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História Meu querido "R" (Reescrevendo) - Capítulo 2


Escrita por: Sak_ReiRei

Notas do Autor


Mais uma vez estou aqui para me desculpa por qualquer erro ortografico foi mal msm.

Capítulo 3 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Meu querido "R" (Reescrevendo) - Capítulo 2

      Mais uma vez me senti morta, era uma sensação boa, era quase tudo silencioso exceto pelo fato que eu sentia e ouvia meu coração bater como uma batida que incomodava a paz que eu sentia naquele momento. No entanto, um flash de luz seguido de uma memória, memória essa que continha KarlHeinz, suas presas grandes e longos cabelos esbranquiçados me fizeram acordar em um espasmo, um susto. Assim que meus olhos foram abertos, eu me sentei na cama com minha mão contra meu peito que se ofegava freneticamente, engoli seco, vou me acalmando conforme eu respirava fundo. Até então não tinha reparado no local em que eu me encontrava, olho em volta já mais relaxada após esse susto passageiro.

Era um quarto grande e bastante luxuoso com móveis feitos de puro carvalho e detalhes a ouro, os lençóis da enorme cama que eu me encontrava eram brancos meio azulados em um tom pastel. O ar dali era frio pela imensa porta de vidro e madeira da varanda estava aberta me dando visão da lua agora branca, minha cabeça latejava, levei meus dedos indicadores até a lateral de minha testa a massageando na esperança daquilo passar. Em um sopro não previsto as cortinas se alvoroçaram com o forte vento que havia batido, junto delas minha franja também se levantou deixando minha aparência ainda mais deplorável. No entanto, toda essa agitação tinha um nome: KarlHeinz. O vampiro apareceu diante de meus olhos com a coluna ereta e as mãos para trás me encarando com sadismo e ao mesmo tempo seriedade.

—— O que você quer comigo? -Pergunto a ele já seria a ele, já não tinha mais paciência para os jogos do mesmo.

—— Calma, calma. Começamos com o pé esquerdo, não acha? Bem, Chrystal -Articulou o homem se sentando na cama ficando de costas para mim enquanto mexia suas mãos uma nas outras- Eu vou lhe oferecer uma proposta. Peço que escute antes de qualquer coisa.

—— E por qual razão eu aceitaria fazer algum tipo de "proposta" vinda de você?

—— Como eu já havia falado: Escute antes de qualquer coisa. -Virou sua cabeça para me encarar pelo canto do olho- Você poderá morar aqui o tempo que quiser, terá acesso a biblioteca que contém alguns assuntos que eu garanto que você está louca para conhecer, resumindo de um jeito simples: Viverá como alguém da realeza.

—— Aham, ta bom -Disse com ironia- E em troca eu vou ter que ir pra cama com você? Ser submissa a ti? Deixa você usufruir de meu sangue quando bem entender? Vá sonhando Heinz. Esquece.

—— De certo que eu poderia sim fazê la de minha esposa, abusar de seu corpo, etc, etc, etc... No entanto não é isso que terá de fazer, saberá quando a hora chegar

—— Eu não confio em você. No entanto, eu não tenho lugar para ir... Eu aceito. Afinal o pior que pode fazer comigo é me violentar -Dei de ombros enquanto falava- No entanto, você me manter por perto não aumenta suas chances de conseguir meus poderes. fique ciente disso.

Me levanto mantendo meu nariz empinado e a postura boa, não ia parecer inferior diante dele, isso nunca, nem dele e nem de nenhum outro homem, não fui criada pra isso. Estico meu corpo em direção ao céus para espreguiçar, suspiro pesado

—— O que está fazendo aqui ainda? Saia, eu pretendo me trocar e não quero sua presença aqui -Disse olhando diretamente em seus olhos vermelhos.

—— Muito bem. -O vampiro respondeu em tom sarcástico assim saindo do quarto logo em seguida.

Eu sabia bem que conviver com Heinz em sua casa não seria nada fácil, mas era melhor do que ficar vagando por aí sem rumo.

Os anos que eu ia passando naquela casa vazia com Karl foram estranhos porém úteis, a biblioteca mencionada por ele havia tudo sobre cada espécie do mundo demoníaco, incluindo as bruxas. Acabei por aprender como usar meus poderes e quais mais eu tinha, Karl era extremamente presente naquele lugar, isso me incomodava pois como rei vampiro eu jurava que ele seria extremamente ocupado e eu teria paz, inocência minha achar isso. O lado bom era que ele não tentava absolutamente nada contra mim, apenas me observava de um jeito penetrante, nada demais.

