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História Devil's blood (bakudeku) - Onde esconde a presa


Escrita por: giovana_bane

Notas do Autor


Não consegui dormir por conta das minhas crises de choro e ansiedade então lá vai mais um capítulo KKK
Desculpa qualquer erro ortográfico ou gramatical e tenham uma ótima leitura ♥️

Capítulo 6 - Onde esconde a presa


Midoriya sentia cheiro de mofo e coisa velha. Ele sentia estar em cima de uma coisa nem tão dura e nem tão macia, talvez uma cama. Podia sentir seus pulsos presos a algo, rodeados por um tecido que se fizesse muito atrito, machucaria. Suas pálpebras estavam pesadas e mesmo que tentasse, era como se o sono fosse mais forte.

Midoriya ouvia vozes, não muitas, talvez um grupo pequeno. Aí ele começou a lembrar da noite anterior. Tinham o sequestrado, massacrado centenas de pessoas naquela praça. Só de pensar dava ânsia de vômito.

Ele finalmente conseguiu abrir os olhos e se viu num lugar grande, talvez uma fábrica abandonada, um depósito, eram tantas hipóteses que sua cabeça doía.

– Olhem, ele acordou! — alguém avisou de longe.

Um pequeno grupo apareceu na sua visão ao seu redor. Ele reconheceu Dabi e o cara de cabelo branco e pele ressecada.

– Oi, eu sou Twice! — um homem de cabelo loiro curto se apresentou e logo recebeu um soco no ombro — Aí!

– Não faça amizade com a vítima seu besta — Dabi o repreendeu — Quando o doutor chega? — perguntou a Shigaraki.

– Calma, não é fácil sair do meio do mato e vir pra cidades.

Dabi revirou os olhos e continuou a analisar a face de Midoriya, que estava apavorado.

– Ele vai se cagar todinho — brincou, seus olhos azuis tão brilhantes como uma chama intensa — Posso beber um pouco?

– Não! — Shigaraki negou.

O coração de Midoriya martelava no peito. Ele estava amarrado e não sabia oque fariam. Imaginava só as piores coisas.

– Não se preocupe — Toga assertou — Não vamos fazer nada com você, não somos tão otários assim. No máximo vamos te morder, mas só isso — ela estendeu as mãos num gesto de rendição — Estamos apenas esperando o doutor.

– Deixa eu pelo menos cheirar ele? — Dabi sugeriu e Shigaraki quase meteu um murro na sua cara.

– Meu deus se eu deixar você cala a porra da sua boca? — Shigaraki perguntou de dentes cerrados e Dabi assentiu rapidamente.

Dabi desamarrou os pulsos e pernas de Midoriya e ele começou a se debater, usando toda a sua força, que parecia ser nada contra o vampiro. Dabi o puxou para mais perto e cheirou seu pescoço, sua nuca, seu cabelo, a língua molhada e morna traçou um caminho pela veia principal até seu maxilar. Midoriya esperneou, se contorceu, mas nada funcionou.

– Calma garoto — Dabi sussurrou ao seu ouvido — Não vou matar você.

Midoriya nem quis saber. Da última vez que se encontraram, o vampiro o arremessou contra uma parede.

Toga também se aproximou sorrindo. Ela cheirou o pulso esquerdo de Midoriya e lambeu seu braço. Ele sentia agonia e nojo.

– Parem com essa sacanagem! — Shigaraki ordenou — Ele chegou.

Dabi e Toga se afastaram e os portões do depósito foram aberto. Midoriya foi amarrado novamente a cama velha e parecia que um senhor de idade se aproximava.

– Vou tirar uma amostra do sangue dele — o senhor avisou a Shigaraki — Os resultados vão confirmar a minha teoria.

Midoriya remexeu um pouco, achando que talvez ele fosse envenena-lo. Twice e Kugogiri tiveram que segurar seus ombros e braços para que a agulha entrasse sem machuca-lo.

– Perfeito! — o doutor levou a agulha até uma mesa.

Com ele haviam mais vampiros, homens e mulheres que trouxeram vários equipamentos estranhos. Midoriya só reconhecia agulhas e um microscópio. 

– Vai demorar apenas alguns minutos — o doutor disse — Já fiz testes em outros humanos com marcações genéticas específicas. Esse apenas vai confirmar se ele é diferente ou não.

– Já não tava óbvio? — Twice perguntou incrédulo — O cheiro dele é a coisa mais forte que meu nariz já cheirou e olha que ele já cheirou muita coisa.

– A última parte soou bem estranha — Toga riu e Twice também.

Midoriya percebeu que eles estavam distraídos o bastante para tentar se desamarrar. Ele começou a esfregar os pés dentro do sapato, tentando tirá-los e ao mesmo tempo puxar para fora das amarras de couro. Tinha que ser paciente e tomar cuidado para não fazer barulho.

Suas tentativas não estavam dando certo e Midoriya ficava cada vez mais nervoso, apavorado. Ele não tinha para onde fugir.

– Eu sabia! — Twice gritou — O menino tem sangue de ouro!

Eles se aproximaram novamente, mas quem chegou bem perto foi Twice.

– Você deve ser tão doce... — pensou e Midoriya arregalou os olhos.

– Não, NÃO! 

– Calma rapaz, eu só estou dizendo oque eu acho — Twice deu de ombros e sentou entre as pernas de Midoriya, puxando-o para levantar — O seu sangue tem algum poder extraordinário e um de nós vai ter ele.

– Ainda estou decidindo — Shigaraki falou rapidamente.

– Mas que porra, não dá pra beber nem um pouquinho?! — Dabi soou desesperado.

