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História Devil son - Stiles Morningstar - A chegada do furacão Stiles.



Capítulo 3 - A chegada do furacão Stiles.


Lydia se casou. Vivia sua vida feliz, Parrish era um homem incrível, excelente marido. Tinha tudo o que sempre quis, um bom marido, estabilidade financeira……

Mas bem as aparências enganam. Sua vidinha de torta de maçã era uma bela e falsa casa de bonecas. Bela por fora, desorganizada por dentro. Seu casamento era um desastre e os pesadelos…..

A …… os pesadelos. Sempre iguais. Morte, dezenas de vezes, repetidas e infinitas vezes, um padrão sem fim, observava a morte de seus amigos. Seu lado banshee havia entrado em surto a muito tempo. Quando tinha crises severas, Parrish a internava na Eichen House, com sigilo é claro. Ninguém poderia saber que a esposa do prefeito, pois é de policial a respeitado prefeito de Beacon Hills,  era maluca, a cada nova internação uma desculpa para uma viagem diferente.

Negro.

Era assim que enxergava a sua frente, um enorme corredor escuro. A ruiva engoliu em seco, ela sabia o que tinha no seu final, sabia também que não tinha escapatória, tinha que continuar andando. Evitava ao máximo olhar para os lados, as paredes manchadas de sangue, os restos de corpos humanos no chão. O cheiro podre que invadia suas narinas,  impossibilitava sua respiração, se sentia sufocada. Achou a porta. Suas mãos tremiam, não queria abri-la.

A contra gosto escancarou a porta. Ele já a esperava.

O corpo pálido, podre e sem vida de Stiles a esperava. A "coisa" tinha um semblante sério, algo que poucas vezes já virá na face do castanho.

-Lydia…….. Por quê?  Por que me deixaram para morrer?

-Desculpa , desculpa… - repetia a mesma palavra diversas vezes como se adiantasse algo.

Stiles sorriu. Seus lábios podres, onde do lado esquerdo já não existia mais carne, mostrava um pedaço do osso da sua mandíbula onde se podia ver claramente vermes rastejando por entre os sulcos que um dia foram seus dentes. Pequenos e asquerosos pontos brancos. A pele de seu corpo em vários pontos já não existia mais, várias feridas em carne enegrecida. Era uma horrível visão. Se aproximou da ruiva. Ela gritou.

Acordou sendo  segurado por três enfermeiros, os homens tentavam mantê-la quieta no lugar quando um terceiro apareceu segurando uma seringa contendo sedativo. A doparam. Sua visão se desfocou, se sentiu ser tragada pela escuridão novamente e adormeceu. Dormir era a última coisa que Lydia desejava.

****

- Vamos Isaac levanta, vamos nos atrasar.

O loiro adorava quando sua esposa o acordava. Cinco anos de casados e sua esposa não perdia o charme. Havia algo de mágico naquela relação. Sua esposa agora estava grávida de seu primeiro filho. Sua alegria era indescritível, jurava para si mesmo que seria um bom pai e um excelente marido, não seria igual ao seu. Mesmo a contragosto se levantou e se arrastou até o chuveiro. Embaixo da água morna refletia em como a vida tinha sido maravilhosa com sigo.

Não conteve o sorriso ao chegar na cozinha e ver sua adorável esposa preparando o café.

-Bom dia Isa.

-Bom dia Allison…..

O sorriso gentil da moça logo se desfez, assumindo agora um olhar frio. Sangue começou a escorrer por entre seus olhos, nariz, boca e ouvidos. Uma enorme mancha de sangue começava a se formar em seu vestido, que outrora fora branco, bem no meio da barriga. 

-Inútil, imprestável…

Isaac dava passos para trás tentando se afastar até que trombou na mesa.

-C, um c ! Você é um inútil mesmo. Venha. 

O homem saiu arrastando Isaac pelo braço.

-Não, por favor - Isaac chorava de soluçar.

-Cale a boca seu inútil,  agora entre no freezer. 

Isaac chorava compulsivamente, odiava espaços apertados, odiava ser trancado no freezer. Esmurrava a porta tentando se libertar. Nada conseguia.

- Por que Isaac?

Essa voz. 

Olhou para o lado tendo a perfeita visão do castanho preso ali dentro com ele. Assim como Allisson da boca de Stiles também  escorria sangue. 

-Inútil ! - repetia diversas vezes. Isaac tentava tapar ou ouvidos.

 Inútil  inútil inútil inútil 

Todos repetiam a mesma coisa.

Acordou ofegante . Quando aquilo teria fim?

****

Fogo. Calor.

