Conseguiu me convencer que era prova de amizade se alguém levasse embora até o que eu não tinha" Índios - Legião Urbana
Os Mortos voltam a Vida.
Ou a Vida volta aos Mortos?
Pois a Vida faz o que quiser.
A Vida não é algo abstrato, que fica dentro da alma das pessoas. Na verdade, ela também é isso, mas a Vida é controlada por algo, alguém.
Deus?
Não sei.
Talvez a "Vida" seja uma pessoa, uma pessoa que se cansa de controlar outra e deixa ela para a Morte.
A Morte também é uma pessoa.
Por incrível que pareça a Vida é um ser egoísta, ela descarta pessoas quando enjoa delas, deixando-as em qualquer canto, em qualquer situação.
Mas a Morte, a Morte não. A Morte é paciente e bondosa. Ela acolhe com gosto e alegria as pessoas que a Vida abandona, e nunca as larga.
Mas quando você morre por acidente, e a Vida ainda quer algo com você?
Ela volta. Simples. Ela te arranca dos braços acolhedores da Morte e te faz "reviver"
Egoísmo, não?
E o que a Morte faz?
Nada. A Morte sempre espera. Ela não caça ninguém e nem é do mal. A Morte só espera a Vida se cansar de você, e depois te busca.
A Vida é sim, coberta por um manto branco e luminoso. Issi transmite uma impressão de paz, amor, carinho.
Fachada. Mentira.
Ela usa isso para atrair as pessoas para ela.
A Morte também usa um manto preto, com capuz grande e cauda que arrasta no chão.
Horripilante né? É apenas para as pessoas não se aproximarem dela antes da hora correta.
Bondoso não é mesmo?
E então? Você prefere estar com a Vida, ou com a Morte?
Eu, particularmente, a Morte.
Mansão dos Sakamaki's
- Nos somos os Akamichii. - Falaram juntos. -
- Aka o que? - Perguntou Ayato. -
- Ai, você é meio bobo né? - Perguntou a mulher, sorrindo como se tivesse uma criança na sua frente. -
- Eu o quê? - Ayato perguntou, se levantando nervoso e indo em direção a mulher. - Não me faça te matar atoa.
- Nossa, você é estressado. - A mulher revirou os olhos. - E, se não percebeu, eu já estou morta.
Ela apontou para seu pescoço aberto, mostrando os órgãos.
Ayato a soltou e fez uma cara de nojo.
- Bom, eu sou Akanase. - Disse o homem, sério. -
- Eu sou Akasu. - Disse a mulher, sorrindo abertamente. -
- Por que tudo nessa merda tem vermelho? - Perguntou Subaru, já estava se irritando da cor vermelha. -
- É quase que um trocadilho. - Akasu explicou, gesticulando demais. -
- Quantos anos vocês tem? - Perguntou Reiji. - Essa atuação de criança de 5 anos dessa mulher está me irritando, e esse cara parecendo um pai está me irritando mais ainda.
Akanase apenas balançou a cabeça em negação e se afastou, para um lugar mais distante da sala.
Akasu foi andando calmamente até Reiji.
- Você, moleque, cale a porra da boca. - Akasu deu um chute em Reiji, que voou na parede. -
Os irmãos apenas observaram aquilo. Ayato estava segurando para não rir.
- Se eu fosse vocês saia daí... - Disse Akanase. -
Akasu deu um soco em Subaru, que estava mais próximo, o mesmo cuspiu sangue e caiu de joelhos no chão.
Os outros irmãos se afastaram alguns passos.
- Ah pirralha chata... - Disse Reiji, se levantando. -
- Você gosta de apanhar ou se faz de otário? - Perguntou Akanase. - EI, AKASU, COMPREI DOCE!
- Opa, cadê? - A mulher logo voltou a sorrir, sem aquela expressão séria e vazia de antes. -
- Comi. - O homem fingia que mastigava algo. -
A mulher apenas sentou em um canto e começou a chorar.
- Ata, agora explica? - Perguntou Shuu, perplexo pelo que havia acontecido aqui. -
- Sou Akanase Akamichii e essa é minha irmã, Akasu Akamichii. Você tinha perguntado a nossa idade. - Apontou para Reiji. - 704.
Todos ficaram com uma cara de "quê? "
- O quê? - Perguntou Shuu. - Vampiros?
- Não. - Respondeu Akanase.
- Demônios? - Perguntou Laito. -
O homem apenas sorriu.
- Essa foi a maior merda que eu escutei hoje. - Akasu apenas riu. -
- Ata, agora o que querem aqui? - Perguntou Laito. - Se não perceberam, invadiram a casa.
- E vocês não fazem nada com as pessoas que invadem sua casa, isso é estranho. E se fôssemos ladrões? - Akasu perguntou. -
Decidiram ignorar a pergunta idiota da mulher.
- Não ignora, ou você morre. - O homem disse baixo, como um alerta. -
- Claro que não íamos deixar roubar nada. - Disse Laito, confuso pelo aviso. -
A mulher novamente ficou em seu canto.
- Novamente, o que querem aqui? - Perguntou Shuu. -
- Akame está? - Perguntou Akusu, se levantando num pulo. - Queremos falar com ela.
