História Diabolik Lovers - O despertar. - Acordadas.

Yui Komori.

Fechei os olhos e puxei minha coberta um pouco mais para acima da minha cabeça. 

Depois do que havia acontecido na escola Reiko me ignorou completamente todas as vezes que tentei falar com ela. Embora ela pareça má, eu tive certeza que ela teve a intenção de me ajudar mas a situação acabou não ficando muito boa para ela, eu tinha que me desculpar mas essa hora provavelmente ela já estaria dormindo.

Senti o colchão se afundar atrás de mim, engoli em seco. Estava curiosa para saber quem era, mas não queria ter meu sangue sugado. Pelo balanço e movimento das cobertas e colchão pude saber que a pessoa estava se mexendo.

- Já está dormindo Chichinashi ? - Indagou a voz de Ayato. - Não seja sem graça. Ore-sama quer seu sangue.

Fechei meus olhos com mais força. Senti o cobertor deslizar de meu corpo.

- Vamos lá Chichinashi! - Falou ele empolgado.

Soltei um suspiro, então era Ayato. Apoiei meu cotovelo na cama e olhei para ele.

- Ayato-kun... agora está na hora de dormir não acho que seja o melhor momento. - Falei tentando convencê-lo.

- Não me diga o que fazer! - Falou ele em um tom autoritário. - Me dê seu sangue!

Ayato levou a mão ao meu braço me puxando para mais perto, soltei um grito involuntário puxei as cobertas e me levantei da cama e fui em direção a porta, mas antes de alcançá-la senti ele puxar meu pulso e em um impulso me virando de frente para ele.

- Baka. - Ele disse de forma lenta. - Você não pode fugir do Ore-sama.

- Ayato-kun por favor... - Pedi.

Tentei me soltar mas ele segurou meu outro pulso. Ayato se aproximou, o sorriso em seu rosto deixava claro que ele estava se divertindo. Ele soltou um de meus pulsos e envolveu minha cintura me trazendo para perto. Com minha mão livre tentei empurra-lo, mas como sempre não funcionou. Ayato deu um chupão no meu pescoço a sensação era quente, úmida e levemente dolorida.

- Ayato-kun, o que eu irei fazer se não conseguir esconder essas marcas amanhã?! - Disse.

Ele cessou o chupão e puxou mais minha cintura colando meu corpo ao dele.

- Como se isso fosse problema meu! - Falou ele.

Senti a língua dele deslizar em minha pele, fechei os olhos depois de um tempo senti seus dentes perfurarem minha pele, tentei segurar o gemido de dor mas ainda sim emiti algum som. Durante algum tempo ficamos assim, após ele tirou os dentes da minha pele e eu abri os olhos, o mesmo lambeu o sangue que escorria. Me senti fraca, minhas pernas pareceram perder toda a sua força assim que iria despencar no chão Ayato me segurou mais firme.

- Você não tem jeito! - Falou ele.

- Mas a culpa é sua... - Murmurei.

- Você está desafiando Ore-sama Chichinashi ? - Indagou ele.

Balancei a cabeça para ambos lados em negação. Ayato me pegou no colo e me deitou sobre na cama.

Obri... - Antes de eu terminar de agradecer ele já não estava mais no quarto. - Gado...

Reiko.

- Quanto tempo pretende dormir ? - Ouvi a voz de Kanato.

Eu já havia acordado antes mesmo de ouvi-lo, assim que comecei a abrir meus olhos vi que ele estava de pé a minha frente, de alguma forma me surpreendi de uma maneira bem contida mesmo que o meu coração tivesse disparado de uma forma insana; então apenas fechei os olhos que mal havia abrido e fingi estar dormindo ainda com a esperança de que logo ele fosse embora. 
Depois que voltei eu ainda não havia ficado sozinha com Kanato, eu sabia que logo essa realidade iria mudar mas eu não conseguia deixar de ficar com medo.

Senti o colchão se abaixar levemente a minha frente, soube que ele estava se sentando. Senti a mão gelada dele sobre minha bochecha, ele deslizou a mão até o meu pescoço empurrando a coberta e os meus cabelos que ali estavam.

- Sua pele branca me faz ter vontade de fazer seu sangue vermelho escorrer por ela... - Sussurrou ele.