Era tudo o que conseguia sentir. As labaredas "lambiam" sua pele, queimando ao menor contato . O fogo tinha vida própria, rugia como um animal selvagem, atacando e destruindo tudo ao seu redor. Gritos de dor e agonia pinicavam em seus ouvidos. Não tinha para onde correr ou se esconder. 

Carne queimada. O cheiro ácido corroía suas vias respiratórias, não sufocava como a fumaça, era pior. 

Silêncio. Sabia agora que o fogo tinha consumido todos.

O cenário mudou.

Se via agora no meio da preserva. Caminhou um pouco confuso até tropeçar em algo ou melhor alguém.

Correção metade de alguém.

-Laura?

O pedaço sem vida de sua sobrinha começou a se arrastar em sua direção, agarrando os pés de Peter o puxando para dentro de uma cova. 

Peter se debatia tentando escapar, foi jogado dentro da cova. Alguém jogava terra por cima.

Stiles.

Stiles tinha uma pá nas mãos, olhos vazios, face inexpressiva. Largou a pá. 

Agora Peter estava por cima olhando para a cova, Stiles estava lá dentro, morto.

-Por que escondeu a verdade Peter?

O lobo acordou ofegante, cravava as garras na palma de sua mão. Culpa, remorso, ele deveria ter dito a verdade. Esses sentimentos algum dia desapareceriam? 

*****

Caminhava de mãos dadas com sua namorada, ele estava feliz. Se sentia completo.

 Andavam pela trilha em direção ao lago, um cantinho que era só deles. Começaram a correr, ela disparou na frente, ele não se importava de deixá-la ganhar, era divertido. Foi ficando para trás até perdê-la de vista. Se assustou com isso.

 Correu.

Sentiu alívio ao encontrá-la parada, alívio momentâneo, logo a moça caiu no chão cuspindo uma gosma preta. Se desesperou, a garota deu seu último suspiro em seus braços. Chorou.

Um forte clarão, fogo. Sua casa estava em chamas. Olhou assustado não sabia como foi parar ali.

-Olá Derek sentiu minha falta? 

-Kate? 

O chão se abriu e de dentro dele várias pessoas saiam, se esgueirando e rastejando para fora. Seus pais, irmã, primos, Paige, Boyd, Érika, Stiles.

-Você fez isso conosco, a culpa é SUA! 

Eles tinham razão.Tantas mortes que o Hale carregava nas costas, tudo o que ele tocava morria.

Acordou empapado em suor. Chorou, odiava a realidade dos seus pesadelos.

*****

Sentado a mesa contemplava a sua família. Todos reunidos era de fato algo muito satisfatório passar um tempo com seus amados familiares sem se preocupar com nada.

Jantar em família, ele tinha saudades disso.

Observava com ternura as mulheres da sua vida sorrindo de uma história qualquer, riu junto.

Talheres na mesa, bateram todas juntas. Estáticas no lugar, expressões vazias….Silêncio. 

Kate começou a se afogar em seu sangue, a loira tinha a garganta cortada. Victoria enfiou uma faca em si mesma. Allisson teve uma espada cravada no estômago. 

Cris gritou, perdia as pessoas que mais amava e não podia fazer nada. Chorou, gritou, berrou. Assistia a vida se esvaindo delas.

Agora notava pela primeira vez sentado ao lado Stiles. 

- Você sabia da verdade….. "protegemos aqueles que não podem se proteger ", onde você estava Cris?

Tiros por toda a parte. A sala agora era banhada em vermelho, sangue de cada ser que os Argent's mataram.

Cris saltou da cama.Era verdade, ele falhou na promessa.

***

Pesadelos, intrigas, desconfianças. 

Esse agora era o atual estado de todos os membros da antiga Pack. Cada um se afundava em culpa e remorso.

Scott sentia seu lobo interno se contorcendo dentro de si em puro desgosto, traição era algo que lobos não perdoavam. Seu casamento ia a ruína, Kira desconfiava.

Malia se sentia suja, imunda. Não conseguia mais olhar para o seu próprio reflexo.

Lydia a cada dia enlouquecia mais um pouco.

Isaac tinha crises severas e ataques de pânico a qualquer instante.

Peter vivia com medo de tudo que envolve-se fogo ou afins. 

Derek virou um recluso, não suportava mais a companhia de ninguém.

Cris agora era um homem paranóico e temeroso. Duvidava a todo instante da própria sombra. 

Stiles sorriu vendo tudo o que fez. Sua antiga alcateia estava pagando pelos seus atos. Tinha que terminar sua vingança.

Agora era hora de voltar….

♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤♤

Em centenas de anos de existência se arrependia de poucas coisas, mas agora não havia lugar para arrependimento apenas para o ódio. Ódio por ter acreditado, ódio por tê-la deixado viva. Nunca deveriam ter trazido Ester de volta e deixá-la andar livremente por aí. 

