História Diabolik Lovers - O despertar. - Natal, Azusa.

Me vi em um salão amplo, não sei se poderia chamar de salão não tinha paredes. Acima de mim e aos redores eu via o azul do céu, sorri era tudo muito bonito e fazia tempo que não tinha esse sonho. Ouvi um badalar de um relógio, soube que isso significava que deveria me apressar, me aproximei do centro do salão. Quando Ayato-kun me levou da mansão Mukami a macieira desapareceu, não sei dizer porque mais isso me entristeceu. Abri um sorriso e levei minha mão a folha da planta que estava começando a nascer ainda era muito pequena, mas eu tinha a certeza que quando a visse de novo estaria maior. Senti uma breve dor em meu pescoço que trouxe minha consciência a tona.

- Ohh te acordei? - Disse a voz já conhecida. - Desculpa...

- Azusa-kun ? - Disse lentamente enquanto abria meus olhos.

Olhei em volta o quarto estava escuro, mas minha visão deveria ter se acostumado com o escuro. Azusa estava em cima de mim, porém seu corpo não estava encostando no meu. Me assustei com a proximidade do mesmo e tentei me afastar me apoiando em meus cotovelos e indo para trás, mas a cabeceira da cama não me permitiu.

- Bom dia Eve... - Falou ele calmamente com um sorriso nos lábios que após ele escondeu na manga de sua blusa que limpava a sua boca.

- O que você está fazendo aqui Azusa-kun ? - Indaguei tentando soar simpática mas pareceu que eu estava assustada.

- O seu rosto... estava muito bonito enquanto você dormia... estava te observando. - Ele disse sorrindo mas depois pareceu ficar confuso. - Você está brava ? Eu te irritei ?

- Eu não estou brava Azusa-kun... - Falei tentando manter meu sorriso.

- Eu estava te esperando. - Falou ele olhando para os meus olhos. - Estava solitário ficar sozinho... agora venha... certo ? Eve, fique ao meu lado.

Azusa começou a se aproximar mais. Fechei os olhos os comprimindo e levei minhas mãos a frente do corpo, acho que já fazia isso instintivamente. Senti a mão gélida dele sobre a minha mão a abaixando.

- Eve... - Falou Azusa.

Não abri meus olhos, senti uma sensação breve porém boa. Senti algo muito gelado mas também macio sobre meus lábios. Abri os olhos e vi Azusa se afastando, ele me olhava como se me analisasse mas não fazia expressão alguma para que eu o entendesse.

- O que... foi Eve ? - Ele disse pendendo a cabeça para lado, sem perder o contato visual comigo. - Essa sua expressão de surpresa... eu te assustei? Você acha... que é estranho ?

Desviei o olhar e olhei para baixo. Levei minha mão a boca e toquei meus lábios discretamente, ele havia me beijado ? Eu não tinha achado ruim, era um sensação muito boa... acolhedora. Olhei para ele e abri um sorriso.

- Eu só fiquei um pouco surpresa. - Falei soando simpática. - Não achei estranho Azusa-kun.

Ele abriu um breve sorriso. Azusa voltou a se aproximar, engoli em seco. Ele pegou uma mecha do meu cabelo e a cheirou.

- Seu cheiro... - Falou ele. - É mesmo... será que é por causa do seu cheiro ?

- Cheiro ? - Indaguei.

- Quando estou com você... sinto uma sensação boa. - Falou ele. - Você me traz essa sensação... Não sei porque... mas gosto de ficar perto de você. - Ele voltou a cheirar meu cabelo. - Será por causa desse cheiro ?

Eu não estava entendo aonde ele queria chegar, mas eu não gostava dessa conversa.

- Azusa-kun... - Chamei.

Ele me olhou e depois de algum tempo pareceu se entristecer.

- Você... me odeia ? - Indagou ele.

- Por que está falando isso Azusa-kun ? - Perguntei.

- Porque... você está com essa expressão de assustada.

- Eu não te odeio! - Falei, porém acabei demonstrando que estava levemente assustada como ele havia dito. - Como eu poderia odiá-lo ?

Ele soltou um suspiro de alívio.

- Que bom... pensei que a Eve me odiasse. - Contou ele com um sorriso nos lábios. - É mesmo, não é ?! Afinal a Eve... é gentil.

Me mexi desconfortável na cama e após me coloquei sentada na cama apoiando minhas costas na cabeceira.

Azusa olhou para cima, para mim, o rosto dele ainda parecia sem expressão alguma.

- Ei; Eve... se aproxime mais... - Falou ele. - Mais...quero fazer você sentir mais... será que eu não... posso?

- Ãnh ? - Emiti sem perceber. - Azusa-kun...