Após ouvir as palavras dele um arrepio passou por minha coluna, abri os olhos em minha melhor atuação de quem havia acabado de acordar. Levei minha mão a frente dos olhos fazendo sombra para os mesmo.

- Kanato-kun... - Falei.

- Será que você já cansou de bancar a má Reiko-san. - Indagou ele.

- Estou sendo má ? - Perguntei relutante.

- Me deixando com sede, durante todo esse tempo. - Falou ele com a voz chorosa. - Enquanto me provoca com esse aroma doce.

Olhei nos olhos dele, eu não sabia desvendar que expressão ele estaria fazendo agora. Kanato subiu em cima da cama e colocou seus joelhos ao lado das minha coxas e após ele puxou a coberta lentamente, engoli em seco.

- Você certamente quer me enlouquecer Reiko-san. - Falou ele em meio a um sorriso. - Não acha que deveria arcar com as consequências dos seus atos ?

Eu não sabia como respondê-lo, mas não queria deixar de respondê-lo. Não queria que ele pensasse que eu o estava ignorando novamente.

- Eu...- Comecei a dizer mas não sabia como terminar a frase.

Kanato semicerrou o olhar e assumiu uma expressão que exigia uma resposta que o agradasse e obviamente se não o agradasse eu iria sofrer.

- Eu senti sua falta. - Disse gaguejando.

Kanato abriu um sorriso, ele parecia conformado com a situação ele levou a mão ao meu rosto.

- Você me odeia, não é mesmo ? - Indagou ele. - Mas você fica muito bonita quando tenta me agradar... embora pareça estar com medo, mas acho que isso faça parte do seu charme.

Ele deslizou a mão para o meu pescoço e após para o meu ombro adentrando-a embaixo da alça da minha camisola, levando para o lado expondo minha pele. Ele se aproximou colocando uma mão ao lado do meu rosto para fazer de apoio para seu corpo e sem muita demora ele colou seus lábios de maneira sutil sobre minha pele, em meu ombro. Em uma sequência de beijos ele subiu para o meu pescoço, por sorte era o lado ao qual o Laito não havia mordido, então Kanato ainda não se irritaria comigo por culpa da proeza do seu irmão.

- Tudo bem Reiko-san. Vou me certificar de beber cada gota do seu sangue. - Disse ele de forma calma dando ênfase no "cada" ao dizer mais lentamente.

Como eu já havia sido noiva do Kanato durante algum tempo eu aprendi quais eram as coisas que mais o irritada e que mais o agradava embora muitas vezes não funcionasse pois ele sempre foi muito imprevisível.

- Mas assim eu não poderei mais passar o tempo ao seu lado. - Falei tentando esconder meu medo, embora não tenha funcionado.

- Não se preocupe Reiko-san. - Disse ele com a voz mansa. - Estaremos juntos por toda eternidade, com seu sangue fluindo em mim.

Fiquei sem reação por um instante, eu queria fugir mas sabia que se fizesse isso só iria irritá-lo ou talvez diverti-lo e não seria bom para mim. Eu não queria, mas não tinha muito o que fazer se não deixar ser mordida, fechei os olhos. Kanato afundou com uma certa força suas presas em minha pele, emiti um grunhido de dor. Ele começou a chupar meu sangue, parecia que junto com meu sangue minha força também estava indo embora, poderia ser anemia ?

Depois de um instante ele parou de sugar meu sangue, senti meu sangue escorrer por minha pele mas o mesmo logo tratou de lamber não deixando o sangue escorrer mais.

- Doce... - Sussurrou Kanato com os lábios ainda sobre minha pele.

- Kanato não é hora para isso! - Ouvi a voz de Reiji.

- Reiji... - Emitiu Kanato descontente.

Kanato saiu de cima de mim e fitou meus olhos de forma indiferente e depois sumiu diante dos meus olhos. Olhei para Reiji e fiz um esforço para sustentar meu corpo com meu cotovelos.

- Vim aqui para me certificar que não iria se atrasar, mas ainda nem se deu o trabalho de se levantar ?! - Falou ele com desgosto na voz. - Francamente, você só está me decepcionando.

- Mas... - Comecei a dizer mas assim que vi ele semicerrar os olhos me auto interrompi. - Desculpa...

- Não se atrase.- Disse ele por fim.

Quando menos notei estava só em meu quarto.