A bruxa vadia  planejava  matar os próprios filhos. Klaus estava irado, destruiria Ester e seu filho favorito, Finn. Finn era idiota por acreditar nas palavras vazias de sua mãe, mas bem, para Finn a morte não era algo ruim, ele nunca quis ser vampiro.

Junto de Kol e Elijah, Klaus rumava para a floresta indo desfazer o que quer que seja que Ester aprontava. Seguindo os Mikaelson's os Salvatores iam junto para proteger sua amada Elena. 

Acharam o ritual de Ester. Bruxas, sempre tão previsíveis.

Algo parecia ter dado errado, Ester parecia genuinamente apavorada, o enorme círculo com o pentagrama se inundou em chamas. Um forte clarão. Ester e Finn desapareceram.

Mas algo apareceu.

-Relis criaturas mundanas por quê me convocastes?

Uma figura de um garoto trajando um terno azul estava agora no meio do círculo olhando para os Mikaelson's , desviou o olhar apenas para se focar nos Salvatores e as duas Bennett's que acabavam de chegar. 

Todos os presentes estavam chocados.

O garoto torceu os lábios e gargalhou alto, assustando todos os presentes.

-A cara de vocês foi hilária - secava agora uma lágrima no canto do olho causada pela crise de risos. Se recompôs, ajeitou a postura - Mikaelson's,  Salvatores, Bruxa Bennett…….. A outra está em transição. - suspirou- Peguei um desvio mas pelo menos vim para o lugar certo. Peguei um desvio o cacete - agora parecia irritado - Bruxa idiota. Sinceramente vocês bruxas não tem algo de melhor para fazer não? Sempre metidas com algum ritual idiota, vão sei lá, sair, namorar, ver um filme ou uma série. Adotar um cachorro, gato, papagaio, periquito… apenas parem com isso. O que se passa na mente de vocês? Hum …. Nada para fazer vou fazer um ritual? Vocês são estressantes e chatas, nada legais. - bufou.

Todos continuavam olhando para o rapaz como se ele fosse um ET.

-Parem de olhar para mim com essas caras de pamonha é irritante. Enfim, poderiam me informar para onde é a cidade? 

Silêncio.

O garoto revirou os olhos - É falta de educação não responder uma pergunta.

Kol vagarosamente ergueu o dedo e apontou na direção da cidade.

-Obrigado. 

Foi tudo o que disse antes de desaparecer da mesma forma como chegou, do nada.

-Isso foi real ou um surto coletivo? - todos olharam para Damon que tinha assim como o resto uma mistura de espanto e confusão evidentes em sua face.

*****

Depois do encontro com os vampiros,

Stiles caminhava lentamente pelas ruas da cidade, não que ele precisasse, mas ele queria. Tanto tempo no inferno, bem para anos humanos foi pouco tempo, mas para anos infernais foram décadas.

Caminhava calmamente apreciando a brisa da noite, ele sentia falta disso.

Seu pai havia feito a gentileza de ter comprado uma mansão naquela cidade, ficaria ali por pouco tempo, até Lúcifer resolver seu problema.

A propriedade em questão era bonita, a mansão era enorme. Bateu na porta, ainda não tinha as chaves.

-Demorou pirralho - Maze o puxou para um abraço, liberando a passagem para o castanho entrar.

-Peguei um pequeno desvio Mommy - depois de tantos anos de convivência, Stiles passou a ver Maze como uma figura materna. Ok, Maze era doida, mas após sua mãe e Melissa, a demônio era a única que poderia receber esse tipo de tratamento. Ela o amava como uma mãe ama um filho e Stiles retribui  esse amor.

- Sei…. - olhou desconfiada para o garoto. - Tudo bem, vamos sair para tomar uma?

-Maze eu acabei de sair do inferno e você já quer me levar para a zona?? Estou dentro.

Ambos riram.

-Onde meu pai deixou as chaves do carro? Ele deixou as chaves né?

-Em cima da mesa - apontou para o local - Ainda não consigo acreditar que você conseguiu mesmo fazer Luci deixar aquela lata velha com você. Ele preferiria perder um braço ao deixar outro alguém dirigir aquilo.

Stiles riu.

-Eu sou bem persuasivo - piscou para a morena. - A propósito não é lata velha, aquele carro é uma relíquia, respeita o possante.

Maze sorriu. Stiles era com toda a certeza uma cópia melhorada de seu pai.

O garoto pegou suas chaves. - Então para onde vamos?

-Tem um pequeno bar que eu descobri nessa cidadezinha, não é nenhum Lux da vida mas é agradável. Mystic Grill, esse é o nome.

- Sem criatividade esse nome. Vamos.

Os dois saíram rumo a noite na nova cidade.



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