para ver se eu tinha me sujado com a pizza, mas acho que pelos grandes sorrisos o motivo não era esse.

- Eu gosto do jeito que olha pra ela e gosto do jeito que ela olha pra você. Só por favor, não seja uma versão melhorada da Lois. - Hank disse enquanto tirava os pratos da pequena mesa que tinha na cozinha, Lúcia assentiu como se concordasse com ele e eu suspirei não entendendo nem um pouco essa história de Lois.

Afinal quem era Lois? Uma amiga? Namorada? Pera, a Kara já namorou? Que droga de pensamentos mais confusos, essas pessoas também não me ajudam a entender.

Destravei a tela e procurei o contato do Winn para mandar uma mensagem perguntando sobre o assunto.

Lena: Hey meu nerd preferido. Como está?

Winner: Você é uma cara de pau, some a tarde toda e me aparece agora?

Lena: Sem drama Baby boy, vou ser direta. Quem é Lois?

Winner: Como ficou sabendo dessa história? Aliás onde você está?

Lena: Estou na mansão Zor-El e por que nunca me contou essa história.

Winner: Está com a Kara? Meu santo dos shippers ouviu minhas preces, amanhã vou querer saber tudindo viu dona Luthor. E sobre Lois... hum quem tem que te contar alguma coisa é a Kara. Beijos e nos falamos amanhã.

Lena: Seu fofoqueiro de meia tigela.

Esperei ele me responder mas parece que ele resolveu sumir do mapa, bom não posso pressioná-lo a contar algum segredo que não seja seu e de qualquer forma eu espero que essa "aproximação" minha e dela faça com que a mesma possa confiar em mim, o que é será uma tarefa bem difícil pelo fato de eu já quase ter quebrado seu nariz uma vez, mas isso não importa.

- Lena? Deseja tomar um banho antes de se assistir ao filme? - Ouvi Kara me chamar e fui em direção a sala e vi ela com a atenção focada no celular, seus dedos digitavam furiosamente e eu queria muito saber com quem ela falava.

O que? Eu sou curiosa e julgar por sua expressão, tenho certeza que algo bom não saia dessa conversa.

- Sim, se não for incômodo.

- De maneira alguma. O primeiro quarto a direita é o seu, tem tudo que precisa lá dentro, mas se tiver faltando algo basta chamar que Lucia irá providenciar.

- Obrigada por isso. - Ela assentiu ainda sem olhar pra mim e no fundo isso me incomodou.

Era como se eu necessitasse da atenção dela a todo momento, como se eu quisesse que seus olhares fossem só pra mim, poderia até ser egoísta mas eu queria que ela me notasse, mesmo com toda essa barreira existente entre eu e ela. Uma coisa que nós mesmas criamos, talvez uma forma de nos protegermos das pessoas.

O que antes parecia algo legal, agora estava se tornando algo tenso, mas é como dizem: um passo de cada vez.

Depois de tomar um banho e colocar um pijama com personagens de Detona Ralph, eu concluí que Kara era sim uma criança em um corpo de uma adolescente, não era possível e isso era extremamente vergonhoso. Qual é eu sou uma Luthor? O que as pessoas pensarão de mim ao me ver assim?

Antes que eu pudesse responder qualquer pensamento meu, uma forte luz branca tomou conta do ambiente e eu revirei os olhos olhando pra frente encontrando uma Kara sorridente com o celular em mãos.

- Você ficou fofa nesse pijama. - Senti minhas bochechas esquentarem e sorri pra ela. - Vamos? Lucia fez pipoca.

- Sim, claro. - Okay, talvez eu não ligue para o que as pessoas irão pensar, desde que isso faça Kara sorrir.

Tá bom Lena, agora você pareceu uma idiota, mas vamos ao que interessa não é mesmo?

Cheguei na sala e me surpreendi com o tamanho da TV, era praticamente duas vezes o tamanho da que eu tinha em casa e olha que era grande.

- Meu pai gosta de ter a visão bem ampla quando assiste aos jogos.- Ela deu de ombros e se jogou no enorme sofá.

Como eu não tinha reparado que a sala e todos os móveis eram um tanto quanto grandes e espaçosos demais.

O sofá era de uma cor bem escura, não sei se era preto ou azul, com apoiadores de copos e reclinável. A mesinha de centro era toda de vidro, com alguns controles e um iPad em cima. Algumas pequenas caixas de som tomavam a parte superior da parede e uma estante enorme fazia parte da decoração.

- Um pouco exagerado não? - Falei me referindo a decoração e ela sorriu mais largo.

- Finalmente alguém que concorde, se acha isso exagerado tem que ver o closet dos meus pais, é quase meu quarto inteiro. Na verdade eu acho que é maior. - Ela colocou a mão no queixo e se jogou no sofá batendo ao seu lado, me sentei e ela esticou suas pernas colocando em cima das minhas coxas. - Bom, eu tenho certeza que é maior.

Ela pareceu se perder em pensamentos e eu apenas fiquei analisando seu rosto, o ar condicionado estava ligado o que fazia a ponta no seu nariz atingir uma cor levemente rosada, eu conseguia sentir seus pés gelados mesmo através das meias e a minha vontade era de esfregar até eles ficarem bem quentinhos, mas seria invasão demais ao seu espaço.

- Você gosta de esportes certo? - ela questionou depois de vários minutos em silêncio e eu revirei os olhos para a sua pergunta.

- Como adivinhou? - Ela tentou esconder um sorriso e levantou o tronco ainda com as pernas em cima das minhas coxas. - Já viu um Oscar de perto?

- Meu Deus, claro que não. - Respondi animada demais, mas qual é? É um Oscar, não é todo dia que você vê um.

