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História Devil's blood (bakudeku) - Sangue é mais forte que a vontade


Escrita por: giovana_bane

Notas do Autor


Não demorei tanto pra postar outro capítulo mas eu não sei se vai ser sempre assim, acho que vai pq tamo tudo de quarentena e eu to tendo muita vontade de escrever ✌️😉✌️

Enfim desculpa qualquer erro ortográfico ou gramatical e tenham uma ótima leitura 💕

Capítulo 3 - Sangue é mais forte que a vontade


Dabi estava doido para dar uma mordida no garoto esverdeado, mas tinha planos para seguir. Talvez se tirasse só um pouquinho do sangue...

– Nem pense nisso.

Toga Himiko brotou de algum bendito lugar no térreo e Dabi suspirou decepcionado. Ele estava com tanta fome.

– Se você fizer isso, Shigaraki vai ficar furioso — Toga o alertou — Temos que guarda-lo pras experiências do doutor.

– Danem-se as experiências! Eu tô com fome...

– Eu sei cara de fuinha — Toga se agachou ao lado de Dabi — Mas não podemos beber o sangue dele ainda, não sabemos as propriedades dele e muito menos oque pode acontecer com a gente — explicou gentilmente, acariciando as costas de Dabi.

– Tá bom, que seja — resmungou — Você consegue ser um doce de pessoa quando quer, Himiko.

– Mas eu sou um doce de pessoa — disse convencida.

“Não é não” — Twice falou do outro lado da linha.

– VAI CATAR COQUINHO SEU VAMPIRO DE MEIA TIJELA! — ela gritou na escuta e cruzou os braços de cara emburrada.

De repente, Dabi sentiu uma aproximação hostil de onde estavam. Podia ser apenas um humano subindo para o térreo, talvez um avião no céu, ou talvez...

– Tem alguma coisa chegando perto da...

Dabi levou um chute na cara. Antes de cair do prédio, Bakugou segurou a mão de Midoriya e o puxou para cima.

– Mas que porra! — Toga exclamou — Seu idiota! — ela correu para cima de Bakugou.

– Vem me pegar sua otária! — ele mostrou o dedo do meio e desferiu um belo soco na face de Toga.

Ele se agachou ao lado de Midoriya no chão e sentiu o sangue nas costas dele. O cheiro era forte demais, doce, chamativo como um perfume gostoso. Sua boca começou a salivar. Era algo natural quando vampiros sentiam muita fome ou o cheiro de sangue fosse forte o suficiente para controlar seus sentidos e sua razão. Os sintomas mais comuns eram salivar de forma excessiva, os dentes crescerem para fora da boca até ficarem enormes, mudança na cor dos olhos, no humor, e em casos mais graves, perda dos sentidos, perda de sanidade.

Bakugou começou a contar de um a dez devagar, respirando fundo. Haviam momentos em que ele tinha autocontrole, mas também haviam momentos que ele queria matar todas as pessoas a sua volta e beber o sangue delas até não aguentar mais.

– Eu sou Katsuki Bakugou, da divisão treze, eu sou Katsuki Bakugou da divisão treze, eu tenho autocontrole, eu tenho autocontrole — repetiu essas palavras inúmeras vezes — Meu deus você é a coisa mais cheirosa que existe — ele se aproximou de Midoriya e fungou o seu pescoço.

Um aroma intenso o bastante para deixá-lo excitado, duro. Bakugou sentia seu sangue começar a ferver, literalmente. Mais um dos vários sintomas que se manifestavam quando um vampiro se rendia a tentação que o sangue humano era.

– Merda, merda! — Bakugou mordeu o próprio braço — Vamos seu fracote, pegue o garoto e o leve pra longe daqui — murmurou para si mesmo — Vamos!

Bakugou parou na borda do térreo e viu Dabi tentar subir o prédio com dificuldade. Rapidamente, ele saltou, voando no ar até outro edifício. A casa de Midoriya estava um pouco longe, mas ele não podia o levar para lá, não mais. 

– Nighteye, tá na escuta? — ele chamou pelo seu chefe.

“Sim, pode falar”

— Tem mais um deles, uma mulher. Eles provavelmente tem mais pessoas envolvidas nesse negócio então eu acho melhor...

“Levar Izuku Midoriya e os outros adolescentes pro esconderijo?” — Nighteye completou — “Acha mesmo que eu não tinha pensado nisso idiota? eu já os levei faz tempo. Só falta você e o Midoriya”

– Tudo bem, te encontro em alguns minutos!

Bakugou foi pulando de poste em poste, de casa em casa, de prédio em prédio a toda velocidade. Ele voava alto e usava sua super força para ir mais longe.

Ele aterrissou no meio de uma rua completamente diferente das do centro da cidade. Analisou os arredores para ter certeza de que não tinha sido seguido e correu para dentro de uma contrução alta e aparentemente antiga. Ao entrar no enconderijo, a primeira coisa que fez foi pedir por um tranquilizante e soltar Midoriya na mão de Nighteye. Bakugou não parava de salivar e rosnar, seus olhos completamente vermelhos, as veias saltadas e os dentes grossos e grandes projetando-se para fora da boca.