Em uma tarde quente, eu estava desenhando a paisagem do campo que havia atrás da construção, uma das empregadas dele mandou me chamar, afirmo com um sorriso gentil, eu só era ignorante com Karl, mas sempre me dei bem com os seus servos. Sem mais enrolação me levantei dali, bati em minha bunda para tirar a pó dali já que eu estava sentada no chão, caminho calmamente pelos corredores quentes, já haviam se passado três séculos que eu estava morando ali e mesmo assim o tempo não parece ter se passado. Suspiro baixo, chego na porta de seu escritório batendo duas vezes, querendo ou não ele acabou me ensinando boas maneiras, após sua permissão adentrou o cômodo fechando a porta atrás de mim.

—— Minha querida -Sua voz ecoou pelo cômodo- Já se passaram três séculos, o tempo passa tão rápido, não é mesmo?

—— Fale de uma vez. O que quer de mim. -Me sento em uma cadeira à sua frente.

—— Chrystal, você se lembra que eu havia lhe dito que você teria de fazer algo como forma de retribuição a esses anos?

—— Sim eu me lembro bem, até estranhei que você não havia tocado no assunto até então.

—— É de fato. Bem, chegou o dia. Preso por sua atenção -Ele se levantou e começou a caminhar pela sala com as mãos para trás- Chrystal, eu não sei se já comentei com você sobre minhas três belas esposas.

—— Sim, já comentou sim. Tem até uma com meu nome ou sei lá.-Corto ele no meio da frase.

—— Exatamente, mas não é esse o ponto: Eu tive a glória de ter 6 filhos e um dia deles tomará meu lugar.

——E o que eu tenho haver com isso?

—— Chrystal -O mais velho passou por trás de mim, levou a mão até meus cabelos- Apesar de ser 245 anos mais velha que eles eu prezo que se una em matrimônio com um dos meus meninos.

Ao ouvir aquilo uma onda de arrepio atingiu meu corpo me fazendo levantar de imediato, olhei para ele indignada com isso, com a raiva dominando meu corpo as chamas começaram a surgir.

—— Como é?!! -Disse em um tom mais alto que deveria.

—— Você ouviu bem, agora se não quiser provocar um incêndio sugiro que se acalme -Ele voltou para sua cadeira e se sentou com uma expressão plena.

—— ME ACALMAR? Como você quer que eu me acalme sendo que em menos de duas horas descobri que você me jurou noiva! -Exclamo ainda irritada.

—— Eu não sei se você se lembra mas temos um acordo. Não é algo que você possa sonhar em recusar, não seria justo, não é mesmo? -Ele me lançou um sorriso vitorioso após eu me sentar- Ótimo, você será enviada hoje mesmo, quando chegar lá não fale sobre o contato que temos, garanta que não vão descobrir que você não é humana.

—— Tá bom... -Suspiro baixo- Enquanto ao meu "noivo"?

—— Ah sim, bem, quem vai escolher será você. Viu? Não sou tão injusto assim, não é?

—— Era só isso? Posso ir?

—— Deve. Foi bom fazer negócios com você. Chrystal.

Sem mais nenhuma palavra eu me levanto e saiu de seu escritório, caminho calmamente pelos corredores iluminados pela luz do sol que ainda brilhava forte no céu, olho para o lado de fora suspirando pesado, eu não suportava KarlHeinz, muito menos sua presença, no entanto eu sentiria falta daquela casa, afinal foram 300 anos morando ali. Em mais alguns passos chego em meu quarto, abro a porta dando-me de cara com minhas malas já feitas. Me aproximo de uma delas guardando o caderno de desenhos que eu tinha em mãos, me sento na cama com minhas mãos juntas entre minhas pernas enquanto eu encarava o chão com a mente vazia. Eu não estava com medo de morar com os filhos dele, estava mais irritada pela história do casamento, noivado, não sei! E não quero saber, fica pensando nisso não será bom.

A noite caiu, já estava em frente a mansão de Karl, uma limusine preta m esperava, olhei fixo para as empregadas pondo minhas coisas no porta malas, ia dando meu primeiro passo em direção ao carro quando senti a mão de Heinz em meu ombro esquerdo me fazendo parar onde eu estava. Levanto meu olhar em sua direção, nitidamente sem paciência.

—— Não me olhe assim, não fica bem em você, uma moça tão bonita de mal humor -Afirmou o rei vampiro em um tom sarcástico elevando uma de suas sobrancelhas.

—— Se não vai falar nada de importante eu tenho que ir. Licença. -Arrumo minha mala de mão.

—— Eu te eduquei bem Chrystal, tenho orgulho disso.

—— Não aja como se fosse meu pai. Você não é.

Afirmo essa minha última frase antes de entrar no carro, batendo a porta com força. Sem demora o motorista dá a partida e aos poucos eu vejo os limites daquela bela mansão sumir de minha vista em mais alguns quilômetros à minha frente. Eu sabia o que estava por vir, não teria sossego isso era óbvio, então aproveito que só chegaríamos só tarde da noite, acabei por dormir.  



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