- Então precisa conhecer o Museu Zor-El. - Ela levantou e puxou minha mão para um corredor imenso que eu nem sequer tinha notado a existência.

- Se você me disser que tem uma sala de jogos aqui, eu simplesmente te peço em casamento.

- O número de anel que eu uso é 18. - Pera. É isso mesmo?

- Pera, você tem mesmo uma sala de jogos?

- Sim Lena, quem não tem? - Ela bufou e abriu uma porta com uma senha logo me empurrando para dentro.

- Meus pais acham uma perda de tempo ter esse tipo de coisa em casa.

- Tenho certeza que deve ter algum laboratório ou algo do tipo. - Ela se escorou no batente da porta me encarando. - Isso faz mais o seu tipo.

- Se eu disser que sim vai me achar estranha? - Ela jogou a cabeça levemente pra trás e sua gargalhada preencheu o ambiente, eu nunca me acostumaria com essa vista.

- Bom, bem vinda ao museu da minha família, deixa eu te mostrar algumas coisas.

Ela andou pelo amplo salão, realmente grande, com grandes fotos espalhadas pelo local, troféus de todos os tipos e tamanhos, medalhas, objetos autografados. Kara me mostrou primeiro os óscares da sua mãe, eu fiquei admirada porque eles eram de ouro mesmo.

- Bom, ela ganhou esse por interpretar Lucy em um filme de romance, foi o seu maior recorde de bilheteria e o seu primeiro óscar, eu não lembro de muita coisa porque eu tinha uns 3 anos de idade. - Ela passou a mão no troféu e suspirou fundo. - Minha mãe sempre foi uma excelente pessoa, uma ótima atriz, ela interpretou diversos personagens e foi a principal em várias séries mas no seu papel principal, que foi ser mãe ela não se saiu muito bem.- Ela falou tudo tão baixo e com uma dor contida que eu senti vontade de abraçá-la.

Eu não sabia o que dizer diante da sua confissão então apenas permaneci em silêncio, então ela respirou mais uma vez e mostrou todos os prêmios que sua mãe ganhara em todos esses anos.

- Esse aqui é a bola autografada por Bambino, um dos maiores jogadores de beisebol, meu bisavô conseguiu quando foi em um dos jogos. Foi passado para as gerações, então o próximo a ficar com ela é Clark.

- Seu pai é muito fã de esportes então?

- Sim, ele costuma colecionar autógrafos, fotografias, medalhas do Clark e tudo que envolva esportes.

Ela apontou para uma estante onde tinha vários troféus e um enorme quadro com várias medalhas, tudo extremamente organizado e limpo.

Andei pelo local quando Kara cansou de me falar sobre a jornada da sua família e o que mais me incomodou foi por não ver nada seu naquele "Museu". Qual é? Ela era a melhor atleta da escola, tenho certeza que deve ter medalhas como todas as outras jogadoras.

- Esses troféus do meu pai e do Clark são réplicas, apenas o de melhor jogador é a original. - Ela apontou para os maiores troféus na parte de trás daquele grande salão.

Tinha algumas fotos enquadradas na parede, eu reconhecia alguns famosos ali, alguns eu vi nas olimpíadas mas não lembro os nomes. Camisetas de times autografados e uma foto gigante que ocupava quase uma parede inteira com Clark, Fred, Alura e Kara, de todos que compunham a foto Kara parecia a menos sorridente.

Pulei para a outra prateleira onde tinha diversos quadros pequenos com fotos, a maioria era de Clark em campeonatos escolares o que me fez pensar de imediato que ele fosse o filho predileto, já que desde o tempo em que jogo no time da escola nunca vi seus pais aparecerem em algum jogo ou qualquer outro tipo de competição.

- Eu sei o que está pensando, eles são ocupados demais cuidando de suas carreiras. - Ela deu de ombros e mais uma vez eu senti vontade de abraçar ela.

- Onde estão suas medalhas? - Ela travou o maxilar e engoliu em seco.

- Na casa da minha tia. - Franzi o cenho e antes que eu pudesse perguntar ela me respondeu. - Ela tem basicamente o mesmo que aqui, porém só com coisas minhas.

- O certo seria estar aqui? Não é?

- Longa história Luthor e já está tarde. - Olhou o seu relógio de pulso e fez com que eu automaticamente olhasse o meu.

Nossa eu nem percebi o tempo passar, já era quase meia noite e nós duas ainda estávamos acordadas.

- Parece que nosso plano de conquistar a moto do Mike foi por água abaixo.- Ela falou assim que saímos da sala, travando a porta e virou pra mim carregando um sorriso que eu não identifiquei.

- Temos até o baile.

Eu não estava entendendo mais nada do dia de hoje, na parte da manhã estávamos distantes e agora eu sabia quase tudo sobre sua família mas pouca coisa sobre ela.

Subimos as escadas em silêncio e ela iria para direita onde ficava o seu quarto e eu para esquerda.

- Foi bom ter você aqui esta noite. - Ela estendeu a mão e eu pensei muito antes de tomar o próximo e puxei ela para um abraço apertado.

- Foi bom estar aqui, tenha uma boa noite. - Beijei sua bochecha e ela ficou estática.

Caminhei até o meu quarto sem olhar pra trás, o medo dela me bater era maior do que minha vontade.

Uma coisa era certa, Kara Zor-El era alguém que valia a pena.


 


Notas Finais


Hey espero que tenham gostado desse capítulo, para lembrar que essa fanfic não terá tanto drama e que ela será curta.
Até o próximo, beijos.
Twitter: @superdaluthor
Ps: pra quem não sabe eu tenha uma one shot chama A melhor parte de mim


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