Bakugou tomou uma alta dose de sedativo e dois segundos depois adormeceu.


Midoriya acordou num lugar diferente. Sem dúvida não era seu apartamento, a cama era pequena, assim como o quarto em que estava. Algumas coisas familiares estavam por perto. Seus materiais de trabalho, suas malas abertas cheias de roupas, suas compras. Ele não lembrava muito do que tinha acontecido.

Ao sair do quarto, analisou o longo corredor cercado por portas, provavelmente outros quartos. Ele andou para a direita, até um lugar onde vinha luz. 

Midoriya entrou numa sala espaçosa, com uma pequena cozinha sem paredes. Tinha uma mesinha com doces e uma lata de refrigerante em cima.

Ele desceu pelas escadas que achou depois de alguns minutos procurando e entrou em outro lugar. Era idêntico a um bar chique, as luzes laranjas brilhantes davam um ar de naturalidade ao espaço. Midoriya viu seus amigos sentados a uma mesa entre diversas do lugar e correu até eles.

– Meu deus cara, você finalmente acordou! — Kirishima chorou, abraçando Midoriya com força — Vai se lascar seu animal, você matou a gente de susto!

– Achamos que você ia petrificar naquele quarto! — Kaminari disse com irônia — A gente ia fazer um filme de múmia contigo!

– Você tá se sentindo bem? — Yaoyorozo perguntou de forma doce — Quer um cafezinho?

– Um abraço? — Uraraka sugeriu.

– Eu tô legal gente, sério — ele acalmou a todos — Mas onde a gente tá e por quanto tempo eu dormi?

– A gente tá num esconderijo ultra secreto, tipo nos filmes cara — Iida sussurrou.

– E você dormiu por uns três dias — Mina disse pensativa, tentando lembrar se a quantidade estava certa — Sim, exatos três dias!

– Caramba! — Midoriya exclamou — Eu não lembro do que aconteceu.

Sua turma trocou olhares preocupados, sem saber como iriam explicar o que tinham dito a eles até agora. Parecia uma história em quadrinhos, coisa de filme de terror.

– Ele já sabe.

Uma voz familiar afirmou e Midoriya quase pulou de alegria. Bakugou estava encostado no balcão do bar, observando os dezessete adolescentes conversarem como um bando de crianças encandalosas.

– Shinsou quase o matou naquela noite — Bakugou se aproximou e os amigos de Midoriya se distanciaram — Eu contei pra ele.

– Porque você não disse pra gente? — Shoji questionou Midoriya.

– Vocês acreditariam em mim? 

– Bem, seria difícil... — Asui admitiu com certa vergonha.

– Ninguém em sã consciência acreditaria, nem mesmo eu — Midoriya também admitiu.

– Vocês são uns bebês chorões — Bakugou disse com desdém

– Katsuki! 

O agente Nighteye entrou no bar também.

– Seja mais gentil.

– Sim sim, vou mostrar a minha gentileza — Bakugou disse sarcástico, pegando na própria genitália — Gentileza é o meu cacete.

– Izuku Midoriya, quero apresentar você a alguém.

Uma mulher linda, de cabelos negros e estilosa se aproximou dele.

– Essa é Kayama Nemuri, conhecida como Midnight pela nossa divisão.

– Nossa divisão?

– Sim, a divisão treze — esclareceu — Somos nós quem limpamos a sujeira dos vampiros.

O agente Nighteye explicou detalhadamente coisas cruciais. A sociedade atual não sabia totalmente da existência dos vampiros. Alguns vídeos na internet acabavam vazando, de pessoas que conseguiam pular pelos prédios e escalar as casas como se fossem aranhas. Essa era a parte que o mundo via, e também os assassinatos nós noticiários, mas eles sempre eram filtrados para não causar tanto pânico.

Existiam leis, que limitavam as ações de vampiros. Hospitais específicos eram construídos apenas para coleta e distribuição de sangue de forma controlada a qualquer vampiro que tivesse autorização para fazê-lo. Agentes importantes no estado moldavam leis rígidas para o controle deles. Os vampiros que caçam e matam são presos e reeducados. Não era uma tática cem por cento eficaz, mas de vez em quando dava certo.

– E oque aquele cara...qual era o nome dele mesmo? — Midoriya tentou lembrar — Acho que é Dabi, oque ele queria comigo?

– Pelo que Bakugou nos contou — Nighteye começou — Você tem alguma coisa especial, o seu sangue parece ter uma composição diferente e, logicamente, eles querem testar essa teoria.

– Dá pra perceber de cara que o seu cheiro é muito mais forte do que o de um ser humano normal — Midnight continua seu raciocínio — O aroma é doce, gostoso, me lembra perfumes caros.

Midoriya se sentiu um pouco envergonhado e ela sorriu, acariciando seu cabelo bagunçado.