Ele voltou a se aproximar, os olhos dele não me permitiam desviar o olhar. O mesmo levou a mão ao lado do meu rosto e a apoiou na cabeceira da cama, assim lentamente ele se aproximou mais. Não soube o que fazer, então apenas observei ele se aproximar a cada vez mais até que o espaço entre nós fosse mínimo. Azusa fechou os olhos e esse foi o "passe" para que eu voltasse a sentir a sensação de antes, aquela sensação que embora gélida me fazia se sentir cálida, aquela sensação macia e confortável. Senti ele movimentar seus lábios sobre os meus, porém após algum tempo ele cessou o beijo, continuei com os olhos abertos enquanto via ele se afastar. Azusa se aproximou mais, senti a respiração dele próxima ao meu ouvido.

- O seu corpo... estava tão quente. - Ele disse parecendo pensativo porém feliz. - Me fez se sentir muito bem... era uma boa sensação. Queria ficar assim para sempre...

- Azusa-kun... - Emiti.

Ele se afastou um pouco para poder me olhar nos olhos.

- O beijo... não é suficiente. - Falou ele. - Ei, você... pode me dar o seu sangue ?

- Meu sangue? Azusa-kun isso não... - Comecei a dizer mas parei quando senti os lábios dele sobre minha pele.

Azusa deu um breve beijo em meu pescoço, onde logo ele mordeu, soltei um grunhido de dor. Comprimi os olhos com força, tentei empurrá-lo mas não funcionou. Após algum tempo ele cessou a mordida, senti meu sangue escorrer.

- Doce... tão doce e quente. - Falou ele com os lábios ainda sobre minha pele. - Isso é muito delicioso... eu quero mais, muito mais...

Senti um doloroso chupão.

- Azusa-kun pare. - Pedi.

Estranhamente ele parou. Azusa se afastou um pouco para poder me olhar nos olhos dessa vez ele pareceu sério.

- Mais, mais eu quero que sinta... mais dor. - Ele ficou em silêncio por um instante. - Isso ainda não é suficiente.

- Eu... - Falei balançando a cabeça para ambos lados. - Eu não quero isso!

- Ei; desse jeito... você vai se sentir melhor. - Falou ele com sorriso nos lábios. - Por favor me dê mais?!

- Não Azusa-kun... por favor! - Pedi.

Ele levou a mão ao meu rosto e acariciou minha bochecha, após alguns segundos ele pareceu se entristecer.

- Seu rosto... está tão triste Eve. - Azusa soltou um riso fraco. - Que... bonito! Não, desse jeito... por favor Eve... não mostre esse seu rosto para mais ninguém, apenas para mim.

- O que você quer dizer com isso ? - Falei assustada.

- Coitada... Eve. Estou com dó de você. - Falou ele voltando a acariciar a minha bochecha enquanto colocava sua outra mão em meu ombro. - Não posso mais me segurar.

O que ele poderia estar pensando em fazer? Engoli em seco. Olhei para os lados procurando um jeito de escapar e depois olhei para Azusa, ele estava me observando em silêncio parecia sério.

- Gentilmente eu vou... - Falou ele.

Respirei fundo e após prendi a respiração fechando os olhos. Senti ele deslizar a mão do meu ombro para o meu queixo e erguer levemente a minha face estava com medo do que estava por vir, levei minha mão ao meu rosário em meu pescoço e o segurei com força. Para a minha surpresa, novamente senti os lábios dele sobre os meus, mas dessa vez foi um pouco diferente. Azusa empurrou meus lábios com os seus, senti ele mover seus lábios. Não sabia o que fazer, ele abriu a boca sutilmente, o imitei. Senti a língua dele adentrar em minha boca, meu coração disparou. Azusa movimentava sua língua deixando o beijo cada vez mais intenso, meu coração a cada instante pulsava mais forte, essa era uma sensação nova. Ele cessou o beijo com um longo selinho. 

Abri meus olhos quando ouvi o baixo riso dele. Olhei para ele, ele estava sorrindo porém logo o sorriso dele desapareceu e ele pareceu preocupado. O mesmo levou a palma de sua mão entre minha clavícula e seio.

- Ei, Eve...Seu coração está batendo rápido. - Falou ele aflito. - Está... se sentindo bem ?

- Acho que sim... - Falei sentindo minha bochechas queimarem.

Desviei o olhar, senti ele deitar a cabeça em meu ombro, olhei para ele o mesmo estava com os olhos fechados, será que estava com sono ? Deveria estar, Azusa-kun disse que ficou me observando enquanto eu dormia. Levei a mão aos cabelos dele e passei a mão ali, algumas vezes.

- Que bom... que está bem. - Falou ele aliviado. - Gosto quando se sente bem... gosto de você Eve.

- Azusa-kun... - Disse.

- Ei, será que você poderia... ficar sempre ao meu lado ? Quero que você... fique sempre ao meu lado. - Falou ele entre um baixo riso. - Eu gosto de ficar assim... Eu; estou feliz.