– Não.

Dabi bufou e cruzou os braços. Toga sentou com Twice também e ficou olhando Midoriya. Ela cochichou alguma coisa ao ouvido dele e os dois sorriram com malícia.

– Ei garoto — Toga cutucou Midoriya, que analisava todos os cantos do depósito — Você é virgem?

Midoriya franziu a testa e pensou num monte de palavrões para soltar, mas se conteve.

– Por que quer saber? — questionou com frieza, tentando se afastar dos dois.

– Você tem cara de virgem — Toga observou suas expressões e riu ao vê-lo ruborizar — Então você é virgem!

As mãos de Midoriya tremiam de medo e seu coração parecia que ia explodir no peito. Toga foi para trás dele sentar, aproximando os lábios do seu ouvido.

– Queríamos brincar com você, Izuku — Toga sussurrou, suas mãos foram lentamente rodeando o tronco dele.

– Não, por favor — ele suplicou com medo, se encolhendo.

Toga continuou acariciando lentamente a barriga dele, descendo para as coxas e subindo para os ombros, os braços. Ela apertou o pescoço dele até quase deixá-lo sem ar.

– Você é tão fraquinho — ela continuou brincando com o pescoço dele — Uma pena que...

De repente, o portão do depósito fez um barulho alto, como se alguma coisa pesada tivesse batido contra o metal, alguma coisa grande e forte. Dabi lentamente se aproximou e se concentrou para ouvir melhor. Ele escutou um berro furioso.

Em vez de amassar mais o metal, ele foi arremessado para dentro, quase matando Dabi. O portão se arrastou até perto de onde todos estavam, no fundo do depósito. Bakugou estava de costas para a luz, sua sombra gigante cobrindo boa parte do chão.

– Achei vocês seus filhos da puta — falou de dentes cerrados — Me dêem o garoto e eu não mato todo mundo nessa porra.

Seus olhos vermelhos cintilantes ficaram em Midoriya, sentado a uma cama velha com Toga lhe tocando em várias partes do corpo e Twice assistindo. Suas unhas cresceram rapidamente e seus dentes tornaram-se maiores, saindo da boca. Bakugou rosnou feito um animal feroz.

Um grupo de vampiros se agrupou, cobrindo a visão da Liga Escarlate no fundo do depósito. Bakugou queria matar todos eles.

Uma manada de demônios velozes avançou na sua direção. Bakugou saltou o mais alto que podia e correu em direção a Midoriya sem olhar para trás. Seu reforço cuidaria dos outros vampiros. Apenas tinha que pegar Midoriya e sair dali o mais rápido possível.

Midnight atravessou os vidros nas paredes atrás do inimigo, aterrissando em cima de Dabi. Com sua super velocidade e força, Bakugou avançou em Shigaraki e o jogou na mesa cheia de equipamentos médicos, destruindo tudo.

– Não! — o doutor gritou — Oque você fez!

Bakugou chutou a barriga dele, que se chocou contra uma parede e desmaiou. Kugogiri voou em cima dele e quase arrancou sua cabeça com os dentes, mas Bakugou era experiente e com um chute na barriga, ele derrubou o vampiro e socou sua cabeça.

– Seu loiro idiota! — Toga foi para cima, mas ele nem se precisou de tanto esforço. Ela caiu no chão hum segundo desmaiada.

Twice pulou em Bakugou com garras e dentes para fora, a saliva pingando no rosto dele. Ele era forte e estava impedindo-o de chegar perto de Midoriya a qualquer custo.

– SAI SEU ARROMBADO! — Bakugou o empurrou até o chão e o imobilizou, apertando seu pescoço até não ter mais ar par mantê-lo acordado.

Midnight já tinha cuidado de Dabi e no momento estava acabando com os outros vampiros com chutes, cotoveladas, dentadas, socos, cabeçadas. Ela era uma mulher forte.

Ao olhar para onde tinha jogado o doutor, percebeu que o mesmo tinha sumido. Bakugou apenas se concentrou e correu até Midoriya, desamarrando seus tornozelos e braços. 

Ele se jogou nos braços de Bakugou e começou a chorar e soluçar. O vampiro não sabia muito bem oque fazer, então apenas massageou a costa dele e o abraçou gentilmente.

– Vamos — Bakugou murmurou — Temos que ir Izuku — ele levantou e carregou Midoriya, correndo para a saída.

No momento que entraram no camburão, Bakugou suspirou aliviado e Midnight veio logo atrás.

– Feliz que o seu namoradinho está nos seus braços, bravo príncipe? — Midnight perguntou com sarcasmo e Bakugou mostrou o dedo do meio para ela — Tá bem óbvio que você tava morrendo de ciúmes pombinho, doido pra matar todo mundo só por causa dele! — ela riu ao ver as bochechas dele rosadas.

– Vai tomar no cu, idiota — xingou, evitando contato visual.

– Vocês sabem que eu ainda tô ouvindo tudo né? — Midoriya levantou a cabeça. Bakugou arregalou os olhos e Midnight começou a gargalhar.

– EU VOU MORRER DE TANTO RIR PORRA! — ela caiu para trás e encostou na parede do camburão, gargalhando sem parar.

Eles seguiram até o novo esconderijo com Midnight rindo até chorar e Bakugou de braços cruzados, evitando a todo custo olhar para Midoriya.


Notas Finais


Acabou tudo bem, mas nem fiquem felizes pq já vai dá merda de novo só avisando. Um novo vilão vai aparecer junto da Liga. COMENTEM OQUE ACHARAM e até o próximo capítulo 🥰


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