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História Devil's blood (bakudeku) - Os cães do inferno


Escrita por: giovana_bane

Notas do Autor


DEMOREI MAS VOLTEI e eu rezo pra que esse capítulo esteja maravilhoso e que vcs adorem ele😔🙏

A fanfic está chegando ao seu fim então se preparem😳

Desculpa qualquer erro ortográfico ou gramatical e tenham uma ótima leitura ♥️♥️♥️

Capítulo 30 - Os cães do inferno


Da televisão vinham berros assombrosos. Ele não acreditavam no que estavam assistindo, não queriam acreditar, era chocante demais. A sede da ONU no centro da cidade estava um caos, mas de alguma forma o cameraman conseguia captar tudo que acontecia. Era horroroso, grotesco.

O lugar se tornava cada vez mais vermelho, coberto de sangue e mais e mais corpos caiam no chão. Midoriya observava tudo com agonia, os olhos arregalados e a boca aberta de surpresa. Ele viu de canto de olho Melissa correr para algum lugar, e não podia ver para onde, mas ele podia ouvir ela vomitar. A Liga Escarlate não parecia mais ligar para restrições, orquestrando um ataque em plena luz do dia, perto da hora do almoço.

– Meu deus... — Kirishima murmurou, os olhos esbugalhados e os lábios entreabertos.

– Eles simplesmente... — Yaoyorozo nem conseguia concluir, enquanto ainda observava atentamente a televisão.

– Mataram todo mundo... — Jirou continuou, com a voz trêmula e os olhos marejados.

Midoriya não percebeu que suas mãos tremiam muito e da sua testa escorria suor. Ele sentia que podia perder o controle a qualquer instante, e como se lesse seus pensamentos, Bakugou apanhou sua mão direita, apertando-a para garantir que estava ali se precisasse, para que Midoriya tivesse certeza que ele não sairia do seu lado.

Rumi entrou no quarto de supetão, mas ninguém pareceu ouvir ou notar sua chegada.

– Gente, vocês viram a— 

Ela parou quando pôs os olhos nas imagens macabras. Rumi olhou para Aizawa e Endeavor nas suas respectivas camas silenciosos. Aizawa ainda não podia ver, com os olhos enfaixados, mas podia ouvir tudo, já Endeavor encarava a televisão sem piscar, imóvel, os olhos azuis intensos estranhamente escuros. Ela ouviu alguém no banheiro do quarto vomitando sem parar, e se aproximou devagar para abrir a porta.

– Tá tudo bem, Melissa? — Rumi se ajoelhou ao lado dela, acariciando suas costas devagar. O novo braço mecânico funcionava bem, graças a Melissa.

– Não — ela tirou a cabeça de dentro do vazo e fungou, pondo os óculos no seu rosto — Toda aquela gente na tv...

– Eu sei. A Liga não tem mais limites, não depois que eles acabaram com toda a unidade responsável por cuidar de infrações como aquela na tv.

– Se meu pai estivesse aqui, ele saberia oque fazer... — sua voz se tornou embargada, e pelos movimentos dos ombros e costas, ela parecia querer chorar.

– Vamos, levante garota! — Rumi a puxou para cima — Não se esqueça, você não está sozinha!

Melissa estava triste, a as palavras de Rumi a lembraram ainda mais do seu pai. Ela não aguentou, e se desfez em lágrimas nos seios de Rumi, que a abraçou e apertou, sussurrando que tudo ficaria bem.

Não dava mais para esconder do mundo, não dava mais para ter cautela com oque mostravam na tv. A Liga fez questão de mandar o trabalho deles e da unidade 13 por água baixo, e o segredo dos vampiros, a verdade por trás dos monstros sanguinários, veio a tona. Bakugou não podia fazer nada, nem se quisesse, nem mesmo Aizawa poderia reparar um dano tão catastrófico assim, muito menos a ONU. Ele não tinha ideia do que fariam.

 – Eu vou acionar os protocolos de segurança! — Melissa avisou a todos do quarto.

– Aqui tem protocolos de segurança?! — Iida questionou desacreditado.

– Foi meu pai quem construiu esse hospital, e eu dei uns ajustes pra melhorar a resposta ao acionarmos os protocolos!

– E você fez tudo isso sozinha?!

– Não mesmo!

Melissa correu para fora do quarto e desceu para o décimo andar, onde a sala principal de segurança ficava. Como ela esperava, Mei Hatsume mexia em praticamente tudo, ativando detectores de DNAs específicos.

– Se eles aparecerem, iremos saber! — Mei disse com entusiasmo, sorrindo como uma criança que acabou de ganhar o brinquedo que mais queria — Meus bebês vão fazer um show!

Melissa achava engraçado como ela se referia as suas próprias invenções, e as vezes sem perceber, fazia a mesma coisa.

– E os inibidores que testamos no Bakugou estão prontos?

– Claro que sim! Passei as últimas semanas aprimorando aquelas belezuras!

– Você usou as amostras de DNA da Liga, não é? — Melissa quis saber, um pouco nervosa. Ela com certeza confiava em Mei, mas as vezes até ela cometia erros e dessa vez, não queria que nada desse errado.

– Mas é claro!

– E você mandou algum alerta pra Nighteye agora?!

– Sim, senhora!

Melissa abraçou Mei tão forte que a mesma ficou sem ar.

– Você é um gênio, Mei!

Melissa colocou uma escuta no ouvido e foi para fora da sala. Hatsume começou a rir feito uma cientista louca, mexendo nos computadores que ativando oque tinha que ser ativado, se sentindo completamente feliz por ter recebido o elogio.

– Kasui, na escuta? — Melissa chamou por uma das médicas assistentes de Recovery Girl pelo escuta.