– O safado ali até ficou todo excitadinho — ela gesticulou para Bakugou com um sorriso malicioso e um tom insinuante — Você tinha que ter visto o desespero dele!

– Cala a boca velha idiota! — ele esbravejou, chegando perto dela com os punhos prontos para brigar.

Essa era a situação mais constrangedora de toda a vida de Midoriya. Seus amigos se seguravam para não rir e ele sentia suas bochechas queimarem de vergonha.

– Chega, você estão deixando o menino constrangido!

– Foi a velhinha aí que começou — Bakugou mostrou o dedo do meio e Midnight a língua — Vai se lascar velha safada!

Enquanto os dois brigavam como duas crianças, Nighteye explicava como o prédio funcionava e onde eles estavam. Ele e sua turma inteira teriam que ficar escondidos naquele lugar até descobrirem o que a tal Liga Escarlate queria. Poderia demorar semanas, talvez um mês ou mais.

– Eu posso falar com a minha mãe depois?

– Claro, vamos te dar um telefone especial!

Midoriya tinha tantas perguntas, mas ele sentia que nem todas Nighteye poderia responder.

– Outros vampiros além do Bakugou e da Midnight trabalham com vocês? — Midoriya perguntou com um pouco de preocupação, mas Nighteye apenas ajeitou seu óculos e sorriu.

– Não, são apenas aqueles dois — ele ajeitou novamente o óculos — Parecem duas crianças, mas são as minhas crianças. São profissionais no que fazem e eu confio neles.

Midoriya estava com muita fome. Junto aos outros, eles subiram para o andar em que o mesmo tinha acordado. Nighteye pediu pizzas e Bakugou foi buscá-las. Midoriya percebeu que estava morto de fome e seus amigos também.

Enquanto devorava os pedaços, ele percebeu olhos penetrantes lhe observando a refeição inteira. Bakugou não tirava a atenção dele e o coração de Midoriya começou a bater mais rápido. Ele não estava com medo, mas sim com vergonha. Midoriya não tinha coragem de olhar para ele depois do que Midnight disse mais cedo.


Midoriya não pegava no sono de jeito nenhum, ele tinha medo de que se fechasse os olhos, teria pesadelos. Suas mãos tremiam sem parar, mesmo que estivesse bem. Não se sentia nervoso, nem ameaçado, mas tudo tinha virado de cabeça para baixo em tão pouco tempo. 

De repente, alguém entrava no seu quarto e Midoriya levantou alarmado. Era só Bakugou. 

– Bakugou? — Midoriya chamou, mas ele apenas avançou no seu corpo, lhe abraçando com força.

Ele estava lhe cheirando como um cachorrinho. Fazia cócegas, mas era um pouco estranho. Talvez fosse uma coisa de vampiro cheirar o outro como um cachorro.

– Bakugou? — Midoriya o chamou novamente e ele finalmente pareceu ouvir — Cara, por que você tá me cheirando?

– Filho da mãe — murmurou, se afastando de Midoriya — Desculpa eu não quis fazer isso.

– Por que você tava me cheirando? — Midoriya levantou uma sobrancelha e jurou ver Bakugou ficar de bochechas rosadas.

– Por porra nenhuma idiota — respondeu com fúria — Você só é...cheiroso, só isso.

– Isso tem a ver com o que ela falou naquela hora? — Midoriya deduziu com vergonha, esfregando a própria nuca para tentar disfarçar — Acho que você pode me cheirar, só não morde, por favor.

Bakugou avançou novamente. Ele estava com tanto medo dos próprios instintos, mas Midoriya simplesmente disse que ele podia cheirar o seu aroma forte. Bakugou nem estava pensando mais.

Sua língua lambeu a pele macia, sedenta para sentir o gosto do sangue. Suas mãos fortes puxaram Midoriya mais para perto e apertaram seu corpo contra o dele. Bakugou sentia que podia gozar só de cheira-lo, era uma coisa inebriante. Bakugou ouviu Midoriya gemer baixinho e continuou para o outro lado do pescoço.

– Bakugou, Bakugou! 

Seus chamados rapidamente o trouxeram de volta. Ele se afastou de olhos arregalados e observou Midoriya parecer surpreso, de bochechas vermelhas e os olhos brilhantes.

– Você estava começando a morder.

– Desculpa, eu vou embora... — ele forçou o próprio corpo a se mover até a porta e sair.

Ao fecha-la, ele caiu no chão e tapou a boca com as duas mãos, mordendo a pele com tanta força até sangrar. Bakugou correu para o seu quarto e começou a respirar desesperadamente, tentando pensar em tudo menos naquele cheiro, naqueles olhos enormes, na pele macia, nas mãos, no corpo, na boca, no sangue...

Não. Ele queria, mas não podia, ele nunca poderia...


Notas Finais


Já começou a putaria galera😳😳😳😳😳 COMENTEM OQUE ACHARAM e até o próximo capítulo


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