- Akame? Não, foi sequestrada pelos Mukami's. - Kanato falou, simples. -
- E fodeu... - Disse Akasu. -
- O quê? - Perguntou Subaru, estava se segurando para não ir até aquela maldita mulher e bater nela até ela explodir. -
- Vamos esperar. - O homem disse simplesmente. -
- O quê? Não. Aqui não é hotel. - Disse Reiji. -
- Que pena né. - Akasu sorriu. - Até que você é bonitinho. - Ela andou até Reiji e depositou um beijo no canto da boca do mesmo. -
Ayato se pos a rir desesperadamente.
Akasu se sentou no sofá que estava ali, e Akanase a acompanhou.
- Então tá, né... - Disse Kanato. -
Mansão dos Mukami's
A garota sentia uma sensação estranha. Algo estava a angustiado, como se alguma coisa ruim fosse acontecer.
- Que merda... - Ela revirou mais uma vez na cama, não conseguia pregar o olho.
Decidiu andar até a cozinha, pegar um copo de água e quem sabe dormir uma ou duas horas.
Estava andando pelo corredor iluminado por velas e pela luz da Lua que passava pela janela atrás de si.
- Ei, venha cá. - Disse uma voz. -
A garota olhou para os lados, até achar uma porta aberta.
- Asuza? - Perguntou Akame. - É você?
- Claro, achou que era quem? Venha logo. - O menino apareceu diante sa porta e puxou a garota pelo braço.
"E lá vai acontecer merda..." - Pensou a garota.
- Sente-se aí. - Ele apontou para uma cadeira, Akame se sentou. -
- O quê foi Asuza? Não consegue dormir? - Perguntou Akame, tentando se livrar daquele clima estranho que estava ali.
Sem resposta.
Asuza é um menino estranho, quieto e solitário, fala pouco, mas é muito atencioso e perfeccionista.
- Segure isso aqui para mim. - Ele tirou uma pequena adaga prata da manga da blusa e entregou a Akame. -
Ela segurava aquilo ali, era bonita.
"Parecida com a de Subaru" - Era o que Akame pensava.
Asuza começou a tirar as faixas de seu braço e revelando todas as suas cicatrizes, seus cortes.
- Bonito? - Ele perguntou passando o dedo por cima de uma cicatriz grande. -
- Com certeza, maravilhoso. - Falou Akame. -
Mentiu.
- Mentirosa. - Ele disse, batendo a mão na mesa. -
Akame apenas revirou os olhos.
Asuza arrancou da mão da garota a adaga, depois pegou o braço dela e fez um corte horizontal.
- Por que fez isso?! - Ela perguntou, segurando um grito de dor. -
Asuza segurança com força o pulso de Akame, quase o torcendo.
- Agora você está igual. - Asuza pegou a adaga e fez mais alguns cortes no braço da menina. -
Ela gemia baixo, segurando a dor. Via seu sangue escorrer pelo braço, fazendo uma pequena poça no chão.
- Posso beber um pouco desse sangue? - Ele perguntou. -
- O sangue já está indo todo embora, fique a vontade. - Akame disse entre os dentes. -
Asuza se abaixou e lambeu parte do sangue que escorria do braço da garota.
- Bom. - Ele disse, depois mordeu ali. -
"Qual a necessidade de morder" - Ela pensava.
Akame já estava de sentindo um pouco tonta, muito sangue havia sido tirado dela.
- Ei, já deu Asuza.
- Tsc. Yuma. - Disse Asuza, pouco irritado. -
Yuma havia entrado no quarto de Asuza, talvez por acaso, mas ele não gostou de ver a garota toda cortada daquele jeito.
Pegou Akame no colo e a levou até o quarto.
Quarto de Akame, Mansão dos Mukami's
- Está bem? - Ele disse, deitando a garota na cama. -
- Estou, só um pouco cansada. - Ela disse. -
Yuma foi ao banheiro e pegou algumas faixas, voltou e as enrolou ni braço de Akame.
- Está melhor? - Ele perguntou. -
- Sim, obrigado. - Akame sorriu gentilmente. -
- Então vou deixar você descansar, boa noite.
- Boa noite Yuma. - Ela disse.
Yuma já ia se virando para andar, quando segurou o braço de Yuma e o puxou para baixo, fazendo-o cair na cama, ao lado dela.
- Obrigado. - Akame disse, dando um selinho em Yuma. -
- E... E... Que? - Yuma gaguejou, corado. -
Akame apenas riu, e se deitou na cama, cobrindo sua cabeça com o edredom.
Yuma apenas se levantou rápido e saiu do quarto.
- Manipular as pessoas é feio... - Uma voz alegre falou do canto do quarto. -
Gin.
- Espionar as pessoas também é feio. - Ela disse, no mesmo tom alegre que Gin, ironia. -
- Parece que está bem machucada. - Ele disse, se sentando na ponta da cama. -
- Moleque desgraçado, vai ser o primeiro. - Akame disse, tirando as faixas do fraco e expondo seus cortes. -
- Calma, tome. - Gin estendeu o braço para Akame, a mesma mordeu ali. -
Suas feridas foram, pouco a pouco, se curando.
- Não veio encher meu saco ontem. - Ela disse. -
- Sentiu saudades Akame-chan? Que fofa. - Gin disse sorrindo. -
- Tsc.
- Estava ocupado. - Ele disse sério. -
- Da no mesmo. -
- Parece que já conquistou eles. - Gin disse. - Ajudarão como?
- Não sei ainda, mas serão úteis.
Gin apenas sorriu e desapareceu.
- Desgraçado. - Akame disse, se deitando novamente na cama.
Tic. Tac. Tic. Tac.
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