“Estou ouvindo” 

– Vai pra jaula e aciona o protocolo "encarcerado"! — Melissa caminhava com pressa, ofegante. Ela estava nervosa e a última coisa que queria era a Liga invadindo este hospital, o seu hospital.

"Só isso?"

– Por enquanto, sim!

Ela voltou para o quarto onde a maioria estava, e Hawks tinha se juntado a eles. Eram tantas pessoas em um só quarto que Melissa arreganhou as sobrancelhas, impressionada. Hawks parecia desesperado para convencer Aizawa de alguma coisa.

– Nós temos que fazer alguma coisa! — ele disse, as mãos gesticulando e se mexendo no ar sem parar.

– Não podemos fazer nada Keigo! — Aizawa retrucou num tom mais alto.

– Podemos sim, podemos usar o meu plano! 

– Keigo, eu não vou usar o garoto como—

Melissa bateu na porta com força, para distrai-los da discussão. Ela ajeitou seus óculos e fez uma cara zangada, cruzando os braços.

– Cadê o Midoriya? — ela se aproximou de Hawks com uma áurea ameaçadora, e ele imediatamente recuou.

– Foi tomar um ar com os seus amigos, e Bakugou e Rumi — Aizawa respondeu, soando aborrecido.

– Oque você quer fazer? — ela olhou para Hawks com claro deboche.

– Ele quer fazer do garoto uma isca.

Melissa jurava que Endeavor estava cochilando na sua cama, mas pelo visto, ele estava acordado, os olhos semiabertos e o tronco quase completamente enfaixado.

– Isca pra atrair a Liga?

– Pra acharem que nós ainda estamos vivos, que o garoto ainda está vivo! — Hawks explicou rapidamente — Se eles souberem disso, com certeza vão vir com tudo pra cima de nós, e é aí que os pegamos!

– Trazer eles pra cá?!

– Não pra cá, mas pra um lugar bem longe daqui, uma ilha.

– Que ilha?


Shigaraki não lembrava da última vez que tinha matado tantas pessoas numa só manhã. Não importava o quanto elas gritassem, a sua risada sempre era mais alta. As pessoas do lado de fora corriam aterrorizadas, como milhares de formigas, e Shigaraki estava doido para pisar nelas. Dabi aproveitou para pôr fogo em tudo, e as chamas azuis escaldantes eram radiantes, intensas e difíceis de não notar. Fumaça preta subia para o céu, o sujando com ares tóxicos. Era o caos que ele queria, que procurava. Era perfeito.

A unidade 13 estava acabada, e nem a ONU os pararia. Shigaraki decidiu que já era o bastante para o almoço e se retirou, junto ao resto da Liga Escarlate, saltando de telhado a telhado. Os jornalistas e civis com celulares em mãos não perdiam a chance de registrar o caos que se espalhava rapidamente, como bebida derramada em tecido.

– Isso é tão... lindo! — Twice gritou para o vento, enquanto contemplava a visão do caos semeado logo abaixo deles.

– Vamos, já nos mostramos demais.

Ao chegarem no seu esconderijo, se depararam com o Doutor, que parecia sério. Shigaraki cogitou que talvez estivesse irritado com sua atitude nada planejada, e muito menos cuidadosa.

– Quando All for One me falou de você... — o Doutor começou, descruzando os braços — Você é mais fascinante do que ele descreveu!

– Agora você soou bem estranho cara... — Twice observou com uma careta — Você é gay?

– Cala a boca idiota! — Dabi desferiu um tapa na sua nuca — Ele não é gay sem noção!

– Ah.

Toga riu tanto que chegou a chorar. O único que conseguia ficar sério numa situação daquelas era Stain. Até mesmo Kurogiri ria. 

– Eu queria dizer uma coisa importante a vocês, meus companheiros — o Doutor cruzou os braços atrás das costas e limpou a garganta — Eu receio que...bem... infelizmente, Shigaraki, você não matou o garoto.

Oque?

Aquilo não podia ser real, não mesmo. Shigaraki sabia muito bem oque tinha feito, lembrava de tudo, as memórias de duas semanas atrás bem claras em sua cabeça. Ele tinha certeza que tinha quebrado todos eles, que tinha os massacrado.

– Eu estava lendo alguns sinais pelos meus computadores e consegui detectar  grandes ondas eletromagnéticas vindas de um lugar específico, não tão longe daqui. São leituras parecidas com as da tecnologia de David Shield.

– Mas oque...

– Ele está vivo, Shigaraki.

– Onde exatamente é esse lugar? — Toga perguntou, ao ver que Shigaraki tinha entrado num tipo transe. Ele parecia abismado.

– Ainda não sei, mas vou descobrir. A tecnologia desse lugar é boa, consegue driblar até meus computadores!

– Será se não é a...

– A filha do otário que a gente matou? — Twice sugeriu, olhando para Stain e sua lâmina afiada — Uma tal de Mestiça.

– Melissa, seu idiota, é Melissa! — Toga o repreendeu — É a loira.

– Vamos matar ela também? — Stain perguntou, analisando as próprias mãos.

– CALEM A BOCA!

A cabeça de Shigaraki se encheu de dúvidas, de raiva. Izuku Midoriya não poderia estar vivo, não deveria estar vivo, não depois do que ele fez. Vou deixá-lo bem morto dessa vez, pensou Shigaraki. Ele queria o caos, e levaria o caos aonde quer que precisasse. 


Shigaraki estava pronto para deixar o mundo em pedaços...



Notas Finais


COMENTEM OQUE ACHARAM, interajam, façam perguntas se tiverem e até o próximo capítulo 🥰🥰🥰


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